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ESTUDO DE CASO

Na cidade de Pinhais, estado do Paraná, na Rua dos Pinheirais, nº 13, encontra-se localizada a
MADEIREIRA SERRA TICO-TICO LTDA, de propriedade dos irmãos João Bravo e Antonio Bravo,
cada um possuindo 50% das quotas da sociedade.Os sócios em razão da atividade, permanecem na
cidade de Cristalina –GO, para aquisição das madeiras. No contrato social nomearam o cunhado José
dos Prazeres para administrar a madeireira.
Com a paralisação das atividades, motivada pela pandemia que atingiu o país, os irmãos João
Bravo e Antonio Bravo vieram para Curitiba visitar os familiares e verificar “in loco” o andamento das
atividades da Madeireira.
Logo de início, constataram que a contabilidade da sociedade estava escriturada de forma
irregular e os tributos não estavam quitados, embora os valores tivessem sido enviados para o
pagamento.
Que, o administrador José dos Prazeres tinha feito um empréstimo bancário em nome da
Madeireira Serra Tico-tico Ltda no valor de R$1.200.000,00 ( um milhão e duzentos mil reais), com
garantia fidejussória prestada por João Bravo e Antonio Bravo, os quais foram representados por
procuração pelo cunhado antes mencionado. O empréstimo já estava sendo executado perante a Vara
Cível da Comarca de Pinhais.Com o valor obtido José dos Prazeres montou um hotel em seu nome e
no da sua mãe.
Que a Madeireira Serra Tico-tico Ltda efetuou vendas no valor de R$ 1.800.000,00 ( um
milhão e oitocentos mil reais), representadas por duas duplicatas vencidas, não pagas, porém não
protestadas, emitidas no período compreendido entre 1º/07/2018 e 20/12/2019 para o HOTEL JOSE
DOS PRAZERES LTDA, de propriedade de José dos Prazeres e de sua mãe. Esta pendência está
causando problemas à saúde financeira da sociedade administrada por José, provocando atraso no
pagamento das obrigações da Madeireira...
Quando os proprietários da TICO-TICO, procuraram o seu cunhado e administrador e a
proprietária do Hotel para cobrar os valores pendentes de pagamento, estes lhes explicaram que
possuem mais de R$ 3.500.000,00 em títulos vencidos , não pagos e protestados. Que os salários
de seus empregados não estão sendo pagos há três meses, bem como os tributos vencidos nos
seis últimos meses estão em divida ativa. Que ,há aproximadamente um ano iniciaram os protestos
dos títulos, época em que sua mãe e sócia se tornou viciada em bingo e consumiu todo o capital de
giro da empresa.
Considerando o seu parentesco e para amenizar as relações entre os irmãos e cunhado José
dos Prazeres lhe propôs fazer uma novação, dando em pagamento o único bem que a sociedade
ainda possui, ou seja, um veículo Porsche valor de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), ano 2015.
Mas condicionou o acordo a prestação de fiança por JOÃO E ANTONIO, pessoa física, em uma
operação bancária a ser realizada em nome de sua empresa HOTEL JOSE DOS PRAZERES LTDA,
no valor de R$ 800.000,00 com vencimento para 10/01/2021 para efetuar o pagamento dos
funcionários.
JOSÉ DOS PRAZERES confidenciou aos cunhadoas, a ameaça dos credores em pedir a sua
falência. Além deste único bem de propriedade da sociedade, a pessoa física de JOSÉ possui o
imóvel no qual reside com a sua família, no valor de R$ 3.000.000,00 ( três milhões de reais), do
qual não quer se desfazer por ser bem de família e portanto, impenhorável e que sua mãe sra. ELLA
NAKAMA já não possui mais bens, por tê-los perdido no jogo.
Além desta relação negocial, contrariando JOÃO , ANTONIO, por insistência de sua esposa,
para auxiliar o irmão que se encontra em dificuldades, já é devedor solidário, obrigação assumida em
nome de MADEIREIRA TICOTICO LTDA, de uma operação bancária realizada por HOTEL JOSÉ
DOS PRAZERES LTDA, no valor de R$ 980.000,00, com vencimento previsto para 30 DE JUNHO DE
2020
Que, na condição de pessoa física , JOÃO é fiador do contrato de locação de um
apartamento de luxo que JOSÉ alugou para uma namorada, cujo aluguel está atrasado há 14 meses,
incidindo multas e outros acréscimos, no valor de R$ 280.000,00.
Diante do cenário acima, quais as medidas que podem ser sugeridas à sociedade
MADEIREIRA SERRA TICOTICO LTDA, para evitar a dissolução total da sociedade e ao Sr. JOÃO
BRAVO ( seu compadre) , considerando ainda que o patrimônio pessoal do mesmo é constituído pela
casa em quereside com seus familiares, no valor de R$ 250.000,00 e as quotas da sociedade que
administra, cujo valor patrimonial é de R$ 300.000,00.

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