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Levantamento de Informações e Diretrizes Turísticas Da Sub-Região 4
Levantamento de Informações e Diretrizes Turísticas Da Sub-Região 4
CLARA VANZELLA
7° SEMESTRE B
TAUBATÉ
09 DE ABRIL DE 2020
RESUMO
As FPICs são atividades e serviços que causam impacto nos municípios integrantes da região
metropolitana como: saneamento básico, uso do solo, aproveitamento dos recursos hídricos,
habitação, saúde, entre outros.
O embasamento teórico deste trabalho tem como referência o livro “ Arquitetura e Política” de
Josep Maria Montaner, com enfoque no tema Turismo e a Tematização das Cidades,
constituindo-se dialeticamente como um sistema de atividades que se superpõe às estruturas
existentes, em que, ao mesmo tempo que esse sistema pode se esgotar, empobrecer e destruir
os sistemas naturais, sociais e urbanos do ambiente, pode também gerar energia e riqueza, as
quais devem ser utilizadas de maneira positiva, como oportunidade de refazer e enriquecer os
tecidos urbanos.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 01
3. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 02
5. RESULTADOS ........................................................................................................................ 11
6. CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 13
A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, criada pela Lei Complementar
Estadual 1.166/2012 é integrada por 39 municípios, divididos em cinco sub-regiões:
Extensa, a região concentra mais de 2,5 milhões de habitantes, segundo estimativa do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2018, e gerou 4,8% do Produto Interno Bruto
(PIB) paulista em 2016.
A RMVPLN¹ está situada entre as duas Regiões Metropolitanas mais importantes do país: São
Paulo e Rio de Janeiro. Destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade
econômica. A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores
automobilístico, aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da
Rodovia Presidente Dutra. Destacam-se também as atividades portuárias e petroleiras no
Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, Litoral e cidades históricas.
O foco deste trabalho tem como estudo a Sub-Região 4, composta pelos municípios: Arapeí,
Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras. Essas cidades
oferecem grande diversidade de atrativos para o ecoturismo, turismo rural, de aventura e
esportes radicais, além do turismo religioso e histórico-cultural, agradando visitantes de todos
os perfis.
As terras férteis do vale e o clima propício para o café, atraíram, no passado, a construção de
grandes fazendas, que hoje são visitadas por muitos turistas, com destaque em especial para a
Fazenda Resgate, em Bananal, e a Fazenda Pau d’alho em São José do Barreiro.
O setor de turismo brasileiro tem elevado potencial de geração de emprego e renda e de atração
de investimentos, sendo um fundamental estímulo ao desenvolvimento das regiões mais
atrasadas e menos beneficiadas pelo crescimento econômico.
Contudo, o grande objetivo deste trabalho consiste em divulgar o amplo potencial turístico local,
além de apresentar o grande valor histórico da região, informações, diretrizes e dados de FPIC,
com o intuito de estimular e atrair turistas de todo o território regional e nacional, ademais gerar
uma renda maior ao município e munícipes.
3. METODOLOGIA
Para maior entendimento do processo de formação histórico, cultural e social dos municípios
que compõem a Sub-Região 4, a metodologia utilizada para a execução do presente trabalho foi
o método de pesquisa exploratória, buscando levantamentos bibliográficos e fundamentações
teóricas, onde permitirá um produto em suma coerência, além de observar e mapear o campo
de estudo para identificação de suas potencialidades e problemáticas, desse modo, chegaremos
a formação de conclusões, resultados e discussões acerca do assunto.
4. ANÁLISE DAS CIDADES QUE COMPÕEM A SUB- REGIÃO 4
4.1. ARAPEÍ
A localidade de Arapeí teve sua origem na 9ª Sesmaria de Bananal, constituindo um dos pontos
do Caminho Novo criado para escoar a produção do Brasil colônia.
