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Seis Sigma Aplicado à Melhoria

da Qualidade e Produtividade

Especialização em Engenharia de
Produção
EESC - USP

<<Seis Sigma>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 1


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Seis Sigma: o que e pra que?

- Satisfação
dos clientes
+
Erros,
Programa - Desperdícios e Resultado
de melhoria Ineficiências financeiro

+
Produtividade
-

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Erros, desperdícios, ineficiências

 Tudo que gera insatisfação do cliente e


perda de produtividade
 Produto ou serviço fora do especificado!
 Produto ou serviço que não atende a expectativa!
 Perdas materiais e imateriais
 Exemplos:
 Indústria de manufatura?
 Banco? Aeroporto?
 Hospital?

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Seis Sigma: treinamento, aplicação etc

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Seis Sigma: treinamento, aplicação etc

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Seis Sigma para melhoria da qualidade

 Criado pela Motorola como um programa da


qualidade. Vencedor do Malcom Baldrige
Quality award (1987).
 Histórias de sucesso nos USA: GE,
AlliedSignal/Honeywell, 3M, Ford etc
 Histórias de sucesso no Brasil: Whirpool, 3M,
Itau Unibanco etc

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Qual o fundamento da abordagem Seis


Sigma?
 Análise das causas raízes:
 Análise da situação atual para caracterização do
problema e identificação das possíveis causas.
 Ação para eliminação ou minimização das
causas raízes;
 Avaliação de resultados, revisão da ação ou
padronização

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Método fundamental de análise da


causa raiz
 PDCA (ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming):
 Método para eliminação ou minimização de um problema.
 Passos PDCA (Deming, 1990):
 P: Coleta de dados e análise para identificação de causas
raízes e proposição e plano de ação;
 D: Implementação da ação;
 C: Avaliação de resultados e
 A: Padronização ou revisão da ação.
A P
(Act) (Plan)

C D
(Check) (Do)

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Abordagens similares: MASP - Método de Análise e


Solução de Problemas
FLUXO
PDCA Fase Objetivo
GRAMA
Definir claramente o problema e a
Identificação do
necessidade de melhoria
1 problema
(priorização)

Investigar as características
Observação
2 específicas do problema.
P
Descobrir as causas fundamentais
3 Análise
do problema (causas raízes)

Conceber um plano para bloquear


4 Plano de Ação
as causas fundamentais

D 5 Ação Bloquear as causas fundamentais

6 Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo

C
? (Bloqueio foi efetivo)

Prevenir contra o reaparecimento


7 Padronização
do problema
A
Documentar todo o processo para
8 Conclusão
recuperação futura

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Método do Seis Sigma para melhoria

 DMAIC:
 Define;
 Mesure;
 Analyze; Define

 Improve; Measure
Control
A P
 Control (Act) (Plan) Analize

C D
(Check) (Do)

Improve

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DMAIC do Seis Sigma


PDCA Fase Objetivo

Definir claramente o problema e a


Identificação do
necessidade de melhoria
problema
(priorização)
Define
Investigar as características Measure
Observação
específicas do problema.
P
Descobrir as causas fundamentais Analize
Análise
do problema (causas raízes)

Conceber um plano para bloquear


Plano de Ação
as causas fundamentais

D Ação Bloquear as causas fundamentais Improve

C Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo

Prevenir contra o reaparecimento


Padronização
do problema
A Control
Documentar todo o processo para
Conclusão
recuperação futura

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Fundamento da abordagem Seis Sigma


– Além da análise das causas raízes
 Experimentação para melhoria: baseado no
aprendizado, solução emerge da experiência.
 Uso de técnicas estatísticas: quantificação,
análise e redução da chance de erro:
 Estatística descritiva;
 Análise de probabilidades;
 Inferência, testes de hipóteses;
 Planejamento e análise de experimentos

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Seis Sigma Propõe

 Estrutura organizacional para liderança,


comprometimento e envolvimento:
 Champions, black belts, green belts etc.
 Método e técnicas;
 Treinamento intensivo.

