ARTIGO

DESALINHAMENTO DINÂMICO DE MÁQUINAS ROTATIVAS

Muitas pessoas me perguntam sobre os problemas causados pelo desalinhamento de

máquinas rotativas, como ocorre, como identificar e como corrigir. Neste artigo irei
explicar de uma forma simples e resumida quais as causas mais comuns do
desalinhamento dinâmico.

O fenômeno do desalinhamento dinâmico ocorre normalmente em equipamentos que em

sua transmissão são utilizados acoplamentos, seja ele rígido ou flexível, exemplos destes
equipamentos são: turbinas, compressores, bombas, ventiladores, geradores, etc...

Muitas pessoas pensam que o desalinhamento dinâmico só ocorre pela diferença de

temperatura entre a máquina movida e a motriz, porém este é somente um dos fatores
que contribuem para o problema.

O fenômeno do desalinhamento dinâmico ocorre por alguns fatores, os mais comuns são:
temperatura (dilatação térmica), erro na interpretação da carta de alinhamento fornecida
pelo fabricante do equipamento, tipo de mancal dos equipamentos (rolamento ou
deslizamento), tipo de base (concreto ou metálica), rigidez da base civil (projeto), rigidez
da base metálica (projeto), pinos guia, etc.

Os efeitos destrutivos causados pelo desalinhamento dinâmico geralmente causam

vibrações elevadas reduzindo a vida útil do conjunto e seus componentes, aumento do
custo de manutenção, perca de produção, problemas no processo, segurança e a
qualidade do produto final.

Para identificar este acontecimento inesperado existem técnicas avançadas de

engenharia como ODS (Operating Deflection Shape – Forma de Deflexão Operacional),
está é uma técnica onde se fazem coletas em campo de FRF (Frequency Response
Function - Função de Resposta em Frequência) associado as coletas de vibração FFT
(Fast Fourier Transform – Transformada Rápida de Fourier), com estes dados é feito um
modelo em 3D do conjunto em estudo e utilizando um software especifico para análise

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de ODS é inserido estes dados coletados em campo, o modelo então é animado assim
pode-se visualizar o comportamento dinâmico do conjunto nas frequências operacionais
que estão excitando o sistema. Está técnica é hoje uma das mais avançadas e confiáveis
para identificação de problemas relacionados comportamento dinâmico estrutural.

As correções nestes casos nem sempre são baratas e/ou simples, porém muitos fazem
da tentativa e erro uma opção, que por sua vez acabam ficando bem mais caras do que
um estudo por simulação numérica utilizando elementos finitos (FEM), nesta técnica são
realizados vários cálculos no software e associados as análises de ODS o modelo
matemático para simulação numérica do conjunto em estudo será o mais fiel possível do
equipamento em campo, com isso as soluções propostas com a simulação numérica
serão 100% eficazes, garantindo um perfeito planejamento para intervenção e correção
do problema, assim evitando gastos desnecessários e imprevistos.

Outras formas de identificação em casos de dilatação térmica é utilizar técnicas de

medições a laser associando estas medições com as temperaturas de ambiente e
operacional, utilizando-se da física os cálculos de dilatação térmica linear irão contribuir
para uma conclusão dos valores de compensação térmica.

Estas técnicas de identificação e correção garantem que o sistema opere com a máxima
confiabilidade, sendo assim ótimos resultados.

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