Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Contexto histórico
• O surgimento do Realismo
• Vertentes
• O Realismo em Portugal
• Curiosidades
Mentalidade da época
O Realismo surge numa época marcada pela
artificialidade, formalidade e exagero, típicos
do Romantismo. Numa sociedade emergida
numa sentimentalidade mórbida e
religiosidade, surge um movimento
totalmente contrário.
A Sociedade do Século XIX
A sociedade do Século XIX organiza-se por estratos sociais.
O topo da escala social é constituído pela alta burguesia,
estrato social em que se integram banqueiros, grandes
empresários industriais, grandes comerciantes e altos
dignitários do Estado.
Abaixo situa-se a média burguesia, composta pelos
profissionais liberais, médicos, engenheiros, advogados,
professores e os quadros médios e superiores do
funcionalismo público.
Depois situa-se a pequena burguesia, à qual pertencem
os balconistas e outros empregados do sector dos serviços.
O estrato social mais baixo é o proletariado que é
constituído pelos operários e camponeses.
Uma sociedade de banquetes…
Uma sociedade de bailes…
Uma sociedade de espectáculos…
O surgimento do Realismo
• Origem do nome
• O que é o Realismo?
• Como surgiu?
Origem do nome
A palavra Realismo denota acção e designa
uma forma de interpretar a realidade. O
Realismo propunha-se a reagir pela
observação objectiva dos objectos e das
situações, contra os excessos da imaginação
na arte romântica. O seu princípio era
REPRESENTAR A REALIDADE, quer o assunto
fosse bonito ou feio, nobre ou trivial, com o
objectivo de alcançar a beleza, a fraternidade
e a justiça.
O que é o Realismo?
Eça de Queirós definia o realismo da seguinte forma:
Cosmopolita Nacionalista
Temas abordados
Os realistas pretendem reformar a sociedade. Para tal, - à semelhança de Gil
Vicente -, descobrem e atacam a imoralidade, os vícios e os maus costumes da
sua época. Analisam os aspectos baixos da vida, não só apontando os seus vícios e
taras, mas realizando um esforço por relacionar as causas (biológicas e/ou sociais)
do comportamento das personagens do romance com o tipo desse mesmo
comportamento. Pretendem com isto que a sociedade possa ver e assumir os seus
erros para os corrigir.
A Literatura deixa de ser apenas distracção e torna-se meio de crítica a
instituições, à hipocrisia burguesa (avareza, inveja), à vida urbana (tensões sociais,
económicas, políticas), à religião e à sociedade, interessando-se pela análise
social, pela representação da realidade circundante, do sofrimento, da corrupção
e do vício. A escravatura, o racismo e a sexualidade são retratados com uma
linguagem clara e directa. Denunciam-se as injustiças sociais, o carácter e
aspectos negativos da natureza humana, bem como a representação da Mulher
como objecto de prazer/adultério.
Ao fazê-lo, os realistas conseguem a tão desejada reforma da sociedade
portuguesa.
Autores marcantes
• Em Portugal:
Antero de Quental, Teófilo Braga, Gomes Leal,
Oliveira Martins, Guilherme de Azevedo, Eça de
Queirós, João de Deus, Guerra Junqueiro, Fialho
de Almeida, Abel Botelho, Ramalho Ortigão,
Trindade Coelho, etc. (GERAÇÃO DE 70)
• Na Europa:
• Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Charles
Dickens, etc.
Geração de 70
O Realismo em Portugal
O primeiro aparecimento do Realismo em Portugal
deu-se na Questão Coimbrã. Polémica esta que
significou, nas palavras de Teófilo Braga “a dissolução
do Romantismo”. Nela manifestaram-se pela primeira
vez as novas ideias e o novo gosto de uma geração que
reagia contra o Romantismo.
O segundo episódio do aparecimento do Realismo
verificou-se em 1871 nas Conferências do Casino (ou
Conferências Democráticas do Casino). Nesta nova
manifestação da chamada Geração de 70 os contornos
do que seria o Realismo apareceram desenhados com
maior nitidez, especialmente através da conferência
realizada por Eça de Queirós intitulada O realismo
como nova expressão da arte. O Realismo surgia assim
como resposta à artificialidade, formalidade e aos
exageros do Romantismo.
Eça de Queirós