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Quando um objeto celeste qualquer cai na Terra, todos os indivíduos que tenham
alguma relação com o fato, buscam o fenômeno. As explicações possíveis são
produtos de saberes que esses indivíduos tenham constituído na sua história,
aliados aos interesses que os induzam a refletir sobre o fato.
Por isso, dizemos que há ciências naturais e há ciências sociais e humanas, que se
diferenciam pelo objeto, ou seja, pela parcela da realidade de que se ocupa e pelo
método de produção científica. Qualquer que seja a divisão, essas ciências serão
reconhecidas
Mas, afinal, o que é ciência? As definições de ciência variam por critérios históricos,
ideológicos, correntes de pensamento. Mais importante do que chegar a uma
definição, é buscar compreender os elementos que compõem a construção de uma
ciência. Assim, é possível dizer que toda ciência possui (Lakatos & Marconi, 2001):
Tomas Kuhn, em seu livro clássico Estrutura das Revoluções Científicas, afirma que
a pesquisa científica orienta-se por paradigmas científicos, ou seja, uma espécie de
teoria ampliada, composta de leis, conceitos, modelos, valores, analogias, regras de
avaliação de teorias e formulação de problemas, princípios metafísicos e
exemplares, ou seja, “soluções concretas de problemas que os estudantes
encontram desde o início de sua educação científica, seja nos laboratórios, exames
ou no fim dos capítulos dos manuais científicos” (Kuhn, 1970, p 232).
Fica evidente, pois, que ciência e pesquisa são partes indissociáveis, ou seja, uma
não existe sem a outra. Indiferentemente de posições dos cientistas, do método e
das várias perspectivas que possam existir, no campo científico, a pesquisa será
central na produção da ciência.
KHUN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. 9ª ed. São Paulo: Editora
Perspectiva, 2006 (Coleção Debates-Nº 115).
MORIN, Edgar. Por uma reforma do pensamento. In: PENA-VEJA & NASCIMENTO,
Elimar P. O pensar complexo: Edgar Morin e a crise da modernidade. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Garamond, 1999.