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Pré-requisitos para o Seis Sigma

 Programa de melhoria, depende:


 Liderança;
 Comprometimento e envolvimento;
 Capacitação.

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Tipo de Problema e Objetivos de


Melhoria
 Objetivo pode ser:
 Quanto menor melhor:
 Reduzir tempo de set up, tempo de fila, tempo de
atraso, porcentagem de erro etc;
 Quanto maior melhor:
 Aumentar a vida útil do produto, desempenho, tempo
entre parada de máquina (manutenção), satisfação do
cliente etc
 Quanto menor a variação da meta melhor:
 Reduzir o desvio da medida nominal de um produto
(dimensão, peso etc) etc

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Tipo de problema e técnicas de análise


e solução de problemas

Muito alto Reduzir/aumentar


Objetivo
Causa do Problema Muito baixo
Resultado médio

problema Reduzir/controlar
Muita dispersão Objetivo
dispersão

Análise das
causas

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Tipo de problema e técnicas de análise


e solução de problemas

Muito alto Reduzir/aumentar


Objetivo
Causa do Problema Muito baixo
Resultado médio

problema Reduzir/controlar
Muita dispersão Objetivo
dispersão

Análise das Técnicas de


causas análise dependem
do tipo de
problema e
objetivo de
melhoria

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Caso de estudo

 Apresentação do caso

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Método e Técnicas

 DMAIC:
 Define;
 Measure;
 Analyse;
 Improve;
 Control.

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Técnicas para “Measure”

 O objetivo é caracterizar o problema e o


contexto em que ele acontece.
 Técnicas:
 Indicadores: PPM, DPMO;
 Mapeamento de processo: ex. SIPOC;
 Amostragem, estratificação;
 Diagrama de Pareto;
 Gráfico de tendência/gráfico de controle;
 Histograma;
 Capabilidade Cpk;
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Técnicas para “Analyse”

 O objetivo é entender o porque o problema


acontece.
 Técnicas:
 Brainstorming
 Espicha de peixe;
 Diagrama de relação;
 Diagrama de dispersão;
 Gráfico de tendência/controle;

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Indicadores: PPM (peças defeituosas


por milhão de ocorrências)
 PPM: Uma peça defeituosa é uma “peça” ou
“resultado” inaceitável;
 Em serviços:
 O número de partidas com atraso de vôos em um
aeroporto;
 O número de chamadas perdidas em um
callcenter;
 O número de clientes considerados insatisfeitos
com o serviço em uma agência bancária;
 O número de bagagens extraviadas em um
aeroporto;
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Indicadores: DPMO (Defeitos por


milhão de oportunidades)
 Em uma “peça” ou “resultado”, pode haver
mais de uma oportunidade de defeito;
 Exemplos:
 Oportunidades de defeitos na inspeção final da
montagem de uma geladeira;
 Oportunidade de defeitos na arrumação de um
quarto de hotel;
 Oportunidades de defeitos no acolhimento de um
paciente em um hospital;
 Oportunidades de defeitos no preenchimento de
um formulário.
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PPM / DPMO – como calcular?

 Medimos 1 milhão de resultados? Não!


 Inferimos PPM/DPMO a partir das
estatísticas de amostras de resultados:

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PPM– como calcular?

 PPM de atributos (atrasos de avião, malas


extraviadas)
 A partir de amostras de resultados,
calculamos a proporção de resultados
errados.

𝑛𝑜. 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠


𝑃𝑃𝑀 = x 1.000.000
𝑛𝑜. 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠

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PPM– como calcular?

 PPM de medidas (ex: dimensão, peso etc.)


