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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES DA SUB-REGIÃO 4 DO VALE DO PARAÍBA PAULISTA E


DIRETRIZES PARA IMPULSIONAR O TURISMO

CLARA VANZELLA

NÁDIA DA SILVA ABREU

YASMIN CARROS PIRES

7° SEMESTRE B

TAUBATÉ

09 DE ABRIL DE 2020
RESUMO

O objetivo deste trabalho é apresentar detalhadamente as características, potencialidades e


problemáticas da Sub-região 4, situada na Região Metropolitana do Vale do Paraíba Paulista,
além de apontar as Funções Públicas de Interesse Comum (FPIC) encontradas na região.

As FPICs são atividades e serviços que causam impacto nos municípios integrantes da região
metropolitana como: saneamento básico, uso do solo, aproveitamento dos recursos hídricos,
habitação, saúde, entre outros.

Com levantamentos bibliográficos e eletrônicos, foram encontrados os mais variados tipos de


turismo e entretenimento nas cidades que compõem a Sub-região 4, entre elas estão os
municípios de Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e
Silveiras. Contudo, o intuito é formular diretrizes para impulsionar o melhor aproveitamento e
divulgação do turismo na região, o qual ainda é pouco explorado, porém tem-se muito a
oferecer.

O embasamento teórico deste trabalho tem como referência o livro “ Arquitetura e Política” de
Josep Maria Montaner, com enfoque no tema Turismo e a Tematização das Cidades,
constituindo-se dialeticamente como um sistema de atividades que se superpõe às estruturas
existentes, em que, ao mesmo tempo que esse sistema pode se esgotar, empobrecer e destruir
os sistemas naturais, sociais e urbanos do ambiente, pode também gerar energia e riqueza, as
quais devem ser utilizadas de maneira positiva, como oportunidade de refazer e enriquecer os
tecidos urbanos.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 01

2. OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................................... 02

3. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 02

4. ANÁLISE DAS CIDADES QUE COMPÕEM A SUB- REGIÃO 4 .................................................... 03

4.1. ARAPEÍ ................................................................................................................................ 03

4.2. AREIAS ................................................................................................................................ 04

4.3. BANANAL ............................................................................................................................ 05

4.4. CRUZEIRO ........................................................................................................................... 06

4.5. LAVRINHAS ......................................................................................................................... 07

4.6. QUELUZ .............................................................................................................................. 08

4.7. SÃO JOSÉ DO BARREIRO ..................................................................................................... 09

4.8. SILVEIRAS ............................................................................................................................ 10

5. RESULTADOS ........................................................................................................................ 11

5.1. POTENCIALIDADES ............................................................................................................. 11

5.2. PROBLEMÁTICAS ................................................................................................................ 12

5.3. DIRETRIZES ......................................................................................................................... 12

6. CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 13

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ELETRÔNICAS .................................................................... 14


1. INTRODUÇÃO

A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, criada pela Lei Complementar
Estadual 1.166/2012 é integrada por 39 municípios, divididos em cinco sub-regiões:

Extensa, a região concentra mais de 2,5 milhões de habitantes, segundo estimativa do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2018, e gerou 4,8% do Produto Interno Bruto
(PIB) paulista em 2016.

A RMVPLN¹ está situada entre as duas Regiões Metropolitanas mais importantes do país: São
Paulo e Rio de Janeiro. Destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade
econômica. A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores
automobilístico, aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da
Rodovia Presidente Dutra. Destacam-se também as atividades portuárias e petroleiras no
Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, Litoral e cidades históricas.

A região caracteriza-se, ainda, por abrigar importantes patrimônios ambientais de relevância


nacional, como as Serras da Mantiqueira, da Bocaina e do Mar, e pelas fazendas de valor
histórico e arquitetônico.

O foco deste trabalho tem como estudo a Sub-Região 4, composta pelos municípios: Arapeí,
Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras. Essas cidades
oferecem grande diversidade de atrativos para o ecoturismo, turismo rural, de aventura e
esportes radicais, além do turismo religioso e histórico-cultural, agradando visitantes de todos
os perfis.

As terras férteis do vale e o clima propício para o café, atraíram, no passado, a construção de
grandes fazendas, que hoje são visitadas por muitos turistas, com destaque em especial para a
Fazenda Resgate, em Bananal, e a Fazenda Pau d’alho em São José do Barreiro.

¹ Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte


2. OBJETIVOS GERAIS

O setor de turismo brasileiro tem elevado potencial de geração de emprego e renda e de atração
de investimentos, sendo um fundamental estímulo ao desenvolvimento das regiões mais
atrasadas e menos beneficiadas pelo crescimento econômico.

Devido a grande oferta de turismo analisada na sub-região em estudo, os municípios integrantes


precisam de critérios para direcionar seus interesses e ao mesmo tempo se organizar para
evoluírem no âmbito turístico.

Contudo, o grande objetivo deste trabalho consiste em divulgar o amplo potencial turístico local,
além de apresentar o grande valor histórico da região, informações, diretrizes e dados de FPIC,
com o intuito de estimular e atrair turistas de todo o território regional e nacional, ademais gerar
uma renda maior ao município e munícipes.

