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ANÁLISE DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE

REVISTA

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
ANÁLISE DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE REVISTA
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS.

Visão geral do sistema recursal trabalhista.

Sentença – RO – acórdão (análise de fatos e provas / efeito devolutivo) – RR (não cabe


analisar fatos e provas / não há efeito devolutivo).

Função precípua do TST: uniformizar a jurisprudência trabalhista.

Premissas sobre o RR:

- Recurso de fundamentação vinculada, com pressupostos específicos: estrita


observância ao artigo 896 da CLT. Ainda que a tese defendida esteja convergente com a
jurisprudência do TST, o Recurso deve estar aparelhado.

Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais
Regionais do Trabalho, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver
dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de
jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;
(Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014)
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo
Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em
área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida,
interpretação divergente, na forma da alínea a; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de
1998)
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à
Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 1998)
§ 1o O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá
recebê-lo ou denegá-lo (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: (Incluído pela Lei nº 13.015, de
2014)
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
controvérsia objeto do recurso de revista; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão
regional; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos
da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de
lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
aponte. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado
por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi
pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o
trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e
verificação, de plano, da ocorrência da omissão. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas,
em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não
caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da
Constituição Federal.(Redação dada pela Lei nº 9.756, de 1998)

§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)


o
§ 4 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
o
§ 5 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
o
§ 6 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
o
§ 7 A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se
considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do
Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus
de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do
repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em
que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado
disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer
caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
(Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso
de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do
Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da
Constituição Federal (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e
por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de
execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela
Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o
Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o
mérito.
§ 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei
nº 13.015, de 2014)
§ 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção
Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela
maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3 o poderá ser afeto
ao Tribunal Pleno. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
§ 14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão
monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de
representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de
admissibilidade.

De acordo com a Súmula 218 do TST, não cabe recurso de revista contra acórdão
prolatado em agravo de instrumento:

RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PROFERIDO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO


(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
É incabível recurso de revista interposto de acórdão regional prolatado em agravo de
instrumento.
Pressupostos extrínsecos:

Tempestividade: aferida por meio da certidão de publicação no DEJT (processos físicos


e migrados) e pela aba de expediente do PJe.

Data de divulgação X Data de publicação:

Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização


da informação no Diário da Justiça eletrônico (Lei nº 11.419/2006, art. 4º, §3º).

Início e contagem do prazo.

Nos termos do artigo 4º, §4º, da Lei nº11.419/2006, os prazos processuais terão início no
primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

O artigo 775 da CLT assim dispõe sobre a contagem dos prazos:


Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia
do começo e inclusão do dia do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017).

Término do prazo. Causas de suspensão e prorrogação de prazo.

Súmula nº 385 do TST


FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL.
PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. (alterada em decorrência do CPC
de 2015) - Res. 220/2017, DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017

I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de


feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de
2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no
momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco)
dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena
de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal;
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de
admissibilidade certificar o expediente nos autos;
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova
documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental,
ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a
concessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense.

Pesquisar os Atos no site do TRT5 em Bases Jurídicas / Normas e registrar as


ocorrências de feriado e/ou suspensão de prazo na aba “tempestividade”.

Como aferir a tempestividade no Pje:


Data da ciência na aba de expediente do PJe = data de publicação no e-rec (campo da
tempestividade).
Como aferir a tempestividade nos processos físicos/migrados:
Na certidão consta a data de divulgação no DEJT.
A data de publicação corresponde ao primeiro dia útil subsequente ao da divulgação no
DEJT.

Representação: aferida por meio do instrumento de procuração e substabelecimento, se


for o caso, juntados aos autos.

Caso não exista mandato expresso, será válido o mandato tácito. Vide OJ 286 da SDI 1:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. MANDATO TÁCITO. ATA DE AUDIÊNCIA.


CONFIGURAÇÃO (alterada) – Res. 167/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e
04.05.2010.
Orientação Jurisprudencial da SBDI-I C-67 SBDI - I I - A juntada da ata de audiência, em
que consignada a presença do advogado, desde que não estivesse atuando com
mandato expresso, torna dispensável a procuração deste, porque demonstrada a existên-
cia de mandato tácito.
II - Configurada a existência de mandato tácito fica suprida a irregularidade detectada no
mandato expresso.

Confira-se o seguinte julgado:

IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. INEXISTÊNCIA DE


MANDATO TÁCITO. O comparecimento do advogado subscritor do recurso de revista nas
audiências inaugural e de instrução realizadas perante a Vara do Trabalho de origem não
é suficiente para regularizar a representação processual quando há nos autos mandato
expresso regular e válido. O mandato tácito tem validade se não juntado aos autos
instrumento procuratório expresso, ou, quando este contenha alguma irregularidade
formal que o torne inválido e, portanto, inexistente. É o que se extrai da Orientação
Jurisprudencial 286 desta Subseção, cujos precedentes examinam casos de vícios
intrínsecos relacionados com a falta de traslado da procuração, ausência de identificação
e qualificação do outorgante, não reconhecimento de firma e ausência de data no
instrumento de mandato, hipóteses totalmente diversas do caso concreto, no qual consta
procuração regular e válida outorgada a advogado diverso daquele que subscreveu o
recurso. Há precedentes. Recurso de embargos não conhecido. (...) Recurso de
embargos não conhecido. (E-ED-RR - 480000-81.2006.5.09.0018, Relator Ministro:
Augusto César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 14/11/2013, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 28/03/2014).

Representação de pessoa jurídica:

Súmula nº 456 do TST


REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE.
IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (inseridos os itens
II e III em decorrência do CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e
26.08.2016
I - É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não
contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes
dados constituem elementosque os individualizam.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte na instância originária, o juiz
designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a
determinação, extinguirá o processo, sem resolução de mérito, se a providência couber
ao reclamante, ou considerará revel o reclamado, se a providência lhe couber (art. 76, §
1º, do CPC de 2015).
III – Caso a irregularidade de representação da parte seja constatada em fase recursal, o
relator designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a
determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente,
ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao
recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).

Súmula nº 395 do TST


MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (nova redação dos
itens I e II e acrescido o item V em decorrência do CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT
divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art.
105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só
tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. (ex-OJ
nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato,
poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002).
(ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à
outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o
juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda
que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).

Ausência de representação processual.

Não se concede prazo para o advogado regularizar a representação processual quando


inexistir mandato nos autos.

Há o seguinte texto na mãozinha: ARESTOAUSENCIAPROCURAÇAO

Aplica-se a S. 383, I, TST e o arestos abaixo transcritos (grifou-se):

SUM-383 RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE


2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res.
210/2016, DEJT divulgado em 30.06, 1º e 04.07.2016)

I - É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o
momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104
do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por
igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato
praticado e não se conhece do recurso.

AGRAVO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE PRESIDENTE DE


TURMA QUE NEGA SEGUIMENTO A RECURSO DE EMBARGOS. IRREGULARIDADE
DE REPRESENTAÇÃO DO AGRAVO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC DE 2015.
SÚMULA 383 DO TST. Nos termos da Súmula 383, I e II, deste Tribunal, que trata da
representação processual na fase recursal, com exame da matéria à luz do disposto nos
artigos 76, §2º, e 104, caput, do CPC, o vício de representação processual em recurso
poderá ser sanado em casos excepcionais de ausência de procuração quando se
trata de evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou prática de atos urgentes,
bem assim naqueles casos em que há defeitos no instrumento de mandato juntado aos
autos. No caso, não há nos autos instrumento de mandato outorgando poderes à
advogada subscritora do agravo, tampouco houve mandato tácito. Por não se verificar
na espécie nenhuma das exceções do artigo 104 do CPC, entende-se imprópria a
concessão de prazo para sanar o vício de representação processual. Agravo não
conhecido. (Ag-E-ED-ED-ARR-1062-60.2012.5.20.0006, Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais, Relator Ministro Augusto César Leite de Carvalho, DEJT
30/06/2021).

RECURSO ORDINÁRIO EM AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA.


IMPETRAÇÃO NA VIGÊNCIA DO CPC DE 2015. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO. VÍCIO
NÃO SANÁVEL. NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA 383, II, DO TST. 1 - Hipótese em que
não consta dos autos procuração em nome do advogado subscritor da petição inicial do
mandado de segurança, impetrado que foi na vigência do CPC de 2015 . 2 -
Irregularidade identificada na fase recursal, mas que não se refere à mandato ou
substabelecimento já constante dos autos, mas, sim, de ausência de procuração no
momento da impetração do mandado de segurança. 3 - Nesse quadro, não se aplica
ao caso a concessão de prazo para regularizar a procuração, nos termos da Súmula
383, II, do TST, tendo em vista a própria inexistência do instrumento. 4 -
Precedentes. Recurso ordinário não conhecido. (RO-22446-34.2018.5.04.0000,
Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Relatora Ministra Delaide Miranda
Arantes, DEJT 06/12/2019).

Outros Precedentes de todas as Turmas do TST, nesse mesmo sentido:

(ED-ARR - 122400-40.2002.5.01.0051, Data de Julgamento: 5/10/2016, Relator Ministro:


Walmir Oliveira da Costa, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 7/10/2016); (Ag-AIRR-
719-78.2018.5.08.0009, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT
03/11/2021); (Ag-AIRR-1399-60.2013.5.15.0133, 3ª Turma, Relator Ministro Alexandre de
Souza Agra Belmonte, DEJT 14/02/2020); (AIRR - 7800900-36.2005.5.09.0014, Data de
Julgamento: 20/9/2017, Relator Ministro: Fernando Eizo Ono, 4ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 29/9/2017); (AIRR - 1707-12.2015.5.02.0029, Relator Ministro: Douglas
Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 29/11/2017, 5ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 01/12/2017); (Ag-AIRR - 801-89.2014.5.03.0106, Data de Julgamento: 14/9/2016,
Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT
16/9/2016); (AIRR - 788-04.2014.5.03.0070, Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas
Brandão, Data de Julgamento: 29/06/2016, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT
01/07/2016); (Ag-AIRR-1000183-38.2014.5.02.0468, 8ª Turma, Relator Ministro: Márcio
Eurico Vitral Amaro, DEJT: 24/04/2017).
O mesmo entendimento se aplica quando, embora haja procuração, esta foi revogada tacitamente
em razão da juntada de novo instrumento de mandato (OJ 349, SDI-I). Nesse sentido, os seguintes
precedentes do TST:

AGRAVO EM EMBARGOS. REGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. IRREGULARIDADE DE


REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE INSTRUMENTO DE MANDATO. 1. Não se
conhece do agravo subscrito por advogado sem procuração nos autos à época da interposição. 2.
Na hipótese, a juntada de nova procuração, sem ressalvas aos poderes conferidos aos antigos
patronos, implica a revogação tácita dos mandatos anteriores, conforme a diretriz da Orientação
Jurisprudencial nº 349, da SDI-1, desta Corte. 3. Nos termos da Súmula nº 383 do TST, em razão
de não se tratar das hipóteses previstas no art. 104 do CPC ou de mandato tácito, tampouco de
irregularidade constatada em instrumento já constante dos autos, mas de ausência de
procuração, inviável cogitar de designação de prazo para saneamento do vício na representação
processual. Agravo de que não se conhece " (Ag-E-Ag-RR-25500-72.2008.5.15.0090, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT
30/08/2019).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO AUTOR . LEI Nº 13.015/2014.


