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PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DAS AÇÕES ELEITORAIS

NA JURISPRUDÊNCIA DO TSE:

1- Representação do art. 73 da Lei nº 9.504/1997: até o dia do pleito.

ARESPE - AGRAVO REGIMENTAL


RESPE-25936 25936 EM RECURSO ESPECIAL
ELEITORAL
Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data
1 - ACÓRDÃO BRASÍLIA - DF 07/12/2006
CARLOS EDUARDO
Relator(a) Relator(a) designado(a)
CAPUTO BASTOS
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 12/02/2007, Página 134
Ementa Recurso especial. Agravo regimental. Representação. Art. 73 e 41-A da Lei nº
9.504/97. Ajuizamento. Eleições. Posterioridade. Questão de ordem. Prazo. Fixação.
Interesse de agir. Perda. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Súmula nº
279 do Supremo Tribunal Federal. Decisão agravada. Fundamentos não afastados.

1. A representação fundada no art. 73 da Lei nº 9.504/97 deverá ser


ajuizada até a realização do pleito, sob pena do reconhecimento da perda do
interesse de agir (Questão de Ordem suscitada no REspe nº 25.935).

2. Para afastar o entendimento da Corte de origem no sentido da ausência de provas


aptas a caracterizarem a captação ilícita de sufrágio, é imperioso o reexame das
provas carreadas aos autos, o que não é possível em sede de recurso especial
(Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal).

3. Nega-se provimento a agravo regimental que não afasta os fundamentos da


decisão impugnada.

Agravo regimental desprovido.

AAG - AGRAVO REGIMENTAL EM


AG-7375 7375
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data
TAQUARITINGA DO NORTE 10/05/2007
1 - ACÓRDÃO
- PE
CARLOS AUGUSTO
Relator(a) AYRES DE FREITAS Relator(a) designado(a)
BRITTO
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 25/05/2007, Página 270
Ementa AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEIÇÕES 2004.
REPRESENTAÇÃO. CONDUTA VEDADA. A REPRESENTAÇÃO POR OFENSA AO ARTIGO
73 DA LEI Nº 9.504/97 É DE SER AJUIZADA ATÉ A DATA DAS ELEIÇÕES.
REDISCUSSÃO DAS RAZÕES DO ESPECIAL. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULAS 7/STJ E 279/STF. DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. Agravo que pretende rediscutir matéria já regularmente decidida.

2. O TSE - no julgamento do REspe nº 25.935/SC, rel. para acórdão Min. Cezar


Peluso - assentou que a representação fundada no art. 73 da Lei nº 9.504/97
é de ser ajuizada até a data das eleições, sob pena de não ser conhecida por
falta de interesse de agir. Entendimento, esse, aplicável ao caso presente, mesmo
em se tratando de fatos pertinentes às Eleições 2004. Precedentes.

3. A Corte Regional, analisando as provas colacionadas aos autos, entendeu que as


condutas vedadas beneficiaram os agravantes e, por conseqüência, tiveram a
potencialidade de influenciar o resultado do pleito. Razão pela qual aplicou
cumulativamente as sanções de multa e cassação. Entendimento diverso do adotado
no acórdão recorrido demandaria o reexame do acervo fático-probatório dos autos,
providência inviável em sede de recurso especial eleitoral.

4. Quanto à execução do julgado, aguarde-se a publicação do acórdão.

5. Agravo regimental a que se nega provimento.

RP-1219 1219 RP - REPRESENTAÇÃO

Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data


1 - ACÓRDÃO BRASÍLIA - DF 26/04/2007
FRANCISCO CESAR
Relator(a) Relator(a) designado(a)
ASFOR ROCHA
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 22/05/2007, Página 179
Ementa PROPAGANDA PARTIDÁRIA. ALEGAÇÃO DE DESVIO DE FINALIDADE. PROMOÇÃO
PESSOAL. FILIADO. PRÉ-CANDIDATO. PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA.
SEMESTRE ANTERIOR. ELEIÇÃO. PRELIMINARES. DECADÊNCIA. LITISPENDÊNCIA.
REJEIÇÃO. PEDIDOS DE CASSAÇÃO DO PROGRAMA E APLICAÇÃO DE MULTA
PREJUDICADOS. EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.