As FPICs analisadas na Sub-Região 4 foram: Planejamento e Uso do Solo; Saneamento


Ambiental: água, esgoto e destino do lixo; Esporte, cultura e lazer; Meio Ambiente: hidrografia
e vegetação; Desenvolvimento Económico: PIB; População e IDHM; Trabalho e rendimento;
Sistema Viário: Frota e acessos; Agricultura e Agronegócio; Segurança Pública; Habitação;
Turismo.

3. METODOLOGIA

Para maior entendimento do processo de formação histórico, cultural e social dos municípios
que compõem a Sub-Região 4, a metodologia utilizada para a execução do presente trabalho foi
o método de pesquisa exploratória, buscando levantamentos bibliográficos e fundamentações
teóricas, onde permitirá um produto em suma coerência, além de observar e mapear o campo
de estudo para identificação de suas potencialidades e problemáticas, desse modo, chegaremos
a formação de conclusões, resultados e discussões acerca do assunto.
4. ANÁLISE DAS CIDADES QUE COMPÕEM A SUB- REGIÃO 4

4.1. ARAPEÍ

• População: 2.943 habitantes


• Atividades econômicas: turismo, agropecuária e comércio
• Socioambiental: Secretaria do meio ambiente
• Hospedagem: Média 2 hospedagens
• Educação: 98,7%
• Acessos: BR 116 e SP68

A localidade de Arapeí teve sua origem na 9ª Sesmaria de Bananal, constituindo um dos pontos
do Caminho Novo criado para escoar a produção do Brasil colônia.

Em 1783, o governo colonial traçou o objetivo de povoar o Caminho Novo de ligação para o Rio
de Janeiro e para as Minas Gerais. Com isso, o Capitão-mor Manoel da Silva Reis recebeu a
missão de distribuir, a pessoas de sua confiança, 13 sesmarias criadas na região. A 9ª sesmaria,
no rio Bananal, foi destinada a João Barbosa de Camargo. O povoado, então denominado
Alambari, atingiu seu apogeu no Ciclo do Café (século XVIII), época em que teve relevante papel
na vida do Vale do Paraíba, integrando o poderio econômico dos Barões do Café de Bananal.
Com a queda de produtividade nos cafezais da região no final do século XIX, passou a basear sua
economia na pecuária leiteira.

Após a proclamação da República, o povoado foi elevado à condição de Distrito, com o nome
Alambari, pelo decreto nº 169, de 15 de maio de 1891, subordinado ao município de Bananal.
Em 1º de outubro de 1892 a Lei Estadual nº 112 extinguiu o Distrito, anexando sua área ao
território de Bananal.

Por volta de 1950, a inauguração da rodovia Presidente Dutra esvaziou o tráfego da antiga
rodovia Rio-São Paulo e relegou as localidades cortadas por ela a mais um período de
adversidades econômicas. Desde então, o segmento turístico passou a ser o principal foco de
Arapeí, graças às suas riquezas naturais, ao artesanato e ao seu diversificado patrimônio
cultural.

O desmembramento de Bananal veio em 19 de maio de 1991 num resultado plebiscitário que


beirou os 100% dos eleitores. A data do plebiscito seria escolhida para celebrar o Dia do
Município. Desde então, a infraestrutura como município, iniciada praticamente do zero, vai
sendo conquistada a passos largos rumo a um desenvolvimento sustentável que implique em
melhor qualidade de vida a seus cidadãos.

Ao mesmo tempo, Arapeí preserva seu conjunto arquitetônico e o jeito adorável de cidade
pequena do interior, conquistando a simpatia e a preferência de turistas. A paz acolhedora da
cidade é cada vez mais valorizada, num contraponto ao contexto atribulado da vida urbana nos
grandes centros populacionais.

• Pontos turísticos: Serra da Bocaína, Pedra do Caxambu, Igreja Matriz S. Antônio,


Capela do Alambary, Caverna do Alambary, Cachoeira da Gruta, Balneário Monte
Alegre, Fazenda São Luiz, Fazenda Caxambú, Serra da Glória e a Floresta dos Pinhos.
• Principal potencial: Turismo rural, ecoturismo e turismo-histórico cultural.
4.2. AREIAS

• População: 3.693 habitantes


• Atividades econômicas: Agricultura. Agropecuária. Indústrias de Pequeno Porte.
• Socioambiental: Parque Ecológico de Indaiatuba.
• Hospedagem: Média 2 hospedagens
• Educação: 96,80%
• Acessos: BR 116 e SP 68/54/58

Areias inicialmente foi Freguesia, criada em janeiro de 1748 com o nome de Santana da Paraíba
Nova, que servia de pouso para os tropeiros que de São Paulo e Minas Gerais, iam para o Rio de
Janeiro.

Em 1801, ganhou a denominação de Distrito de Paz. E em 28 de novembro de 1816, a pedido


dos moradores, D. João VI concedeu o título de Vila com o nome de Vila de São Miguel das
Areias, constituindo-se o único Município paulista por ordenação deste Monarca, no entanto,
substituiu a padroeira para São Miguel, em homenagem a seu filho, D. Miguel, muito embora o
povo continuasse venerando e comemorando Santana. Elevada à categoria de cidade em 24 de
março de 1857, passando a denominar-se Areias.

