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Movimento Tenentista: um debate historiográfico

Pedro Ernesto Fagundes*

Resumo
O movimento Tenentista pode ser inserido no conjunto de manifestações
políticas da década de 1920. A particularidade da luta dos tenentes foi o fato
deles terem conseguido chamar a atenção de todo o país, particularmente, a
partir do levante de 1924. A meta do movimento era causar transformações
amplas no modelo de Estado vigente durante a Primeira República. Mais do que
uma disputa de caráter provincial, o ideário Tenentista pretendia combater os
“vícios e desvios” criados pelos denominados políticos profissionais. Assim no
presente trabalho apresentaremos um balanço historiográfico sobre o movimento
Tenentista.
Palavras-chave: Tenentismo – Primeira República – História Política.

Tenentismo Movement: a historical debate


Abstract
Movement Tenentista can be inserted into the set of political demonstrations of
the 1920s. The particularity of the struggle of the lieutenants was the fact that
they managed to draw the attention of the whole country, particularly from the
uprising of 1924. The goal of the movement was to cause large changes in the
model of the force during the First Republic. More than a contest of provincial
character, the ideas tenentista trying to combat the "vices and deviations" created
by so-called professional politicians. So in this paper we present a
historiographical overview of the movement Tenentista.
Key words: Tenentismo - First Republic - Political History.

Introdução apenas de âmbito estadual, o que


Durante as décadas da chamada propiciou o surgimento da dinâmica que
Primeiro República(1889-1930) uma ficou conhecida como “Política dos
das principais fontes de Governadores”. Cada estado contava
descontentamento de parte da população com seu próprio sistema eleitoral com
regras e normas eleitorais controladas e
brasileira, sobretudo, nos maiores
centros urbanos, era o viciado quadro fiscalizadas pelos representantes do
poder executivo.
político-eleitoral que, de um modo
geral, tinha duas importantes O âmbito local do sistema eleitoral
características; o regionalismo e a garantia que dificilmente quem
corrupção eleitoral. estivesse no poder saísse derrotado de
um disputa nas urnas. Com isso, os
O regionalismo se manifestava através
laços estreitos entre os governantes da
da existência de partidos políticos

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situação propiciavam que o cargo de No conjunto desses episódios
presidente da República fosse escolhido destacaremos a participação das forças
pelas elites políticas dos estados mais armadas, especificamente o movimento
poderosos: Minas Tenentista, nas
Gerais e São Paulo mobilizações
(FAUSTO, 1997). contra a situação
vigente no país.
As duas oligarquias,
Logo de inicio
num código de
um ponto chama
alternância,
a atenção em
monopolizavam as
relação a quase
eleições presidenciais,
todos os
configurando a
trabalhos que
chamada “política do
café com leite”. Nos abordam a luta
Participantes do levantes de 1922 – Rio de Janeiro. Fonte: dos tenentes:
estados essa situação CPDOC\FGV
essas obras
era garantida nas bases
analisavam o movimento dentro de uma
pelos chefes políticos municipais,
perspectiva mais geral em relação ao
através de um esquema de fraudes
processo que culminou com a
eleitorais, sistema que ficou conhecido
“Revolução de 1930”.
pelo termo “coronelismo”.
Essa ampla rede de compromissos pode Várias Interpretações
ser configurada “como resultado da Assim, corriqueiramente, o Tenentismo
superposição de formas desenvolvidas passou a ser interpretado no bojo do
do regime representativo a uma conjunto de episódios que marcaram a
estrutura econômica e social chamada “crise dos anos 1920”. O
inadequada” (LEAL, 1986). A próprio termo Tenentismo só adquiriu o
predominante estrutura agrária significado que conhecemos atualmente
existente, pilar da economia do país na a partir de 1933, com a publicação da
época, baseada na desorganização dos obra O Sentido do Tenentismo, escrita
serviços públicos locais básicos criava e por Virgilio Santa Rosa, trabalho
alimentava o ambiente eleitoral onde os pioneiro na interpretação desse
“coronéis” através do mandonismo, do movimento.
filhotismo, do falseamento do voto Esse autor procurou apresentar os
exerciam sua liderança. jovens tenentes como um corpo social
A partir do início da década de 1920, se destoante da realidade política da
multiplicaram os movimentos de Primeira República. Os tenentes seriam
contestação da situação vigente. Essas legítimos representantes dos anseios e
manifestações refletiam o grau de perspectivas da classe média urbana
descontentamento de setores da brasileira, que se encontrava
população brasileira com os rumos da completamente á margem do sistema
República. As suas expressões mais político das oligarquias. Portanto, a falta
conhecidas foram: o movimento de espaços e participação na vida
Tenentista, a Reação Republicana, a política nacional foi o combustível
Semana de Arte Moderna, a “Revolução principal que incentivou o início dos
de 1924”, a Coluna Prestes e a fundação atritos.
do Partido Comunista do Brasil. Parecia não haver assim
possibilidade de salvação para as

