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Urvra lrurnoouçÁo eo TuRtsuo 33

t: monetários e de empregos proporcionados uma atividade importante o suficiente em


h, pelo turismo são considerados relativos e ilu- termos econômicos, e o impacto que Pro-
l sórios em muitos destinos furísticos. A Orga- duz sobre as economias, os ambientes e a
r, nizaçáo Mundial do Trabalho expressa com sociedade é bastante significativo, a ponto
!l clareza sua preocupação com o trabalho de- de fazer com que esse tema mereça uma
h cente; o objetivo não seria, apenas, a criaçáo consideração acadêmica. Para nós, não res-
I de empregos, mas a criação de empregos com tam dúvidas de que o turismo seja uma
h q,ralidade aceitável. Uma questão crucial pa- área temática específica ou um campo de
F ra definir o sucesso do futuro do furismo é fa- estudo, mas também sabemos que, por en-
!t zer com que todos os envolvidos demons- quanto, Íaltaria a ele uma base teórica que
trem o quanto esse setor é responsável e dig- possibilite sua transformação em uma dis-
I no de aceitação como atividade global. Nesse ciplina. Contudo, a popularidade do turis-
h' aspecto, o WTTC tem exercido um lobby tn- mo como temática e o reconhecimento de
r'_ fluente. Como corpo representativo das prin- sua importância por parte de governos têm
F cipais empresas do setor furístico, tem condu- acelerado o seu estudo. A temática turismo
zido :uma campanha ativa para a adoção de vem dando sinais de maturidade com o
ações responsáveis. crescimento da comunidade cientíÍica a ele
Em terceiro Lugar, a tecnologia invade ca- dedicada, com um número cada vez maior
t- da vez mais o setor. O turismo encontra-se de periódicos e de livros-texto que estão
r' em uÍna posição ideai de aproveitar os avan- deixando de ser generalistas para se torna-
ços da tecnologia de informação, que vão do
I
rem especiaHzados;hâ, aínda, uma série de
uso da Intemet para a orgarizaçáo de viagens sociedades profissionais nacionais e inter-
!Ír e a busca por informações sobre os destinos nacional. Todos esses indicadores apontam
E, turísticos, passando pelo emprego da telefo- para o crescimento do profissionalismo do
r nia móvel (que vem revolucionar o modo co- setor turístico.
nrt" mo as informações turísticas podem ser
O turismo ainda é uma área de estudo
transmitidas diretamente ao usuário, no pró-
relativamente jovem, o que acarreta várias
H prio local do destino turístico), até o papel
questões para todos os envolvidos no ensi-
inovador desempenhado pela tecnologia ao
no, na pesquisa e no estudo dessa temática.
E apresentar e interpretar destinos turísticos.
h
I
Porém, o preço pago por todos esses avanços . A própria área temática seria perseguida
b
t,
foi a reestruturação dos canais de distribuição por uma certa deficiência e indefinição
hii no turismo e a mudança da natureza dos em- em termos conceituais. Defrontamo-nos,
piêgos no setor. portalto, com diversas questões que, em
Por Íim, em muitos aspectos, as percep- outras disciplinas, seriam consideradas
ções sobre o turismo são iladequadas. O tu- um consenso, como a confusão termino-
H rismo está cercado poÍ uma série de mitos lógica relacionada ao tipo de turismo me-
que têm contribuído, de modo irreal, para nos danoso, se verde, alternativo, respon-
alimentar imagem glamorosas. A Tabela 0.1 sável, sustentável, ecoturismo. Como re-
mostra esses mitos. sultado, haveria uma falta de rigor e de
foco, deixando a temática turismo vulle-
rável à crítica acadêmicas de outras disci-
O TEMA TURISMO plinas. Franklin e'Crang (2001, p. 6), por
exemplo, são inflexíveis: "O crescimento
A história nos ensina que a atividade turís- acelerado do turismo ievou os pesquisa-
tica seria relativamente nova, e que somen- dores a simplesmente registrarem e docu-
te há pouco tempo teria passado a ser con- mentarem a atividade em uma série de
siderada digna de maiores investimentos projetos patrocinados pela indústria, de
empresariais ou de estudos acadêmicos estudos de caso e de exemplificações". Is-
mais aprofundados. Entretanto, o turismo é so reforçaria o aparente conÍlito entre as
34 Urva lrurnoouçÁo ao TuRrsvo

Turismo - mitos e realidades

Mito A maior parte do turismo mundial é internacional.


Realidade o turismo mundial é predominantemente domestico (feito por pessoas que viajam
dentro do seu próprio país). o turismo doméstico responde por aproximadamente
80% das viagens turísticas.

