Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Veja que o problema nos fornece f (500) = 3 e nos pede f (600), assim podemos escrever f (600) de forma
que possamos explicitar f (500) em algum momento de nossas contas, ou seja, podemos escrever 600 como
500 600
600 = 600 · = 500 · .
500 500
600
Agora, basta observar a expressão a qual f obedece para perceber que se tomarmos x = 500 e y = , teremos:
500
600 f (500) 500 5
f (600) = f (500 · )= = f (500) · = f (500) · .
500 600 600 6
500
5 5 5
Porém f (500) = 3, assim devemos ter f (600) = f (500) · → f (600) = 3 · = .
6 6 2
(Alternativa C )
Problema 2. (OBM 2003) Seja N , o menor inteiro positivo que pode ser escrito como a soma de 9, 10 e 11
inteiros positivos consecutivos. Determine a soma dos algarismos de N :
a) 13 b) 18 c) 3 d) 100 e) 10
Resolução: Percebemos que, se N pode ser escrito como soma de 9, 10 e 11 inteiros consecutivos, então podemos
expressar N de três formas diferentes,
N = (a1 − 4) + (a1 − 3) + (a1 − 2) + (a1 − 1) + a1 + (a1 + 1) + (a1 + 2) + (a1 + 3) + (a1 + 4).
N = (a2 − 5) + (a2 − 4) + (a2 − 3) + (a2 − 2) + (a2 − 1) + a2 + (a2 + 1) + (a2 + 2) + (a2 + 3) + (a2 + 4).
N = (a3 − 5) + (a3 − 4) + (a3 − 3) + (a3 − 2) + (a3 − 1) + a3 + (a3 + 1) + (a3 + 2) + (a3 + 3) + (a3 + 4) + (a3 + 5).
Ou seja, podemos reescrever n da seguinte forma:
N = 9 · (a1 ), N = 5 · (2 · a2 − 1) e N = 11 · (a3 ).
Assim, N deve ser necessariamente múltiplo de 9, 5 e 11. O menor N inteiro positivo múltiplo de 9, 5 e 11
será o mínimo múltiplo comum dos mesmos, isto é, devemos tomar o mmc(9, 5, 11) = 495. Veja que 495 pode
ser escrito como soma de 9, 10 e 11 inteiros consecutivos
495 = 51 + 52 + 53 + 54 + 55 + 56 + 57 + 58 + 59.
495 = 45 + 46 + 47 + 48 + 49 + 50 + 51 + 52 + 53 + 54.
495 = 40 + 41 + 42 + 43 + 44 + 45 + 46 + 47 + 48 + 49 + 50.
Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina
Telefone: (48) 3721-4595 orm.pet.mtm@contato.ufsc.br www.orm.mtm.ufsc.br
Problema 3. (OBMEP 2009) Três circunferências de raios 1 cm, 2 cm e 3 cm são duas a duas tangentes
exteriormente, como na gura a baixo. Determine o raio da circunferência tangente exteriormente às três
circunferências.
a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9
Resolução: Ligando os centros das três circunferências obtemos o triângulo 4ABC de lados AB = 3 cm,
AC = 4 cm e BC = 5 cm. Como 32 + 42 = 52 , vericamos que esse triângulo é retângulo, com hipotenusa BC .
Construa o retângulo ABDC , fazendo uma cópia 4BCD, congruente ao triângulo 4ABC e com lado
comum BC .
Uma vez que DC = AB = 3 e que a circunferência de centro C também tem raio 3 cm, vemos que o ponto
D está sobre essa circunferência. Ligando o ponto D a cada um dos vértices do triângulo 4ABC e prolongando
esses segmentos até interceptarem as circunferências, obtemos os pontos P1 , P2 e P3 .
Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina
Telefone: (48) 3721-4595 orm.pet.mtm@contato.ufsc.br www.orm.mtm.ufsc.br
Temos que:
◦ DP2 = DB + BP2 = CA + BP2 = 4 + 2 = 6.
◦ DP1 = DA + AP1 = 5 + 1 = 6.
◦ DP3 = DC + CP3 = 3 + 3 = 6.