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novas camadas surgidas na A visão dos tenentes como vanguarda
sociedade brasileira. As pequenas da classe média passou a ser revista por
burguesias urbanas, obrigadas pelas uma série de autores que pretendem
forças do subsolo nacional, tinham rediscutir todo o movimento político
de permanecer indefinidamente no
que antecedeu a “Revolução de 1930”.
mesmíssimo plano político. As
oligarquias latifundiárias não
Para essas novas interpretações o
realizariam as reformas almejadas Tenentismo não foi apenas uma rebelião
nem consentiam na presença de militar contra as classes dominantes da
parlamentares encarregados de “Velha República”, mas sim “contra a
realizá-las. (SANTA ROSA, 1976, posição subordinada do Exército no
p. 36). aparelho do Estado”. (DRUMMOND,
Dessa forma, os conflitos entre esses 1986).
dois segmentos foram incentivados Essa visão que privilegia o enfoque
pelas querelas partidárias. Na organizacional pretende discutir que
interpretação da classe média urbana a antes de representar qualquer segmento
via parlamentar deixou de ser o externo da vida militar os tenentes
caminho mais curto para solucionar os tinham como prioridade defender os
“desvios” e “vícios” do processo interesses das forças armadas,
político. A falta de sobretudo, do
sintonia entre as exército. Contudo,
oligarquias e a apesar de aceitar,
classe média teve em termos, a
seu momento de configuração dos
ápice durante a tenentes como
década de 1920. representantes da
Pela sua posição de classe média, por
prestígio e destaque conta da origem
no conjunto da social da maioria
sociedade e, de seus membros,
principalmente, pela Revoltados em marcha pela Avenida Atlântica indo de encontro às a posição
forças legalistas – 1922. Rio de Janeiro. Fonte: CPDOC\FGV.
ausência de outra profissional
estrutura política com igual capacidade desconfortável foi o motivo
de organização e mobilização, naquele preponderante para os membros do
momento, os tenentes acabaram exército terem se lançado na luta em
assumindo a dianteira das manifestações defesa das forças armadas.
de protesto contra as elites políticas. Outra interpretação afirma que o
Outra questão levantada pelo autor era o Tenentismo das primeiras revoltas entre
fato dos tenentes serem em sua maioria 1922 e 1926 pode ser caracterizado
membros da classe média. Outro ponto como um movimento de predominância
que destacou os tenentes em relação aos militar e com independência dos setores
demais membros da oposição foi a sua civis durante suas manifestações de
capacidade de coesão. O exército era insubordinação. A situação precária das
visto como a única força capaz de Forças Armadas somada ao grave
combater e derrotar a estrutura das quadro social da maioria população
verdadeiras milícias ligadas às levou os tenentes a responsabilizarem
estruturas dos presidentes dos estados: os políticos civis pela situação caótica
as polícias militares estaduais. do país. (FAUSTO, 1986).