 A partir de amostras de resultados,
calculamos:
 Média 𝑥

 Desvio-padrão S;
 Calculo de probabilidade:

𝑃𝑃𝑀 = 𝑃 𝑥 ≤ 𝐿𝐼𝐸 + 𝑃 𝑥 ≥ 𝐿𝑆𝐸 ∗ 1.000.000


ou

𝑃𝑃𝑀 = 𝑃 𝑧 ≤ 𝐿𝐼𝐸 + 𝑃 𝑧 ≥ 𝐿𝑆𝐸 ∗ 1.000.000

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PPM - Exemplo

LIE=11,88 LSE=12,23

  12,07

X  X
Z
Z LIE  2,04 Z  1,72 X
0 LSE

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PPM - Exemplo

A tabela fornece
Z~N(0,1)
Pr[Zz] z=-2,04
(área sombreada)

A tabela fornece
Z~N(0,1)
Pr[Zz] z=-1,72
(área sombreada)

P(X ≤ 18,88) + P(x ≥ 12,23) = P(Z ≤ -2,04) + P(Z ≥ 1,72) = 0,02068 + 0,04272

PPM = (0,02068 + 0,04272) x 1.000.000 = 63400

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DPMO – como calcular?

 DPMO – Defeitos por Milhão de Ocorrências:


de atributos
 A partir de amostras de resultados,
calculamos a proporção dos diferentes
possíveis erros frente a possibilidade de erros
na amostra.
𝑛𝑜. 𝐸𝑟𝑟𝑜𝑠
𝐷𝑃𝑀𝑂 = x 1.000.000
𝑛𝑜.𝑂𝑝𝑜𝑟𝑡𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑟𝑟𝑜𝑠 𝑥 𝑛𝑜. 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠

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Indicadores Lean – Six Sigma

 FTY – First Throughput Yield


 Rendimento do processo, descontando
resultados com defeitos.
 RTY – Rolled Throughput Yield
 Rendimento combinado do processo.

𝑛𝑜. 𝐸𝑟𝑟𝑜𝑠
𝐹𝑇𝑌 = 1 −
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠

𝑅𝑇𝑌 = 𝐹𝑇𝑌1 ∗ 𝐹𝑇𝑌2 ∗ ⋯ 𝐹𝑇𝑌𝑛

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SIPOC
Representação esquemática dos elementos de um processo individual
Ponto de Ponto de
partida chegada

Fontes Recebedores
Entradas Atividades Saídas
de Entradas de Saídas

PROCESSOS MATÉRIA, PROCESSOS


MATÉRIA,
ANTECEDENTES, ENERGIA, SUBSEQUENTES,
ENERGIA,
por exemplo, em INFORMAÇÃO, por exemplo, em
INFORMAÇÃO,
provedores (internos por exemplo, na clientes (internos ou
por exemplo, na
ou externos), em forma de material, externos), em outras
forma de produto,
clientes, em outras recursos, requisitos partes interessadas
serviço, decisão
partes interessadas pertinentes
pertinentes

Possíveis controles e
pontos para monitorar e
medir o desempenho

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Diagrama de atividades

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Diagrama de atividades

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Diagrama de atividades

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Estratificação
 consiste na divisão de um grupo em diversos
subgrupos com base em características
distintivas ou de estratificação.

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Estratificação
Alguns exemplos de fatores de estratificação bastante utilizados
são:
 Tempo: os efeitos dos problemas (ou resultados indesejáveis)
são diferentes de manhã, à tarde, à noite?
 Turno de Produção: os efeitos são diferentes quando
consideramos diferentes turnos de produção ?
 Local: os efeitos são diferentes nas diferentes linhas de
produção da indústria ou nas diferentes regiões do País onde o
produto é comercializado?
 Matéria prima: são obtidos diferentes resultados dependendo do
fornecedor da matéria-prima utilizada?
 Operador: diferentes operadores estão associados a resultados
distintos?

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Diagrama de Pareto
 Princípio de Pareto foi adaptado aos
problemas da qualidade por Juran;
 Princípio de Pareto estabelece que a maior
parte das perdas decorrentes dos problemas
relacionados à qualidade são advindas de
alguns poucos mas vitais problemas.