Mito A maioria das viagens de turismo ocorre por via aerea, com os turistas voando de um
país para o outro.

Realidade A maior parte das viagens sáo feitas por via terrestre, especiarmente de carro.

Mito O turismo refere-se exclusivamente ao lazer nas férias.

Realidade o turismo abrange todos os tipos de Íinaridades cre visitas, incruindo negócios, even-
tos cientíÍicos e educação.

Mito Trabalhar no turismo signtfica viajar muito e poder aprender idiomas.

Realidade A maioria dos empregos na área do turismo encontra-se no setor de hospitalidade,


envolvendo poucas viagens.

Mito o turismo é dominado pelas grandes empresas murtinacronais, como as cadeias de


hotéis e as companhias de transporte aéreo.

Realidade A vasta maioria dos negócios turísticos presentes nos destinos consiste em empreen,
dimentos de pequeno e medio porte.

Mito O turismo é um setor simples, que requer poucas pesquisas ou planejamentos.

Realidade O turismo e uma cadeia produtiva multissetorial complexa que, para prosperar,
re_
quer um planejamento de alto nível, íundamentado por pesquisas.

abordagens acadêmicas e as aplicadas, ge. Nosso argumento consiste na idéia de


uma questão também não resoivida. que o turismo, por si só, justificaria uma
O turismo é uma temática que inclui di- temática e um setor específico, mas seria
versos setores econômicos e disciplinas necessário que houvesse uma abord,a-
acadêmicas, o qlJe Íaz Com que aqueles gem disciplinar que ajudasse a reduzir
que o estudam questionem se, de fato, o possíveis fontes de confusão para os alu-
campo seria diferenciado ou impactante nos. Nesse sentido, é importante apre-
a ponto de merecer ser tratado separada- sentar uma estrutura dentro da qual pos_
mente/ como um tema ou um setor eco- sam se situar tais abordagens temáticas e
nômico. Segundo Gilbert (1990), o que econômicas. Na realidade, a atividade
dificultaria a definição do turismo serà a turística consiste em uma gama de orga-
natlTreza excessivamente ampla do con- nizações que operam em diferentes seto-
ceito, e também a diversidade de insu- res, sendo que todos são responsáveis
mos e serviços que envolve. O turismo pelo suprimento da atividade denomina-
ainda comporta outros setores e indús- da de turismo.
trias (Gilbert,7990, p.7), nã.o possuindo, o Não bastassem todos esses problemas, o
portanto, limites claros em função da turismo também estaria sujeito a um
vasta extensão de atividades que abran- conjunto precário de fontes de dados,
Uva lrurnoouçÃo eo TuRrstao 35

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O turismo tornou-se um campo de estudo que adquire maior


importância para muitos estudantes, à medida que a temática ganha
aceitaçáo na comunidade acadêmica.

tanto em termos de qualidade quanto de o acreditamos. Porém, seu sucesso de-


comparabilidade, embora a Organizaçáo pende de padrões bastante elevados de
Mundial do Turismo (OMT) já tenha fei- profissionalismo, de conhecimento e de
to um pÍogresso significativo nesse as- aplicação por parte de todos os envolvi-
pecto. dos. Um quadro que às vezes é visto co-
mo um grande contraste em relação à
As abordagens tradicionais tendem a
imagem do turismo como uma atividade
operacionalizar e a reduzir o turismo a
uma série de atividades ou de transações
de lazeq em praias ornamentadas por
palmeiras e freqüentad as peTo jet set.
econômicas, ao passo que pesquisadores
mais contemporâneos criticam esse tipo
de reducionismo, ressaltando, em vez
disso, estruturas pós-modernas comple- UM SISTEMA TURíSTICO
xas que analisam a importância e o signi-
ficado do turismo para os indivíduos. Em resposta às questões identificadas, sen-
Por fim, o turismo, de fato, tem uma ima- timos que, desde o início, é importante ofe-
gem um tanto negativa nos círculos aca- recer uma estrutura organizadora para o
dêmicos. Sem dúvida, a temática atrai estudo do turismo. Existem muitas manei-
muitas pessoas por ser estimulante, vi- ras para se Íazet isso. Cada disciplina, por
brante e por se tratar de uma área aplica- exemplo, enxerga a atividade como uma
da de atividade econômica - assim como aplicação de suas teorizações e conceitos,
40 Unrn lrurnoouçÁo eo Tunrsnao

prejudicial para o meio ambiente do que o turista talvez imagine, comprometendo


a frnalidade da própria viagem.

