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Resoluções
Resolução da Questão 1:
Legenda:
a : Aldo é inocente
b : Bola é inocente
c : Caco é inocente
d : Dado é inocente
e : Enio é inocente
f : Foca é inocente
g : Gago é inocente
h : Hugo é inocente
De acordo com a premissa (v), podemos concluir ¬a, ou seja, Aldo é culpado. Tes-
tando, agora b, vemos que a demonstração a seguir mostra que Beto é inocente. E,
de passagem, mostra f , ou seja, que Foca é inocente.
Demonstração:
1
Demonstração:
Suponhamos:
1. ¬(c ∧ d)
2. (b ∧ (¬g)) ∨ (g ∧ (¬b))
3. [(¬e) ∧ (¬f )] → a
4. (b ∨ f ) → [(¬g) ∧ (¬h)]
5. ¬(a ∨ e)
Daı́:
5 6. (¬a) ∧ (¬e)
6 7. ¬a
3,7 8. ¬[(¬e) ∧ (¬f )]
8 9. [¬(¬e)] ∨ [¬(¬f )]
9 10. e ∨ f
6 11. ¬e
10,11 12. f
12 13. b ∨ f
4,13 14. (¬g) ∧ (¬h)
14 15. ¬g
15 16. (¬g) ∨ b
16 17. (¬g) ∨ (¬¬b)
17 18. ¬(g ∧ (¬b))
2,18 19. b ∧ (¬g)
19 20. b
12,20 21. b ∧ f
Logo, os investigados inocentes são Beto e Foca.
2
2. (2,5) Ao estudar para a APX3, uma aluna de MD aprendeu que:
Todo enunciado pode ser classificado como verdadeiro ou falso e, além disso,
ele pode ser classificado como verdadeiro quando, e somente quando, não
pode ser classificado como falso.
Além disso, ela aprendeu que para entender bem um conceito, é preciso, também,
saber negar as propriedades daquele conceito. Assim, ela tentou negar o que ela
havia aprendido sobre enunciados e ficou em dúvida entre quatros opções:
(i) Existem enunciados que não podem ser classificados nem como verdadeiros nem
como falsos ou podem ser classificados como verdadeiros e como falsos.
(ii) Nenhum enunciado pode ser classificado como verdadeiro ou falso ou se pode ser
classificado como verdadeiro, ele também pode como falso.
(iii) Existem enunciados que, se podem ser classificados como verdadeiros ou falsos,
podem ser como verdadeiros se, e somente se, podem como falsos.
(iv) Nenhum enunciado pode ser classificado como verdadeiro ou falso ou não pode ser
classificado como verdadeiro se, e somente se, não pode como falso.
Resolução da Questão 2:
Legenda:
e(x) : x é enunciado
v(x) : x pode ser classificado como verdadeiro
f (x) : x pode ser classificado como falso
Simbolização:
∀xhe(x) → {[v(x) ∨ f (x)] ∧ [v(x) ↔ (¬f (x))]}i
Negação:
Temos que:
¬∀xhe(x) → {[v(x) ∨ f (x)] ∧ [v(x) ↔ (¬f (x))]}i
é equivalente a
∃x¬he(x) → {[v(x) ∨ f (x)] ∧ [v(x) ↔ (¬f (x))]}i
é equivalente a
∃xhe(x) ∧ ¬{[v(x) ∨ f (x)] ∧ [v(x) ↔ (¬f (x))]}i
é equivalente a
∃xhe(x) ∧ {¬[v(x) ∨ f (x)] ∨ ¬[v(x) ↔ (¬f (x))]}i
é equivalente a
3
∃xhe(x) ∧ {[v(x) ∨ f (x)] → ¬[v(x) ↔ (¬f (x))]}i
Agora, observe que:
¬[ϕ ↔ (¬ψ)]
é quivalente a
[ϕ ∧ ψ] ∨ [(¬ϕ) ∧ (¬ψ)]
é quivalente a
ϕ↔ψ
Assim, ∃xhe(x) ∧ {[v(x) ∨ f (x)] → ¬[v(x) ↔ (¬f (x))]}i
é quivalente a
∃xhe(x) ∧ {[v(x) ∨ f (x)] → [v(x) ↔ f (x)]}i
Re-escrita:
Existem enunciados que, se podem ser classificados como verdadeiros ou falsos, então
podem ser classificados como verdadeiros se, e somente se, podem ser classificados como
falsos.
Ou seja, a opção correta é (iii).
Obs: Outras resoluções e respostas são possı́veis.
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3. (2,5) Temos um conjunto com oito meninos e oito meninas.
(a) (1,0) De quantas maneiras o conjunto das meninas pode ser particionado em dois
conjuntos?
(b) (1,5) De quantas maneiras um conjunto das pessoas pode ser particionado em
dois conjuntos se em cada bloco da partição há um número ı́mpar de meninos e um
número ı́mpar de meninas?
Resolução da Questão 3:
(a) Objetos básicos: 8 meninas.
Configurações: As bipartições do conjunto M das meninas. Cada configuração
pode ser representada por
{A, B}
onde A, B ⊆ M , A, B 6= ∅, A ∩ B 6= ∅ e A ∪ B = M .
Considere o conjunto C de todas as configurações.
Considere os seguintes subconjunto de C:
Temos que:
#e1 = 8
#e2 = 1
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Temos que:
#e1 = C(8, 2)
#e2 = 1
Temos que:
#e1 = C(8, 3)
#e2 = 1
#e1 = C(8, 4)
#e2 = 1
Daı́, pelo PM, termos um total de C(8, 4) × 1 = C(8, 4) objetos formados por estas
escolhas.
Mas, observe que com estas escolhas estamos formando sequências (A, B) e não pares
{A, B}.