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Diagrama de Pareto
 Gráfico de barras verticais que dispõe a
informação de forma a tornar evidente e
visual a ordem de importância de problemas,
causas e temas em geral.

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Ocorrência de problemas

40 70

35 60

30
50

Frequência %
Frequência %

25
40

20
30
15
20
10
10 Value
5 Value
Cumul.
0 Value
0 Value

Componente

Trilha

Solda

Outros
Outros
Funcionário
Transporte

Instalação

Entrega

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Pareto do custo da não qualidade

0.6

0.5

0.4
R$

0.3

0.2

0.1 Value
C um ul.
0 Value
Componente
Trilha

Solda

Outros

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Pareto de defeituosos com dados estratificados


por turno

25 20

20
15

15
# Defeitos

# Defeitos
10

10

5
5
Value Value
Cumul. Cumul.
0 Value Value
0
Amassado
Risco

Mancha

Outros

Amassado
Risco

Mancha

Outros
Turno 1 Turno 2

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Matriz de Priorização
 Relaciona fatores à critérios de prioridade.

GRUPO B

Critério 1 Critério 2 Critério 3 ...


GRUPO A peso 1 peso 2 peso 3 ... Prioridade
Fator 1
Fator 2
Fator 3
Fator 4
...

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Histograma
 Dispõe as informações de modo que seja
possível:
 a visualização da forma da distribuição de um
conjunto de dados
 a percepção da localização do valor central e da
dispersão dos dados em torno deste valor
central.

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Histograma

18

16

14

12

10
Frequência

0 Expected
9 9.2 9.4 9.6 9.8 10 10.2 10.4 10.6 10.8 Normal

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Folha de Verificação
 Verificação para a distribuição de um item de
controle de processo;
 Verificação para classificação de defeitos.

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Verificação de um item de controle

1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3.0 3.1 3.2
Dimensões 40
35
L. L.
30 I. S.
25 E. E.

20
/
/ /
/ /
/ // // / // //
15 / /
/ // // / // //
/ // / / // / / /
/ / / / / / /
/ / / / / / / / /
10 / / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / / / /
5 / / / / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / / / / / / / /
/ / / / / / / / / / / / / / / / / /
0
Freqüência 1 2 6 13 10 16 19 17 12 16 20 17 13 8 5 6 2 1
Total

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Gráfico de tendência (run chart)


 Avalia variações da característica de interesse ao longo do
tempo;
 Ex: no. de defeituosos gerados em um processo de
fabricação.

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Gráfico de tendência

 Mas os gráficos de tendência só mostram a


variação;
 Não consideram a estimativa de variação do
processo com base nas estatísticas do
histórico do processo;
 Os gráficos de controle fazem isso.

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Gráficos de controle

 Contém uma linha central e duas linhas


horizontais definidas como limites superior e
inferior:
 A linha central corresponde ao valor médio do
parâmetro na condição de controle estatístico;
 Os limites correspondem a ±3σ da distribuição do
parâmetro controlado.
 Os gráficos podem ser usados para monitorar o
processo e analisar porque acontecem flutuação
da média, dispersão dos resultados ou ambos.

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Gráfico do Número de Defeituosos - np

 Utiliza amostras grandes;


 O número de defeituosos é calculado por: np,
onde:
 n: tamanho da amostra
 p: fração de defeituosos na amostra
M

D i
p i 1
nM

Onde Di: número de defeituosos na amostra i.

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Construção do Gráfico de np

 Baseado na distribuição Binomial;

n
Pr[ D  d ]    p d (1  p ) n  d d=0,1,2,…,n.
d 

 D  np
 D  np( 1  p ) ,

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Construção do Gráfico de np

 Linha central e limites do gráfico:

LSC np  n p + 3 n p( 1  p )

LM np  n p

LIC np  n p  3 n p( 1  p )

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Construção do Gráfico de np - Exemplo


Número de Clientes Insatisfeitos com a refeição
Dia Número de Dia NCI Dia NCI Dia NCI
da Clientes
Pesquisa Insatisfeitos
1 2 9 0 17 5 25 0
2 0 10 3 18 3 26 2
3 2 11 2 19 3 27 2
4 0 12 2 20 4 28 1
5 5 13 1 21 0 29 3
6 4 14 2 22 2 30 1
7 3 15 4 23 3 subtotal 9
8 0 16 1 24 0 total 60
subtotal 16 15 20 clientes pesquisados:
6000
Amostras n= 200
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Construção do Gráfico de np

Número de clientes insatisfeitos por dia.