Os princípios do ecoturismo aplicam-se igualmente a cada um dos elementos do


sistema do ecoturismo?
os ecoturistas deveriam manter-se fiéis aos seus princípios, e não utilizar nenhum
meio de transporte motorizado?
Há quem acredite que o ecoturismo seria empregado por aqueles que promovem
o desenvolvimento como um meio desuavizar o acesso a recursos naturais valio-
sos, com o intuito de abrir caminho para um desenvolvimento turístico mais agres-
sivo. Você concorda com essa visão?

DEFTNtçOES DE TURISMO credibilidade e de propriedade àqueles que


nele estão envolvidos, mas também em fun-
Observando o modelo de Leiper, podemos ção de considerações práticas, tanto para
fins de medição qüanto de legislação.
ver que o turismo pode ser pensado como
uma gama de indivíduos, de negócios, de As definições de turismo podem ser
consideradas como:
organizações e de lugares que, de alguma
forma, se combinam para proporcionar uma 1 definições baseadas na demanda; ou
experiência de viagem. O turismo é uma ati- 2 definições baseadas na oferta
vidade multidimensional, multifacetada,
que influencia muitas vidas e muitas ativi- As definições do furismo apresentam um
dades econômicas diferentes. Não é de sur- aspecto incomum, pois, até a década de 1990,
preendeç portanto, que defini-lo seja tão di- foram impulsionadas por considerações mais
fícil. A primeira vez que a palavra turísta baseadas na demanda do que na oferta. A1-
apareceu na língua inglesa foi no início do guns autores surpreendem-se com esse fato:
século XIX; todavia, dois séculos se passa- "Definir o turismo em termos das motivações
ram e ainda não conseguimos chegar a um ou de outras características dos viajantes seria
consenso quanto a sua definição. Em alguns comparável a definir as profissões da área da
saúde descrevendo um doente" (Smith, 1989,
aspectos, essa situação é um reflexo da com-
p. 33). A década de 1990 assistiu a um avanço
[--
plexidade do turismo, mas também é um in-
dicativo de que se trata de um campo de es- considerável no desenvolvimento e no con- l-e. -"

fudo recente. Exceto pela necessidade de ca- senso das definições baseadas na demanda e
racterizar a dir:ersidade do turismo, distin- na oferta, o qual foi estimulado por duas ini-
guindo-o de atividades semelhantes como a ciativas fundamentais:
migração, é difícil encontrar uma coerência 1 Definições baseadas na demanda - a
sólida na abordagem que define o turismo. Conferência Internacional sobre Estatís-
De fato, cadavez mais, os geógrafos acredi- ticas de Viagens e de Turismo, realízada
tam que o turismo é apenas uma forma de em 1991 pela Organizaçào Mundial do
mobilidade, não havendo necessidade de con- Turismo - uma' conferencia convocada
siderá-io de modo isolado. Como é de se es- para organizar as conceituações, a termi-
perar, as definições têm sido criadas para sa- nologia e as questões relativas à quanti-
tisÍazer necessidades e situações específicas. ficação do fenômeno. As recomendações
Contudo, é vital procurar conceituar turis- dessa'conferência foram adotadas pela
mo, não apenas para conferir um senso de Comissão de Estatística das Nações Uni-
UMA lNrRoDUÇÁo ao TuRrsvo 41

) das (UNSTAT) e publicadas como Re- (l tulismo provém de urn movimento de


commendations on Tourism Stqtistics pesso.ls entre -u.ários lu5;ares ou destitros,
(OMT e UNSTAT, 1994). e de sua estada nesses locais.
2 Definições baseadas na oferta - Em Há dois eiementos no turismo: a viagem
março do ano 2000, a Comissão de Esta- até o destino tr-rrístico e a estada nesse 1o-
tística das Nações Unidas aprovou a ado- cal (incltrindo as atividades).
ção das Contas Satélite de Turismo como
método de quantificação dos valores eco- A r, iagem e- a estada ocorrem fora do am-
nômico do turismo. biente usual ou clo locarl normal de resi-
c1ência e de traball-ro, de forma que o tu-
lismo c1á origem a atirridades que se dis-
Definiçóes de turismo tinp;uem dacluelas l,ir.idas pel;rs popula-
baseadas na demanda ções que residem e trabalham nos locais
de t.isita e de estacla dos turistas.
O avanço das definições baseadas na de- O cleslocamento para os destinos iurísti-
manda se deu, em primeiro l:ugar, ao se ten- cos tcm tim caráter temporário e de curta
tar condensar a idéia do turismo em defini- duração: a intenção é retomar dentro de
ções conceituais e, em segundo, através do poucos dias, semirnas orl meses.
desenvolvimento de definições técnicas para
I
finalidades legais e de mensuração. As visitas acls clestinos tr-rrísticos ocorrem
Partindo de um ponto de vista concei- por outros motivc'rs que não a residência
llr
tual, podemos pensar o furismo como: ,,As pcrmanente clu a busca de trabalho nes-
atividades de pessoas que viajam para locais ses locais.
que estejam fora de seu ambiente rotineiro a Partinclo cle um ponto de r,,ista técnico e

