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13/04/2020 TÓPICO

ANÁLISE DA ÁRVORE DE FALHA


(FTA - Fault tree analysis)
Apresentar o modo de aplicação do FTA.

NESTE TÓPICO
 Análise da árvore de falha -
FTA

AUTOR(A)
PROF.
  
ELIACY
CAVALCANTI 
LELIS
AUTOR(A)
PROF.
IVAN
LUIZ
LARANJEIRAS
SILVA

Análise da árvore de falha - FTA


 

FTA do inglês Fault Tree Analysis , Árvore de


Análise de Falhas, é uma ferramenta que permite
analisar desde sistemas simples, até sistemas
complexos, e pode ser utilizada não apenas para a
análise da confiabilidade e/ou melhorias e
modificações, mas, de uma forma geral, na

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determinação das causas potenciais de um


acidente ocorrer ou de um sistema complexo
falhar.

Esta técnica foi criada e desenvolvida por H.


A.Watson no início dos anos 1.960, nos
laboratórios Bell, para a Força Aérea dos Estados
Unidos da América.

Segundo Slack et al. (2002) a FTA é um


procedimento lógico que começa com uma falha
ou uma falha potencial e trabalha "para trás", com
a finalidade de identificar todas as possíveis
causas e, portanto, as origens dessa falha.

Para Fogliatto e Ribeiro (2009) a FTA é uma


técnica analítica que especifica as condições que
acarretam em um estado indesejado do sistema.
Ele exige que se desenvolva um modelo em que
são especificadas as dependências entre os
componentes do sistema. Ele permite que sejam
calculadas as probabilidades de ocorrência dos
eventos analisados.

Para confecção da árvore inicia-se pelo evento de


topo que é a condição ou falha a ser evitada, e
utiliza-se uma coleção de símbolos que
representam eventos e operadores lógicos.

A figura a seguir mostra a simbologia de


representação dos eventos.

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Figura 1 - Eventos no FTA

Fonte: Fonte: Fogliatto e Ribeiro (2009)

As funções dos eventos são as seguintes:

Retângulo: Evento que resulta da combinação


de vários eventos básicos. Pode ser mais
desenvolvido.

Círculo: Evento/ Falta básica, que não requer


maiores desenvolvimentos.

Casa: Um evento básico esperado de ocorrer


em condições normais de operação.

Diamante: Como o retângulo, mas não há


interesse ou não é possível desenvolvê-lo
mais.

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Triângulo: Símbolo de transferência.

Os operadores lógicos são mostrados na Figura 2.

Figura 2 - Operadores lógicos na FTA

Fonte: Fogliatto e Ribeiro (2009)

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A descrição dos operadores lógicos considera o


Output, o evento “acima”, ou seja, o evento que foi
causado pela relação com os eventos “abaixo”,
Inputs.

E: Output só ocorre se todos os inputs


ocorrerem;

OU: Output ocorre quando ao menos um dos


inputs ocorrerem;

E r/n: Output só ocorre se r dos n eventos


ocorrerem

E Condicional: Output só ocorre se todos os


inputs ocorrerem e a condição for satisfeita;

Segundo Fogliatto e Ribeiro (2009), os eventos


utilizados com maior frequência são o círculo e o
retângulo. O círculo corresponde a uma causa
básica, cuja probabilidade de ocorrência deve ser
informada. O retângulo corresponde a um evento
resultante da combinação de causas básicas, cuja
probabilidade de ocorrência será calculada. E
ainda, que os operadores lógicos utilizados com
maior frequência são o “E” e o “OU”. O “E”
representa uma condição mais segura,
correspondente a um sistema em paralelo, em que
a falha só ocorre se todos os componentes
falharem. O “OU” representa uma situação menos
segura, correspondente a um sistema em série,
cuja falha ocorre se qualquer um dos
componentes falharem.

Fogliatto e Ribeiro (2009) também definem dez


etapas para a aplicação do método da FTA.

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1. Definir evento de topo e a equipe de estudo;

2. Definir interfaces (limites) do sistema de


análise;

3. Análise preliminar do sistema e definição das


informações que precisam ser reunidas;

4. Coleta de dados;

5. Construção da árvore de falhas;

6. Revisão da árvore de falhas;

7. Determinação das probabilidades de


ocorrência das causas básicas;

8. Determinação das probabilidades de


ocorrência do evento de topo

9. Detalhamento das ações de correção e


melhoria;

10. Acompanhamento das ações de correção e


melhoria;

Na manutenção, a montagem da árvore de falha


inicia-se com a identificação do componente que
falhou ou tem a maior probabilidade de falha, o
qual deve ser postado no topo da árvore, e abaixo
são listados os componentes que fazem parte do
sistema e estão interligados com este
componente. Aos componentes abaixo dele, são
listados os modos de falhas aos quais estão
suscetíveis.

Vejamos um exemplo de aplicação da FTA para


falha na porta de um compactador de fibras,
baseado em Schmitt (2013).

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Figura 3 - Exemplo de aplicação de FTA.

Fonte: Schmitt (2013)

O problema apresentado é a falha no trinco da


porta do compactador de fibras, para que esta
falha ocorra é mostrado que deve ocorrer o evento
“Trinco aberto” E o evento “Falha no sensor
indicando porta fechada”. Neste caso o operador
lógico é E, assim ambos eventos devem ocorrer
para que o evento de falha ocorra.

Este evento pode ser motivado pelos eventos


“Cabo danificado” OU “Falha no sinal (Sensor
CLP)” OU “Falha interna na eletrônica do sensor”.
Neste caso estes três eventos não têm que ocorrer

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simultaneamente para que a falha ocorra, por que


o operador lógico é OU. Se ocorrer um OU outro, o
evento ocorrerá.

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