Deste modo DP1 = DP2 = DP3 = 6. Assim se considerarmos a circunferência C1 de centro D e raio 6
cm vemos que esta circunferência passa por P1 , P2 e P3 . Além disso, como os pontos {D, A, P1 }, {D, B, P2 } e
{D, C, P3 } estão alinhados, segue que C1 é tangente às três circunferências dadas de centros A, B e C . De fato,
para cada circunferência de centro A, B e C só há um ponto de tangencia com C1 , além disso, essas circunfe-
rências estão no interior de C1 , portanto temos que as circunferências de centros A,B e C são tangentes internas
de C1 . Logo, a circunferência externa C1 é tangente às demais circunferências.
(Alternativa B )
1 1 1
Problema 4. Os valores de x, y e z que satisfazem às equações x + = 5, y + = 1 e z + = 2, são tais que
y z x
5x + 3y + 2z é igual a:
a) 5 b) 14 c) 3 d) 10 e) 7
1
Resolução: Começaremos com y + = 1. Multiplicando por z em ambos os lados da equação, temos
z
1
y+ = 1 → zy + 1 = z.
z
Agora, colocando z em evidência, obtemos uma nova igualdade a qual chamaremos de [i]
zy + 1 = z → z(1 − y) = 1 [i]
1
Tomando agora a equação z + = 2, sabemos que ao multiplicá-la por (1 − y) obteremos a equação:
x
1
(1 − y)(z + ) = 2(1 − y)
x
1
a qual pode ser expressa como (1 − y)z + (1 − y) = 2(1 − y). Porém, substituindo [i] nessa equação e
x
reordenando os termos, teremos:
1
1 + (1 − y)
= 2(1 − y)
x
1 1
1 = 2(1 − y) − (1 − y) = (1 − y)(2 − ) . [ii]
x x
Da primeira equação do problema, podemos reescrever y da seguinte forma:
1 1
x+ =5→y= . [iii]
y 5−x
Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina
Telefone: (48) 3721-4595 orm.pet.mtm@contato.ufsc.br www.orm.mtm.ufsc.br
Logo, substituindo (iii) em (ii), obtemos a seguinte igualdade
1 1
(1 − )(2 − ) = 1
5−x x
a qual pode ser reescrita da seguinte forma:
1 1
(1 − )(2 − ) = 1 ⇒ (4 − x)(2x − 1) = (5 − x)x.
5−x x
Simplicando, obtemos a equação quadrática
x2 − 4x + 4 = 0
cuja única raiz será 2. Assim, concluímos que x vale 2. Logo substituindo x = 2 nas equações iniciais,
1 3
obtemos y = e z = . Portanto o resultado da soma requisitada será
3 2
1 3
5x + 3y + 2z = 5 · 2 + 3 · + 2 · = 10 + 1 + 3 = 14 .
3 2
(Alternativa B )
Assim, para facilitar nossas contas e deixar mais evidente as operações que serão realizadas, denotaremos
de a e b para xy e x + y respectivamente. Logo, observamos as seguintes igualdades surgirem:
a + b = 71 e a · b = 880.
Note agora que as possibilidades para a · b são os divisores de 880, além disso, como o produto é positivo,
devemos ter ainda a, b > 0 ou a, b < 0. Entretanto a segunda condição (a, b < 0) não se verica, pois a soma
a + b = 71 é estritamente maior que zero, isto é, a e b devem ser um dos divisores positivos de 880, que são 1,
2, 4, 8, 10, 11, 16, 20, 22, 32, 40, 55, 64, 80, 88, 110, 128, 220, 440 ou 880 e tais que veriquem as condições
acima, (a · b = 880) e a + b = 71.
Olhando atentamente para as equações percebe-se que a ou b devem ser pares pois a · b = 880 e visto que
a + b = 71 um deles deverá ser ímpar, seja a este número, logo a ≤ 71, isto é, olhando a listagem acima o
primeiro número o qual isso se verica é a = 55 → b = 16 o qual será o par requisitado.
Mas não devemos nos esquecer de que a = x · y e b = x + y assim, ao substituirmos tais relações com os
possíveis valores de a e b, obtemos
(x · y) = 55 e (x + y) = 16.
(x · y) = 16 e (x + y) = 55.