CPC/2015. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/TST. RECURSO ORDINÁRIO. IRREGULARIDADE
DE REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. JUNTADA DE NOVA PROCURAÇÃO, SEM RESSALVA
DE PODERES. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 349 DA SBDI-1 DO TST. Agravo de
instrumento provido para determinar o processamento do recurso de revista, em face de haver sido
demonstrada possível contrariedade à Orientação Jurisprudencial nº 349 da Subseção 1
Especializada em Dissídios Individuais do TST. RECURSO DE REVISTA DO AUTOR . LEI Nº
13.015/2014. CPC/2015. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/TST. RECURSO ORDINÁRIO.
IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. JUNTADA DE NOVA
PROCURAÇÃO, SEM RESSALVA DE PODERES. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 349 DA
SBDI-1 DO TST. Nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 349 da SbDI-1 desta Corte, "A
juntada de nova procuração aos autos, sem ressalva de poderes conferidos ao antigo patrono,
implica revogação tácita do mandato anterior." . Essa é a hipótese vertente, em que a ré juntou
nova procuração pública antes de interpor recurso ordinário, sem ressalva de poderes, mas não
regularizou a situação dos advogados. Disso resulta o não conhecimento do recurso, tendo em
vista que todos os atos praticados serão considerados ineficazes, em face da ausência de
capacidade postulatória. Logo, substabelecidos os poderes ao subscritor do apelo ordinário por
advogada cujo mandato se encontrava tacitamente revogado, forçoso reconhecer a irregularidade
de representação processual, à luz da Orientação Jurisprudencial nº 349 da SbDI-1/TST, da qual
dissentiu o acórdão recorrido. Recurso de revista conhecido e provido , para declarar o não
conhecimento do recurso ordinário da reclamada, por irregularidade de representação processual,
restabelecendo-se a sentença. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA
RÉ . EXAME PREJUDICADO. Em virtude do provimento conferido ao recurso de revista da parte
autora, fica prejudicado o exame do agravo de instrumento da parte ré. Prejudicado " (RRAg-
10773-58.2013.5.15.0147, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandao, DEJT
05/03/2021).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. IRREGULARIDADE DE


REPRESENTAÇÃO DO RECURSO DE REVISTA DETECTADA NO JUÍZO DE
ADMISSIBILIDADE. MANDATO TÁCITO NÃO CARACTERIZADO. Na hipótese, a juntada de
nova procuração, sem ressalvas aos poderes conferidos aos antigos patronos, implica a revogação
tácita do mandato anterior, conforme a diretriz da Orientação Jurisprudencial nº 349, da SDI-1,
desta Corte. Ademais, nos termos da Súmula nº 383 do TST, em razão de não se tratar das
hipóteses previstas no art. 104 do CPC ou de mandato tácito, tampouco de irregularidade
constatada em instrumento já constante dos autos, mas de ausência de procuração, inviável
cogitar de designação de prazo para saneamento do vício na representação processual. Agravo de
instrumento conhecido e não provido" (AIRR-11614-71.2015.5.15.0086, 8ª Turma, Relatora
Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 06/03/2020).

Resumindo:
No caso de ausência de procuração ou de revogação tácita do mandato anterior (OJ 349),
aplica-se o inciso I da Súmula 383.

Obs: se há procuração nos autos, mas se o nome do advogado que subscreve o recurso
não constar dela, o caso é de ausência de procuração

Se a hipótese for de irregularidade/vício na própria procuração (ex: não traz a qualificação


do outorgante), aplica-se o inciso II da Súmula. 383 (INT).

Preparo.

Recurso de revista interposto pela parte reclamante.

1) Quando a sentença, mantida pelo acórdão, julgar procedente ou procedente em parte


os pedidos formulados na Inicial, o preparo, neste caso, é inexigível.

2) Quando a sentença, ou o acórdão, julgar a reclamação trabalhista improcedente,


verifica-se se ao reclamante foi conceda a benesse da gratuidade da justiça. Caso
afirmativo, clica-se em dispensado e coloca o ID da sentença ou do acórdão que
concedeu a benesse.

3) Quando a parte reclamante for sucumbente e não lhe foi concedido o benefício da
justiça gratuita e há tal requerimento no recurso de revista, faz-se necessário examinar se
a matéria foi ou não tratada no acórdão. Caso afirmativo, remete-se o preparo para o
mérito, clicando em análise de mérito. Caso negativo, observa-se se a parte reclamante
preenche os requisitos necessários para a concessão da benesse. Além, disso, deve-se
verificar se o patrono da parte reclamante possui poderes específicos para tanto.

TEXTO DA MÃOZINHA:

Nesse sentido, os seguintes precedentes da SDI-1 do TST:


RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A
ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE POBREZA.
PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE NÃO ELIDIDA POR PROVA EM SENTIDO
CONTRÁRIO. 1. O deferimento da gratuidade da justiça depende de simples declaração
de pobreza, a teor do art. 790, § 3º, da CLT e nos moldes da OJ 304/SDI-I/TST
("Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da
assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na
petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da
Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50)"). 2. E a referida declaração,
apresentada pelo reclamante, goza de presunção relativa de veracidade, não restando
elidida, no caso, por prova em sentido contrário. 3. Com efeito, a percepção de
remuneração superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) não é suficiente a demonstrar
que o reclamante está em situação econômica que lhe permite demandar sem prejuízo do
próprio sustento ou da respectiva família. Recurso de embargos conhecido e provido. (E-
ARR - 464-35.2015.5.03.0181, Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de
Julgamento: 08/02/2018, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de
Publicação: DEJT 16/02/2018)

AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. REGÊNCIA DA


LEI Nº 13.015/2014. (...). RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA.
REGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.
REQUISITOS PARA CONCESSÃO . 1. Conforme a jurisprudência uniforme desta Corte,
consubstanciada na Súmula nº 463, I: " A partir de 26.06.2017, para a concessão da
assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência
econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração
com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015) ". 2. A declaração de
hipossuficiência juntada aos autos, assinada pelo reclamante, bem como a renovação do
pedido no recurso de revista, revelam-se suficientes à concessão do benefício da
assistência judiciária gratuita. Recurso de embargos conhecido e provido. (AgR-E-RR-
78500-88.2008.5.17.0006, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator
Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT 21/06/2019)

Recurso de revista interposto pela parte reclamada.

1) Ente privado:

Súmula 128 do TST:


DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 139, 189
e 190 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada
novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula nº 128 - alterada pela Res.
121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ nº 139 da SBDI-I - inserida em 27.11.1998)
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de
qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação
do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ nº 189 da
SBDI-I - inserida em 08.11.2000)
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal
efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito
não pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da SBDI-I - inserida em 08.11.2000).

Se o recurso de revista foi interposto na fase de conhecimento, observar os valores


fixados na sentença e no acórdão, sempre em confronto com o teto estabelecido pelo
TST.
VALORES VIGENTES:

DATA DE RECURSO DE RECURSO EM


DATA DE ATO RECURSO
INÍCIO DA REVISTA AÇÃO
DIVULGAÇÃO NORMATIVO ORDINÁRIO
VIGÊNCIA EMBARGOS RESCISÓRIA

ATO
DEJT-12/07/2022
01/08/2022 SEGJUD.GP N° R$ 12.296,38 R$ 24.592,76 R$ 24.592,76
430/2022

HISTÓRICO DE VALORES:

RECURSO DE
DATA DE RECURSO EM
DATA DE RECURSO REVISTA
INÍCIO DA LEGISLAÇÃO AÇÃO
DIVULGAÇÃO ORDINÁRIO EMBARGOS
VIGÊNCIA RESCISÓRIA
01/08/2021 ATO SEGJUD.GP
DEJT-21/07/2021 R$10.986,80 R$ 21.973,60 R$ 21.973,60
Nº 175/2021
ATO.SEGJUD.GP R$ 20.118,30
DEJT-16/07/2020 01/08/2020 R$ 10.059,15 R$ 20.118,30
Nº 287/2020
ATO.SEGJUD.GP R$ 19.657,02
DEJT-12/07/2019 01/08/2019 R$ 9.828,51 R$ 19.657,02
Nº 247/2019

Se o recurso de revista foi interposto na fase de execução, observar se o juízo está


garantido, mediante penhora de bens, depósito judicial ou seguro-garantia. (Súmula 128,
II, do TST).

2) Ente público (município, Estado da Bahia, Correios).


A Fazenda Pública é isenta de preparo. Desta forma, clica-se no campo isento.
O texto do e-rec é o seguinte: Isento de preparo (CLT, art.790-A e DL 779/69, art. 1º, IV).

Preparo dos Correios: Isento de preparo (art. 12 do Decreto-Lei nº 509/69 e art. 1º, IV e
VI, do Decreto-Lei nº 779/69).
Texto da mãozinha: ISENTOECT.

Custas: GRU. Súmula 25. Inversão do ônus da sucumbência.

Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas
propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas
relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento),
observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo
de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social, e serão calculadas: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às
instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela
Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
(...)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da
justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem
salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a
execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das
despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à
penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de
16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)

Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias
para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação. (Vide
Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
(...)
§ 6o A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas
e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)

Súmula nº 25 do TST
CUSTAS PROCESSUAIS. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. (alterada a
Súmula e incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 104 e 186 da SBDI-1) - Res.
197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada,
independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das
quais ficara isenta a parte então vencida;
II - No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou
atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um
novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente,
reembolsar a quantia; (ex-OJ nº 186 da SBDI-I)
III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não
houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte
para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ nº 104 da SBDI-
I)
IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em
que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A,
parágrafo único, da CLT.
Depósito recursal antes da reforma. Súmula 426. GFIP. Guia eletrônica: IN TST
26/2004. Teto. Complementação. Alteração de valores no RO.

Súmula nº 426 do TST


DEPÓSITO RECURSAL. UTILIZAÇÃO DA GUIA GFIP. OBRIGATORIEDADE (editada em
decorrência do julgamento do processo TST-IUJEEDRR 91700-09.2006.5.18.0006) - Res.
174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
Nos dissídios individuais o depósito recursal será efetivado mediante a utilização da Guia
de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP, nos termos dos §§
4º e 5º do art. 899 da CLT, admitido o depósito judicial, realizado na sede do juízo e à
disposição deste, na hipótese de relação de trabalho não submetida ao regime do FGTS.

Instrução Normativa 26/2004, do Pleno do TST:


(...)
IV- A comprovação da efetivação do depósito recursal, dar-se-á obrigatoriamente das
seguintes formas:
No caso de pagamento efetuado em agências da Caixa Econômica Federal ou dos
bancos conveniados, mediante a juntada aos autos da guia GFIP devidamente
autenticada, e na hipótese de recolhimento feito via Internet, com a apresentação do
"Comprovante de Recolhimento/FGTS - via Internet Banking" (Anexo 3), bem como da
Guia de Recolhimento para Fins de Recurso Junto à Justiça do Trabalho (Anexo 2), para
confrontação dos respectivos códigos de barras, que deverão coincidir.

Art. 899 – depósito recursal em guia judicial. IN TST 36.

Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até
a penhora.

§ 4o O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os


mesmos índices da poupança. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas
e empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades


filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)

§ 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (+ 30%)

IN TST 39/2016:
(...)
Art. 10. Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do parágrafo único do art. 932 do
CPC, §§ 1º a 4º do art. 938 e §§ 2º e 7º do art. 1007.
Revogado:
Parágrafo único. A insuficiência no valor do preparo do recurso, no Processo do Trabalho,
para os efeitos do § 2º do art. 1007 do CPC, concerne unicamente às custas processuais,
não ao depósito recursal. (Conforme OJ 140, também se aplica ao depósito recursal)

CPC/2015:

Art. 835, § 2o Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança


bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito
constante da inicial, acrescido de trinta por cento.

Art. 932, Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá
o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a
documentação exigível.

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido


pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.
...(...)
§ 2o A insuficiência no valor do preparo*, inclusive porte de remessa e de retorno,
implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a
supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.

* A insuficiência do valor do preparo não se confunde com sua inexistência na


oportunidade de interposição do recurso de revista.

