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INTERDISCIPLINAR 2018.

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ESTÉTICA E COSMÉTICA

TÉCNICAS FACIAIS: MICROAGULHAMENTO

Alunos: Anna Katarina, Anne Karolynne Lima Ferreira, Bárbara Thainá Silva de
Araújo, Bruna Alves, Conceição Maria da Silva, Emanuelle Silva Cavalcanti de
Oliveira, Francisca Pereira Neris, Luana de Sousa Arraes, Marcela Maria da Silva,
Valdjane Balbino da Silva, Vaneide Souza Costa.
e-mail do responsável do trabalho: emanuellecavalcantith@gmail.com
Professor fomentador: Carlos Henrique

Instituto Brasileiro de Saúde (IBS)


Curso de Estética e Cosmética – Interdisciplinar 2018.2
Recife, PE.

Palavras-chave: Microperfurações, estimulação, colágeno.

1.INTRODUÇÃO

A busca por padrões de beleza, saúde e longevidade são objetivos almejados


pela humanidade ao longo dos séculos. O conceito de saúde abrange um completo
bem-estar físico psíquico e social, sendo possível compreender que a patologia
estética representa uma ameaça à integridade emocional do indivíduo, resultante de
uma alteração do esquema e da imagem corporal que, consequentemente, reflete
na sua autoestima (MEYER, P. F. et al.,2003).
Entre os inúmeros tratamentos terapêuticos encontra-se o microagulhamento,
que visa a estimulação de fibroblastos e a regeneração cutânea. O
microagulhamento, utiliza-se de agulhas longas o suficiente para atingir a derme e
desencadear, com o sangramento, estímulo inflamatório que resulta na produção de
colágeno (LIMA, E. A. et al., 2013).

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


• Descrever os benefícios da utilização do microagulhamento para tratamentos
de rugas, sulcos, rejuvenescimento facial e cicatrizes.

2.2 Objetivos Específicos


• Analisar os efeitos fisiológicos do microagulhamento no corpo humano;
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• Informar os métodos e as técnicas do microagulhamento.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, mediante a busca de artigos e livros,


dos anos de 2010 á 2018, na base de dados do google acadêmico, no período dos
meses de agosto á outubro do ano de 2018. Dentro desta amostra, foi realizado um
procedimento de análise dos resumos dos artigos identificados nas bases de dados
citadas, avaliando a organização das informações e compreendendo as principais
idéias expostas para contribuição da pesquisa.

4. RESULTADOS E DISCURSÕES

A técnica surgiu pela primeira vez por Orentreich e Orentreich(1995),


difundida com o nome de "subcisão" ou agulhamento dérmico, que consiste na
utilização de agulhas com o objetivo de estimular a produção de colágeno no
tratamento de cicatrizes e rugas. Estes estudos foram confirmados por outros
autores, baseando-se no preceito de ruptura e remoção do colágeno e elastina
(LIMA, et al, 2013).

O aparelho para microagulhamento foi desenvolvido por Desmond Fernandes


(2006), o qual foi registrado com o nome de "Dermaroller" (ALETHEA, 2013). O
dermaroller é cilindro com 192 microagulhas que variam de 0,25 a 3mm de
comprimento e têm 0,1mm de diâmetro utilizado uma só vez, em vai e vem, sendo
firmemente pressionado (MAJID,2009). As agulhas penetram o estrato córneo e
criam microcondutos que se estendem até a derme, provocando mínimo dano à
epiderme, que se recupera rapidamente (EL-DOMYATI,2015). O procedimento pode
ser feito com anestesia tópica aplicada cerca de 45 minutos antes, e o dermaroller
deve ser friccionado de 15 a 20 vezes na direção horizontal, vertical e oblíqua, sob
pressão vertical média (LIMA,2013).
O microagulhamento se revela como técnica com bom custo/benefício por ser
economicamente mais viável, apresentar boa resposta e não levar o paciente ao
afastamento de suas atividades diárias(LIMA,2016).
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A técnica é aplicada a pele com o objetivo de gerar múltiplas micropunturas,