Em 1783, o governo colonial traçou o objetivo de povoar o Caminho Novo de ligação para o Rio
de Janeiro e para as Minas Gerais. Com isso, o Capitão-mor Manoel da Silva Reis recebeu a
missão de distribuir, a pessoas de sua confiança, 13 sesmarias criadas na região. A 9ª sesmaria,
no rio Bananal, foi destinada a João Barbosa de Camargo. O povoado, então denominado
Alambari, atingiu seu apogeu no Ciclo do Café (século XVIII), época em que teve relevante papel
na vida do Vale do Paraíba, integrando o poderio econômico dos Barões do Café de Bananal.
Com a queda de produtividade nos cafezais da região no final do século XIX, passou a basear sua
economia na pecuária leiteira.
Após a proclamação da República, o povoado foi elevado à condição de Distrito, com o nome
Alambari, pelo decreto nº 169, de 15 de maio de 1891, subordinado ao município de Bananal.
Em 1º de outubro de 1892 a Lei Estadual nº 112 extinguiu o Distrito, anexando sua área ao
território de Bananal.
Por volta de 1950, a inauguração da rodovia Presidente Dutra esvaziou o tráfego da antiga
rodovia Rio-São Paulo e relegou as localidades cortadas por ela a mais um período de
adversidades econômicas. Desde então, o segmento turístico passou a ser o principal foco de
Arapeí, graças às suas riquezas naturais, ao artesanato e ao seu diversificado patrimônio
cultural.
Ao mesmo tempo, Arapeí preserva seu conjunto arquitetônico e o jeito adorável de cidade
pequena do interior, conquistando a simpatia e a preferência de turistas. A paz acolhedora da
cidade é cada vez mais valorizada, num contraponto ao contexto atribulado da vida urbana nos
grandes centros populacionais.
Areias inicialmente foi Freguesia, criada em janeiro de 1748 com o nome de Santana da Paraíba
Nova, que servia de pouso para os tropeiros que de São Paulo e Minas Gerais, iam para o Rio de
Janeiro.
No ano de 1838, Areias pioneira na plantação de café chegava a produzir 100 mil arrobas tendo
anexado ao seu território as Freguesias de São Bom Jesus de Bananal, São José do Barreiro e São
João Batista de Queluz, que respectivamente se separaram de Areias em 1832, 1859 e 1842.
A cidade chegou a ser anexada à província do Rio de Janeiro, durante a Revolução de 1842, mas
já em 1843 retornava a condição de cidade do Estado de São Paulo. Apresentava também dois
jornais: O Areiense e o Mosquito, que podemos encontrar anúncios, cujo conteúdo nos mostra
certos aspectos do dia-a-dia.
Em 1857 foi alçada a Comarca que sediou no prédio erguido no ano de 1833 para abrigar a
Câmara de Vereadores e Cadeia, local onde o Escritor Monteiro Lobato exerceu o cargo de
Promotor Público do ano de 1907 a 1911.
O casario colonial da cidade revela sua pujança no século XIX, sendo de grande destaque a antiga
Casa da Câmara e Cadeia e atual Casa da Cultura, a Igreja Matriz Senhora Sant’Ana que iniciou
sua construção em 1792 e finalizou em 1874, o Hotel Solar Imperial que foi erguido em 1798
pelo Capitão-mor Gabriel Serafim da Silva e em agosto de 1822 serviu de pouso para Dom Pedro
I durante a viagem na qual Proclamaria a Independência do Brasil e as belas fazendas históricas.
No início do século XX com a decadência do café, os fazendeiros com suas fazendas hipotecadas
mudaram-se para outros pontos do Estado, e com isso a Areias foi perdendo sua opulência de
cidade progressista.
• Pontos turísticos: Igreja Matriz. Hotel Santana. Velha Figueira. Represa do Funil.
Cachoeira Quilombão.
Bananal foi erigida em uma região ocupada pela etnia indígena dos Puris. O aldeamento existiu
entre a Serra da Mantiqueira e florestas do Sertão do Bocaina, se estendendo até a região onde
se encontra a cidade. O rio que cortava a localidade foi batizado por eles com o nome Banani,
que significa “rio sinuoso”. O nome da cidade teria surgido daí.