No ano de 1838, Areias pioneira na plantação de café chegava a produzir 100 mil arrobas tendo
anexado ao seu território as Freguesias de São Bom Jesus de Bananal, São José do Barreiro e São
João Batista de Queluz, que respectivamente se separaram de Areias em 1832, 1859 e 1842.

A cidade chegou a ser anexada à província do Rio de Janeiro, durante a Revolução de 1842, mas
já em 1843 retornava a condição de cidade do Estado de São Paulo. Apresentava também dois
jornais: O Areiense e o Mosquito, que podemos encontrar anúncios, cujo conteúdo nos mostra
certos aspectos do dia-a-dia.

Em 1857 foi alçada a Comarca que sediou no prédio erguido no ano de 1833 para abrigar a
Câmara de Vereadores e Cadeia, local onde o Escritor Monteiro Lobato exerceu o cargo de
Promotor Público do ano de 1907 a 1911.

O casario colonial da cidade revela sua pujança no século XIX, sendo de grande destaque a antiga
Casa da Câmara e Cadeia e atual Casa da Cultura, a Igreja Matriz Senhora Sant’Ana que iniciou
sua construção em 1792 e finalizou em 1874, o Hotel Solar Imperial que foi erguido em 1798
pelo Capitão-mor Gabriel Serafim da Silva e em agosto de 1822 serviu de pouso para Dom Pedro
I durante a viagem na qual Proclamaria a Independência do Brasil e as belas fazendas históricas.

No início do século XX com a decadência do café, os fazendeiros com suas fazendas hipotecadas
mudaram-se para outros pontos do Estado, e com isso a Areias foi perdendo sua opulência de
cidade progressista.

• Pontos turísticos: Igreja Matriz. Hotel Santana. Velha Figueira. Represa do Funil.
Cachoeira Quilombão.

• Principal potencial: Turismo Histórico Cultural. Ecoturismo.


4.3. BANANAL

• População: 10.220 habitantes


• Atividades econômicas: Turismo e Artesanato.
• Socioambiental: Estação Ecológica de Bananal.
• Hospedagem: Média 3 hospedagens
• Educação: 97,1%.
• Acessos: BR 116, SP 64, 68 e 247

Bananal foi erigida em uma região ocupada pela etnia indígena dos Puris. O aldeamento existiu
entre a Serra da Mantiqueira e florestas do Sertão do Bocaina, se estendendo até a região onde
se encontra a cidade. O rio que cortava a localidade foi batizado por eles com o nome Banani,
que significa “rio sinuoso”. O nome da cidade teria surgido daí.

Entre fins do século XVII e o início do século XVIII a região do Vale do Paraíba se tornou uma das
principais rotas e ponto de passagem do ouro das Minas Gerais, de Goiás e do Mato Grosso,
além do gado advindo do Rio Grande do Sul, recebendo o fluxo de tropeiros e viajantes. O trajeto
percorria o caminho que hoje fica entre Barra Mansa, Areias, Resende, Angra dos Reis e Bananal,
servindo de pouso para aqueles que se dirigiam ao Rio de Janeiro. Entre o rio Bananal e a Serra
da Carioca passava também a Estrada Geral, bastante utilizada por sua abundância de anil, muito
valorizado e utilizado na época como corante. Foi a primeira atividade econômica mais
expressiva no local por um período aproximado de 20 anos, desaparecendo no início do século
XIX.

Em 1770 foi aberto o “Caminho Novo”, estrada construída entre as capitanias de São Paulo e
Rio de Janeiro. O caminho por terra foi concebido como via alternativa às viagens marítimas,
que sofriam frequentes ataques de piratas e saqueadores. Em 1783, o governo colonial traçou
o objetivo de povoar o Caminho Novo e o Capitão-mor Manoel da Silva Reis recebeu a missão
de distribuir, a pessoas de sua confiança, 13 sesmarias criadas na região. A 9ª sesmaria, no rio
Bananal, foi destinada a João Barbosa de Camargo. Ele e sua esposa ergueram uma pequena
capela dedicada ao Senhor Bom Jesus do Livramento num local considerado o marco inicial da
localidade.

O Vale do Paraíba, que ficava a cargo de São Paulo, passou a ser desmembrado em vilas.
Primeiro, houve o desmembramento da Vila de Taubaté (1645), depois a Vila de Guaratinguetá
(1651) e Lorena (1788). Bananal pertenceu a todas elas. Em 26 de janeiro de 1811, Bananal foi
elevada à condição de paróquia. Após novo desmembramento, Bananal foi anexada à Vila de
São Miguel das Areias em 1816. Após 16 anos ansiando também por sua independência
administrativa, Bananal foi elevada à condição de Vila em 10 de julho de 1832 através de Decreto
Imperial. A Câmara Municipal foi instalada em 17 de março de 1833. Nos anos seguintes, sua
relevância política cresceu, alicerçada no ritmo de sua economia cafeeira. Em 1836, Bananal era
o segundo maior produtor de café da província de São Paulo. Progresso, população e riquezas
continuaram crescendo e disso resultou a Lei n° 17, de 03 de abril de 1849, que elevou Bananal
à condição de Cidade. Com a queda do café, as lavouras foram substituídas por algodão e
principalmente, a criação de gado leiteiro.

