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OS EFEITOS DO NÃO NO COMPORTAMENTO

INFANTIL
Por Fernanda Spengler

Educar nossos filhos não é uma tarefa fácil. Passamos por fases desafiadoras e
algumas crianças insistem em permanecer nesse ciclo de desafio. Elas
argumentam, questionam os limites e desafiam os pais constantemente. Parece
que às vezes se torna quase impossível não ceder às vontades delas…

Precisamos assumir a autoridade na educação de nossos filhos. Não permita que
os pequenos dominem a situação. Vivemos em uma sociedade que exige regras,
limites, autodisciplina e se você não ensinar isso a seu filho, com certeza no
futuro ele enfrentará problemas para aprender com o mundo.

Quando as crianças se deparam com um “não” em casa, na escola ou com
amigos ele funciona geralmente como um alerta, uma quebra no ciclo que estava
acontecendo. Ou pelo menos deveria funcionar. O que acontece é que essa tem
sido a maioria das respostas dos adultos para inúmeras situações.

Esse é o grande problema. E é exatamente por isso que o “não” acaba perdendo
seu efeito. A banalização dessa atitude, a negação constante de
comportamentos e o “não” vazio de significados mostram para a criança que ele
nem sempre é verdadeiro e que nem os pais estão certos disso.

Assim, quando você precisa intervir em um comportamento, dizendo “Não!” surte
pouco efeito.
Parece que a criança não escuta. Ou melhor: escuta e faz o contrário!
A função do “Não” se perde quando ele é usado sem critério. É importante uma
reflexão por parte dos adultos que convivem diariamente com crianças e tem a
intenção de estabelecer limites duradouros e verdadeiros.

Dizer não faz parte da educação, mas primeiro de tudo, pense sobre o porquê
você está prestes a dizer não. Pode ser que você está cansado, desmotivado
ou está usando uma resposta automática.
Pense o que aconteceria se você dissesse sim? Responda a esta pergunta em
primeiro lugar, em sua própria mente. Pode ser que o resultado não seja tão
ruim assim, ou até mesmo seja algo que você possa participar junto.

Quando seu filho lhe pede algo, ao contrário de imediatamente negar seu
pedido, reafirme o que ele pediu e dê outra opção. “Eu entendo que você quer
comer doces, podemos fazer isso juntos no final de semana.”

Uma boa dica é obter a atenção do seu filho e criar um diálogo entre vocês.
Em outras palavras, fazer boas perguntas para que seu filho pense, responda
a si mesmo ou a você e se envolva na conversa. Participe, seja cúmplice do
seu filho, esteja por perto. E ele estará muito mais perto de você também.

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