Entre fins do século XVII e o início do século XVIII a região do Vale do Paraíba se tornou uma das
principais rotas e ponto de passagem do ouro das Minas Gerais, de Goiás e do Mato Grosso,
além do gado advindo do Rio Grande do Sul, recebendo o fluxo de tropeiros e viajantes. O trajeto
percorria o caminho que hoje fica entre Barra Mansa, Areias, Resende, Angra dos Reis e Bananal,
servindo de pouso para aqueles que se dirigiam ao Rio de Janeiro. Entre o rio Bananal e a Serra
da Carioca passava também a Estrada Geral, bastante utilizada por sua abundância de anil, muito
valorizado e utilizado na época como corante. Foi a primeira atividade econômica mais
expressiva no local por um período aproximado de 20 anos, desaparecendo no início do século
XIX.
Em 1770 foi aberto o “Caminho Novo”, estrada construída entre as capitanias de São Paulo e
Rio de Janeiro. O caminho por terra foi concebido como via alternativa às viagens marítimas,
que sofriam frequentes ataques de piratas e saqueadores. Em 1783, o governo colonial traçou
o objetivo de povoar o Caminho Novo e o Capitão-mor Manoel da Silva Reis recebeu a missão
de distribuir, a pessoas de sua confiança, 13 sesmarias criadas na região. A 9ª sesmaria, no rio
Bananal, foi destinada a João Barbosa de Camargo. Ele e sua esposa ergueram uma pequena
capela dedicada ao Senhor Bom Jesus do Livramento num local considerado o marco inicial da
localidade.
O Vale do Paraíba, que ficava a cargo de São Paulo, passou a ser desmembrado em vilas.
Primeiro, houve o desmembramento da Vila de Taubaté (1645), depois a Vila de Guaratinguetá
(1651) e Lorena (1788). Bananal pertenceu a todas elas. Em 26 de janeiro de 1811, Bananal foi
elevada à condição de paróquia. Após novo desmembramento, Bananal foi anexada à Vila de
São Miguel das Areias em 1816. Após 16 anos ansiando também por sua independência
administrativa, Bananal foi elevada à condição de Vila em 10 de julho de 1832 através de Decreto
Imperial. A Câmara Municipal foi instalada em 17 de março de 1833. Nos anos seguintes, sua
relevância política cresceu, alicerçada no ritmo de sua economia cafeeira. Em 1836, Bananal era
o segundo maior produtor de café da província de São Paulo. Progresso, população e riquezas
continuaram crescendo e disso resultou a Lei n° 17, de 03 de abril de 1849, que elevou Bananal
à condição de Cidade. Com a queda do café, as lavouras foram substituídas por algodão e
principalmente, a criação de gado leiteiro.
Grandes fazendas e palacetes urbanos são ainda o testemunho do período do café. Bananal
iniciou novo ciclo produtivo, voltado para o artesanato, com destaque os trabalhos em crochê
de barbante, a produção de cachaça e doces artesanais sendo que o governo estadual de São
Paulo, classificou a cidade de Bananal como Estância Turística. Em 1985 o Conselho de
Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de São Paulo, CONDEPHAAT, promoveu o
tombamento do núcleo urbano da cidade por seu valor histórico e arquitetônico. Várias sedes
de fazendas históricas se adequaram para atender a demanda de visitação e hospedagem.
• Pontos turísticos: Igreja Nossa Sra. do Rosário, Igreja Ns. Sra. Glória e Boa Morte,
Estação da Estrada de Ferro, Fazenda 3 Barras, Fazenda dos Coqueiros, Fazenda do
Resgate, Fazenda da Independência, Teatro Sta. Cecília, Chafariz, Cachoeira dos Pilões,
Cachoeira 7 Quedas e a Pedra do Frade.
• Principal potencial: Turismo rural, ecoturismo e turismo-histórico cultural.