Grandes fazendas e palacetes urbanos são ainda o testemunho do período do café. Bananal
iniciou novo ciclo produtivo, voltado para o artesanato, com destaque os trabalhos em crochê
de barbante, a produção de cachaça e doces artesanais sendo que o governo estadual de São
Paulo, classificou a cidade de Bananal como Estância Turística. Em 1985 o Conselho de
Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de São Paulo, CONDEPHAAT, promoveu o
tombamento do núcleo urbano da cidade por seu valor histórico e arquitetônico. Várias sedes
de fazendas históricas se adequaram para atender a demanda de visitação e hospedagem.

• Pontos turísticos: Igreja Nossa Sra. do Rosário, Igreja Ns. Sra. Glória e Boa Morte,
Estação da Estrada de Ferro, Fazenda 3 Barras, Fazenda dos Coqueiros, Fazenda do
Resgate, Fazenda da Independência, Teatro Sta. Cecília, Chafariz, Cachoeira dos Pilões,
Cachoeira 7 Quedas e a Pedra do Frade.
• Principal potencial: Turismo rural, ecoturismo e turismo-histórico cultural.

4.4. CRUZEIRO

• População: 77.039 habitantes;


• Atividades econômicas: Comércio e Indústrias;
• Socioambiental: APA da Serra da Mantiqueira;
• Hospedagem: Média 6 hospedagens;
• Educação: 97,60%;
• Acessos: BR 116 e SP-52.

O povoamento da localidade onde hoje é Cruzeiro tem origens datadas do século XVIII, a partir
de um povoado da localidade conhecida por Embaú, que se desenvolveu devido ao ouro de
Minas Gerais, em terras pertencentes ao município de Lorena, próximo ao atual território de
Cruzeiro. Esse povoado provavelmente foi consequência do fato de que o território, onde hoje
é o município de Cruzeiro, era trecho da Estrada Real, caminho entre Minas Gerais e Paraty em
que passavam as expedições para a exploração do ouro do então Brasil colônia.

As rotas comerciais estabelecidas pelos mineiros que demandavam aos Porto de Parati e
Mambucaba fizeram surgir na região, então conhecida por Embaú, muitas roças dedicadas a
fornecer produtos de abastecimento aos tropeiros. Nessa área, o sargento-mor Antônio Lopes
de Lavra iniciou, em 1781, a construção da capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição do
Embaú, concluída seis anos depois.

Na povoação que ao lado da capela se formou, os primeiros povoadores passaram a


comercializar os produtos locais, logo aumentando o núcleo urbano. Assim, 1846, foi criada a
freguesia e elevada a categoria de Município, em 1871, com o nome de Conceição do cruzeiro,
invocando a Santa Padroeira e o antigo marco divisório, em forma de cruz, construído no alto
da serra, entre São Paulo e Minas Gerais.

Nesse ano, 1871, a Ferrovia Dom Pedro II, atual Central do Brasil, atingiu a povoação próxima,
Santo Antônio do Porto da Cachoeira ( Cachoeira Paulista ); o prolongamento do trecho Paulista,
que iniciou-se a partir de São Paulo, passava a oito quilômetro de Conceição do Cruzeiro, não
sendo possível alterar seu traçado. Assim, na fazenda Boa Vista, de propriedade de Manoel
Freitas Novaes, a Ferrovia instalou uma estação, ao lado da qual se formou um segundo
povoado, denominado Estação Cruzeiro. Em 1890, por considerar de utilidade pública, o
Governo desapropriou os terrenos compreendidos no distrito policial, criado dois anos antes,
totalizando 36,5 hectares.
• Pontos turísticos: O grande túnel. Garganta do Embaú. Pico do Itaguaré;
• Principal potencial: Rota para Minas Gerais. Ecoturismo. Comércio.

4.5. LAVRINHAS

• População: 6.590 habitantes;


• Atividades econômicas: Agricultura. Agropecuária. Industria de Pequeno Porte.
• Socioambiental: APA da Serra da Mantiqueira;
• Hospedagem: Média 7 hospedagens;
• Educação: 98,50%;
• Acessos: BR 116 acesso km 22.

O município de Lavrinhas teve origem no povoado fundado por Honório Fidélis do Espírito Santo
e Manoel Novaes da Cruz, em 1828, em torno da Capela de São Francisco de Paula, na localidade
denominada Pinheiros. Este povoado levou inicialmente o nome de São Francisco de Paula dos
Pinheiros e pertencia ao antigo território de Areias, com a elevação de Queluz a categoria de
Vila, em 1842, Pinheiros foi anexada ao território da nova vila.

Em 1873, com a passagem da Estrada de Ferro Dom Pedro II na região, os irmãos João Emidio
Ribeiro e Antônio Francisco Ribeiro doaram um terreno da Fazenda Lavrinhas, de sua
propriedade, para a E. F. D. Pedro II, com o objetivo de construir uma estação às margens da
Estrada de Ferro e assim atender a grande produção cafeeira da localidade. Em 12 de outubro
de 1874, foi inaugurada a Estação Ferroviária, sendo a segunda estação no eixo Rio de Janeiro –
São Paulo. Sua inauguração ocorreu com uma viagem feita pela locomotiva a vapor construída
por Willian Fair Bain & Sons de 1852. Em torno das estações das estradas de ferro, formaram os
núcleos de pequenas vilas que mais tarde se transformaram em cidades e Lavrinhas não fugiu a
regra.