Constata-se através da primeira equação que (x, y) = (5, 11) ou (x, y) = (11, 5). Já para a outra situação,
não existe um par (x, y) de números inteiros que veriquem as equações x · y = 16 e x + y = 55. Isso se deve ao
fato dos divisores de 16 serem todos, com exceção do 1, pares. Logo a soma x + y deveria ser um numero par, o
que não se verica. E supondo que x ou y seja 1, necessariamente o outro deverá ser 16, mas então deveríamos
ter a soma x + y = 17 o que claramente não é o caso.
Portanto as soluções para o problema deverão ser os pares (x, y) = (5, 11) e (x, y) = (11, 5). Assim,
independente da escolha para x e y deveremos ter como valor para a soma
x2 + y 2 = 112 + 52 = 121 + 25 = 146 .
(Alternativa C )
Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina
Telefone: (48) 3721-4595 orm.pet.mtm@contato.ufsc.br www.orm.mtm.ufsc.br
Problema 6. (AIME 1987) Quadrados S1 e S2 são inscritos em um triângulo retângulo 4ABC , como mostrado
na gura abaixo. Determine AC + CB dado que a área de S1 é 441 e a área de S2 é igual a 440.
Veja que todos os triângulos acima são semelhantes ao triângulo 4ABC . Assim, é conveniente usarmos
as razões de semelhança citadas abaixo, uma vez que estamos buscando por alguma relação com os valores
a2 = 441 e b2 = 440.
A3 ∼ 4ABC, A4 ∼ 4ABC,
AC CB AC · b AC CB CB · b
= → AE = . = → BF = .
AE b CB b BF AC
Uma vez obtidas essas relações será possível calcular as áreas de A2 , A3 e A4 ;
AC · b CB · b
·b ·b
(AC − a) · a (BC − a) · a CB AC
S(A1 ) = ; S(A2 ) = ; S(A3 ) = ; S(A4 ) = .
2 2 2 2
Logo, podemos descobrir a razão entre as áreas de A1 e A3 :
(AC − a) · a
S(A1 ) 2 (AC − a) · a
= 2 = . [i]
S(A3 ) AC · b AC 2
·b
2 · CB CB
Novamente, nós temos pela semelhança entre A1 e 4ABC que:
(AC − a) a
A1 ∼ 4ABC =
AC BC
AC
(AC − a) = · a [ii]
BC
Substituindo [ii] em [i], obtemos
AC 2
S(A1 ) ·a a2 441
= BC = 2 =
S(A3 ) AC b 440
· b2
CB
Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina
Telefone: (48) 3721-4595 orm.pet.mtm@contato.ufsc.br www.orm.mtm.ufsc.br
S(A1 ) S(A2 ) 441 440 440
= = e portanto, S(A3 ) = · S(A1 ) e S(A4 ) = · S(A2 ).
S(A3 ) S(A4 ) 440 441 441
Além disso, a área do triângulo 4ABC é igual a (S(A1 ) + S(A2 ) + 441) e (S(A3 ) + S(A4 ) + S(A5 ) + 440).
S(4ABC)
= 441.
S(A5 )
√ √
√ entre√os lados será 441 = 21. Como resultado, AB = 21 440, uma vez que DG ∼ AB ,
Logo a razão
AB = 21 · 440 = AC 2 + BC 2 . Agora precisamos descobrir AC · BC para encontrar o valor de AC + BC ,
porque AB 2 + BC 2 + 2(AC)(BC) = (AC + BC)2 .
1 √
Seja h a altura em relação a hipotenusa do triângulo ABC . Observe que h − h = 440.
21
Logo,
(AC + BC)2 = AC 2 + BC 2 + 2AC · BC,
p
(AC + BC) = (AC 2 + BC 2 ) + 2 · AC · BC,
√
rh i
(AC + BC) = 212 · ( 440)2 + 2 · (22 · 212 ),
p
(AC + BC) = [212 · (20 · 22)] + 2 · (22 · 212 ),
p
(AC + BC) = 212 · 22 · (20 + 2),
√
(AC + BC) = 212 · 222 ,
(AC + BC) = 21 · 22 = 462 .
(Alternativa )
A
Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina
Telefone: (48) 3721-4595 orm.pet.mtm@contato.ufsc.br www.orm.mtm.ufsc.br