4.4. CRUZEIRO
O povoamento da localidade onde hoje é Cruzeiro tem origens datadas do século XVIII, a partir
de um povoado da localidade conhecida por Embaú, que se desenvolveu devido ao ouro de
Minas Gerais, em terras pertencentes ao município de Lorena, próximo ao atual território de
Cruzeiro. Esse povoado provavelmente foi consequência do fato de que o território, onde hoje
é o município de Cruzeiro, era trecho da Estrada Real, caminho entre Minas Gerais e Paraty em
que passavam as expedições para a exploração do ouro do então Brasil colônia.
As rotas comerciais estabelecidas pelos mineiros que demandavam aos Porto de Parati e
Mambucaba fizeram surgir na região, então conhecida por Embaú, muitas roças dedicadas a
fornecer produtos de abastecimento aos tropeiros. Nessa área, o sargento-mor Antônio Lopes
de Lavra iniciou, em 1781, a construção da capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição do
Embaú, concluída seis anos depois.
Nesse ano, 1871, a Ferrovia Dom Pedro II, atual Central do Brasil, atingiu a povoação próxima,
Santo Antônio do Porto da Cachoeira ( Cachoeira Paulista ); o prolongamento do trecho Paulista,
que iniciou-se a partir de São Paulo, passava a oito quilômetro de Conceição do Cruzeiro, não
sendo possível alterar seu traçado. Assim, na fazenda Boa Vista, de propriedade de Manoel
Freitas Novaes, a Ferrovia instalou uma estação, ao lado da qual se formou um segundo
povoado, denominado Estação Cruzeiro. Em 1890, por considerar de utilidade pública, o
Governo desapropriou os terrenos compreendidos no distrito policial, criado dois anos antes,
totalizando 36,5 hectares.
• Pontos turísticos: O grande túnel. Garganta do Embaú. Pico do Itaguaré;
• Principal potencial: Rota para Minas Gerais. Ecoturismo. Comércio.
4.5. LAVRINHAS
O município de Lavrinhas teve origem no povoado fundado por Honório Fidélis do Espírito Santo
e Manoel Novaes da Cruz, em 1828, em torno da Capela de São Francisco de Paula, na localidade
denominada Pinheiros. Este povoado levou inicialmente o nome de São Francisco de Paula dos
Pinheiros e pertencia ao antigo território de Areias, com a elevação de Queluz a categoria de
Vila, em 1842, Pinheiros foi anexada ao território da nova vila.
Em 1873, com a passagem da Estrada de Ferro Dom Pedro II na região, os irmãos João Emidio
Ribeiro e Antônio Francisco Ribeiro doaram um terreno da Fazenda Lavrinhas, de sua
propriedade, para a E. F. D. Pedro II, com o objetivo de construir uma estação às margens da
Estrada de Ferro e assim atender a grande produção cafeeira da localidade. Em 12 de outubro
de 1874, foi inaugurada a Estação Ferroviária, sendo a segunda estação no eixo Rio de Janeiro –
São Paulo. Sua inauguração ocorreu com uma viagem feita pela locomotiva a vapor construída
por Willian Fair Bain & Sons de 1852. Em torno das estações das estradas de ferro, formaram os
núcleos de pequenas vilas que mais tarde se transformaram em cidades e Lavrinhas não fugiu a
regra.
Na zona rural, já começava a exploração de lenha e carvão vegetal para uso nas locomotivas e
caldeiras. A economia girava em torno do café e vestígios desses tempos ainda podem ver vistos
nos casarões existentes em toda a extensão do município. No entanto, o centro administrativo
e político permanecia em Pinheiros.
Aos 27 dias do mês de junho do ano de 1881, o presidente da Província de São Paulo, o Senador
do Império Sr. Florêncio Carlos de Abreu, sancionou a Lei nº 87 da Assembleia Provincial,
elevando São Francisco de Paula dos Pinheiros à categoria de município e desmembrando-o do
território de São João Batista de Queluz, mantendo ainda as mesmas divisas territoriais.