I
lazer, negôcios ou por outros motivos e que atendendo a finalidades estatísticas, as ten-
neles permanecem por não mais do que um tativas de definir o turismo têm sido infhren-
ano consecutivo" (OMT e UNSTAf, 1994). ciadas pela necessidade de isolar as r.iagens
Embora tal definição não tenha o rigor técni- de turismo de oiltras motivações de desloca-
co, ela transmite anatureza essencial do tu- mentos. Essas clefinições técnicas exip;em
rismo, ou seja: qlre Llrna atividade tenha clue passar por cer-

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As Ciências Sociais
- particularmente a Geografia e a Sociologia estão redescobrindo
o turismo como uma área de pesquisa, de estudos de casos ã de exemplos. No entan-
to, a abordagem adotada por essas áreas difere da traclicionalmente seguida pelos
acadêmicos na área de turismo. Geógrafos e sociólogos passaram a ver o turismo
co-
mo uma forma de mobilidade, situando-o dentro de um espectro que varia desde a
migração permanente até as compras diárias.
Em outras palavras, os geógrafos e os sociólogos vêem no turismo uma
dimensão das
nossas relacóes com o mundo, que se estendem através de diÍerentes localidades.
A
mensagem essencial dessa idéia do turismo como forma de mobiliclade é a de que
ele
deixaria de ser tratado como
algo distinto e especial, sendo
de que faria parte de uma serieáe considerado uma ativida-
áriru, utiuiaud", ;. ;;:;;;'a"]a ,.areo
gimento desse modo de pensar
0""._r",'", parte, à .orpr.rrio de espaçopara o sur_
ou seja, ao fato que, com o transporte e tempo,
e a tecnorogia ou, .ãn.un"ilaões,
percorre-se territórios maiores cada vez mais
em menos
mente possíver sair do n";no
reduziu o tempo' mas também
uniio'" ;lL"[:: #
r',1i1',i:i,l',?iiff : .l:ffjr,ã
ta,u a ,,.nu percepçáo de compressáo
do espaço.
lsso significa que podemos pensar
no turismo como parte de um
dade por razer, que varia desde espectro de mobiri-
da nossa cidade ate o turismo
o tr.ur.ãtiaiuno do ir'de;;;.;; ;r,
o outro dentro
a" p"r"ài," p"o"r",
JJ;à#;I, que o que iniciar_
mente poderia ser uma mobilidade
r.tu.tonuJu uo;;;rr":1
sa e de rá retornar, pode acabar ;::i ,r. sesunda ca_
r".oinu"ao ,;;õ;;;";orl'Jor.n*uooria.
forma' o conceito de,mobiridaiÀ,
verdadeira natu reza do com porta
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a" trrirÀ"'orJoostas pera organizaçào
mo. Segundo as deÍinicôes propostas Mundiar
que ocorre longe de casa por
p"i.,orvr Jirl,rrân ri."u',,u,ouo" dc Turrs-
e um pe,odo ou rui, au ril*" distinta,
formais ,"-nr.'".". uma viagem or",r"
que atuarmente as definiçoes ã horas. E claro
atividade, porém não há ú, ,...onÀ;.i;;;i" de um dia como uma
mo pode abarcar, e há uma rigraa oo urp".iro aâro'áiriãu0", que
o turis-
exctusão de certos tipos de popuraçÕes
mo os mrgrantes, os refugiados móveis co_
e outros uiulunt"r.

