Você está na página 1de 12

ALISSON VINÍCIUS AVANÇO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA COMPACTAÇÃO PARA AS OBRAS


DE ENGENHARIA

Porto Velho
Abril 2020
ALISSON VINÍCIUS AVANÇO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA COMPACTAÇÃO PARA AS OBRAS


DE ENGENHARIA

Trabalho para cumprimento


da disciplina ESTRADAS II do curso
de Engenharia Civil da Faculdade de
Rondônia – FARO, sob a orientação
da professora. Gilson Castro de
Moraes .

Porto Velho
Abril 2020
Sumário

Sumá rio

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
2. RAZÕES E HISTÓRICO DA COMPACTAÇÃO.......................................................................5
3. COMPACTAÇÃO DE SOLOS - ENSAIOS GEOTÉCNICOS......................................................5
4. OBRAS DE TERRAPLENAGEM...........................................................................................8
4.1. Etapas Preliminares.........................................................................................................8
4.2. Escavação.........................................................................................................................8
4.3. 1º Categoria.....................................................................................................................9
4.4. 2º Categoria.....................................................................................................................9
4.5. 3º Categoria.....................................................................................................................9
4.6. Carregamento..................................................................................................................9
4.7. Empréstimo:....................................................................................................................9
4.8. Espalhamento:.................................................................................................................9
4.9. Transporte do Excesso de Terra:......................................................................................9
4.10. Seções Transversais.......................................................................................................10
4.11. cálculo de volumes........................................................................................................10
5. CONCLUSÃO...................................................................................................................11
6. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................12
1. INTRODUÇÃO

A compactação do solo é um procedimento que aumenta a densidade do terreno onde


será construído uma edificação. A partir disso, é possível garantir mais resistência e
estabilidade para todas as etapas posteriores de um canteiro.
Dessa forma, é essancial utilizar os procedimentos corretos, respeitando as normas
técnicas existentes. O uso de equipamentos de segurança e a realização de estudos
laboratoriais são outras questões que não podem faltar em sua planejamento .
Para Pinto (2006), o solo ao ser levado e dispersado para a construção de um aterro, se
encontrará fofo e heterogêneo, não sendo ainda compactado, porém o mesmo não terá
resistência, podendo ocorrer deformações e ter seu comportamento modificado, de acordo
com o local. Mas, a compactação do solo vem para tornar maior a área de contato entre os
grãos, tornando-os mais resistentes, assim, o aterro ficará mais homogêneo. A importância da
redução do número de vazios ocorre pelo fato de melhorar as mais variadas propriedades do
solo.
Entretanto, sabe-se que a compactação entra na classificação (categoria) de solos
insaturados, o que resulta em problemas para a mecânica dos solos (CAPUTO, 1988).
O emprego da compactação se dá em diversas áreas de atuação da engenharia, como
em aterros, que por si só possuem diversas finalidades. Citam-se como exemplo: solos para
pavimentação, construção de barragem de terra, preenchimentos de vazios entre os muros de
arrimo e em operações tapa buracos, e nos preenchimentos das valetas em cidades. Para cada
tipo de obra, existe um tipo de processo para compactação. Portanto, identificaremos como e
qual aplicar, quando se conhece não só uma obra, mas o conhecimento do solo a se trabalhar.
Deve-se observar a umidade atual e a densidade a ser atingida, reduzindo assim
objetivamente os recalques e a permeabilidade, aumentando a rigidez e a resistência do solo
(PINTO,2006)