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O inconformismo e a indignação com os conhecerem a realidade do conjunto da
baixos soldos, a péssima estrutura para população civil. Dessa forma, as
formação, a falta de oportunidade de influências e pressões da sociedade civil
ascensão, a incompetência dos oficias não passaram despercebidas, ou seja,
superiores somados às denúncias de tiveram ressonância no interior do
corrupção dos governos civis se Exército. (CARVALHO, 2005).
configuraram nos fatos que estimularam
O movimento Tenentista foi a
os tenentes a assumirem uma postura de
conjugação dos problemas internos e
oposição às oligarquias civis. Para
externos dos militares e, em especial,
Edmundo Campos Coelho as principais
tiveram papel privilegiado no início do
reivindicações do movimento tenentista
movimento as questões relativas à
tiveram como base as questões do
institucionalização do Exército durante
cotidiano da caserna.
essa época. O crescimento da influência
Dessa forma, e fugindo aos das Forças Armadas durante a
clássicos modelos da “revolução República permitiu uma substancial
burguesa” e da ascensão das classes mudança de comportamento da
médias”, nossa tese será a de que na sociedade em relação ao exército.
origem dos movimentos militares
(CARVALHO, 2005).
de 1922 e 1924 estavam fatores
tipicamente militares, de natureza Se durante muito tempo o Exército foi
política apenas no sentido restrito encarado como um “antro de
de que se inspiravam aqueles desordeiros e bandidos” essa situação
movimentos num enfoque crítico sofreu uma substancial modificação a
sobre as relações entre o Exército, partir de uma série de iniciativas que
por um lado, e o regime político e o
pretendiam qualificar, equipar e formar
Governo, por outro. (COELHO,
1976, p.84)
as Forças Armadas brasileiras. Dentre
essas iniciativas duas teriam sido
Ainda sobre as interpretações do fundamentais para ampliar e dar maior
Tenentismo podemos citar o trabalho de capacidade técnica para os militares: os
José Murilo de Carvalho como um texto Jovens Turcos (estágio de oficiais
que busca privilegiar uma leitura mais brasileiros na Alemanha) e a missão
ampla e aprofundada do tema. Um Francesa no Brasil.
primeiro dado apresentado por esse
autor diz respeito ao grande número de Quanto mais se aprofundava a formação
tenentes que existiam no interior do técnica dos militares maior também era
exército durante o período das revoltas a coesão entre seus membros. Esse
de 1922 e 1924, ou seja, os tenentes aspecto, que o autor chama de esprit de
contavam com uma superioridade corps, seria o principal responsável pela
numérica entre os outros postos de crescente institucionalização das forças
oficiais. Com isso, os tenentes armadas e, conseqüentemente, o fator
acreditavam estar falando em nome de que motivou a busca de maiores espaços
todo o Exército. de interferência e participação política
dos membros do Exército na sociedade.
A origem social e a proximidade com os (CARVALHO, 2005).
soldados teriam sido fundamentais para
os tenentes terem desenvolvido uma Outro ponto central para o crescimento
grande proximidade e gozarem da da importância dos militares durante a
confiança dos membros das tropas. Essa Primeira República foi a implantação de
proximidade permitiu aos tenentes um dispositivo até então muito