Na zona rural, já começava a exploração de lenha e carvão vegetal para uso nas locomotivas e
caldeiras. A economia girava em torno do café e vestígios desses tempos ainda podem ver vistos
nos casarões existentes em toda a extensão do município. No entanto, o centro administrativo
e político permanecia em Pinheiros.

Aos 27 dias do mês de junho do ano de 1881, o presidente da Província de São Paulo, o Senador
do Império Sr. Florêncio Carlos de Abreu, sancionou a Lei nº 87 da Assembleia Provincial,
elevando São Francisco de Paula dos Pinheiros à categoria de município e desmembrando-o do
território de São João Batista de Queluz, mantendo ainda as mesmas divisas territoriais.

Em 1906 foi criado o Distrito de Lavrinhas e somente após o Decreto 1.021 de 06 de novembro
do mesmo ano, São Francisco de Paula dos Pinheiros passou a se chamar Pinheiros. Pelo
município, descia a estrada que vinha de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro, passando
por Queluz, Areias e demais cidades do atual Vale Histórico. Em 1914 chegaram os padres
Salesianos e perto da estação foi instalado o Colégio São Manoel, num terreno doado pelo
fazendeiro Coronel Manuel Pinto Horta.

A Lei nº 1.592, de 28/12/1917, criou o distrito de Lavrinhas, distante 6 km da sede de Pinheiros


e onde o Coronel Manoel Pinto Horta, grande benfeitor e político influente teve a efetiva
participação. Destaca-se como contribuição do Cel. Horta para a cidade a construção de grande
parte dos prédios residenciais, industriais e comerciais, as expensas próprias e em terrenos de
sua propriedade...

Em 1929 com a famosa queda da Bolsa de Nova Iorque os fazendeiros de café se enfraqueceram.
Agravando a situação, as Revoluções de 1930 e 1932 deixaram o município ainda mais
vulnerável, dando chance aos políticos de Queluz incorporarem novamente Pinheiros àquele
município. Em 1936 houve eleição municipal, tornando-se prefeito o Sr. Sebastião Novaes e um
ano após sua eleição, em 1937, Pinheiros volta a se tornar independente.

O distrito de Lavrinhas viu sua população aumentar, a economia crescer e foi se impondo como
candidato à sede de município, o que realmente veio acontecer no ano de 1944, para desgostos
dos pinheirenses. Também contribuiu para o declínio de Pinheiros, a construção da Rodovia
Presidente Dutra, pois a estrada que vinha de Minas Gerais indo em direção ao Rio de Janeiro
não passava mais por Pinheiros. Em 1945 a Câmara Municipal foi instalada definitivamente em
Lavrinhas.

Na década de 60, com a extinção das matas locais, devido à exploração de carvão, lenha, e café,
uma nova atividade surgiu: a pecuária leiteira. Posteriormente desenvolveu-se a exploração de
bauxita e outros minérios, ocupando grande parte da mão de obra local, até os dias de hoje.

Nos últimos anos com o desenvolvimento da indústria e do comércio, surgiram também alguns
balneários, pesqueiros, pousadas, bares e lanchonetes que atraem pessoas de outros cidades
da região para apreciar as belezas naturais da cidade. O turismo passou então a representar
importante fonte de renda e de crescimento para o município.

Lavrinhas conta hoje com cinco bairros assim denominados: Centro, Pinheiros, Capela do Jacu,
Jardim Mavisou e Village Campestre e ainda uma vasta Zona Rural.

A origem do nome Lavrinhas: Conforme comprova antigo manuscrito datado de 03 de setembro


de 1845, pertencente ao Arquivo Público de Queluz, o nome LAVRINHA teve origem do fato de
encontrarem no local uma pequena lavra de ouro. Onde foi fundada a atual sede do município,
outras pequenas lavras foram surgindo, daí o topônimo LAVRINHAS, nome que até hoje é
conservado.

• Pontos turísticos: Pedra da Mina. Cantinho Da Beel. Rancho do Zé João Balneário


Pousada. Capela do Jacu. Pedreira - Rio do Braço;
• Principal potencial: Ecoturismo.

4.6. QUELUZ

• População: 11.325 habitantes


• Atividades econômicas: Agricultura. Pecuária. Serviços. Artesanato infantil.
• Socioambiental: APA da Serra da Mantiqueira
• Hospedagem: Média 2 hospedagens
• Educação: 98%
• Acessos: BR 116 e SP 68/54/58

Queluz teve sua origem em um aldeamento de índios Purus, aos quais foram concedidas as
terras em que viviam no território de Lorena, em 1801, pelo Capitão-General Antônio Manoel
de Melo Castro e Mendonça, sob a direção espiritual do sacerdote paulista Padre Francisco das
Chagas Lima, com a denominação de Aldeia São João de Queluz, em homenagem ao nome do
príncipe real de Portugal D. João, depois Rei de Portugal, com o nome de D. João VI.
Instalada a aldeia, as antigas ocas foram substituídas por casebres de alvenaria, sob orientação
do Capitão Januário Nunes da Silva. O padre Francisco das Chagas Lima foi substituído em 1808
por José Francisco Rebouças de Palmas, que construiu a antiga capela de Nossa Senhora do
Rosário no local onde hoje se encontra a Igreja Matriz erigida pelo Alferes José Antônio Dias
Novaes.