4
2. RAZÕES E HISTÓRICO DA COMPACTAÇÃO

Compactação Tudo começou com o engenheiro americano Proctor, em 1933, que


publicou que a massa especifica seca de uma solo resultante de sua compactação é função da
energia empregada para tal e do teor de umidade na qual se encontra o solo durante o
processo de compactação.
Quando a compactação acontece com baixa umidade, o atrito entre as partículas é
muito alto, com isto há uma redução grande do volume de vazios do solo. Com a umidade alta
a água exerce função de lubrificação, ou seja, as partículas deslizam entre si, acomodando um
arranjo com menor volume de vazios e maior massa especifica seca.
Na compactação de um solo o volume de água e de sólidos são constantes , porém o
aumento da massa especifica corresponde a eliminação de ar dos vazios. A compactação
consiste na densificação do solo por meio de equipamentos mecânicos, geralmente um rolo
compactador ou soquetes manuais, no caso de áreas menores. Um solo, quando transportado
e depositado para a a construção de um aterro, fica num estado relativamente fofo e
heterogêneo.
Por isso, além de pouco resistente e muito deformável, apresenta comportamento
diferente de local para local. Utiliza-se a em diversas obras de engenharia, como aterros ,
camadas construtivas de pavimentos, construção de barragens de terra, preenchimento com
terra no espaço atrás de muros de arrimo e reenchimento de inúmeras valetas que se abrem
diariamente nas ruas das cidades. O tipo de obra e solo disponível vão ditar o processo de
compactação a ser empregada, a umidade em que o solo deve se encontrar na ocasião e a
densidade a ser atingida.

3. COMPACTAÇÃO DE SOLOS - ENSAIOS GEOTÉCNICOS

O ensaio de compactação, hoje em dia, é conhecido como Ensaio normal de Proctor (ou


AASHTO Normal). Essa metodologia foi desenvolvida pelo engenheiro Ralph Proctor em 1933,
sendo normatizada nos Estados Unidos pela A.A.S.H.O - American Association of State
Highway Officials e no Brasil sua execução segue a norma ABNT NBR 7182/1986 - Ensaios de
Compactação. 
É um dos mais importantes procedimentos de estudo e controle de qualidade de aterros
de solo compactado. Através dele é possível obter a densidade máxima do maciço terroso,
condição que otimiza o empreendimento com relação ao custo e ao desempenho estrutural e
hidráulico. Consiste em se compactar uma amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com
aproximadamente 1.000 cm³, em 3 camadas sucessivas, sob a ação de 25 golpes de um
soquete pesando 2,5 kg, caindo de 30,5 cm de altura.
O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade, determinando-se, para cada um
deles, o peso específico aparente. Com os valores obtidos, traça-se a curva Vs x teor de
umidade, obtendo-se o ponto correspondente a umidade ótima (hot) e a densidade máxima
aparente seca (Vs,max). Para o traçado da curva é conveniente a determinação de, pelo
menos, cinco pontos, de forma a que dois deles se encontrem no ramo ascendente (zona
seca), um próximo à umidade ótima e os outros dois no ramo descendente da curva (zona
úmida). A energia de compactação desse ensaio é de aproximadamente 5,7 kg.cm/cm³,
calculada pela expressão:

5
Em que:
E = Energia específica de compactação, por unidade de volume;
P = Peso do soquete (kg);
h = Altura de queda do soquete (cm);
N = Número de golpes por camada
n = Número de camadas;
V = Volume do solo compactado (cm³).

Atualmente, tendo em vista o maior peso e eficiência dos equipamentos de


compactação, tornou-se necessário alterar as condições do ensaio para manter a
indispensável correlação com o esforço de compactação obtido no campo. Surgiram, assim, as
energias Intermediária e o Modificada de Proctor (ou AASHTO Intermediário e Modificado),
com energias de compactação de 12.8 e 27.1 kg.cm/cm³, respectivamente.
Na prática rodoviária é comum utilizar-se, nos ensaios de compactação, o mesmo molde
metálico e o soquete utilizados no ensaio CBR (Índice de Suporte Califórnia), modificando-se o
número de golpes e o número de camadas para a obtenção das mesmas energias previstas no
ensaio Proctor. 
Na imagem a seguir estão mostradas as dimensões e os pesos dos soquetes utilizados:

O método de ensaio mais adotado é DNER ME-129/94 Solos - Compactação utilizando


amostras não trabalhadas. Esse ensaio, utilizando o Equipamento AASHTO, pode ser realizado
nas três energias de compactação, compactando-se cada camada com: 12 golpes (Energia
Normal), 26 golpes (Energia Intermediária) ou 55 golpes (Energia Modificada). Segundo esse

6
método, não pode haver reaproveitamento do solo compactado, devendo, cada corpo-de-
prova, ser compactado com amostra não utilizada.
Evidentemente, aumentando-se a energia de compactação serão obtidos valores
diferentes para a umidade ótima (hot) e para a densidade máxima aparente seca (Vs,max).
Como se verifica pela figura seguinte, ao crescer o esforço de compactação o densidade
máxima aparente seca aumenta e a umidade ótima decresce ligeiramente.

Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de que quanto maior for o esforço de
compactação tanto mais próximos uns dos outros se poderá forçar os grãos dos solos a
ficarem. Porém, com pequenas umidades aparecerá atrito grão-a-grão que dificultará o
esforço de compactação, impedindo o seu entrosamento completo, de forma a atingir
grandes densidades.
É o que acontece no ramo esquerdo das curvas de compactação. Quando a umidade
do solo for muito grande, esse estará quase saturado, não oferecendo resistência à
compactação, porém, as densidades serão tanto mais baixas quanto maiores forem os teores
de umidade, pois os filmes de água em torno dos grãos crescerão de espessura à medida que
as umidades crescem. É o que acontece no ramo direito das curvas. No ponto correspondente
à umidade ótima, a espessura do filme de água é próxima à estritamente necessária para
saturar os vazios correspondentes à máxima densidade possível de ser obtida com o esforço
de compactação empregado.

7
4. OBRAS DE TERRAPLENAGEM

Partindo de uma definição difundida (NICHOLS, 2010), a terraplenagem ou


movimento de terras pode ser entendida como o conjunto de operações necessárias
para remover a terra dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que
há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado.
Assim, a construção de uma estrada de rodagem, de uma ferrovia ou de um
aeroporto, a edificação de uma fábrica ou de uma usina hidrelétrica, ou mesmo de um
conjunto residencial, exigem a execução de serviços de terraplenagem prévios,
regularizando o terreno natural, em obediência ao projeto que se deseja implantar.
Pode-se afirmar, portanto, que independente do porte da obra de Engenharia Civil, a
realização de trabalhos prévios de movimentação de terras se faz necessário. Por esta
razão a terraplenagem teve o enorme desenvolvimento verificado no último século.
(NICHOLS, 2010)

4.1. Etapas Preliminares

A preparação do terreno é composta por algumas etapas genéricas que,


obviamente, podem ser desnecessárias conforme as características especificas do
terreno encontrado.
Estas etapas são as seguintes (ABRAM, 2000):

a) Desmatamento (retirada da vegetação de grande porte) - pode ser feita com

motoserra ou, eventualmente, com processos mecânicos, no caso de existência de

poucas árvores (como dozer, pá carregadora, etc.).

b) Destocamento – retirada de tocos e raízes.

c) Limpeza - retirada da vegetação rasteira.

d) Remoção de camada vegetal - a camada de solo que pode ser considerada um

banco genético, deve ser retirada particularmente pois não pode ser utilizada em

aterros, ou seja, possuem baixa resistência, alta compressibilidade e

permeabilidade.

4.2. Escavação

Escavação é um processo empregado para romper a compacidade do solo em


seu estado natural, por meio do emprego de ferramentas cortantes, como a faca da
lâmina ou os dentes da caçamba de uma carregadeira, desagregando-o e tornando
possível o seu manuseio. A escavação será precedida da execução dos serviços de

8
desmatamento, destocamento e limpeza da área do empréstimo.
O material procedente da escavação do terreno natural, geralmente, é constituído por
solo, alteração de rocha, rocha ou associação destes tipos. São cortes de material para
atingir o nível topográfico da obra. Pode ser classificado em três categorias: 1ª, 2ª e 3ª
categoria, seguindo orientação da norma DNIT–2009 -ES - Terraplenagem – Cortes
Especificação de Serviços.
4.3. 1º Categoria

São compostos por solos em geral e seixos de até Ø15cm, praticamente há a


ausência de fragmentos de rocha, corresponde ao 1º horizonte de terra. São fáceis de
ser desagregados, utilizam-se basicamente trator de esteiras ou escavadeiras e a
produtividade é alta.

4.4. 2º Categoria

São compostos por materiais resistentes ao desmonte mecânico, ou seja,


fragmentos de rocha de até 25 centímetros diâmetro, além de escavadeiras utilizam-
se tratores com lâminas e com escarificadores. Devido a resistência a produtividade é
menor e seu custo deexecução é maior.