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discutido e debatido: o recrutamento por da Confederação dos Tiros de Guerra do
sorteio universal. A partir da adoção do Brasil, a ampliação da instrução militar
recrutamento por sorteio cresce nos colégios secundários e superiores e
concomitantemente a visão corporativa a organização das Ligas Nacionalistas.
do Exército e a sua ligação com o
É sempre importante enfatizar que
conjunto da população, sobretudo, das
anteriormente o recrutamento era visto
camadas mais baixas.
como medida punitiva, porém, com as
A luta pela implementação do sorteio ações para institucionalização das
universal era bastante antiga no Brasil. Forças Armadas e o recrutamento por
Os primeiros debates para a criação de sorteio, o Exército passou a ser uma
uma legislação que pretendia efetivar alternativa para as camadas mais
esse mecanismo datam das décadas desfavorecidas da sociedade. Seja por
finais do século XIX. Entretanto, todas ser a garantia de uma formação
as iniciativas nesse sentido esbarravam acadêmica/profissional gratuita, de uma
na complexa rede de isenções e carreira segura ou, até mesmo, porque a
privilégios que marcavam essa questão farda passou a simbolizar a escolha de
no período monárquico. um caminho pontuado pela retidão, ou
Mas a lei admitia várias exceções. seja, “o pobre porém honrado”.
Ela permitia aos que não quisessem O recrutamento pelo sorteio universal
servir pagar certa quantia em serviu para transformar a realidade do
dinheiro ou apresentar substitutos e serviço militar. De um lado permitiu ao
concedia isenções a bacharéis,
Exército se estabelecer como uma
padres, proprietários de empresas
agrícolas e pastoris, caixeiros de
instituição verdadeira nacional e, ao
lojas de comércio, etc. Além disso, mesmo tempo, representou um
deixava o alistamento e o sorteio a crescimento sem precedentes do
cargo de juntas paroquiais, contingente de soldados. Algo como a
presididas pelo juiz de paz e duplicação do efetivo das forças
completadas pelo pároco e pelo armadas, ou seja, um maior número de
sub-delegado. (CARVALHO, soldados que necessitava de igual
2005, pp19-20). número de jovens oficiais para realizar
Apesar da nova lei de alistamento seu treinamento. Dessa forma, nada
aprovada em 1908, o panorama mais compreensível de que o fato de os
permaneceu inalterado até meados da tenentes formarem o maior contingente
década de 1910. Foi a partir de uma de oficiais nos anos iniciais da década
intensa campanha liderada pelos oficiais de 1920.
brasileiros que estagiaram na Podemos supor que o aumento da
Alemanha, conhecidos como Jovens preocupação com uma melhor formação
Turcos, que a situação começou a dar dos oficiais associado à implantação do
sinais de mudança. Também o inicio da recrutamento por sorteio universal
Primeira Guerra Mundial colaborou na foram fatores essenciais para o
soma de esforços para a implantação da crescimento do prestigio do Exército
lei em 1916. entre a população brasileira. Uma
Foram múltiplos os fatores que formação mais voltada para as questões
contribuíram para essa mudança, técnicas serviu para acabar com os
podemos citar a ampla campanha “bacharéis de farda” e também permitiu
desenvolvida pelos Jovens Turcos, a uma ampliação da visão institucional
adesão do poeta Olavo Bilac, a criação desses jovens oficiais.

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Foram muitas as mudanças originadas depois, exatamente em 5 de julho de
com o recrutamento por sorteio 1924 ocorreu o segundo levante
universal. Esse mecanismo serviu para Tenentista. Esse episódio concentrou-se
abrir as portas da corporação para no estado de São Paulo mais teve
parcelas mais amplas da sociedade. As repercussão e desdobramentos em nível
campanhas cívicas foram fundamentais nacional. Os militares que se rebelaram
para modificar a opinião pública sobre em 1924 tinham como objetivo político
as forças armadas, assim, a idéia de principal restabelecer os ideais de 1889,
soldado-cidadão e do cidadão-soldado combatendo os desvios da
ganhou espaço no seio população. administração civil que seriam os
grandes responsáveis pela degradação
Nesse momento teve inicio o
do quadro social do Brasil. (CORRÊA,
amadurecimento da concepção do papel
1976).
interventor do exército na política
nacional. Esse autor compreende que Os acontecimentos de julho de 1924
existiram duas fases do movimento alçaram o Tenentismo ao patamar de
Tenentista tendo a primeira onda se movimento de proporções nacionais,
manifestado durante as jornadas de 15 pois além de criar a expectativa de
de novembro de 1889. Esse ciclo inicial outros levantes simultâneos em vários
de intervenções militares perdurou até o estados, as reivindicações dos
fechamento da Escola Militar da Praia revoltosos paulistas tinham um caráter
Vermelha em 1904 e foi caracterizada muito amplo. Os tenentes entendiam
pela incapacidade de unificação das que o uso da luta armada seria o único
ações dos militares. caminho possível para a tomada do
poder político, por isso, a ação dos
A segunda fase do movimento
tenentes foi rápida e violenta. A escolha
Tenentismo teve como estopim o
pela cidade de São Paulo foi pelo fato
episódio das camadas “cartas falsas”
da capital paulista contar com poucas
atribuídas a Artur Bernardes, presidente
tropas do exército. O plano dos
eleito na época. Os brios da tropa foram
militares era dominar e ocupar a cidade
atingidos e a tática utilizada em 1922
em poucas horas. Suas articulações
foi a intervenção militar com o objetivo
também previam levantes em quartéis
de restabelecer a moral da corporação.
do interior do estado. (PRESTES,
Os jovens oficiais se incumbiram de
1999).
articular uma revolta que pretendia se
ampliar por todo o país. Apesar de conseguirem controlar a
capital os tenentes foram duramente
atacados pelas forças leais ao presidente
da república. Após varias semanas de
combates os tenentes, que esperavam
apoio de outras tropas que deveriam ter
se rebelado pelo país, receberam um
ultimato das tropas do governo para se
retirarem de São Paulo ou então a
A marcha dos 18 do Forte – 1922. Rio de Janeiro. Fonte:
CPDOC\FGV cidade seria bombardeada.
Entretanto, como se sabe os resultados Reunidos em seu estado maior os
do primeiro levante conhecido como os tenentes concluíram que era o momento
18 do Forte de Copacabana, em 1922, de recuar. Após a retirada dos militares
não foram os previstos. Dois anos participantes do levante a tropa