Agora, cada duas sequências (A, B) e (B, A) correspondem ao mesmo par {A, B}.
C(8, 4)
Logo, pelo Pk1, |C4 | = .
2
Determinando |C|: Pelo PA,
C(8, 4)
|C| = C(8, 1) + C(8, 2) + C(8, 3) +
2
2 × |C| = (2 × C(8, 1)) + (2 × C(8, 2)) + (2 × C(8, 3)) + C(8, 4)
2 × |C| = C(8, 1) + C(8, 1) + C(8, 2) + C(8, 2) + C(8, 3) + C(8, 3) + C(8, 4)
2 × |C| = C(8, 1) + C(8, 7) + C(8, 2) + C(8, 6) + C(8, 3) + C(8, 5) + C(8, 4)
2 × |C| = C(8, 1) + C(8, 2) + C(8, 3) + C(8, 4) + C(8, 5) + C(8, 6) + C(8, 7)
2 × |C| = 28 − 2
|C| = 27 − 1
Ideias para resoluções alternativas: (1) A princı́pio, podemos fazer duas esco-
lhas: e1 : escolher um subconjunto diferente de ∅ e diferente de M para ser A; e2
: escolher o complementar do conjunto escolhido em e1 , em relação a M , para ser
B. Assim, terı́amos que #e1 = 28 − 2 e #e2 = 1, obtendo, pelo PM, um total de
28 −2. Mas, desta maneira, estamos formando sequências (A, B) e não pares {A, B}.
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Agora, cada duas sequências (A, B) e (B, A) correspondem ao mesmo par {A, B}.
28 − 2
Logo, pelo Pk1, o resultado é = 27 − 1.
2
(2) Considere uma das meninas, digamos Ana. Ela sempre está em um dos blocos
da partição. Assim, podemos fazer duas escolhas: e1 : escolher as outras meninas
que formam o bloco com Ana; e2 : escolher as outras meninas ainda não escolhidas
para formarem o outro bloco. Para e1 , temos duas restrições: (i) Ana não pode
ser escolhida, pois ela já está no bloco; (ii) todas as outras meninas não podem ser
escolhidas, pois caso contrário o outro bloco ficaria vazio. Daı́, temos 7 meninas
disponı́veis para a escolha e não podemos escolher todas elas. Assim, temos que
#e1 = 27 − 1 e #e2 = 1. Logo, pelo PM, o resultado é 27 − 1.
{A, B}
Temos que os conjuntos C1 e C2 são uma partição de C. Assim, pelo PA, |C| =
|C1 | + |C2 |. Logo, determinando |C1 | e |C2 | o problema está resolvido.
Determinando |C1 |: Considere os seguintes subconjunto de C1 :
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e3 : escolher os meninos e meninas ainda não escolhidos para formar o
outro bloco
(observe que após e1 e e2 restam um número ı́mpar de meninos e um
número ı́mpar de meninas)
Temos que:
#e1 = 8
#e2 = C(8, m)
#e3 = 1
Temos que:
#e1 = C(8, 3)
#e2 = C(8, m)
#e3 = 1
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4. (2,5) Considere a sequinte questão:
De quantas maneiras dez livros diferentes podem ser distribuı́dos em treze
caixas iguais, de modo que haja exatamente dois livros em cada caixa que
contenha livros?
Ao tentar resolver a questão, uma aluna de MD apresentou a seguinte sequência de
escolhas:
Para distribuir os livros nas caixas de acordo com o pedido, podemos fazer as
seguintes escolhas:
e1 : escolher simultaneamente as 8 caixas que vão ficar vazias
e2 : escolher 1 caixa ainda não escolhida para colocar o primeiro livro
e3 : escolher 1 caixa ainda não escolhida para colocar o segundo livro
e4 : escolher 1 caixa ainda não escolhida para colocar o terceiro livro
e5 : escolher 1 caixa ainda não escolhida para colocar o quarto livro
e6 : escolher 1 caixa ainda não escolhida para colocar o quinto livro
e7 : escolher uma permutação dos livros ainda não escolhidos
e8 : distribuir os livros nas caixas que já possuem livros, de acordo com a
permutação escolhida em e7 .
Mas, ao chegar neste ponto, ela não estava segura de que este é o caminho correto a
ser seguido para resolver a questão.
Ajude a colega — empregando os conteúdos estudados em MD — explicando se
ela está certa ou errada ao propor estas escolhas e resolvendo a questão de acordo.
Mais especificamente: especifique os objetos básicos e as configurações em questão;
determine se a colega está certa ou errada, e justifique; apresente uma contagem,
baseada nestas decisões, que chega à resposta da questão se ela estiver certa ou,
alternativamente, resolva a questão de maneira correta.
Resolução da Questão 4:
(a) Objetos básicos: Dez livros diferentes.
Configurações: Cinco caixas com dois livros cada uma e oito caixas vazias.
(b) A colega está errada, pois como as caixas são iguais, não conseguimos diferenciar
as escolhas simultâneas de 8 caixas entre as 13 caixas.
(c) Como as caixas são iguais, as caixas que ficam vazias não são relevantes para a
configuração. Assim, cada configuração pode ser representada por:
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onde a, b, . . . , i, j são os livros.
Para formar um elemento de X, podemos fazer 5 escolhas:
Temos que:
#e1 = C(10, 2)
#e2 = C(8, 2)
#e3 = C(6, 2)
#e4 = C(4, 2)
#e5 = C(2, 2)
Assim, pelo PM, |X| = C(10, 2) × C(8, 2) × C(6, 2) × C(4, 2) × C(2, 2).
Agora, observe que a função que associa um elemento
(s1 , s2 , s3 , s4 , s5 )
de X ao elemento
{s1 , s2 , s3 , s4 , s5 }
de C, associa todos os 5! elementos
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