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Concerto dos
“Ventos da
Líria”
Clube de Castelo,
“Feira do Livro
Regional da Beira
Baixa | 4-8 /10/06
org. CCT e
Clube de Castelo Branco
07 | “Leitores de Camilo”
por Eng. Manuel Lopes Dias
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93. APRESENTAÇÃO DO MAGAZINE ARTES, n.º 11 (OUT/2003), com Pedro Teixeira Neves (dir.), 5
Outubro de 2003, 16h, AGE, CB
95. EDUCAÇÃO, CULTURA, LITERATURA E MÚSICA DA LUSOFONIA, com: Prof. Dr. Pires Laranjeira e
Prof. Marco Tureta, com lançamento do CD “Cadeia Alimentar” de Marco Tureta, 8 de Novembro de 2003,
Resumo das tertúlias da 91.ª à 105.ª de 130
99. EXPOSIÇÃO DE ARTES DECORATIVAS DE TELMO, Bibl. Mun. Aquilino Ribeiro, V. N. Paiva,
4/Dez/2003 a 2/Jan/2004
100. TERTÚLIA SOBRE A ADOPÇÃO À LUZ DA NOVA LEI, 15 de Janeiro de 2004, 21h 30m, café Canecão,
V. N. Paiva.
101. TERTÚLIA SOBRE A IMIGRAÇÃO: A QUEM SERVE A CLANDESTINIDADE? Com: Carlos Vieira e
Castro (Olho Vivo), Isabel Bordalo (Dir. J. do Centro) e Sergei Vovk (imigr. ucraniano), 28 de Janeiro de
2004, 21h 30m, café Sátão (Sátão).
103. Tertúlia "CENTRO SANITARIO TRANSFRONTERIZO", c/: Dr. Jose M. Francia, Dr. Carlos Almeida e
Dr.ª Rita Moreira, Centro Cultural "El Porvenir", Cidade Rodrigo, 17 de Abril de 2004, 17h, org. Tertúlia
“Los Escudos IV” e Casa Comum das Tertúlias.
104. A 25 de Abril de 2004, organizamos com a Tertúlia “Los Escudos IV”, a TERTÚLIA “O 25 DE ABRIL
VISTO DE ESPANHA”, com Dr. JOAQUÍN MARTIN HERNÁNDEZ, Bibl. Mun. C. Branco, 15h, Comem.
30 anos da "Revolução dos Cravos".
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http://casacomumdastertulias.blogspot.com
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http://fanzinetertuliando.blogspot.com
Fanzine da Casa Comum das Tertúlias Tertuliando
Luís Norberto Lourenço
Editorial
Durante estes meses que se passaram sem
edição da fanzine várias tertúlias e outras iniciativas
se realizaram, de algumas delas se dará conta com
“Nem oásis, fotos das iniciativas: sumariamente: uma visita
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da “Tertulia Rona Dalba”.
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Tertuliando Fanzine da Casa Comum das Tertúlias
Há muito, muito tempo, ainda era uma António Carlos Almeida
criança costumavam-me contar histórias à mesa
para me distraírem. Dessas histórias ficou a
Uma forma de comer há
curiosidade desses tempos e de imaginar o que milénios antes de Cristo
no passado os povos da Antiguidade Oriental,
nomeadamente os egípcios podiam comer. As cheias do Nilo eram meninas caprichosas pois eram
A nossa história de hoje centra-se elas que transformavam a economia do Egipto num
simplesmente nos seus hábitos alimentares, já período de estabilidade ou crise financeira. Dali nasciam
que de uma certa maneira podemos retirar as colheitas de trigo e cevada que se transformavam em
informações a partir deles, os seus costumes, a alimentos base desta civilização: O pão e a cerveja que
altura em que cultivavam determinados era necessário estarem frescos, mas podiam ser
alimentos, que posição determinadas carnes incluídos em diferentes ingredientes como demonstram
tinham nalgumas classes sociais e de que forma a cenas tumulares. Essas cenas incluíam cenas desde a
elas podiam transmitir esse mesmo poder. tritura do trigo num pilão onde os operários separavam o
Por isso o caminho que iremos fazer hoje grão, peneiravam-no e moíam-no. Depois basta
irá permitir-nos conhecer um pouco melhor estes imaginá-lo a fumegar a dar entrada numa mesa egípcia
homens e mulheres, de que forma eles com figos ou ainda aromatizados com grão de joio. E a
representavam essas iguarias nos seus túmulos cerveja?