O ajuizamento de representação pela inobservância do prescrito no art. 45 da Lei no


9.096/95 pode se dar até o semestre seguinte ao da veiculação do programa
impugnado, nos termos do § 2º do referido artigo, enquanto que para as
infrações à Lei no 9.504/97 não há dispositivo legal estabelecendo prazo
específico, salvo na hipótese de descumprimento do art. 73, que deverá ser
proposta até o dia da realização da eleição a que se refira, sob pena de carência
pela falta de interesse processual do representante que tenha tido, antes disso,
conhecimento do fato.

Embora configurada a utilização do programa partidário para exclusiva promoção


pessoal de filiado, com explícita conotação eleitoral, em semestre anterior à eleição,
consideram-se prejudicadas as representações quando já aplicada a sanção em
processos anteriores pela violação às prescrições legais.

2- Representação por propaganda irregular: até o dia do pleito.

ARP - AGRAVO REGIMENTAL EM


RP-1356 1356
REPRESENTAÇÃO
Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data
1 - ACÓRDÃO BELO HORIZONTE - MG 01/03/2007
CARLOS AUGUSTO
Relator(a) AYRES DE FREITAS Relator(a) designado(a)
BRITTO
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 22/03/2007, Página 140
Ementa AGRAVO REGIMENTAL. REPRESENTAÇÃO. PROPAGANDA ELEITORAL. AUSÊNCIA DE
INTERESSE PROCESSUAL.

1. Este Superior Eleitoral - no julgamento do REspe nº 25.935/SC, rel. para acórdão


Min. Cezar Peluso - assentou que a representação fundada no art. 73 da Lei nº
9.504/97 é de ser ajuizada até a data das eleições, sob pena de não ser
conhecida por falta de interesse de agir. Se se afasta o conhecimento das
representações manejadas após as eleições e que tratam de condutas vedadas - que
podem desaguar em cassação do registro ou do diploma -, com maior razão não se
deve conhecer das representações fundadas no § 8º do art. 39 da Lei Eleitoral,
quando intentadas após as eleições, porque, aqui, a procedência do pedido acarreta
- no máximo - a aplicação de multa.

2. Precedentes.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

3- Representação do 41-A: até a data da diplomação.

AG-6893 6893 AG – AGRAVO DE INSTRUMENTO

Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data


1 - ACÓRDÃO CORINTO – MG 06/03/2007
JOSÉ GERARDO
Relator(a) Relator(a) designado(a)
GROSSI
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 19/03/2007, Página 178
Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEIÇÕES 2004. CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO.
ART. 41-A DA LEI

Nº 9.504/97. OMISSÃO NO ACÓRDÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. ALEGAÇÃO DE INÉPCIA


DA INICIAL. AFASTADA. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE.

- Não se verifica violação ao art. 275 do CE, quando o acórdão enfrenta o tema
posto, sendo devidamente entregue a prestação jurisdicional.

- Embargos de declaração não constituem sede para rediscussão da prova dos autos
ou do livre convencimento que cada julgador extrai dela.

- Não é inepta a inicial que narra a ocorrência de promessa de dádivas a eleitores em


troca de voto, pois atende, de forma suficiente, os requisitos legais (art. 22 da LC nº
64/90 e 41-A da Lei das Eleições).

- A representação por violação ao art. 41-A poderá ser proposta até a data
da diplomação. Precedentes (REspes nos 25.258 e 25.269).

- Tendo o Tribunal Regional assentado que ficou comprovada a captação ilícita de


sufrágio por meio de conjunto probatório, considerado suficiente e idôneo, não é
possível seu reexame na via especial.

- A configuração da divergência jurisprudencial exige a realização do cotejo analítico


de modo a demonstrar a similitude das hipóteses.

- Agravo de instrumento desprovido.

5- Ação de investigação judicial eleitoral: até a data da diplomação.

ARESPE - AGRAVO REGIMENTAL


RESPE-25269 25269 EM RECURSO ESPECIAL
ELEITORAL
Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data
1 - ACÓRDÃO GUZOLÂNDIA - SP 31/10/2006
CARLOS EDUARDO
Relator(a) Relator(a) designado(a)
CAPUTO BASTOS
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 20/11/2006, Página 202
Ementa Investigação judicial. Art. 41-A da Lei nº 9.504/97 e abuso do poder econômico.
Propositura. Partido político. Prefeito e vice-prefeito. Decisão regional. Ilegitimidade
ativa. Recurso especial. Decisão monocrática. Provimento. Preliminar afastada.
Alegação. Perda de interesse de agir. Improcedência.
1. Os partidos políticos que, coligados, disputaram o pleito, detêm legitimidade para
propor isoladamente as ações previstas na legislação eleitoral, uma vez realizadas as
eleições, o que é admitido, inclusive, concorrentemente com a respectiva coligação.