0
0 5 10 15 20 25 30
Dia da Pesquisa
Num. de clientes pesquisados= 200/dia
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Construção do Gráfico de np

Numero de Clientes Insatisfeitos com a Comida


8
7
6 LSC= 6,2
5
4
3
2 LM= 2,0
1
0
1 5 10 15 20 25 30
Dias da Pesquisa

Figura 8.7: Gráfico de controle de np Construído com os Dados da Tabela 8.2


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Técnicas para “Analyse”

 O objetivo é entender o porque o problema


acontece.
 Técnicas:
 Brainstorming
 Espicha de peixe;
 Diagrama de relação;
 Diagrama de dispersão;
 Gráfico de tendência/controle;

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Diagrama causa e Efeito (espinha de


peixe)
Operador Máquina
treinamento manutenção
ações intervalo
instruções muito longo
preventivas

acumulo de funções ajuste


método
núm. operadores
de ajustamento
por máquina
Alta Disperção
sistema dos Resultados
composição posicionamento
instrumento
fornecedor sistema R&R
alimentação
estabilidade

Material Método Medição

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Diagrama causa e Efeito (espinha de


peixe)

Operador Política

sobrecarga falta inform.


de trabalho fornecedores
falta de classificação
pessoal fornecedores autoridade e
qualificação
responsabilidade
falta de falta
treinamento definição
Atraso em
Pedido de Compra
alto tempo cotação micro ocupado
coleta dados falta
incompleta micro
fluxo inform. telef. ocupado
incoerente falta
falta linha
proced.
Método Máquina

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Diagrama de Relações
 Mapa de relações de cause e efeito entre o efeito
indesejável em estudo e as suas causas
fundamentais;
 Normalmente usada para levantamento de
possíveis causas raízes de um problema, na fase
de análise de um processo de melhoria;
 Pode ser usado como uma alternativa ou um
complemento ao diagrama espinha de peixe, já que
ele mostra de forma mais clara as relações de
causa e efeito.

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Diagrama de Relações

Dispersão de
resultados

Distorção
da peça Desgaste acelerado
da ferramenta

Propriedades da Aperto excessivo Distorção do


Matéria prima da peça dispositivo

Projeto do Problema com Falta de Projeto do Ajuste da


produto fornecedor treinamento dispositivo Máquina

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Diagrama de Relações

Produtividade
baixa

Tempo de Índice de rejeição


set-up alto no final da linha alto

Baixa capabilidade Falta treinamento em


Não há troca Grande diversidade de processo Procedimentos
Rápida de De itens produzidos operacionais
ferramenta Na mesma célula
Equipamento
com baixa
repetibilidade

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Diagrama de Dispersão
 Visualização do tipo de relacionamento
existente entre duas variáveis:
 Positiva;
 Negativa;
 Inexistente.

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Diagrama de Dispersão

y y y

x x x
correlação correlação correlação
positiva negativa inexistente
a. b. c.