Em 1906 foi criado o Distrito de Lavrinhas e somente após o Decreto 1.021 de 06 de novembro
do mesmo ano, São Francisco de Paula dos Pinheiros passou a se chamar Pinheiros. Pelo
município, descia a estrada que vinha de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro, passando
por Queluz, Areias e demais cidades do atual Vale Histórico. Em 1914 chegaram os padres
Salesianos e perto da estação foi instalado o Colégio São Manoel, num terreno doado pelo
fazendeiro Coronel Manuel Pinto Horta.
Em 1929 com a famosa queda da Bolsa de Nova Iorque os fazendeiros de café se enfraqueceram.
Agravando a situação, as Revoluções de 1930 e 1932 deixaram o município ainda mais
vulnerável, dando chance aos políticos de Queluz incorporarem novamente Pinheiros àquele
município. Em 1936 houve eleição municipal, tornando-se prefeito o Sr. Sebastião Novaes e um
ano após sua eleição, em 1937, Pinheiros volta a se tornar independente.
O distrito de Lavrinhas viu sua população aumentar, a economia crescer e foi se impondo como
candidato à sede de município, o que realmente veio acontecer no ano de 1944, para desgostos
dos pinheirenses. Também contribuiu para o declínio de Pinheiros, a construção da Rodovia
Presidente Dutra, pois a estrada que vinha de Minas Gerais indo em direção ao Rio de Janeiro
não passava mais por Pinheiros. Em 1945 a Câmara Municipal foi instalada definitivamente em
Lavrinhas.
Na década de 60, com a extinção das matas locais, devido à exploração de carvão, lenha, e café,
uma nova atividade surgiu: a pecuária leiteira. Posteriormente desenvolveu-se a exploração de
bauxita e outros minérios, ocupando grande parte da mão de obra local, até os dias de hoje.
Nos últimos anos com o desenvolvimento da indústria e do comércio, surgiram também alguns
balneários, pesqueiros, pousadas, bares e lanchonetes que atraem pessoas de outros cidades
da região para apreciar as belezas naturais da cidade. O turismo passou então a representar
importante fonte de renda e de crescimento para o município.
Lavrinhas conta hoje com cinco bairros assim denominados: Centro, Pinheiros, Capela do Jacu,
Jardim Mavisou e Village Campestre e ainda uma vasta Zona Rural.
4.6. QUELUZ
Queluz teve sua origem em um aldeamento de índios Purus, aos quais foram concedidas as
terras em que viviam no território de Lorena, em 1801, pelo Capitão-General Antônio Manoel
de Melo Castro e Mendonça, sob a direção espiritual do sacerdote paulista Padre Francisco das
Chagas Lima, com a denominação de Aldeia São João de Queluz, em homenagem ao nome do
príncipe real de Portugal D. João, depois Rei de Portugal, com o nome de D. João VI.
Instalada a aldeia, as antigas ocas foram substituídas por casebres de alvenaria, sob orientação
do Capitão Januário Nunes da Silva. O padre Francisco das Chagas Lima foi substituído em 1808
por José Francisco Rebouças de Palmas, que construiu a antiga capela de Nossa Senhora do
Rosário no local onde hoje se encontra a Igreja Matriz erigida pelo Alferes José Antônio Dias
Novaes.
Em pouco tempo a povoação progrediu social e politicamente, reforçada pela forte economia
baseada na cana-de-açúcar, milho, café e pecuária. Nessa época foi construída a antiga ponte
sobre o Rio Paraíba, mais tarde demolida por motivos estratégicos durante a Revolução
Constitucionalista de 1842. Essa demolição provocou um estrangulamento no desenvolvimento
de Queluz, somente reativado a partir da implantação da Rodovia Presidente Dutra (BR116) e
consequente industrialização do Vale do Paraíba, apesar da povoação já estar ligada a outros
centros pela Estrada de Ferro Central do Brasil, desde o final do século XIX.
Ainda no século XVIII, descendo a Serra do Mar o capitão Fortunato Pereira Leite e seu cunhado
João Ferreira de Souza, com seus familiares vindos de Pouso Alto, se detiveram num local de
difícil passagem. Aí foi erguida uma capela dedicada a São José, passando o povoado a ser
conhecido com São José do Barreiro, nome que conservou ao ser elevado à vila em 1859.