2. Conforme evolução jurisprudencial ocorrida no âmbito do Tribunal Superior


Eleitoral, a questão alusiva à perda de interesse de agir ou processual - o que
ocorre, em regra, caso o feito seja ajuizado após as eleições - somente se aplica à
representação fundada em infração do art. 73 da Lei nº 9.504/97.

3. Admitindo-se a possibilidade de ajuizamento de recurso contra expedição de


diploma, com base na captação ilícita de sufrágio, é de entender-se, então, que
persiste interesse de candidatos, partidos, coligações e Ministério Público para
ajuizamento de representação fundada no art. 41-A da Lei nº 9.504/97, mesmo
após as eleições e até a data da diplomação.

4. Em face da diversidade de tratamento jurídico-normativo, não se aplica quanto à


representação fundada

em captação ilícita de sufrágio a orientação firmada pela Corte quanto à perda de


interesse de agir atinente às representações por condutas vedadas.

Agravo regimental desprovido.

6-Recurso contra a diplomação: três dias após a diplomação.

AG-6507 6507 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data


1 - ACÓRDÃO RIO DE JANEIRO - RJ 25/04/2006
GILMAR FERREIRA
Relator(a) Relator(a) designado(a)
MENDES
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 25/08/2006, Página 170
Ementa RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. APLICAÇÃO DO PRAZO DE CINCO
DIAS PARA REPRESENTAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. ABERTURA DE
VISTA. CONTRA-RAZÕES. JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL. QUESTÃO DE
ORDEM. FATOS ANTERIORES AO REGISTRO NÃO ALEGADOS OPORTUNAMENTE.
INTERESSE DE AGIR. INEXISTÊNCIA. PRECLUSÃO. CONHECIMENTO EX OFFICIO.
CABIMENTO. COMPATIBILIDADE ENTRE O ART. 14, § 10, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, E O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PREQUESTIONAMENTO.
DESNECESSIDADE.

O prazo de cinco dias fixado pelo TSE destina-se às representações previstas no art.
96 da Lei nº 9.504/97, para as quais a lei não estabeleceu data limite para
interposição.

O recurso contra expedição de diploma deve ser interposto em três dias,


contados da diplomação.

Os fatos ocorridos e conhecidos antes dos resultados das urnas devem ser suscitados
em momento que permita a sua apuração em outra ação.

A preclusão rege todo o processo eleitoral, impedindo, por exemplo, que quem não
impugnou o pedido de registro de candidatura recorra da decisão que o deferiu ou
indeferiu.

Precedentes.

Recurso especial a que se dá provimento, ao fundamento da carência de ação.


8- Ação de impugnação de mandato eletivo: 15 dias da diplomação.

EMC - EMBARGOS DE
MC-1750 1750 DECLARAÇÃO EM MEDIDA
CAUTELAR
Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data
1 - ACÓRDÃO BRASÍLIA – DF 26/09/2006
ANTONIO CEZAR
Relator(a) Relator(a) designado(a)
PELUSO
Publicação DJ - Diário de justiça, Data 13/10/2006, Página 171
Ementa AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO. RECURSO ESPECIAL. AGRAVO
DE INSTRUMENTO. MEDIDA CAUTELAR. ART. 41-A DA LEI Nº 9.504/97. PRAZO PARA
AJUIZAMENTO ATÉ 15 DIAS DA DIPLOMAÇÃO. EXIGÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. EXECUÇÃO
IMEDIATA APÓS A PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO.

1. O prazo para ajuizamento de ação de impugnação de mandato eletivo é de 15


dias contados a partir da diplomação do candidato (art. 14, § 10, da Constituição
Federal).

2. O reexame de prova é inviável em sede de recurso especial (Súmula 279 do STF).

3. A decisão fundada no art. 41-A da Lei nº 9.504/97, em sede de ação de


impugnação de mandato eletivo, deve ser executada imediatamente. Precedentes.

4. Nega-se seguimento aos agravos regimentais interpostos nos Agravos de


Instrumento nos 7.210 e 7.212, prejudicado o da Medida Cautelar nº 1.865,
acolhendo-se, em parte, os embargos de declaração opostos na Medida Cautelar

nº 1.750, para que se dê imediato cumprimento a este acórdão assim que seja
publicado.

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