Quando a parte, ao interpor o recurso de revista, comprova que efetuou depósito inferior
ao devido, o preparo é insuficiente. Neste caso, elabora-se um INT para que a parte o
regularize:

TEXTO DA MÃOZINHA: DESPSANEAMENTODEPOSITOINSUFICIENTE

Vistos etc.
A Parte Reclamada interpôs recurso de revista - ID._______.
Ocorre que, de logo, constata-se irregularidade que demanda imediato saneamento, no que tange
ao pagamento do depósito recursal, uma vez que este foi realizado em valor menor, não observado
o teto determinado pelo TST ou o valor da causa fixado, conforme documento juntado no ID.
______.
Assim, assinalo o prazo de 5 (cinco) dias para que a Parte Reclamada complemente o valor do
depósito recursal , sob pena de não admissão do recurso de revista, nos moldes do art. 932,
parágrafo único, art. 1.007, § 2º, do CPC, art. 10 da Instrução Normativa n. 39/2016 do TST e OJ
140 da SDI-I do TST).
Após, com ou sem manifestação, voltem os autos conclusos.
Quando a parte, ao interpor o recurso de revista, não traz nenhum comprovante de
depósito, o preparo é inexistente. Neste caso, não cabe notificar a parte para sanear, mas
sim denegar o apelo por deserção.

O preparo também é inexistente quando a parte junta a guia de depósito ou a GRU, mas
não junta os respectivos comprovantes de pagamento. Da mesma forma, quando junta os
comprovantes de pagamento, mas não junta a guia de depósito ou a GRU, e não é
possível identificar por aqueles documentos que se trata do processo em análise.

Há o seguinte texto na mãozinha: ARESTOAUSENCIADEPOSITORECURSAL

Corroborando com novo posicionamento adotado, segue aresto da SDI-I/TST :

RECURSO DE EMBARGOS EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE


REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017.
COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. AUSÊNCIA DE AUTENTICAÇÃO
BANCÁRIA. VÍCIO SANÁVEL. ART . 932, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC/2015. A
egrégia Turma adotou tese no sentido de que a ausência de autenticação bancária trata-
se de vício formal, perfeitamente sanável com a juntada das custas processuais
posteriormente, no caso, em sede de embargos de declaração em recurso ordinário e,
por conseguinte, determinou o retorno dos autos ao e. TRT de origem para exame do
mérito, como de direito. A presente discussão diz respeito ao alcance do
entendimento fixado na OJ n.º 140 da SBDI-1 do TST, ou seja, se sua aplicação está
restrita aos casos em que há insuficiência de recolhimento das custas ou do
depósito recursal ou alcança também outras irregularidades, como a dos autos, em
que a comprovação do recolhimento das custas processuais ocorreu após o prazo
recursal (em sede de embargos de declaração em recurso ordinário) . A dt. SBDI-1 do
TST já se posicionou no sentido de que a Orientação Jurisprudencial n . º 140 da
SBDI-1 do TST aplica-se tão somente às situações em que se constata a
insuficiência do recolhimento das custas processuais e/ou do depósito recursal,
não havendo de se cogitar em concessão de prazo para regularizar o pagamento do
preparo recursal em casos de ausência total de recolhimento do depósito recursal
ou de não comprovação do seu pagamento dentro do prazo recursal , hipótese dos
autos . Precedentes. No caso concreto, a comprovação do recolhimento do preparo do
apelo patronal ocorreu após o prazo recursal, em sede de embargos de declaração em
recurso ordinário, de modo que não há que se proceder em interpretação ampliativa
da OJ n . º 140 da SDI-1 desta Corte a fim de se considerar sanada a irregularidade
relativa à ausência de autenticação bancária da guia de recolhimento das custas
processuais apresentadas após a interposição do recurso ordinário. Recurso de
embargos conhecido e provido. (E-ED-RR-1000663-07.2015.5.02.0201, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT
28/05/2021).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESERÇÃO. AUSÊNCIA DE DEPÓSITO RECURSAL. 1.


Está deserto o recurso interposto sem a necessária e tempestiva comprovação do
preparo recursal. 2. Os pressupostos processuais devem ser atendidos nos prazos que a
Lei fixa, não havendo oportunidade para a reiteração de providência que a parte deixa de
promover. Inteligência da Instrução Normativa nº 3/93 desta Corte, item VIII, e da Súmula
245/TST. 3. Não se cuida, na hipótese em apreço, de aplicação do art. 1.007, § 2º, do
CPC e da OJ nº 140 da SBDI-1, na medida em que não há insuficiência, mas ausência do
depósito recursal. Incumbe à parte interessada velar pela adequada formalização de seu
recurso. Agravo de instrumento não conhecido. (AIRR-2753-89.2016.5.10.0801, 3ª
Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 02/10/2020).

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. LEI Nº


13.015/2014. CPC/2015. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40 DO TST. DESERÇÃO DO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DO DEPÓSITO RECURSAL. Quando da
interposição do agravo de instrumento, a parte deixou de apresentar a guia de
recolhimento do depósito recursal alusivo ao recurso, nos termos do artigo 899, § 7º, da
CLT. Vale ressaltar que o Órgão Especial desta Corte, em sessão realizada no dia
06/05/2019, retificou a ata da sessão do Órgão Especial de 17/12/2018, para nela constar
que fora rejeitada a proposta de alteração da Instrução Normativa nº 3 do TST, por mim
encaminhada, quanto à aplicabilidade da regra contida no artigo 1.007, § 4º, do CPC no
processo do trabalho. Dessa forma, considerando a ausência de recolhimento do
depósito recursal referente ao agravo de instrumento, bem como da inaplicabilidade, ao
processo do trabalho, do disposto no citado dispositivo, o apelo não merece
conhecimento, em razão de sua manifesta deserção. Agravo conhecido e não provido.
(Ag-AIRR-1817-59.2014.5.09.0026, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas
Brandão, DEJT 25.10.2019)

Outros Precedentes de Turmas do TST nesse mesmo sentido:

(RR-591-85.2013.5.04.0028, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo


Bastos, DEJT 20/03/2020); (AIRR-1000786-92.2013.5.02.0421, 5ª Turma, Relator
Ministro Antônio José de Barros Levenhagen, DEJT 23/06/2017); (AIRR-20046-
25.2016.5.04.0030, Ac. 6ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Cilene
Ferreira Amaro Santos, in DEJT 16.8.2019).

EXEMPLO:

PROCESSO NO QUAL A RECLAMADA DEIXOU DE RECOLHE AS CUSTAS E HOUVE


INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA:

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o Recurso (Decisão publicada em 17/10/2022 - fl./Seq./Id. , protocolado em


27/10/2022 - fl./Seq./Id. 30b0154).

Regular a representação processual, fl./Seq./Id. 6824ba1.

Contudo, há irregularidade quanto ao preparo.

A Turma negou provimento ao recurso da reclamada e deu provimento ao recurso do


reclamante, julgando parcialmente procedente a Reclamação e revertendo as custas à
reclamada.

Ao interpor o Recurso em questão, a parte recorrente acostou aos autos o comprovante


de realização do depósito recursal no importe de R$ 24.592,76 (ID. c5860b5/cb13efe),
deixando, porém, de comprovar o recolhimento das custas.

Registre-se que, na hipótese sob exame, não tem aplicabilidade o art. 1.007, § 2º, do
CPC e à OJ nº 140 da SBDI-1, do TST, na medida em que não há insuficiência de
garantia, mas sim, sua ausência.

Atente-se para os seguintes precedentes:

RECURSO DE EMBARGOS EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE


REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017.
COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. AUSÊNCIA DE AUTENTICAÇÃO
BANCÁRIA. VÍCIO SANÁVEL. ART . 932, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC/2015. A
egrégia Turma adotou tese no sentido de que a ausência de autenticação bancária trata-
se de vício formal, perfeitamente sanável com a juntada das custas processuais
posteriormente, no caso, em sede de embargos de declaração em recurso ordinário e,
por conseguinte, determinou o retorno dos autos ao e. TRT de origem para exame do
mérito, como de direito. A presente discussão diz respeito ao alcance do entendimento
fixado na OJ n.º 140 da SBDI-1 do TST, ou seja, se sua aplicação está restrita aos casos
em que há insuficiência de recolhimento das custas ou do depósito recursal ou alcança
também outras irregularidades, como a dos autos, em que a comprovação do
recolhimento das custas processuais ocorreu após o prazo recursal (em sede de
embargos de declaração em recurso ordinário). A dt. SBDI-1 do TST já se posicionou no
sentido de que a Orientação Jurisprudencial nº 140 da SBDI-1 do TST aplica-se tão
somente às situações em que se constata a insuficiência do recolhimento das custas
processuais e/ou do depósito recursal, não havendo de se cogitar em concessão de
prazo para regularizar o pagamento do preparo recursal em casos de ausência total de
recolhimento do depósito recursal ou de não comprovação do seu pagamento dentro do
prazo recursal, hipótese dos autos. Precedentes. No caso concreto, a comprovação do
recolhimento do preparo do apelo patronal ocorreu após o prazo recursal, em sede de
embargos de declaração em recurso ordinário, de modo que não há que se proceder em
interpretação ampliativa da OJ nº 140 da SDI-1 desta Corte a fim de se considerar sanada
a irregularidade relativa à ausência de autenticação bancária da guia de recolhimento das
custas processuais apresentadas após a interposição do recurso ordinário. Recurso de
embargos conhecido e provido. (E-ED-RR-1000663-07.2015.5.02.0201, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT
28/05/2021).

AGRAVO INTERNO EM EMBARGOS EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO


EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017.
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS. CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO PRÉVIO
NÃO EFETUADO. PRESSUPOSTO RECURSAL. DESERÇÃO. NÃO APLICAÇÃO DA
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 140 DA SBDI-1 DO TST . A ré deveria ter
recolhido o valor arbitrado na sentença a título de custas processuais quando da
interposição dos embargos, independentemente de intimação, pois a reclamante, única
recorrente do recurso ordinário e do recurso de revista, não efetuou tal recolhimento por
ser beneficiária da gratuidade de justiça. Abstendo-se de fazê-lo, operou-se a deserção
do recurso de embargos, nos termos do que preceitua a Súmula nº 25, I, do TST.
Saliente-se que não há falar em abertura de prazo para regularização do preparo. Esta
Corte Superior firmou posicionamento no sentido de que somente é necessária a
concessão de prazo para regularizar vícios relativos ao preparo recursal (Orientação
Jurisprudencial nº 140 da SBDI-1 do TST) às situações em que se verificar a insuficiência
do recolhimento das custas processuais e do depósito recursal, não havendo de se
cogitar em concessão de prazo em casos de ausência total de recolhimento das custas
ou de não comprovação do seu pagamento dentro do prazo recursal. Precedentes desta
SDI-I. Irreparável a decisão do Presidente da Turma ao denegar seguimento aos
embargos , ante sua deserção. Agravo interno conhecido e não provido " (Ag-E-ED-Ag-
RR-10189-18.2014.5.15.0062, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator
Ministro Claudio Mascarenhas Brandao, DEJT 20/08/2021).

AGRAVO INTERNO. RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS


LEIS Nos 13.015/2014 E 13.105/2015 - DESCABIMENTO. DESERÇÃO DO RECURSO
DE EMBARGOS. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO DAS CUSTAS DURANTE O PRAZO
RECURSAL . 1. É deserto o recurso interposto sem a necessária e tempestiva
comprovação do preparo recursal. Os pressupostos processuais devem ser atendidos
nos prazos que a Lei fixa, não havendo oportunidade para a reiteração de providência
que a parte deixa de promover. Inteligência da Súmula 245/TST. 2. Não se trata a
hipótese em apreço de aplicação da OJ nº 140 da SBDI-1, na medida em que não é caso
de insuficiência, mas de ausência de recolhimento das custas processuais durante o
prazo recursal dos embargos. Agravo interno conhecido e desprovido. (Ag-ED-E-ED-RR-
134400-50.2008.5.04.0028, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator
Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 11/10/2019).

AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM


RECURSO DE REVISTA. REGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/14. CUSTAS PROCESSUAIS.
RECOLHIMENTO NÃO COMPROVADO NO PRAZO RECURSAL. DESERÇÃO. 1. A
parte agravante não apresenta argumentos capazes de desconstituir a juridicidade da
decisão agravada, uma vez que interposto o recurso de embargos sem o recolhimento
das custas processuais, expressamente fixadas no recuso de revista, dando azo à
deserção. 2. A ausência do recolhimento das custas não se confunde com a hipótese de
insuficiência no valor do preparo, regulada pelo § 2º do art. 1.007 do CPC. Por sua vez, a
disciplina do § 4º do art. 1.007 do CPC não se aplica ao processo do trabalho, por ser
incompatível com a referida disposição especial prevista no art. 789, § 1º, da CLT, a teor
do disposto nos arts. 1º e 10 da Instrução Normativa nº 39/2016 do TST. Resta, pois,
inviável a abertura de prazo para regularização. Agravo regimental a que se nega
provimento. (AgR-E-ED-RR - 1256-27.2013.5.15.0083 , Relator Ministro: Walmir Oliveira
da Costa, Data de Julgamento: 08/09/2016, Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, Data de Publicação: DEJT 16/09/2016).

Outros Precedentes de Turmas do TST nesse mesmo sentido:

(RR-591-85.2013.5.04.0028, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo


Bastos, DEJT 20/03/2020); (AIRR-1000786-92.2013.5.02.0421, 5ª Turma, Relator Ministro
Antônio José de Barros Levenhagen, DEJT 23/06/2017); (AIRR-20046-
25.2016.5.04.0030, Ac. 6ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Cilene Ferreira
Amaro Santos, in DEJT 16.8.2019).

Tendo em vista a ausência de comprovação do pagamento de custas, o


recurso encontra-se deserto, nos termos do artigo 789, §1º, da CLT.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA.

Se o recorrente pleiteia a gratuidade da justiça, mas a documentação trazida não for o


bastante para atestar a insuficiência de recursos, concede-se prazo para que ele efetue o
preparo, e não para que complemente a documentação.

Há texto gravado na mãozinha.

Modelo de despacho:

Vistos etc.

As Rés interpuseram o Recurso de Revista e requereram a gratuidade judiciária, em


razão das declaradas sua insuficiência de recursos para arcar o pagamento do depósito
recursal.

Ocorre que, não é apto ao reconhecimento da insuficiência financeira da parte para fins
de deferimento da gratuidade judiciária, por si só, a mera alegação de situação
econômica precária. Nesse sentido é o entendimento consolidado na Súmula 463, item
II, do TST:

Súmula nº 463 do TST

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação


Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res.
219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 - republicada - DEJT divulgado em
12, 13 e 14.07.2017

I - A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa


natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu
advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art.
105 do CPC de 2015);

II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a


demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.

Registre-se que a parte não trouxe aos autos documentos capazes de demonstrar a
insuficiência de patrimônio líquido apto ao deferimento do benefício pleiteado.

No caso em apreço, conquanto admissível o deferimento da gratuidade às pessoas


jurídicas, nos moldes do artigo 98 do CPC/2015, não estão presentes no momento os
pressupostos necessários à sua concessão. Sendo assim, indefiro o referido pleito.

Intime-se as Reclamadas da presente decisão e para que realize o preparo, no prazo de


5 (cinco) dias, sob pena de deserção.

Após, com ou sem manifestação, voltem os autos conclusos.


* Observar se o advogado da parte possui poderes para pleitear a concessão da benesse.

SEGURO GARANTIA:

Quando no Recurso de Revista a parte faz a complementação do valor da condenação,


caso utilize o seguro-garantia para substituição do depósito recursal, o acréscimo de 30%
(art. 3º, II do Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT 1/2020) deve incidir apenas sobre a diferença
ora complementada.

A irregularidade na apólice, por inobservância do Ato Conjunto TST/CSJT/CGJT nº


1/2019, implica na imediata deserção do Apelo, sem abertura do prazo para
regularização. Inclusive quanto à comprovação de registro da apólice na SUSEP e
certidão de regularidade da sociedade seguradora perante a SUSEP

Nesse sentido, os seguintes arestos:

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA. SUBSTITUIÇÃO DO
DEPÓSITO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. APÓLICE EM
DESCONFORMIDADE COM O ARTIGO 5º, INCISO II, DO ATO
CONJUNTO TST.CSJT Nº 1/2019. AUSÊNCIA DA CERTIDÃO DE
REGISTRO. DECISÃO MONOCRÁTICA COM FUNDAMENTO NO ARTIGO
255, INCISO III, ALÍNEA "B", DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL
SUPERIOR DO TRABALHO. Não merece provimento o agravo que não
desconstitui os fundamentos da decisão monocrática pela qual se negou
provimento ao agravo de instrumento, ante o fundamento de que a parte
apresentou apólice de seguro - garantia em substituição ao depósito
recursal sem a devida certidão de registro perante a SUSEP, consoante
determinam o artigo 5º, inciso II, do Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT nº 1/2019
e a Súmula nº 245 do TST. Agravo desprovido. (Ag-AIRR-20743-
84.2017.5.04.0006, 2ª Turma, Relator Ministro Jose Roberto Freire Pimenta,
DEJT 24/09/2021).

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA -


DESCABIMENTO. DECISÃO IMPUGNADA EM CONFORMIDADE COM A
JURISPRUDÊNCIA UNIFORME DO TRIBUNAL SUPERIOR DO
TRABALHO. RECURSO ORDINÁRIO - DESERÇÃO - SUBSTITUIÇÃO DO
DEPÓSITO RECURSAL PELO SEGURO GARANTIA JUDICIAL -
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO REGISTRO DA APÓLICE NA
SUSEP. INVALIDADE. Nos termos do art. 899, § 11, da CLT, "o depósito
recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia
judicial". Apesar de ser indubitável a viabilidade da substituição do depósito
recursal pelo seguro garantia, percebe-se que, com base na análise dos
documentos apresentados pela reclamada, que a apólice colacionada não
atende ao requisito constante do art. 5º, II, do Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT
nº 1/2019, tendo em vista que, por ocasião da interposição do recurso
ordinário, não comprovou o seu registro perante a SUSEP. Assim, deve ser
aplicado o art. 6º, II, do aludido Ato, segundo o qual a inobservância dos
referidos requisitos implicará o não processamento ou o não
conhecimento do recurso por deserção. Agravo conhecido e desprovido.
(Ag-AIRR-100729-63.2018.5.01.0062, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto
Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 10/09/2021).

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. SEGURO
GARANTIA. ATO CONJUNTO Nº 01/TST.CSJT.CGJT DE 2019.
TRANSCENDÊNCIA JURÍDICA RECONHECIDA. O recurso apresenta
matéria com viés ainda não pacificado no âmbito desta Corte, razão pela
qual deve ser reconhecida a transcendência jurídica. O § 11 do art. 899 da
CLT preceitua que "O depósito recursal poderá ser substituído por fiança
bancária ou seguro garantia judicial". Considerando a necessidade de
padronização dos procedimentos de recepção de apólices de seguro
garantia judicial para substituição de depósitos recursais visando à garantia
da execução trabalhista, o Presidente do TST, o Conselho Superior da
Justiça do Trabalho e o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, no uso de
suas atribuições legais e regimentais, editaram ato conjunto em 16 de
outubro de 2019 , elencando requisitos de validade para a aceitação do
seguro garantia judicial. Como se observa, embora seja juridicamente viável
a substituição do depósito recursal pelo seguro garantia, com base na
análise dos documentos apresentados pela reclamada, verifica-se o
descumprimento das exigências contidas nos artigos 2º, V, XI, 3º, XII e §1º,
do Ato Conjunto nº 1/2019, uma vez que não consta na apólice como
segurado o reclamante/exequente, além disso, a cláusula 4.1 do documento
prevê que "a renovação da apólice deverá ser solicitada pelo tomador, até
sessenta dias antes do fim de vigência da apólice" o que evidencia que a
renovação não é automática. Por fim, a cláusula 15 prevê hipóteses de
rescisão do contrato vedadas pelo §1º do art. 3º do Ato Conjunto
mencionado. Assim, o artigo 6º, II, do aludido Ato é claro ao dispor que a
apresentação de apólice sem a observância do disposto no art. 3º,
como no caso, implica no não processamento ou não conhecimento
do recurso, por deserção. Nesse contexto, a decisão regional que
rejeita a apólice de seguro garantia apresentada e considera deserto o
recurso aviado está em consonância com o Ato conjunto
TST.CSJT.CGJT nº 1 de 2019. Precedente. Agravo não provido. (Ag-AIRR-
11592-64.2016.5.03.0004, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros,
DEJT 07/05/2021).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA


LEI 13.467/17. EXECUÇÃO. DESERÇÃO. SEGURO GARANTIA. JUNTADA
DA APÓLICE DO SEGURO GARANTIA SEM A OBSERVÂNCIA DO ATO
CONJUNTO TST.CSJT.CGJT Nº 1/2019. AUSÊNCIA DA CERTIDÃO DE
REGULARIDADE DA SOCIEDADE SEGURADORA PERANTE A SUSEP.
TRANSCENDÊNCIA JURÍDICA RECONHECIDA. Deve ser reconhecida a
transcendência jurídica, haja vista a discussão relativa à matéria
controvertida ser nova, nos termos do artigo 896-A, § 1º, inciso IV, da
Consolidação das Leis do Trabalho, encontrando-se ainda pendente de
uniformização jurisprudencial no âmbito desta Corte superior. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI 13.467/17.
EXECUÇÃO. DESERÇÃO. SEGURO GARANTIA. JUNTADA DA APÓLICE
DO SEGURO GARANTIA SEM A OBSERVÂNCIA DO ATO CONJUNTO
TST.CSJT.CGJT Nº 1/2019. AUSÊNCIA DA CERTIDÃO DE
REGULARIDADE DA SOCIEDADE SEGURADORA PERANTE A SUSEP.
PRAZO PARA ADEQUAÇÃO. Os requisitos previstos no Ato Conjunto nº
1/TST.CSJT.CGJT são aplicáveis ao presente processo. Ao entrar em vigor,
em 16 de outubro de 2019, o referido Ato consignou, em seu art.12, que
"suas disposições serão aplicadas aos seguros garantia judiciais e às cartas
de fiança bancária apresentados após a vigência da Lei 13.467/2017,
cabendo ao magistrado, se for o caso, deferir prazo razoável para a devida
adequação". In casu , a apólice de seguro garantia judicial foi oferecida junto
aos embargos à execução, interpostos em julho de 2020, quando já em
vigor o Ato Conjunto nº 1/TST.CSJT.CGJT. Desta forma, o Regional ao
manter a deserção do apelo em razão da irregularidade no seguro
garantia judicial apresentado pela recorrente para substituição do
depósito recursal, e não deferindo prazo razoável para a devida
adequação decidiu de acordo o Ato Conjunto nº 1/TST.CSJT.CGJT, de
16/10/2019, no sentindo de que o artigo 6º, II, do aludido Ato é claro ao
dispor que a apresentação de apólice sem a observância do disposto
no art. 3º, como no caso, implica no não processamento ou não
conhecimento do recurso, por deserção. Agravo de instrumento não
provido " (AIRR-10726-93.2017.5.18.0007, 6ª Turma, Relator Ministro
Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 05/11/2021).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA


LEI 13.467/2017. EXECUÇÃO. DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA.
GARANTIA DO JUÍZO. AUSÊNCIA DE CERTIDÃO DE REGULARIDADE
DA SOCIEDADE SEGURADORA PERANTE A SUSEP. PREJUDICADO O
EXAME DOS CRITÉRIOS DE TRANSCENDÊNCIA. Apesar de o art. 896-A
da CLT estabelecer a necessidade de exame prévio da transcendência do
recurso de revista, a jurisprudência da Sexta Turma do TST evoluiu para
entender que esta análise fica prejudicada quando o apelo carece de
pressupostos processuais extrínsecos ou intrínsecos que impedem o
alcance do exame meritório do feito, como no caso em tela. Os requisitos
previstos no Ato Conjunto nº 1/TST.CSJT.CGJT são aplicáveis ao presente
processo. Ao entrar em vigor, em 16 de outubro de 2019, o referido ato
consignou, em seu art. 12, que "suas disposições serão aplicadas aos
seguros garantia judiciais e às cartas de fiança bancária apresentados após
a vigência da Lei 13.467/2017, cabendo ao magistrado, se for o caso, deferir
prazo razoável para a devida adequação". In casu , a apólice de seguro
garantia judicial foi oferecida junto aos embargos à execução, interpostos
em fevereiro de 2021, quando já em vigor o Ato Conjunto nº
1/TST.CSJT.CGJT. Desta forma, o Regional , ao negar seguimento ao
recurso de revista por deserção em razão da irregularidade no seguro
garantia judicial apresentado pela recorrente para substituição do
depósito recursal, e não deferindo prazo razoável para a devida
adequação , decidiu de acordo o Ato Conjunto nº 1/TST.CSJT.CGJT, de
16/10/2019, no sentido de que o artigo 6º, II, do aludido ato é claro ao
dispor que a apresentação de apólice sem a observância do disposto
no art. 3º, como no caso, implica o não processamento ou não
conhecimento do recurso, por deserção. Agravo de instrumento não
provido. Prejudicado o exame dos critérios de transcendência do recurso de
revista" (AIRR-5-83.2021.5.08.0019, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto
Cesar Leite de Carvalho, DEJT 03/12/2021).
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. APELO
INTERPOSTO A ACÓRDÃO PROLATADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.467/2017 . RECURSO ORDINÁRIO NÃO CONHECIDO POR
DESERÇÃO. APÓLICE DE SEGURO GARANTIA JUDICIAL
APRESENTADA POSTERIORMENTE À EDIÇÃO DO ATO CONJUNTO
TST.CSJT.CGJT N.º 1 DE 16/10/2019 . AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO
DO REGISTRO DA APÓLICE NA SUSEP. INCIDÊNCIA DO ARTIGO 6º, II,
DO ATO CONJUNTO. DESERÇÃO CONFIRMADA. TRANSCENDÊNCIA
JURÍDICA DA CAUSA RECONHECIDA. 1. Cuida-se de controvérsia acerca
dos efeitos decorrentes da apresentação de apólice de seguro garantia
judicial, substitutiva de depósito recursal, após a edição do Ato Conjunto
TST.CSJT.CGJT n.º 1, de 16/10/2019, e que não atende aos requisitos
previstos no referido ato normativo . Considerando a atualidade da
controvérsia, bem assim a ausência de uniformidade de entendimentos
sobre a questão ora examinada, revela-se oportuno o reconhecimento da
transcendência da causa, sob o aspecto jurídico . 2. Por ocasião do advento
da Lei n.º 13.467/2017, houve por bem o legislador admitir a utilização do
seguro garantia judicial e da fiança bancária no Processo do Trabalho.
Nesse sentido, foram introduzidos os artigos 882 e 899, § 11, na
Consolidação das Leis do Trabalho. A fim de regulamentar e padronizar os
procedimentos para o uso de seguro garantia judicial e fiança bancária em
substituição a depósito recursal e para garantia da execução trabalhista, foi
editado o Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n.º 1, de 16/10/2019, cuja redação
foi alterada por meio do Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n.º 1, de 29/5/2020.
Constata-se que o referido Ato Conjunto, em seu artigo 6º, II, é expresso no
sentido de que, em relação às apólices apresentadas após sua edição, o
não preenchimento dos requisitos previstos nos seus artigos 3º, 4º e 5º
conduz ao não conhecimento do recurso , ante a manifesta deserção. Com
efeito, a inobservância dos requisitos previstos no Ato Conjunto configura a
ausência total do preparo , porquanto inválida a apólice ofertada como
garantia do juízo. Ademais, a concessão de prazo prevista no artigo 12 do
Ato Conjunto n.º 1 diz respeito apenas às apólices apresentadas após a
edição da Lei n.º 13.467/2017 e anteriormente à regulamentação da questão
pelo referido ato normativo. 3. No caso dos autos, constata-se que a
deserção do Recurso Ordinário deu-se porque "a apelante deixou de anexar
aos documentos de ID 0ca051b e seguintes, o comprovante de registro da
apólice junto à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP" -
formalidade essencial à validade do ato - , resultando desatendido o
disposto no artigo 5º, II, do Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n.º 1/2019.
Verifica-se, ademais, que a apólice de seguro garantia judicial foi emitida
em 5/2/2020 - posteriormente , portanto, à edição do Ato Conjunto
TST.CSJT.CGJT n.º 1, de 16/10/2019 . Inaplicável, daí, o disposto no
artigo 12 do referido ato normativo, em relação à apólice apresentada
pela recorrente. Não há cogitar, ademais, na incidência do
entendimento sedimentado na Orientação Jurisprudencial n.º 140 da
SBDI-I desta Corte superior, visto que não se trata de recolhimento
insuficiente do depósito recursal, mas de ausência total de
recolhimento , ante a invalidade da apólice de seguro garantia judicial
oferecida. 4. Precedentes. 5 . Agravo de Instrumento não provido" (AIRR-
1001310-91.2019.5.02.0029, 6ª Turma, Relator Ministro Lelio Bentes
Correa, DEJT 10/12/2021).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. DESERÇÃO DO RECURSO
ORDINÁRIO. SEGURO GARANTIA JUDICIAL. O Regional não conheceu
do recurso ordinário interposto pela reclamada por considerá-lo deserto, ao
fundamento de que o seguro por ela contratado não se presta a substituir o
depósito recursal, uma vez que o instrumento colacionado apresenta data
limite de vigência e não possui cláusula de renovação automática da
garantia. Com efeito, embora seja juridicamente viável a substituição do
depósito recursal pelo seguro garantia, nos termos do art. 899, § 11, da CLT,
introduzido pela Lei n° 13.467/17, no âmbito do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho, foi editado o Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT nº 1, de 16
de outubro de 2019, recentemente alterado pelo Ato Conjunto
TST.CSJT.CGJT nº 1, de 29 de maio de 2020 (com o escopo de disciplinar o
uso do seguro garantia judicial e da fiança bancária em substituição ao
depósito recursal), no qual restou definido dentre outros requisitos que a
aceitação do seguro garantia judicial fica condicionada à existência de
cláusula de renovação automática (art. 3º, X), a qual deve estar expressa na
respectiva apólice . Ademais, determina o artigo 6º, II, do aludido ato que a
não observância do referido requisito implicará, no caso de seguro
garantia judicial para substituição do depósito recursal, o não
processamento ou não conhecimento do recurso, por deserção. Nesse
contexto, incólumes os dispositivos e o verbete invocados. Agravo de
instrumento conhecido e não provido. (AIRR-1447-17.2018.5.10.0801, 8ª
Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 14/08/2020).

"RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO


DEFINITIVA. REJEIÇÃO DO SEGURO GARANTIA JUDICIAL. PRÉ-
FIXAÇÃO DE PRAZO DE VALIDADE NA APÓLICE. ÓBICE SUPERADO
PELA RECENTE JURISPRUDÊNCIA DESTA SUBSEÇÃO II
ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS. AUSÊNCIA DO
ACRÉSCIMO DE 30% SOBRE O VALOR DA EXECUÇÃO DETECTADA NO
JULGAMENTO DA AÇÃO DE SEGURANÇA. ELEMENTOS ACOSTADOS
PELO PRÓPRIO IMPETRANTE E RECONHECIDO PELO TRIBUNAL DE
ORIGEM. IRREGULARIDADE INSUPERÁVEL. IMPOSSIBILIDADE, EM
SEDE MANDAMENTAL, DE CONCESSÃO DE PRAZO PARA
COMPLEMENTAÇÃO. SEGURANÇA DENEGADA. 1. A Subseção II
Especializada em Dissídios Individuais desta Corte Superior Trabalhista, em
se tratando de execuções de natureza definitiva, tem mitigado a diretriz
traçada em sua Orientação Jurisprudencial nº 92 e admitido as ações de
segurança que visem impugnar a não aceitação de apólices de seguro com
o objetivo de garantir o juízo e, consequentemente, viabilizar a
admissibilidade de eventuais e embargos à execução/agravo de petição. 2.
Na hipótese, contudo, é incontroverso que o valor da apólice não
contemplou o montante atualizado da execução, acrescido dos 30%,
consoante previsto no art. 835, § 2º, do CPC c/c o art. 3º, I Ato Conjunto n.
1/TST.CSJT.CGJT/2020 , circunstância suficiente para afastar o propalado
direito líquido e certo. 3. A tese de que o devido a título de contribuição
previdenciária e de honorários periciais não devem ser contabilizados na
contratação do seguro garantia não se sustenta, notadamente porque o
inciso I do artigo 3º do Ato Conjunto nº 1/2020 TST.CSJT.CGJT é claro ao
estabelecer que "no seguro garantia judicial para execução trabalhista, o
valor segurado deverá ser igual ao montante original do débito executado
com os encargos e os acréscimos legais, inclusive honorários advocatícios,
assistenciais e periciais, devidamente atualizado pelos índices legais
aplicáveis aos débitos trabalhistas na data da realização do depósito,
acrescido de, no mínimo, 30% (Orientação Jurisprudencial 59 da SBDI-II do
TST)." 4. Ainda que a deficiência apontada pela autoridade coatora (apólice
com prazo determinado) não se constitua em óbice a aceitação da seguro-
fiança, conforme jurisprudência atual desta subseção, a deficiência
detectada pelo Tribunal de origem, ao julgar o mandamus (insuficiência do
valor segurado) é intransponível. 5. Inaplicável, no caso, a regra inserta
no § 2º do artigo 1007 do CPC-2015, pois não se trata de prazo para
complementação de preparo destinado à admissibilidade ou
conhecimento de recurso, além do que, em sede mandamental o direito
líquido e certo deverá ser comprovado com a petição inicial, não se
admitindo dilação probatória ou diligência saneadora. Recurso Ordinário
conhecido e desprovido " (RO-1000279-26.2019.5.02.0000, Subseção II
Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Amaury
Rodrigues Pinto Junior, DEJT 08/10/2021).
TEXTO DA MÃOZINHA: SEGGARANTIA§11

No entanto, observar a seguinte orientação:


APÓLICE
Antes, não exigíamos da parte recorrente o registro da apólice na SUSEP, tampouco a
certidão de regularidade da sociedade seguradora. Caso o processo retorne ao assessor,
com análise de admissibilidade realizada pelas gestões passadas, não exigiremos tais
documentos. Contudo, imprescindível constar no campo do preparo a seguinte
observação:

Registre-se que, quando da primeira análise de admissibilidade recursal, o preparo foi


considerado regular, não sendo exigida a comprovação de registro da apólice na SUSEP,
tampouco a certidão de regularidade da sociedade seguradora perante a SUSEP.
Conquanto este posicionamento tenha sido por mim revisto, diante do teor do teor do art.
5º do Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT Nº 1, de 16 de outubro de 2019, prosseguirei na
análise do feito, a fim de evitar decisão surpresa, a qual é vedada pelo art. 10 do Código
de Processo Civil, aplicado subsidiariamente à seara laboral.