Em pouco tempo a povoação progrediu social e politicamente, reforçada pela forte economia
baseada na cana-de-açúcar, milho, café e pecuária. Nessa época foi construída a antiga ponte
sobre o Rio Paraíba, mais tarde demolida por motivos estratégicos durante a Revolução
Constitucionalista de 1842. Essa demolição provocou um estrangulamento no desenvolvimento
de Queluz, somente reativado a partir da implantação da Rodovia Presidente Dutra (BR116) e
consequente industrialização do Vale do Paraíba, apesar da povoação já estar ligada a outros
centros pela Estrada de Ferro Central do Brasil, desde o final do século XIX.

• Pontos turísticos: Estação Ferroviária. Prédio do Fórum. Casa de Malba Tahan.


Sede da Faz. Restauração. Bica da Pedrerinha. Represa do Funil. Mirante da Serra da
Mantiqueira. Cachoeira das 3 quedas;
• Principal potencial: Ecoturismo. Turismo Rural.

4.7. SÃO JOSÉ DO BARREIRO

• População: 4.097 habitantes;


• Atividades econômicas: Agricultura. Pecuária Leiteira. Turismo;
• Socioambiental: Reserva Ambiental da Bocaina;
• Hospedagem: Média 6 hospedagens
• Educação: 95,50%
• Acessos: BR 116 e SP 221

Ainda no século XVIII, descendo a Serra do Mar o capitão Fortunato Pereira Leite e seu cunhado
João Ferreira de Souza, com seus familiares vindos de Pouso Alto, se detiveram num local de
difícil passagem. Aí foi erguida uma capela dedicada a São José, passando o povoado a ser
conhecido com São José do Barreiro, nome que conservou ao ser elevado à vila em 1859.

• Pontos turísticos: Represa do Funil. Cachoeira do Veado. Água Santa. Igreja de S. José.
Gruta Sertão da Onça. Cachoeira do Gordo. Cascara MW. Pico do Gavião. Pç Cel. Cunha
Lara;

• Principal potencial: Turismo Histórico Cultural. Ecoturismo e Turismos Rural.


4.8. SILVEIRAS

• População: 5.792 habitantes;


• Atividades econômicas: Pecuária Leiteira. Agricultura. Artesanato;
• Socioambiental: Parque Ecológico da Cascata;
• Hospedagem: Média 6 hospedagens;
• Educação: 98,20%;
• Acessos: SP 68

Silveiras surgiu ao final do século XVIII em torno de um rancho de tropas, o da família Silveira –
daí o seu nome. “Vamos lá para os Silveiras”. Logo, outros “ranchos” foram se instalando, com
destaque para as famílias Guedes, Siqueira, Ventura de Abreu, Santos, Bueno, dentre outros.
Seus bairros denominados Macacos e Bom Jesus – encosta da Serra da Bocaina e em direção à
Cunha e Paraty surgiram antes, também em torno de tropeiros, já em pleno ciclo de ouro – na
saga da “trilha entre Minas Gerais e os portos de Mambucada e Paraty”.

O desenvolvimento foi acelerado já nos primeiros anos do século XIX com a chegada do café, e
em 1830 surgia a Freguesia dos Silveiras, no enorme município de Lorena. Freguesia – era a
definição da época caracterizando a implantação da Paróquia homenageando Nossa Senhora da
Conceição de Silveiras, fortalecendo a capela antiga surgida em 1780, erguida no mesmo local
onde está a Matriz.

Com o desenvolvimento constante, a freguesia foi elevada à condição de Vila em 1842 –


desmembrando-se de Lorena e tendo a Nossa Senhora da Conceição, como padroeira. Vale
registrar, que a solicitação para a criação da Vila surgiu dos próprios silveirenses assegurando
condições de independência e vida autônoma para a Vila.

Naquela época viviam em Silveiras 3.300 homens livres e entre 1.600 e 1.700 escravos de origem
africana.

Foi um período dramático para Silveiras. A Revolução Liberal explodiu no Brasil e o nosso
município foi palco doloroso de combates. Sangrentos encontros deixaram 56 chefes de família
assassinados pelas tropas do então Barão de Caxias na manhã de 12 de julho de 1842, e aí estão
as trincheiras – para testemunhar aquela tragédia. Essas mesmas trincheiras foram reabertas
em 1932 por ocasião da Revolução Constituinte, marcas profundas do civismo nesta terra.

As marcas da Revolução Liberal de 1842 foram tão dramáticas que a reconstrução de Silveiras
levou mais de dois anos e a implantação da Vila dos Silveiras só viria ocorrer no dia 7 de
setembro de 1844 quando ocorreu a eleição dos primeiros vereadores.