.T:Hffii]Xf ;|,T,:;jf "de especial, ou ete passou a razer parte cla vida e das
Pense em sua propria,mobiridade ao rongo
da semana que se passou: quantos
:?..ffi:,::,,;poderia ai,". q," arsuma ;;;;.,
razer? Você
des-
,àr,r-ã, os
se você pensar no mundo,
e na idéia da compressào entre
o espaço e
verá que há muitos lugares
u^tr"*uÀ"utàlaceis de se chegar graçàs o tempo, você
termos do acesso-afransportes. as merhorias em
Ao longà;o, ultimos
gum tipo de impacto nos padróes produziu al-
.r" rágã, a. lr" "";;r;:rro;to
ir.ir;il"'# comunidade?

tos testes antes cle ser consicierada


turismo. a Períoclo máximo cle permanência:
Entre esses testes, estão os seguintes: um ;rncr
a Categorias que tenh;u.n um objetir.,o
Período mínimo cle permanênci:r: pre_
urna ciso de visitit
rroite (r i:itantes tlue n.io peryllri[.rm
s.io
tlenotnin,rdos visitantes de um Às.r.ezes, para fins cle delinear
dia ,,tr o termo
excurcionistas) ambiente usual, inclui_se umâ
cor_rsicler;r_

I
UMA INTRoDUÇÁo Ao TuRrsMo 43

ção quanto à distância: a recomendação boração de políticas, além de proporcionar


da OMT é de 160 quilômetros. uma estrutura conceitual importante para o
estudo e a pesquisa do turismo.

Definições de turismo
baseadas na oferta INTER-RELAçÓES E
Assim como ocorre no caso das definições cLASSTFTCAÇOES
baseadas na demanda, há duas abordagens
básicas para definir o setor turístico: a con- Podemos perceber que os elementos do turis-
ceitual, ou descritiva, e a técnica. Partindo mo não apenas estão todos interligados, mas
de um ponto de vista conceitual, Leiper su- também que o turismo mantém laços estrei-
gere'. " a atividade turística consiste em to- tos com outras atividades e conceitos. Sendo
das aquelas empÍesas, organizações e insta- assim, é um erro considerar o turismo isolan-
lações que se propõem a servir às necessi- do-o dessas outras atividades que a eie estão
dades e aos desejos específicos dos turis- " relacionadas. Por exemplo, a maiot parte do
tas" (1979, p. a00). turismo que se desenvolve no mundo é uma
Um grande problema no tocante às de- atividade delazer, sendo irnportante situar o
finições técnicas baseadas na oferta está no turismo no espectro dessas atividades.
fato de que existiria um espectro de empre- Embora a origem latina para a palavra
sas e organizações turísticas, desde aquelas lazer literalmente signifique estar livre, ta1-
que se dedicam integralmente a servir aos vez seja mais problemático definir lazer do
turistas, até outras que também servem aos que conceituai turismo. O lazei-pode ser
residentes do local e a outros mercados. A pensado como uma combilação entre uma
Conta Satélite de Turismo (CST) é a aborda- medida de tempo e uma atitude mental que
gem aceita para definir o setor turístico, crie períodos de tempo nos quais as obriga-
r.isto que quantifica as mercadorias e os
ções sejam minimizadas. A recreação seria o
serviços pelos quais os visitantes pagaÍaÍrç tipo de atividade à qual o indivíduo se dedi-
a fim de estimar o tamanho da economia do
ca durante o seu tempo delazer, podendo-se
turismo (WTO,2001) (veja também a Tabe- identificar nela atividades que variam desde
La0.2). A CST:
a recreação doméstica até o desfrute turístico
. fornece informações sobre o impacto eco- em que haja a permanência no local visitado
nômico do turismo (incluindo as contribui- por pelo menos uma noite (Figura 0.4).
ções ao produto interno bruto), sobre in- Apesar de as visitas de um dia - ou ex-
vestimentos, impostos, sobre o que os tu- cursões - representarem uma atividade re-
ristas consomem, e sobre o impacto gerado creativa comuln/ para que o turismo ocorra é
na balança de pagamentos de uma nação; necessário que o tempo de lazer concentre-
se em um período de tempo que permita
fornece iniornrações sobre empregos e
uma estada longe do local de residência em
octtpâçirs5 na irea tlrr Iurismtr c 5tr,t: (A-
geral, esses períodos delazer estavam asso-
racterÍsticas; e, um aspecto importante,
ciados às férias remuneradas, embora inova-
permite que o turismo seja comparerdo a ções como as jornadas flexíveis de trabalho e
outros setores econômicos. os fins de semana prolongados tenham tam-
bém facilitado o turismo.
Esta seção deixir claro que o setor turísti-
cir demorou a reconhecer a importância das
.lefinlçires base.rdas na clferta. Todar.ia, os Turistas
L.entfícios são evidentes, r,isto que a CST
f.ossibilita Lrma comparação entre o turismcr Ainda que fosse desejável definir turismo e
e o,c clemais setores econômicos, oferecc- da- turista de forma abrangente, na prática os
.1os irnportarltes para o planejamento c ;r ela- turistas constituem grupos heterogêneos,

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