DEPÓSITO RECURSAL:

Para fins de comprovação do depósito recursal, a “nota de depósito bancário” NOTA DE


ORDEM BANCÁRIA NOB (O CAMPO DA AUTENTICAÇÃO NÃO ESTÁ PREENCHIDO)
não atesta o pagamento da respectiva guia de depósito judicial. Neste caso, há deserção
de plano, entendendo-se inexiste o pagamento, sem conceder prazo para regularizar.

PREPARO DA EMBASA QUANDO TRAZ APÓLICE DE SEGURO GARANTIA COM


IRREGULARIDADE:

Contudo, verifica-se irregularidade na apólice de Id. ______, porquanto a parte recorrente


não observou o art. 5º, II e III, do Ato Conjunto n. 1/TST.CSJT.CGJT, de 16 de outubro de
2019, no tocante à comprovação de registro da apólice na SUSEP, bem como à certidão
de regularidade da sociedade seguradora perante a SUSEP.

Por oportuno, vale ressaltar o teor da ementa do acórdão proferido pelo Plenário
Supremo Tribunal Federal no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental n. 616 - Bahia:

Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO. ARGUIÇÃO


DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. BLOQUEIO JUDICIAL DE
VERBAS DE ESTATAL. 1. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF
proposta pelo Governador do Estado da Bahia contra decisões judiciais do Tribunal
Regional do Trabalho da 5ª Região e do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que
determinaram bloqueio, penhora, arresto e sequestro de valores da Empresa Baiana de
Águas e Saneamento - EMBASA para o pagamento de diferentes dívidas, sem a
observância do regime de precatórios previsto no art. 100 da Constituição Federal de
1988. 2. A ADPF não deve ser conhecida quanto ao pedido de extensão, à EMBASA, das
demais prerrogativas processuais da Fazenda Pública, tais como o prazo em dobro para
recorrer, a isenção de custas processuais e a dispensa de depósito recursal, por dois
motivos: (i) não há, na inicial, um fundamento sequer para esse pedido; (ii) as
prerrogativas processuais da Fazenda Pública têm sede infraconstitucional e,
portanto, inexiste parâmetro normativo para o controle concentrado de
constitucionalidade. 3. Cabimento de ADPF para impugnar um conjunto de decisões
judiciais tidas como violadoras de preceitos fundamentais. A jurisprudência desta Corte
firmou-se no sentido de que o requisito da subsidiariedade é satisfeito quando inexiste,no
caso, outro meio processual eficaz para sanar a lesão a preceito fundamental de forma
ampla, geral e imediata (cf. ADPF 33,Rel. Min. Gilmar Mendes). 4. Atos de constrição do
patrimônio de estatal prestadora de serviço público essencial, em regime não
concorrencial:afronta aos princípios da separação dos poderes (art. 2º, CF/1988), da
eficiência (art.37, caput, CF/1988) e da legalidade orçamentária (art. 167, VI, CF/1988) e
ao sistema constitucional de precatórios (art.100, CF/1988). Precedentes: ADPF 485, sob
minha relatoria; ADPF 556, Rel. Min.Carmen Lúcia; ADPF 387, Rel. Min. Gilmar Mendes;
e ADPF 114 MC, Rel. Min. Joaquim Barbosa.5.Ação conhecida e pedido julgado
parcialmente procedente para determinar a suspensão das decisões judiciais que
promoveram constrições judiciais por bloqueio, penhora, arresto ou sequestro e
determinar a sujeição da Empresa Baiana de Águas e Saneamento - EMBASA ao regime
constitucional de precatórios . (grifo e destaque da transcrição)

Verifica-se, pois, que a questão da extensão das prerrogativas processuais da Fazenda


Pública à EMBASA não foi decidida pelo STF, notadamente diante da sua natureza
infraconstitucional, de modo que, diante da sua reconhecida sujeição ao regime
constitucional de precatórios, afigura-se prudente, em sede de juízo de admissibilidade
recursal, não obstar o trânsito do apelo no tocante ao preparo.

Assim, neste primeiro Juízo de admissibilidade afasta-se o requisito do preparo recursal e


adentra-se ao exame dos demais pressupostos de admissibilidade, remetendo ao TST o
exame definitivo de isenção do preparo da EMBASA.
ENTIDADE FILANTRÓPICA x ENTIDADE BENEFICENTE

ENTIDADE FILANTRÓPICA

Constata-se que a Parte Recorrente, por meio do documento de ID. ____,


comprovou a condição de Entidade Filantrópica.

Ressalte-se o disposto no art. 899, §10, da CLT, verbis:

"Art. 899...§10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça


gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial."

Desta forma, isenta a Parte Recorrente de depósito recursal.

Verifica-se, ainda, o recolhimento das custas no ID __.

Com efeito, regular o preparo.

ENTIDADE BENEFICENTE

Constata-se que a Parte Recorrente, por meio do documento de ID. ____,


comprovou o certificado de Entidade Beneficente.

Ressalte-se o disposto no art. 899, §9º, da CLT, verbis:

"Art. 899...§9º. O valor do depósito recursal será reduzido pela metade


para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte."

Desta forma, a Parte Recorrente faz jus ao depósito recursal pela metade.

Verifica-se, ainda, o recolhimento das custas no ID __.

Com efeito, regular o preparo.

O certificado de entidade beneficente dá direito ao depósito recursal pela metade, e


não à isenção.
ENTIDADE FILANTRÓPICA – ESTATUTO

O CEBAS comprova a condição de entidade beneficente, o que enseja o depósito


recursal pela metade (art. 899, §9º, CLT).

Já a condição de entidade filantrópica (isenção do depósito recursal - art. 899, §10, CLT)
deve ser aferida mediante análise do Estatuto, o qual deverá prever, por exemplo:

Caso haja Estatuto nesse sentido, deve-se reconhecer a condição de entidade filantrópica
e a isenção do depósito recursal.
No entanto, persiste a obrigação de comprovar o recolhimento das custas, caso a
reclamada/recorrente não seja beneficiária da gratuidade da justiça ou não preencha os
requisitos para concessão da benesse.

Em resumo: o simples fato de ser entidade filantrópica não a isenta do


recolhimento das custas processuais.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL:

Na fase de execução não se aplica o art. 899, § 10 da CLT (“São isentos do depósito
recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em
recuperação judicial”):

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO.


AUSÊNCIA DE GARANTIA DO JUÍZO. EMPRESA EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL . DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA DECLARADA NO
EXAME PRÉVIO DE ADMISSIBILIDADE. O fato de a empresa se encontrar
em recuperação judicial não a dispensa da obrigação de garantir o juízo,
nos termos do art. 884 da CLT, na medida em que o art. 899, § 10, da CLT
se aplica apenas aos processos em fase de conhecimento, tanto que isenta
as empresas em recuperação judicial do depósito recursal, ou seja, não
estendeu a prerrogativa ao processo de execução, pois se verifica que a
garantia do juízo está disciplinada no artigo 884, § 6º, da CLT, o qual isenta
tão somente as entidades filantrópicas da exigência de garantia do juízo,
para fins de interposição de recurso, não abarcando, portanto, as empresas
em recuperação judicial. Precedentes. Agravo de instrumento conhecido e
não provido. (AIRR-345-95.2014.5.09.0002, 8ª Turma, Relatora Ministra
Dora Maria da Costa, DEJT 23/08/2021)

Nesse mesmo sentido: (Ag-AIRR-10508-64.2017.5.03.0013, 1ª Turma,


Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 26/03/2021); (AIRR-702-
57.2012.5.03.0020, 2ª Turma, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta,
DEJT 21/02/2020); (AIRR-929-37.2015.5.03.0054, 3ª Turma, Relator
Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 14/02/2020); (AIRR-
1881-80.2015.5.10.0002, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria de Assis
Calsing, DEJT 23/02/2018); (Ag-AIRR - 1614-19.2014.5.03.0009 Data de
Julgamento: 25/11/2020, Relator Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, 5ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 27/11/2020); (Ag-AIRR-220-
16.2015.5.03.0114, 6ª Turma, Relatora Ministra Katia Magalhães Arruda,
DEJT 18/09/2020); (Ag-AIRR-11801-44.2015.5.18.0006, 7ª Turma, Relator
Ministro Renato de Lacerda Paiva, DEJT 15/10/2021); (AIRR-1010-
34.2011.5.03.0051, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas
Brandão, DEJT 18/12/2020).

Nos casos de INEXISTÊNCIA de garantia do juízo na fase de execução,


tem-se o seguinte modelo de decisão:

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo ...

Regular a representação processual,...


Contudo, o recurso revela-se deserto em face da ausência de garantia
do Juízo.

Com efeito, competia à Parte Recorrente, ao interpor o presente Apelo,


comprovar a garantia do Juízo, conforme entendimento sedimentado no
item II da Súmula 128/TST, in verbis:

"Nº 128 - DEPÓSITO RECURSAL

(...)

II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para


recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988.
Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação
da garantia do juízo."

No entanto, não consta dos autos a referida garantia.

Ressalte-se que, não obstante a Reclamada se encontrar em recuperação


judicial, a obrigação de garantia do Juízo persiste, já que o § 10 do art. 899
da CLT apenas isenta as empresas em recuperação judicial de efetivarem o
pagamento do depósito recursal.

Saliente-se, ademais, que, na hipótese sob exame, não tem aplicabilidade o


art. 1.007, § 2º, do CPC e à OJ nº 140 da SBDI-1, do TST, na medida em
que não há insuficiência de garantia, mas sim ausência da mesma.

Registre-se o entendimento das Turmas do TST, como se vê nos seguintes


precedentes:

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO.


AUSÊNCIA DE GARANTIA DO JUÍZO. EMPRESA EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL . DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA DECLARADA NO
EXAME PRÉVIO DE ADMISSIBILIDADE. O fato de a empresa se encontrar
em recuperação judicial não a dispensa da obrigação de garantir o juízo,
nos termos do art. 884 da CLT, na medida em que o art. 899, § 10, da CLT
se aplica apenas aos processos em fase de conhecimento, tanto que isenta
as empresas em recuperação judicial do depósito recursal, ou seja, não
estendeu a prerrogativa ao processo de execução, pois se verifica que a
garantia do juízo está disciplinada no artigo 884, § 6º, da CLT, o qual isenta
tão somente as entidades filantrópicas da exigência de garantia do juízo,
para fins de interposição de recurso, não abarcando, portanto, as empresas
em recuperação judicial. Precedentes. Agravo de instrumento conhecido e
não provido. (AIRR-345-95.2014.5.09.0002, 8ª Turma, Relatora Ministra
Dora Maria da Costa, DEJT 23/08/2021)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESERÇÃO. AUSÊNCIA DE DEPÓSITO


RECURSAL. 1. Está deserto o recurso interposto sem a necessária e
tempestiva comprovação do preparo recursal. 2. Os pressupostos
processuais devem ser atendidos nos prazos que a Lei fixa, não havendo
oportunidade para a reiteração de providência que a parte deixa de
promover. Inteligência da Instrução Normativa nº 3/93 desta Corte, item VIII,
e da Súmula 245/TST. 3. Não se cuida, na hipótese em apreço, de aplicação
do art. 1.007, § 2º, do CPC e da OJ nº 140 da SBDI-1, na medida em que
não há insuficiência, mas ausência do depósito recursal. Incumbe à parte
interessada velar pela adequada formalização de seu recurso. Agravo de
instrumento não conhecido. (AIRR-2753-89.2016.5.10.0801, 3ª Turma,
Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT
02/10/2020).