resultando em estímulo inflamatório e produção de colágeno, tem sido descrita como
indução percutânea de colágeno (IPC). Inicialmente, ocorre a perda da integridade
da barreira cutânea, tendo como alvo a dissociação dos queratinócitos, liberação de
citocinas, resultando em vasodilatação dérmica e migração de queratinócitos para
restaurar o dano epidérmico.(FERNANDES,2006)(BAL et al.2008). Os fibroblastos e
ceratinócitos são estimulados seguindo-se a produção de colágeno tipo III, elastina,
glicosaminoglicanos e proteoglicanos e formação da matriz de fibronectina,
possibilitando assim o depósito de colágeno logo abaixo da camada basal da
epiderme (LIMA et al, 2013).
A alopécia androgenética é um distúrbio geneticamente determinado,
caracterizado pela conservação gradual de pelos terminais em pelos finos. Ainda
existe muitas dúvidas quanto a etiologia da patologia e muitas diferenças no que diz
respeito as causas e manifestações clínicas no sexo masculino e feminino. Os
efeitos adversos da alopécia androgenética são predominantemente de natureza
psicosocial, o que não torna a busca por seu tratamento menos importante. A
inoculação de ativos na pele com auxílio de agulhas foi proposta há mais de 50 anos
e tem como fundamento básico a infiltração de microdoses de um determinado ativo
no plano intradérmico da região a ser tratada(intradermoterapia). (LIMA, 2016).
O microagulhamento recentemente foi incluido no arsenal terapeutico da
alopécia androgenética por liberar fatores de crescimento derivados de plaquetas,
fatores de crescimento epidérmicos, por ativar regeneração através de feridas, ativar
células-tronco no bulbo e levar a superexpressão de genes relacionados ao
crescimento de cabelos(JEONG,2013).
O indução percutânea de colágeno também pode ser utilizada no tratamento
das cicatrizes, que são um fenômeno preocupante e indesejado principalmente
quando ocorre no rosto(WIZE, 2009). Quase todos os tipos de cicatrizes podem ser
tratadas com microagulhamento que tem como objetivo proporcionar um estímulo na
produção de colágeno, melhorar a qualidade de cicatrizes e construção do tecido
cicatricial ao nível da pele normal, preservando a epiderme e promovendo colágeno
e elastina (AUST et al, 2008). Tendo mais eficácia em cicatrizes normotróficas ou
atróficas do que em cicatrizes mais elevadas já que a sua resistência é maior(LIMA,
2016).
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Os equipamentos de roller devem estar registrados na ANVISA. No Brasil são


de uso único e devem ser descartados após o uso, portanto seu reprocessamento é
proibido segundo as normas da ANVISA, não utilizar o aparelho na mesma cliente,
por 2, 3, 5, 10 vezes independe de marca. Os rollers não podem ser descartados em
lixo comum, são considerados materiais perfuro cortantes e devem ser descartados
em locais específicos para essa finalidade respeitando as normas de
biossegurança(NEGRÃO,2015).

5. CONSIDERAÇÔES FINAIS
Conclui-se que microagulhamento é um tratamento inovador que tem como
objetivo ativação dos fibroblastos. O tecnólogo em estética qualificado pode atuar,
cabendo ao profissional da área identificar a necessidade do cliente para a prática
do procedimento.

6. REFERÊNCIAS

ALETHEA, T. Microagulhamento, Disponivel em :


http://www.negocioestetica.com.br/tag/tricia-alethea/. 2013. Acesso em: 02 de
Setembro de 2017.

CONTIN,L.A.Alopecia androgenética masculina tratada com microagulhamento


isolado e associado a minoxidil injetável pela técnica de microinfusão de
medicamentos pela pele. Revista Surgical & Cosmetic Dermatology, vol.8, núm.2
p.158-161,2016.

LIMA, E.A.IPCA - Indução percutânea de colágeno com agulhas.Rio de janeiro:


Guanabara Koogan, ed. 1, 2016.

SILVA, M.L., ROSA, P.V.,SILVA, V.G. Análise dos efeitos da utilização da


microgalvanopuntura e do microagulhamento no tratamento das estrias
atróficas. Revista biomatriz, v.11, n1, p.49-63, 2017.

NEGRÃO, M. Microagulhamento: Perigo a vista, Disponível em:


https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/microagulhamento-perigo-a-vista/ .
2015. Acesso em: 20 de Setembro de 2017.

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