• Pontos turísticos: Represa do Funil. Cachoeira do Veado. Água Santa. Igreja de S. José.
Gruta Sertão da Onça. Cachoeira do Gordo. Cascara MW. Pico do Gavião. Pç Cel. Cunha
Lara;
Silveiras surgiu ao final do século XVIII em torno de um rancho de tropas, o da família Silveira –
daí o seu nome. “Vamos lá para os Silveiras”. Logo, outros “ranchos” foram se instalando, com
destaque para as famílias Guedes, Siqueira, Ventura de Abreu, Santos, Bueno, dentre outros.
Seus bairros denominados Macacos e Bom Jesus – encosta da Serra da Bocaina e em direção à
Cunha e Paraty surgiram antes, também em torno de tropeiros, já em pleno ciclo de ouro – na
saga da “trilha entre Minas Gerais e os portos de Mambucada e Paraty”.
O desenvolvimento foi acelerado já nos primeiros anos do século XIX com a chegada do café, e
em 1830 surgia a Freguesia dos Silveiras, no enorme município de Lorena. Freguesia – era a
definição da época caracterizando a implantação da Paróquia homenageando Nossa Senhora da
Conceição de Silveiras, fortalecendo a capela antiga surgida em 1780, erguida no mesmo local
onde está a Matriz.
Naquela época viviam em Silveiras 3.300 homens livres e entre 1.600 e 1.700 escravos de origem
africana.
Foi um período dramático para Silveiras. A Revolução Liberal explodiu no Brasil e o nosso
município foi palco doloroso de combates. Sangrentos encontros deixaram 56 chefes de família
assassinados pelas tropas do então Barão de Caxias na manhã de 12 de julho de 1842, e aí estão
as trincheiras – para testemunhar aquela tragédia. Essas mesmas trincheiras foram reabertas
em 1932 por ocasião da Revolução Constituinte, marcas profundas do civismo nesta terra.
As marcas da Revolução Liberal de 1842 foram tão dramáticas que a reconstrução de Silveiras
levou mais de dois anos e a implantação da Vila dos Silveiras só viria ocorrer no dia 7 de
setembro de 1844 quando ocorreu a eleição dos primeiros vereadores.
Silveiras no século XIX foi o mais importante núcleo de serviços dedicado ao tropeirismo do
Brasil. Nossos “ranchos” atendiam aos tropeiros e suas tropas que faziam as “trilhas do ouro” e
da “independência” (São Paulo X Rio de Janeiro – Café).
Em 1864, Silveiras passou para Cidade e em 1888 foi implantada a Comarca. Com a desativação
e enfraquecimento das “Minas Gerais”, o café que se transferiu para novas terras (oeste
paulista), a estrada de ferro que não passou do município, a abolição da escravidão dos negros,
a república (mudança da ordem política), ocorre o êxodo da População local e a decadências
atinge a comunidade. Chegamos a ter mais de 25.000 habitantes – o 4º município mais populoso
do Vale do Rio Paraíba Paulista.
A Comarca foi extinta em 1938. E cada vez mais se percebeu a perda das atividades comerciais.
Mesmo com a abertura da estrada Rodovia Rio X São Paulo em 1928 o destino esteve
determinado.
5. RESULTADOS
Os resultados obtidos a partir das análises e levantamentos de dados, observa-se algumas das
potencialidades, problemáticas e diretrizes listadas a seguir, as quais encontram-se presentes
nos municípios apresentados anteriormente.
5.1. POTENCIALIDADES
5.2. PROBLEMÁTICAS
5.3. DIRETRIZES
Feito essa análise, seriam proporcionados métodos para a qualificação de profissionais para
trabalharem na área, já que precisam de uma preparação especial para receber os turistas. Isso
inclui cursos técnicos presenciais e a distância, workshops, apostilas, entre outros. Essa
alternativa ajudaria a diminuir a evasão dos jovens das cidades, reclamação comum entre os
moradores. Depois da preparação da população, órgãos públicos como prefeituras, precisam
estar de acordo para apoiar, incentivar e organizar a criação de planos e eventos turísticos
municipais e até mesmo regionais.