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


LEI Nº 13.015/2014. CPC/2015. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40 DO TST.
DESERÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DO DEPÓSITO
RECURSAL. Quando da interposição do agravo de instrumento, a parte
deixou de apresentar a guia de recolhimento do depósito recursal alusivo ao
recurso, nos termos do artigo 899, § 7º, da CLT. Vale ressaltar que o Órgão
Especial desta Corte, em sessão realizada no dia 06/05/2019, retificou a ata
da sessão do Órgão Especial de 17/12/2018, para nela constar que fora
rejeitada a proposta de alteração da Instrução Normativa nº 3 do TST, por
mim encaminhada, quanto à aplicabilidade da regra contida no artigo 1.007,
§ 4º, do CPC no processo do trabalho. Dessa forma, considerando a
ausência de recolhimento do depósito recursal referente ao agravo de
instrumento, bem como da inaplicabilidade, ao processo do trabalho, do
disposto no citado dispositivo, o apelo não merece conhecimento, em razão
de sua manifesta deserção. Agravo conhecido e não provido. (Ag-AIRR-
1817-59.2014.5.09.0026, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas
Brandão, DEJT 25.10.2019)

Outros Precedentes de Turmas do TST nesse mesmo sentido:

(Ag-AIRR-10508-64.2017.5.03.0013, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos


Scheuermann, DEJT 26/03/2021); (AIRR-702-57.2012.5.03.0020, 2ª Turma,
Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 21/02/2020); (AIRR-
929-37.2015.5.03.0054, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de
Fontan Pereira, DEJT 14/02/2020); (AIRR-1881-80.2015.5.10.0002, 4ª
Turma, Relatora Ministra Maria de Assis Calsing, DEJT 23/02/2018); (RR-
591-85.2013.5.04.0028, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto
Caputo Bastos, DEJT 20/03/2020); (Ag-AIRR - 1614-19.2014.5.03.0009
Data de Julgamento: 25/11/2020, Relator Ministro: Douglas Alencar
Rodrigues, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 27/11/2020); (AIRR-
1000786-92.2013.5.02.0421, 5ª Turma, Relator Ministro Antônio José de
Barros Levenhagen, DEJT 23/06/2017); (Ag-AIRR-220-16.2015.5.03.0114,
6ª Turma, Relatora Ministra Katia Magalhães Arruda, DEJT 18/09/2020);
(AIRR-20046-25.2016.5.04.0030, Ac. 6ª Turma, Relatora Desembargadora
Convocada Cilene Ferreira Amaro Santos, in DEJT 16.8.2019); (Ag-AIRR-
11801-44.2015.5.18.0006, 7ª Turma, Relator Ministro Renato de Lacerda
Paiva, DEJT 15/10/2021); (AIRR-1010-34.2011.5.03.0051, 7ª Turma, Relator
Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 18/12/2020)

Reputo deserto o Recurso de Revista interposto.

CONCLUSÃO

DENEGO seguimento ao Recurso de Revista.


TEXTO IRREGULARIDADE DE PREPARO DA CONDER:

Contudo, há irregularidade quanto ao preparo.

A reclamada, ao interpor o recurso de revista, afirma que "Deixa de juntar o


preparo recursal, tendo em vista decisão exarada na Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental ADPF nº 858, que julgou procedente o pedido, para cassar as
decisões judiciais que promoveram medidas constritivas por bloqueio, penhora, arresto,
sequestro e liberação de valores de verbas públicas da Companhia de Desenvolvimento
Urbano do Estado da Bahia (Conder) e do Estado da Bahia, bem assim determinou a
submissão daquela empresa ao regime constitucional dos precatórios, equiparando a
mesma à Fazenda Pública, pelo que resta isenta do pagamento de custas processuais e
depósito recursal."

Verifica-se, contudo, que a Reclamada é empresa pública, sujeita ao regime


próprio das empresas privadas quanto aos direitos e obrigações trabalhistas.

Nesse sentido, os seguintes precedentes:

RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO


DA LITISCONSORTE. PROCESSO MATRIZ EM FASE DE EXECUÇÃO. ATO COATOR
CONSUBSTANCIADO NO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DA IMPETRANTE PARA
LIBERAÇÃO DOS VALORES INCONTROVERSOS. DISCUSSÃO ACERCA DA
POSSIBILIDADE DE ADOÇÃO DO RITO DO PRECATÓRIO. MANEJO DE RECURSO E
SUPERVENIÊNCIA DE DECISÃO SOBRE O TEMA NO PROCESSO MATRIZ.
APLICAÇÃO DA SÚMULA 414, III, DO TST. PERDA DO OBJETO. (...) Vistos, relatados e
discutidos estes autos de Recurso Ordinário Trabalhista n° TST-ROT-446-
42.2020.5.05.0000, em que é Recorrente COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO
URBANO DO ESTADO DA BAHIA - CONDER e Recorrida MARILEDA PRATES
CORREIA e Autoridade Coatora JUIZ TITULAR DA 1ª VARA DO TRABALHO DE
SALVADOR. (...) 1. Trata-se de mandado de segurança interposto contra decisão proferida
em reclamação trabalhista em fase de execução em que o juízo condutor indeferiu a
liberação do valor incontroverso. A discussão trazida na presente ação mandamental se
refere ao procedimento a ser adotado na execução: rito comum ou precatório. 2. O
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região concedeu a segurança para cassar a decisão
proferida na ação matriz que rejeitou a liberação dos valores incontroversos. 3. A
litisconsorte pretende a reforma do julgado para que seja reconhecido o direito ao rito do
precatório previsto no art. 100 da Constituição Federal, o que inviabilizaria a liberação de
valores de forma antecipada, ainda que incontroversos. (...) Recurso ordinário conhecido e
desprovido. (ROT-446-42.2020.5.05.0000, Subseção II Especializada em Dissídios
Individuais, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, DEJT 25/06/2021).

DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA. RECURSO ORDINÁRIO.


COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA - CONDER.
EMPRESA PÚBLICA. CLÁUSULA PRIMEIRA - REAJUSTE SALARIAL. A suscitada é
empresa pública, sujeita ao regime próprio das empresas privadas quanto aos direitos e
obrigações trabalhistas, ao teor do art. 173, § 1º, II, da Constituição Federal. (...) Desse
modo, quanto ao reajuste salarial, a decisão da Corte regional está em perfeita harmonia
com a atual jurisprudência desta Corte, e deve ser mantida. Recurso ordinário a que se
nega provimento. (...). (RO-1547-22.2017.5.05.0000, Seção Especializada em Dissídios
Coletivos, Relatora Ministra Kátia Magalhães Arruda, DEJT 18/06/2019)

RECURSO DE REVISTA (...) COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB


- EMPRESA PÚBLICA - EXECUÇÃO POR PRECATÓRIO - IMPOSSIBILIDADE. A
executada é empresa pública, entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
e, como tal, seus bens estão sujeitos à execução, penhora e alienação, nas mesmas
condições que as demais empresas privadas, não gozando de privilégios processuais nos
moldes dos legalmente atribuídos à Fazenda Pública. Esse entendimento coaduna-se com a
norma do art. 173, § 1º, II, da Constituição da República, que estabelece a sujeição da
empresa pública ao regime jurídico próprio das empresas privadas, razão pela qual não foi
violado o referido dispositivo. Precedentes do TST. Recurso de Revista não conhecido. (RR
- 1195-68.2012.5.18.0003, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Data de
Julgamento: 27/09/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/09/2017).

(AIRR-11675-44.2015.5.03.0092, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria


Helena Mallmann, DEJT 08/06/2018); (AIRR-46200-12.2008.5.16.0003, 3ª Turma, Relator
Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 31/10/2018); (AIRR-553-
21.2011.5.02.0086, 5ª Turma, Relator Desembargador Convocado Ronaldo Medeiros de
Souza, DEJT 12/09/2014); (AIRR-10582-57.2015.5.18.0018, 6ª Turma, Relatora Ministra
Kátia Magalhães Arruda, DEJT 17/06/2016); (RR-273-34.2013.5.03.0092, 7ª Turma,
Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 05/05/2017); (AIRR - 11532-
83.2016.5.18.0001 , Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento:
03/04/2019, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 05/04/2019).

Assim, tendo em vista a ausência de comprovação do pagamento do


depósito recursal, o apelo encontra-se deserto, nos termos do artigo 789, §1º, da CLT.

Observem-se os seguintes julgados:

RECURSO DE EMBARGOS EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM


RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.467/2017. COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. AUSÊNCIA DE
AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA. VÍCIO SANÁVEL. ART . 932, PARÁGRAFO ÚNICO, DO
CPC/2015. A egrégia Turma adotou tese no sentido de que a ausência de autenticação
bancária trata-se de vício formal, perfeitamente sanável com a juntada das custas
processuais posteriormente, no caso, em sede de embargos de declaração em recurso
ordinário e, por conseguinte, determinou o retorno dos autos ao e. TRT de origem para
exame do mérito, como de direito. A presente discussão diz respeito ao alcance do
entendimento fixado na OJ n.º 140 da SBDI-1 do TST, ou seja, se sua aplicação está restrita
aos casos em que há insuficiência de recolhimento das custas ou do depósito recursal ou
alcança também outras irregularidades, como a dos autos, em que a comprovação do
recolhimento das custas processuais ocorreu após o prazo recursal (em sede de embargos
de declaração em recurso ordinário). A dt. SBDI-1 do TST já se posicionou no sentido de
que a Orientação Jurisprudencial nº 140 da SBDI-1 do TST aplica-se tão somente às
situações em que se constata a insuficiência do recolhimento das custas processuais e/ou do
depósito recursal, não havendo de se cogitar em concessão de prazo para regularizar o
pagamento do preparo recursal em casos de ausência total de recolhimento do depósito
recursal ou de não comprovação do seu pagamento dentro do prazo recursal , hipótese dos
autos. Precedentes. No caso concreto, a comprovação do recolhimento do preparo do apelo
patronal ocorreu após o prazo recursal, em sede de embargos de declaração em recurso
ordinário, de modo que não há que se proceder em interpretação ampliativa da OJ nº 140
da SDI-1 desta Corte a fim de se considerar sanada a irregularidade relativa à ausência de
autenticação bancária da guia de recolhimento das custas processuais apresentadas após a
interposição do recurso ordinário. Recurso de embargos conhecido e provido. (E-ED-RR-
1000663-07.2015.5.02.0201, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator
Ministro Breno Medeiros, DEJT 28/05/2021).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESERÇÃO. AUSÊNCIA DE DEPÓSITO RECURSAL. 1.


Está deserto o recurso interposto sem a necessária e tempestiva comprovação do preparo
recursal. 2. Os pressupostos processuais devem ser atendidos nos prazos que a Lei fixa, não
havendo oportunidade para a reiteração de providência que a parte deixa de promover.
Inteligência da Instrução Normativa nº 3/93 desta Corte, item VIII, e da Súmula 245/TST. 3.
Não se cuida, na hipótese em apreço, de aplicação do art. 1.007, § 2º, do CPC e da OJ nº
140 da SBDI-1, na medida em que não há insuficiência, mas ausência do depósito recursal.
Incumbe à parte interessada velar pela adequada formalização de seu recurso. Agravo de
instrumento não conhecido. (AIRR-2753-89.2016.5.10.0801, 3ª Turma, Relator Ministro
Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 02/10/2020).