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Tenentista se dividiu e seguiu para o sul obras e autores que escreveram sobre o
do país onde voltou a se concentrar e, tema tem como marca a divergência de
conjuntamente com tenentes rebeldes do interpretação sobre o caráter do
Rio Grande do Sul, deu origem a grande movimento Tenentista. O presente
marcha que ficou conhecida como trabalho buscou repercutir e recolocar
coluna Miguel Costa- Prestes. em debate questões relativas aos
Uma das chaves para se compreender desdobramentos dos dois primeiros
todo o longo processo de construção do levantes Tenentistas.
Estado brasileiro é conhecer as
particularidades do jogo político da Referências:
“Primeira República”, particularmente, CARVALHO, José Murilo de. As Forças
um dos traços marcantes do período: o Armadas na Primeira República: O Poder
estadualismo. desestabilizador . IN: Forças Armadas e
Política no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
O movimento dos 18 do Forte, em Editor, 2005.
1922, criou a legenda e o mito em torno
COELHO, Edmundo Campos. Em Busca da
do movimento dos jovens oficiais. Por Identidade. O Exército e a Política na Sociedade
outro lado, o levante de 1924 foi a Brasileira. Rio de Janeiro, Forense, 1976.
primeira grande mobilização militar do
CORRÊA, Anna Maria Martinez. A Rebelião
movimento Tenentista. É importante de 1924 em São Paulo. São Paulo; Hucitec,
observar que a partir desse levante o 1976.
movimento passou a ser um dos focos DRUMMOND, Jose Augusto. O Movimento
principais de oposição e crítica do Tenentista: a intervenção militar e conflito
ambiente político da “Primeira hierárquico(1922-1935). Rio de Janeiro, Graal,
República”. 1986.

Os levantes Tenentistas da década de FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930.


Historiografia e História. 10ª ed. São Paulo:
1920 tiveram como conseqüência a Editora Brasiliense, 1986.
“Revolução de 1930”, que tinha
exatamente como grande bandeira __________. A crise dos anos vinte e a
Revolução de 1930. IN: PINHEIRO, Paulo
acabar com os vícios eleitorais e Sérgio (ORG). O Brasil Republicano. Volume
implantar um poder centralizador no 2: sociedade e instituições (1889 – 1930). 5º ed.
país. Dessa forma, coube a Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
administração Vargas, que efetivamente LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e
contou com a colaboração de antigos voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1986.
líderes Tenentistas, a tarefa de lançar os PRESTES, Anita Leocádia. O Tenentismo Pós-
pilares do Estado Nacional. 1930: Continuidade ou ruptura. São Paulo: Paz
O Tenentismo foi um catalisador do e Terra, 1999.
descontentamento de importantes SANTA ROSA, Virgilio. O sentido do
setores da sociedade brasileira durante Tenentismo. 3º ed. São Paulo: Alfa-Ômega,
1976.
a década de 1920. Apesar existirem
poucas referências sobre o tema, as

*
PEDRO ERNESTO FAGUNDES é Doutor em História Social (UFRJ). Professor do Departamento de
História do Centro Universitário São Camilo – ES e da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim
– ES.

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