4.5. 3º Categoria

São compostos por rochas sãs ou matacões (blocos de rocha com diâmetro
maior que 25 centímetros). O desmonte é feito por perfuratrizes e explosivos. Sua
produtividade é extremamente baixa e custo elevado.

4.6. Carregamento

A carga consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina,


do material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado.

4.7. Empréstimo:

É a escavação de material em local definido (jazida) para complementação de


material necessário para a execução do aterro.

4.8. Espalhamento:

Essa operação consiste em espalhar o material trazido normalmente por


caminhões basculantes e que se encontra em “montes” pela área de aterro,
uniformizando a camada que posteriormente será compactada. Essa operação é feita
normalmente por tratores e/ou motoniveladoras.

4.9. Transporte do Excesso de Terra:

O excesso de terra proveniente do corte deverá ser transportado para outras áreas: se o
material for de boa qualidade e reaproveitável, pode ocorrer o chamado “Bota Dentro”, que
consiste em reaproveitá-lo imediatamente em algum local da obra como material de aterro; o
9
“Bota Espera” que significa estocar o material temporariamente para que seja reaproveitado
futuramente em alguma etapa de terraplenagem, ou, caso o excesso retirado não possa ser
utilizado (solos moles, camada de remoção vegetal), utilizar-se-á o “Bota Fora”, que é o
transporte desse material para algum local de despejo autorizado fora da obra.

4.10. Seções Transversais

Podem ser de diferentes tipos: seções em cortes, em aterros e mistas.

4.11. cálculo de volumes

Admite-se que o terreno varia de forma linear entre duas seçõ es consecutivas, o que de certa
forma para distâ ncia entre seçõ es de 20 m nã o gera erros significativos. O processo consiste
no levantamento das seçõ es transversais em cada estaca inteira do traçado (estaca de 20 m).

O volume de terra entre as seçõ es consecutivas será calculado como:

Vc = (Aci + Aci+1)xL/2 Vc = volume de corte (m3 )


Va = (Aai + Aai+1) xL/2 Va = volume de aterro (m3 )
para L = 20 m Ac = á rea de corte da seçã o i (m2 )
Vc = (Aci + Aci+1) x10 Ac = á rea de corte da seçã o i (m2 )
Va = (Aai + Aai+1)x10 L = distâ ncia entre seçõ es (m)

10
5. CONCLUSÃO

Com o intuito de promover uma reflexão e uma continuação dos estudos sobre o tema
apresentado, cabe agora tecer algumas considerações finais a respeito da compactação do
solo. Aludidas considerações serão reportadas com embasamento nas principais conclusões
tomadas em cada capítulo deste trabalho, procurando fornecer ao leitor uma visão ampla do
que foi explanado.
As principais ameaças sobre o solo são a erosão, a mineralização da matéria orgânica,
redução da biodiversidade, a contaminação, a impermeabilização, a compactação, a
salinização, o efeito degradante das cheias e dos desabamentos de terras. A ocorrência
simultânea de algumas destas ameaças aumenta os seus efeitos, apesar de haver 42
diferentes intensidades regionais e locais (os solos não respondem todos da mesma maneira
aos processos de degradação, dependendo das suas próprias características).
Foi verificado que a compactação do solo é possível por meios mecânicos ou manuais,
que dependerão de conhecimento de cada tipo específico de solo, bem como o seu grau de
umidade, pois é da umidade que depende a compactação.

11
6. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos Solos. Volume I, Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos
e Científicos S.S., 1975.

CIVILNET. Mecânica dos solos. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

DECFCT. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

DNER. Manual de pavimentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 1996.

GEOTECNIA. Equipamento Speed. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

MASSAD, Faiçal. Obras de Terra-Curso Básico de Geotécnica. Editora Oficina de Textos, 2003.

PESA. Compactador de Rolo Pneumático. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

PINTO, Carlos Sousa. Curso Básico de Mecânica dos Solos, 3. ed. São Paulo: Editora Oficina de
Textos, 2006.

REVISTA GEOSERV. Serviço de Geotécnica e Construção LTDA. Setor Coimbra – Goiás, 2008.

SERRA BETUME. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

STATIC. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

UNIÃO LOCADORA. Compactador. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

WIKIPÉDIA. Compactação de solos. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2008.

12

Você também pode gostar