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Nome: Pedro Soares e Gonçalo Ferraz data:25-04-2020

Será lícito limitar a liberdade dos cidadãos (impor o isolamento social)


numa situação de pandemia, quando cerca de 80% dos possíveis
infetados só têm sintomas ligeiros?

Na nossa opinião, acho que o isolamento social numa situação de pandemia é extremamente
importante, independentemente da consequência, como defende Mill.

Mesmo que os sintomas sejam ligeiros, ou até mesmo nulos (assintomáticos), o vírus consegue
propagar-se da mesma forma, e infetando muita gente, levando a um maior número de
contágios, o possível colapso do SNS, por falta de meios (material médico, espaço, etc.), e
consequentemente, de mortes.

Como há muitas pessoas que não respeitam a quarentena (mesmo sabendo que são
portadores da doença) é necessário vigiar e controlar essas pessoas durante esse período, para
que o vírus não se propague. Como Mill diz não interessa o método, mas sim interessa os
resultados, logo Mill, se fosse vivo, seria a favor do isolamento social.

Neste caso o método utilizado para manter a população em casa, são as forças de segurança,
que têm a função de vigiar e controlar as pessoas, e também o “medo”, e o “pânico” gerado
pela imprensa, para manter pessoas em casa, sendo este um método muito usado por
qualquer governo quando quer que os cidadãos não contestem a aprovação de alguma lei que
limite os seus direitos.

Por outro lado, temos outros problemas, na saúde, as pessoas não se contaminaram com o
COVID-19,teem tendência a levar uma vida sedentária por causa do isolamento, o que pode
levar a outras doenças, igualmente más, como por exemplo diabetes, doenças
cardiovasculares, doentes com cancro que não se tratem, entre outros. Outro problema social
e sanitário é a não realização de outros atos médicos em outras especialidades, que pode levar
a mais mortes indiretas, que não entram na estatística dos óbitos do COVID-19.

Temos também o problema económico, porque com esta súbita paragem económica do pais,
muitas empresas irão á falência, e haverá uma subida muito acentuada no desemprego,
criminalidade, alcoolismo derivado á falta de emprego, depressões pois muita gente sente-se
impotente ao não conseguir providenciar rendimentos. Tal como aconteceu depois da
epidemia da gripe espanhola, que matou cerca de 50-100 milhões pelo globo, houve a grande
depressão, uma das piores crises que o planeta já sentiu, e muita gente morreu alem da
doença, de fome.

Um dos lados positivos, é que a economia está a reinventar-se, alterando os métodos de


trabalho, e prestação de serviços (Ex: teletrabalho, takeaway, compras online deixaram de ser
exclusivas dos grandes grupos), e todos os dias, surgem novas ideias para impulsionar a
economia.

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