Após todo esse processo de ordenação, espera-se que a divulgação das cidades aumente
para alcançar um maior número de pessoas, através de panfletos, jornais digitais e telejornais.
Apesar de pouco conhecido, as cidades possuem festas típicas. Silveiras, por exemplo, tem a
festa do Tropeiro e do Içá (inseto comum na culinária local), Queluz tem a festa da Moranga e
da Mandioca, entre outras. Festas que são muito populares nas cidades, mas não atravessam
para outras. Com essa difusão, o esperado é que a renda das cidades aumente, favorecendo o
comércio local e rural.
Outro ponto importante é a promoção e comercialização de produtos típicos das cidades,
como doces, bebidas, artesanato, entre outras coisas mais, para que cada turista possa levar um
pouco da região para a casa, e assim, espalhando os costumes, o que se torna primordial para
que mais pessoas se sintam atraídas a conhecer. Além do turismo Ecológico que é forte na
região, e para estimular cada vez mais essa atividade seria ideal a instalação de agências
especializadas na venda deste produto.
Todo esse esforço e a aplicação não seria possível sem a formulação de um Plano Turístico para
as cidades.
6. CONCLUSÕES
Uma cidade tematizada, posta à disposição do turismo de massa, serve para ser consumida, para
que os visitantes façam o uso dela. Em suma, a tematização exige a criação de lugares e a
especialização funcional da cidade, que deve oferecer sua complexidade para que seja
consumida rapidamente. É necessário saber integrar e respeitar o entorno social e cultural já
existente, esses processos podem ser mortais para a vitalidade das cidades, e no fim das contas
do próprio turismo.
No entanto, a conclusão que podemos chegar é que os municípios os quais compõem a Sub-
Região 4, apesar de serem cidades com grande potencialidade turística, a falta de informação e
divulgação impede que essa especulação seja maior.
A única alternativa para que se consiga que os tecidos urbanos históricos não sejam engolidos
pelo sistema turístico e seus habitantes não sejam paulatinamente expulsos radica em conseguir
que as administrações e os operadores turísticos invistam na qualidade de vida desses lugares
por meio de cotas, impostos e taxas. Isto é, benefícios do turismo devem ser repartidos entre
todos e todas, potencializando lógicas de redistribuição do sucesso: favorecendo políticas sociais
de moradia; revisando continuamente o plano de usos; promovendo a qualidade e manutenção
do espaço público.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ELETRÔNICAS
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/saopaulo/cruzeiro.pdf
https://www.eco.unicamp.br/neit/images/stories/arquivos/O_SEGMENTO_DE_AGENCIAS_E_
OPERADORAS_DE_VIAGENS_E_TURISMO.pdf
http://www.turismo.gov.br/images/Diretrizes_Estrategicas_PRODETUR_Turismo.pdf
https://ovalehistorico.blogspot.com/
http://www.scielo.br/pdf/topoi/v18n34/2237-101X-topoi-18-34-00196.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142010000100004
http://caminhosdacorte.com.br/cidades/arapei/
https://www.guiavaledoparaiba.com.br/silveiras
https://www.guiavalehistorico.com/historia-cidades.php?id_cidade=4
https://img.travessa.com.br/capitulo/7_LETRAS/VALE_DO_PARAIBA_E_O_IMPERIO_DO_BRASI
L_NOS_QUADROS_DA_SEGUNDA_ESCREVIDAO_O-9788542103687.pdf
https://misteriosdovale.blogspot.com/2011/04/misterios-do-vale-em-queluz-bananal.html
https://mundoergonomia.com.br/regiao-metropolitana-do-vale-do-paraiba-e-litoral-norte/
http://queluz.sp.gov.br/historia/