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. LEI Nº


13.015/2014. CPC/2015. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40 DO TST. DESERÇÃO DO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DO DEPÓSITO RECURSAL. Quando da
interposição do agravo de instrumento, a parte deixou de apresentar a guia de
recolhimento do depósito recursal alusivo ao recurso, nos termos do artigo 899, § 7º, da
CLT. Vale ressaltar que o Órgão Especial desta Corte, em sessão realizada no dia
06/05/2019, retificou a ata da sessão do Órgão Especial de 17/12/2018, para nela constar
que fora rejeitada a proposta de alteração da Instrução Normativa nº 3 do TST, por mim
encaminhada, quanto à aplicabilidade da regra contida no artigo 1.007, § 4º, do CPC no
processo do trabalho. Dessa forma, considerando a ausência de recolhimento do depósito
recursal referente ao agravo de instrumento, bem como da inaplicabilidade, ao processo do
trabalho, do disposto no citado dispositivo, o apelo não merece conhecimento, em razão de
sua manifesta deserção. Agravo conhecido e não provido. (Ag-AIRR-1817-
59.2014.5.09.0026, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT
25.10.2019)

DESERÇÃO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. SUJEIÇÃO AO REGIME DE


PRECATÓRIO. OBRIGATORIEDADE DE RECOLHIMENTO DAS CUSTAS
PROCESSUAIS E DO DEPÓSITO RECURSAL. COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTOS
DO RIO GRANDE DO NORTE - CAERN. ADPF Nº 556 DO STF . A discussão dos autos
refere-se à obrigatoriedade de recolhimento do depósito recursal pela empresa reclamada,
Sociedade de Economia Mista, tendo em vista o julgamento da ADPF nº 556 pelo STF, que
declarou a impossibilidade de constrição dos bens da Companhia de Águas e Esgotos do
Rio Grande do Norte - CAERN e a obrigatoriedade de sujeição da condenação pecuniária
ao regime de precatório. Ressalta-se que prevalece na jurisprudência desta Corte superior
que, diante do julgamento da ADPF nº 556 apenas em relação ao regime de precatórios ,
com o escopo de impedir a penhorabilidade de seus bens, sem emissão de tese a respeito de
eventual isenção de custas processuais e/ou depósito recursal, remanesce a obrigatoriedade
de recolhimento do preparo recursal pelo ente público, visto que a ela não foram estendidas
outras prerrogativas da Fazenda Pública. Precedentes. Não merece provimento o agravo
que não infirma os fundamentos da decisão agravada quanto ao reconhecimento da
deserção do apelo recursal da empresa reclamada. Agravo desprovido " (Ag-AIRR-837-
58.2019.5.21.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Jose Roberto Freire Pimenta, DEJT
20/06/2022).

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DESERÇÃO.


AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO DE DEPÓSITO RECURSAL. CAERN. Embora o e. STF
tenha estendido à reclamada o regime de precatórios, para efeitos de impedir a
impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços, não foi reconhecida a extensão de
outros privilégios da Fazenda Pública, tais como prazo em dobro, isenção de custas
processuais ou mesmo dispensa de depósito recursal. Sendo assim, cabe à reclamada
proceder ao preparo de seu recurso, nos termos da Súmula nº 170 do c. TST. Não tendo
recolhido o depósito recursal, há de se reconhecer a deserção do recurso de revista. Agravo
conhecido e desprovido' (Processo: Ag-AIRR - 96-08.2019.5.21.0012 Data de Julgamento:
15/12/2021, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 17/12/2021).

AGRAVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM


RECURSO DE REVISTA. DESERÇÃO DO RECURSO DE REVISTA. AUSÊNCIA DE
DEPÓSITO RECURSAL. EMPRESA PÚBLICA. PRIVILÉGIOS DA FAZENDA PÚBLICA.
NÃO EXTENSÃO. Não merece provimento o agravo que não desconstitui os fundamentos
da decisão monocrática, pela qual se negou provimento ao agravo de instrumento, fundada
jurisprudência pacificada do TST. Agravo desprovido' (Ag-ED-AIRR-1402-
16.2017.5.21.0001, 2ª Turma, Relator Ministro Jose Roberto Freire Pimenta, DEJT
12/02/2021).

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA


LEI 13.467/2017. ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE DEPÓSITO RECURSAL. SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA. EQUIPARAÇÃO À FAZENDA PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE.
DESERÇÃO CONFIGURADA. Hipótese em que mantida a decisão de admissibilidade que
denegou seguimento ao recurso de revista da Agravante, sociedade de economia mista, por
deserto, ao fundamento de que a parte não comprovou o regular recolhimento do depósito
recursal. Consignou que a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte
(CAERN) não se encontra isenta do pagamento das custas processuais, tampouco está
dispensada do recolhimento do depósito recursal. De fato, dispõe a Súmula 170 desta Corte
que " Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não abrangem as sociedades
de economia mista, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei nº
779, de 21.08.1969 ". Acresça-se que, embora o Supremo Tribunal Federal, por meio da
ADPF 556, tenha reconhecido à Agravante a submissão ao regime de precatórios, não lhe
foi estendido outros privilégios da Fazenda Pública, tais como, prazo em dobro para
recorrer, isenção de custas processuais ou dispensa de depósito recursal. Correta, portanto,
a deserção aplicada ao recurso de revista. Nesse contexto, não afastados os fundamentos
da decisão agravada, nenhum reparo merece a decisão. Agravo não provido, com
acréscimo de fundamentação" (Ag-AIRR-148-86.2019.5.21.0017, 5ª Turma, Relator
Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 11/03/2022).
ANEXOS
ANEXO 1 – TETO DEPÓSITO RECURSAL

DATA DE RECURSO DE RECURSO EM


DATA DE ATO RECURSO
INÍCIO DA REVISTA AÇÃO
DIVULGAÇÃO NORMATIVO ORDINÁRIO
VIGÊNCIA EMBARGOS RESCISÓRIA

ATO
DEJT-12/07/2022
01/08/2022 SEGJUD.GP N° R$ 12.296,38 R$ 24.592,76 R$ 24.592,76
430/2022

01/08/2021 ATO SEGJUD.GP


DEJT-21/07/2021 R$10.986,80 R$ 21.973,60 R$ 21.973,60
Nº 175/2021
ATO.SEGJUD.GP R$ 20.118,30
DEJT-16/07/2020 01/08/2020 R$ 10.059,15 R$ 20.118,30
Nº 287/2020
ATO.SEGJUD.GP R$ 19.657,02
DEJT-12/07/2019 01/08/2019 R$ 9.828,51 R$ 19.657,02
Nº 247/2019
ATO.SEGJUD.GP
DEJT-17/07/2018 01/08/2018 R$ 9.513,16 R$ 19.026,32 R$ 19.026,32
Nº 329/2018
ATO SEGJUD.GP
DEJT-13/07/2017 01/08/2017 R$ 9.189,00 R$ 18.378,00 R$ 18.378,00
N° 360/2017
ANEXO 2
ATOS DO TRT5 SOBRE SUSPENSÃO E RETOMADA DE PRAZOS EM RAZÃO DA
PANDEMIA DA COVID 19.

ATO CONJUNTO TRT5 Nº 004, de 16 DE MARÇO DE 2020 (NORMA REVOGADA)


Art. 1º Suspender no período de 17 a 31 de março de 2020:
(…)
i) todos os prazos judiciais, inclusive dos processos que tramitam em meio eletrônico – Pje, sem prejuízo da
validade dos atos pra cados no período.

ATO CONJUNTO GP/CR TRT5 N. 0005, DE 26 DE MARÇO DE 2020

Art. 3º A prestação de serviços pelas unidades judiciárias e administra vas do TRT5 efe var-se-á
por meio remoto, ficando suspensos até 30/04/2020:
(...)IX – os prazos judiciais, inclusive dos processos de autos híbridos e eletrônicos, sem prejuízo da
validade dos atos pra cados no período;

ATO CONJUNTO TRT5 N. 006, DE 24 DE ABRIL DE 2020


Art. 3º Os prazos processuais dos processos que tramitam integralmente pelo meio eletrônico, no
âmbito do primeiro e segundo graus deste Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, voltam a
fluir normalmente a par r de 4 de maio de 2020, sem nenhum po de escalonamento, vedada a
designação de atos presenciais.
§ 1º Os prazos processuais iniciados serão retomados no estado em que se encontravam no
momento da suspensão, sendo res tuídos por tempo igual ao que faltava para sua
complementação, conforme
art. 221 do Código de Processo Civil.

ATO CONJUNTO TRT GP/CR N. 012, DE 9 DE OUTUBRO DE 2020

PORTARIA CONJUNTA GP/CR TRT5 N. 007, DE 1º DE SETEMBRO DE 2021 (NORMA REVOGADA)


Art. 4º Voltam a fluir os prazos dos processos que estão tramitando em meio sico, ressalvada a
possibilidade de o Juiz ou Desembargador Relator suspender os prazos individualmente, à luz do
art. 139, VI, do Código de Processo Civil, bem como a prá ca dos atos processuais, considerando a
impossibilidade de acesso ou traslado da parte sica dos autos, quando necessários ao
andamento, a precariedade de acesso de partes ou advogados aos meios virtuais de visualização
dos autos e o eventual agravamento local ou regional da pandemia.

PORTARIA CONJUNTA GP/CR TRT5 N. 002, DE 18 DE JANEIRO DE 2022

Art. 5º Os prazos dos processos que estão tramitando em meio sico permanecem em curso,
ressalvada a possibilidade de o Juiz ou Desembargador Relator suspender os prazos
individualmente, à luz do art. 139, VI, do Código de Processo Civil, bem como a prá ca dos atos
processuais, considerando a impossibilidade de acesso ou traslado da parte sica dos autos,
quando necessários ao andamento, a precariedade de acesso de partes ou advogados aos meios
virtuais de visualização dos autos e o eventual agravamento local ou regional da pandemia.
ANTECIPAÇÃO DOS FERIADOS EM MAIO/2020:

considerando a suspensão de prazo no período de 25 a 30 de maio de


2020, em razão da antecipação dos feriados de Independência da
Bahia, São João, Dia da Justiça, Dia do Magistrado e Dia do Servidor
Público, por força do Decreto Estadual nº 19.722 de 22/05/2020, bem
como do Ato GP TRT5 nº 0129, de 24/05/2020.
ANEXO 3
IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES DA MESA DIRETORA

IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES DESEMBARGADOR ALCINO FELIZOLA

• Processos da 4ª Turma. Participou também da 3ª Turma e da extinta 6ª Turma, e


da 1ª Turma por breve período.
3ª Turma: 22/4/2003 a 02/05/2006
6ª Turma: 03/05/2006 a 25/5/2008
1ª Turma: 26/5/2008 a 10/09/2008
4ª Turma: 11/09/2008 em diante.

• Maria Tereza da Costa Silva;


• Gustavo Lanat Filho como advogado (quando atuar como Procurador do Estado,
não há impedimento);
• Guilherme Oliveira Gomes;
• Felipe Nascimento Vieira

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DRA DÉBORA

Dra. Débora já participou da 04ª Turma e atualmente integra a 02ª Turma.


São casos de suspeição de Dra. Débora os processos nos quais os advogados a seguir
listados atuam/atuaram:
BOLIVAR FERREIRA COSTA
TOURINHO E GODINHO (ESCRITÓRIO) - JUAREZ TEIXEIRA , DENISE PITHON e
KÁTIA PITHON OU KÁTIA TEIXEIRA

IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES DA DESEMBARGADORA LUÍZA LOMBA

IMPEDIMENTOS:

- ESCRITÓRIO DR. ANTÔNIO SALVADOR LOMBA


- LUCAS FONSECA MAYER DA SILVEIRA – SÓCIO ESCRITÓRIO LOMBA
- Escritório Guimarães e Meireles – onde conste procuração para Dr. Antônio Salvador
Lomba (ele trabalhou neste escritório até + ou – 2010/2011)
- ESCRITÓRIO GABINO KRUSCHEWSKY ADVOGADOS ASSOCIADOS, IVAN LUIZ
MOREIRA DE SOUZA BASTOS OAB/BA 11307, EUGÊNIO DE SOUZA KRUSCHEWSKY
OAB/BA 13851, GIOVANA BASTOS SAMPAIO CORREIA OAB/BA 42468
- PROCESSOS EM QUE ATUOU NA 2ª TURMA E NA EXTINTA 6ª TURMA.

SUSPEIÇÕES:
- ESCRITÓRIO MAURO MENEZES & ADVOGADOS
- ESCRITÓRIO LUIZ VIANA ADVOCACIA
- Amaral Comércio de Papéis Ltda.
- Amaral Coleta de Lixo Comercial e Urbana Ltda.

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