para os fazerem acompanhar na outra vida. Tal como o pão, a cerveja devia manter-se
É que aqui a morte não combina com a sempre fresca e sempre pronta a ser servida em
tristeza que lhe é habitual, mas sim um simples qualquer recepção, os últimos avanços da ciência
intervalo onde ela pode ser equivalente aquilo arqueológica descobriram-se restos de figos, tremoços,
que ela podia ter tido na sua vida. Assim sementes de gergelim e mel. No entanto as imagens não
conseguimos ver representações de figuras nos dão qualquer indicação sobre o seu processo de
esculpidas ou pintadas que foram encontradas fabrico, mas sobre as diferentes etapas da elaboração
nas estelas, e na mesa de oferendas junto aos da cerveja. Ela não só fazia parte da mesa dos vivos,
túmulos. A comida podia estabelecer uma série como também dos mortos que a população acreditava
de emoções entre pessoas e isso pode ver-se que se continuavam a alimentar, foi através dessas
nalguns exemplares que esses túmulos contêm oferendas que podemos ouvir o seu testemunho. Um
até hoje. Basta lembrarmo-nos de algumas testemunho que serviu de base à ciência que nos
personagens da literatura, em que a comida era permitiu construir aquilo que as diferentes classes
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uma forma de comunicar e exercitar os podiam comer no seu dia-a-dia. Percebemos então que
sentimentos que podiam falar por si,mas as pão e cerveja eram a base da alimentação, pão e cerveja
imagens e as provas científicas através de restos eram a base da alimentação, e eram também a moeda
de comida podem fazer-nos chegar até a esses com que pagavam a todos os trabalhadores. Na
momentos inesquecíveis da história do Antigo realidade trigo e cevada para que pudessem elaborar a
Egipto. sua dieta alimentar. Ali estava o trigo como base desse
A nossa história começou há mais de três mesmo regime mas podiam acrescentar um
mil anos nas margens do rio Nilo, onde era aí que determinado número de verduras e legumes, tais como
começava tudo. Heródoto disse com razão de lentilhas, favas, queijo e sobretudo diversos tipos de
Não chegou até nós qualquer registo sobre a M. Monatnari (dir.), História da Alimentação, Vol. 1, 1998 |
culinária egípcia, apenas as informações dispersas M.ª Helena Trindade Lopes, O Egipto Faraónico – Guia de estudo,
em imagens, em escritos, ou relevos esculpidos e Ed. Assoc. Port. Egiptologia, 2003, pp. 48, 49| Idem, «Os prazeres
que nos permitem isso sim, fazer avançar no Antigo Egipto», in: Estudos Orientais, nº 9, M.ª Helena Trindade
algumashipóteses. Lopes (dir. e coord.), Inst. Oriental da U. Nova de Lisboa (2006),
Nesta história da alimentação podemos pp.17-18 | Pierre Tallet, História faraônica – A alimentação no Egito
observar que para além de comerem, os antigos antigo, Ed Senac, trad. Olga Cafalchio | Elsa C. C. Rêgo, As
egípcios também forneciam alimentos para deuses Mesas de oferenda do império médio (Dissertação de Mestrado em
e os seus antepassados. A alimentação História das Civilizações Pré-Clássicas), 1996 [policopiado]
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Do espólio Camiliano tem trezentos e poucos convidado para a última tertúlia, intitulada “Leitores de
livros do torturado de Ceide e duzentos e poucos sobre o Camilo”, realizada no Cybercentro de Castelo Branco, a 5
grande escritor, a maior parte dos melhores escritores de Maio de 2007, pelas 16h, numa organização da Casa
portugueses desde a segunda metade do séc. XIX. Comum das Tertúlias e com moderação de Luís Norberto
Agosto
Pessoa Pessoa Ambienta Café
Biblioteca Municipal de Portalegre Apoio: Ambienta Café
Apoio: Biblioteca Municipal de Portalegre
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