Silveiras no século XIX foi o mais importante núcleo de serviços dedicado ao tropeirismo do
Brasil. Nossos “ranchos” atendiam aos tropeiros e suas tropas que faziam as “trilhas do ouro” e
da “independência” (São Paulo X Rio de Janeiro – Café).

Em 1864, Silveiras passou para Cidade e em 1888 foi implantada a Comarca. Com a desativação
e enfraquecimento das “Minas Gerais”, o café que se transferiu para novas terras (oeste
paulista), a estrada de ferro que não passou do município, a abolição da escravidão dos negros,
a república (mudança da ordem política), ocorre o êxodo da População local e a decadências
atinge a comunidade. Chegamos a ter mais de 25.000 habitantes – o 4º município mais populoso
do Vale do Rio Paraíba Paulista.
A Comarca foi extinta em 1938. E cada vez mais se percebeu a perda das atividades comerciais.
Mesmo com a abertura da estrada Rodovia Rio X São Paulo em 1928 o destino esteve
determinado.

A partir de 1978, um movimento comunitário denominado Silveiras agilizou a valorização do


patrimônio cultural e ambiental local, resultando na interrupção da decadência com o
falecimento do artesanato (exportado para vários países do mundo – milhares de pessoas
gravitam na atividade). O “tropeirismo” (o mais importante núcleo de estudos do setor no Brasil
– acervo enorme biblioteca, peças históricas, casarão tropeiro). Fundação Nacional do
tropeirismo, estátua / praça / Rancho dos Tropeiros e a Estrada dos Tropeiros que liga o
município à Via Dutra no Km 34 no sentido São Paulo X Rio de Janeiro e atinge o Estado do Rio
de Janeiro no município de Bananal / Barra Mansa. O município recebe turistas nos setores de
cultura, História, ecologia, religião, gastronomia, artes populares. Hotéis surgem na zona rural e
o turismo rural já se consolida.

A decadência está interrompida. Residências de bom gosto, o convívio social se consolida e a


qualidade de vida local melhora visivelmente graças à ação dos jovens políticos e os benefícios
do município por ser a primeira Área de Proteção Ambiental do Estado de São Paulo X Minas
Gerais. Para isto, ocorrem cursos constantes de instituições universitárias, governamentais e
ONGs, para que isto seja atingido pela População local.

• Pontos turísticos: Praça Central. Caminho Imperial. Nascente do Paraitinga.


Cachoeira do Ronco d'agua. Cachoeira do Paraitinga.

• Principal potencial: Turismo de Compra. Gastronomia. Turismo Religioso e Rural.


Ecoturismo.

5. RESULTADOS

Os resultados obtidos a partir das análises e levantamentos de dados, observa-se algumas das
potencialidades, problemáticas e diretrizes listadas a seguir, as quais encontram-se presentes
nos municípios apresentados anteriormente.

5.1. POTENCIALIDADES

• Por serem cidades pequenas, o custo de vida é baixo e há segurança.


• Há vagas nas escolas públicas para que todas crianças sejam matriculadas.
• Iniciativas para impulsionar e divulgar o turismo, mesmo que ainda precário.
• As cidades possuem fácil acesso rodoviário pelas Rodovias Presidente Dutra e Rodovia
dos Tropeiros. Além de estar em uma localização estratégica entre dois grandes
polos emissores (SP e RJ).
• Apesar de pouco disseminado o turismo, as cidades recebem grande quantidade de
turistas, e a maioria pretende voltar;
• Na cidade de São José do Barreiro fica a entrada do parque nacional da Serra da
Bocaina;
• Todo o lixo urbano é recolhido pela coleta seletiva na cidade;
• Apresentam bom IDHM e boas taxas de educação e saúde;
• Agricultura e agropecuária muito diversas, entre elas estão: o cultivo de milho, a cana
de açúcar, criação de gado, suínos, equinos, bubalinos…)
• Possui variados tipos de turismo com a possibilidade de ampliamento, seja, ecológico,
histórico (fazendas), artesanato, religioso…).

5.2. PROBLEMÁTICAS

• Precariedade das estradas rurais e pouca oferta de transporte regular para a


população;
• Sinal telefônico ruim na área rural;
• Há falta de controle nas visitas do parque estadual da Serra da Bocaina, acarretando
atividades ilegais dentro do parque;
• Ausência de plano diretor na maioria das cidades (Só Cruzeiro e Aparei possuem);
• Evasão de jovens formados na cidade devido a pouca oportunidade de emprego e
predomínio do trabalho informal;
• Baixa oferta de cursos técnicos e profissionalizantes para a população;
• Pouca oferta e divulgação da gastronomia local;
• Nos pontos turísticos há falta de acessibilidade;
• O saneamento básico ainda não é totalmente por rede de esgoto, na área rural ainda
existem fossas.

5.3. DIRETRIZES

A importância da atividade turística como indutora do desenvolvimento depende não somente


da existência dos recursos naturais e culturais, mas de uma ação de planejamento e gestão eficaz
e integrada entre o poder público e a iniciativa privada. Desta forma, é preciso incorporar um
conjunto de ações estruturadoras que elevem o nível de atratividade e competitividade desses
recursos, de modo a transformá-los, efetivamente, em produtos turísticos.

O primeiro passo para impulsionar o turismo é identificar a necessidade de cada município,


depois buscar meios para suprir essa carência.

Feito essa análise, seriam proporcionados métodos para a qualificação de profissionais para
trabalharem na área, já que precisam de uma preparação especial para receber os turistas. Isso
inclui cursos técnicos presenciais e a distância, workshops, apostilas, entre outros. Essa
alternativa ajudaria a diminuir a evasão dos jovens das cidades, reclamação comum entre os
moradores. Depois da preparação da população, órgãos públicos como prefeituras, precisam
estar de acordo para apoiar, incentivar e organizar a criação de planos e eventos turísticos
municipais e até mesmo regionais.

Após todo esse processo de ordenação, espera-se que a divulgação das cidades aumente
para alcançar um maior número de pessoas, através de panfletos, jornais digitais e telejornais.
Apesar de pouco conhecido, as cidades possuem festas típicas. Silveiras, por exemplo, tem a
festa do Tropeiro e do Içá (inseto comum na culinária local), Queluz tem a festa da Moranga e
da Mandioca, entre outras. Festas que são muito populares nas cidades, mas não atravessam
para outras. Com essa difusão, o esperado é que a renda das cidades aumente, favorecendo o
comércio local e rural.
Outro ponto importante é a promoção e comercialização de produtos típicos das cidades,
como doces, bebidas, artesanato, entre outras coisas mais, para que cada turista possa levar um
pouco da região para a casa, e assim, espalhando os costumes, o que se torna primordial para
que mais pessoas se sintam atraídas a conhecer. Além do turismo Ecológico que é forte na
região, e para estimular cada vez mais essa atividade seria ideal a instalação de agências
especializadas na venda deste produto.

Todo esse esforço e a aplicação não seria possível sem a formulação de um Plano Turístico para
as cidades.

6. CONCLUSÕES

Uma cidade tematizada, posta à disposição do turismo de massa, serve para ser consumida, para
que os visitantes façam o uso dela. Em suma, a tematização exige a criação de lugares e a
especialização funcional da cidade, que deve oferecer sua complexidade para que seja
consumida rapidamente. É necessário saber integrar e respeitar o entorno social e cultural já
existente, esses processos podem ser mortais para a vitalidade das cidades, e no fim das contas
do próprio turismo.

No entanto, a conclusão que podemos chegar é que os municípios os quais compõem a Sub-
Região 4, apesar de serem cidades com grande potencialidade turística, a falta de informação e
divulgação impede que essa especulação seja maior.

Considerando os objetivos deste trabalho e pesquisa, esperamos atingir uma melhora


significativa na vida das famílias que optarem por aprimorar seus conhecimentos, de forma que
o turismo e o comércio da região sejam enriquecidos e divulgados para as cidades de toda região
do Vale do Paraíba e Litoral Norte, por meio das diretrizes. Além de popularizar as festas típicas
e acontecimentos das cidades, a divulgação pode fazer com que a rotina de diversas pessoas
mude e que a cidade tenha algo a mais para oferecer aos seus moradores e turistas. Então traçar
critérios para o melhor planejamento é essencial para a discussão.

A única alternativa para que se consiga que os tecidos urbanos históricos não sejam engolidos
pelo sistema turístico e seus habitantes não sejam paulatinamente expulsos radica em conseguir
que as administrações e os operadores turísticos invistam na qualidade de vida desses lugares
por meio de cotas, impostos e taxas. Isto é, benefícios do turismo devem ser repartidos entre
todos e todas, potencializando lógicas de redistribuição do sucesso: favorecendo políticas sociais
de moradia; revisando continuamente o plano de usos; promovendo a qualidade e manutenção
do espaço público.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ELETRÔNICAS

MONTANER, Josep Maria. Arquitetura e Política. O TURISMO E A TEMATIZAÇÃO DAS CIDADES,


2014.

MAGALHÃES, Claudia Freitas. Diretrizes para o Turismo Sustentável Em Municípios, 2002.

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/saopaulo/cruzeiro.pdf

https://www.eco.unicamp.br/neit/images/stories/arquivos/O_SEGMENTO_DE_AGENCIAS_E_
OPERADORAS_DE_VIAGENS_E_TURISMO.pdf

http://www.turismo.gov.br/images/Diretrizes_Estrategicas_PRODETUR_Turismo.pdf

https://ovalehistorico.blogspot.com/

http://www.scielo.br/pdf/topoi/v18n34/2237-101X-topoi-18-34-00196.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142010000100004

http://caminhosdacorte.com.br/cidades/arapei/

https://www.guiavaledoparaiba.com.br/silveiras

https://www.guiavalehistorico.com/historia-cidades.php?id_cidade=4

https://img.travessa.com.br/capitulo/7_LETRAS/VALE_DO_PARAIBA_E_O_IMPERIO_DO_BRASI
L_NOS_QUADROS_DA_SEGUNDA_ESCREVIDAO_O-9788542103687.pdf

https://misteriosdovale.blogspot.com/2011/04/misterios-do-vale-em-queluz-bananal.html

https://mundoergonomia.com.br/regiao-metropolitana-do-vale-do-paraiba-e-litoral-norte/

http://queluz.sp.gov.br/historia/

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