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Redução da variabilidade

 Quando o objetivo de melhoria é a reduzir o


desvio em relação à meta, então reduzir a
variabilidade é importante:
 CEP: Controle Estatístico de Processo:
 Análise de capabilidade;
 Análise de sistema de medição;
 Gráficos de controle de média, amplitude etc

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Redução da variabilidade

Muito alto
Causa do
problema Problema Muito baixo

Muita dispersão

Análise das
causas 1025

1015

X 1005
(ml) 995

985

Variação 975
0 5 10 15 20 25 30 35 40
aleatória Número das observações

Causas de 1025
1015
variabilidade
X 1005
(ml) 995
Variação 985
esporádica 975
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Número das observações

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Gráfico da Média (X Barra) e da


Amplitude (R)
X 1010
LSC
1005
LM
1000

995
LIC
990
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Número da amostra

R 25 LSC

20
15
LM
10
5
LIC=0
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Número da amostra

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Gráfico da Média (X Barra)

Distribuição x
R Sx
LSCX  x + 3 Sx
d2 n

LM X  x
µ=x

S
LICX  x  3
R
Sx 
d2 n n
m
 Xi
X i 1 S  R / d2
m

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Gráfico da Amplitude (R)

LSCR   R + 3 R  R  d 2
LM R   R
 R  d 3
LIC R   R  3 R

LSCR  d 2 + 3 d 3
LM R  d 2
d 3
σ  R / d2
LICR  d 2 - 3

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Gráfico da Amplitude (R)

LSCR  R (1+ 3d3 /d2)


LM R  R
LICR  R (1- 3d3 /d2)

n 2 3 4 5 6 7
d2 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 2,704

d3 0,853 0,888 0,880 0,864 0,848 0,833

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Quando o processo está em


descontrole? Interpretação dos gráficos
 Regra básica: pontos além dos limites:

+3s- Zone A

+2s- Zone B

+1s- Zone C
CL
-1s- Zone C

-2s- Zone B

-3s- Zone A

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Capabilidade de Processo

 Capacidade de o processo gerar resultados


aceitáveis.
 Como medir:
 PPM ou DPMO;
 Resultados tipo medidas:
 Cp, Cpk, Ppk

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Capabilidade de Processo
É a relação entre as medidas de Tendência &
Dispersão e as Especificações do Cliente
desvio
padrão
Isto é o que o
processo pode
Média do gerar!
Processo
Especificação do Isto é o que o
LSL
Cliente
LSL cliente quer!

A Capabilidade compara a Voz do Processo com a Voz do Cliente!

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Como estimar a variação do processo?


Índice de Capabilidade:
É a relação entre as medidas de Tendência &
Dispersão e as Especificações do Cliente
desvio
padrão
Isto é o que o
processo pode
Média do gerar!
Processo
Especificação do Isto é o que o
LSL
Cliente
LSL cliente quer!

A Capabilidade compara a Voz do Processo com a Voz do Cliente!

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 74


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Índices de Capabilidade - Cp

LSE  LIE
Cp 
6

X ~ N (  ; )
LIE d  LSE

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Índices de Capabilidade - Cpk

 LSE     LIE 
Cpk  Min , 
 3 3 

X ~ N (  ; )
LIE d  LSE

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo de cálculo de Cpk

LIE LSE

 LSE     LIE 
Cpk  Min  , 
11.88 12.23
 3 3 

tolerância

µ = 𝑥 = 12,07 mm

𝜎 = S = 0,093

𝐶𝑝𝑘 = 0,57

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Níveis de capabilidade de processo


LSL USL

3σ process
1350 ppm 1350 ppm 𝐶𝑝𝑘 = 1,0

-3σ 3σ
LSL USL

4σ process
𝐶𝑝𝑘 = 1,33
35 ppm 35 ppm

-4σ 4σ

LSL USL
6σ process
𝐶𝑝𝑘 = 2,0
0,001 ppm 0,001 ppm

-6σ 6σ

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Caso de estudo

 Apresentação do caso

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Método Seis Sigma – Etapa de


Improve (I)

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Implementação de melhorias –
Improve (I)
 A identificação de oportunidades de melhorias
começa pela apuração das verdadeiras causas
raízes dos problemas detectados;
 As causas raízes são hipóteses sobre algo;
 Em um primeiro momento não existe “certeza”
sobre essas causas raízes;
 A investigação para validação das causas raízes
pode requerer o uso de técnicas de
experimentação e análise estatística.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 81


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Implementação de Melhorias

 Por meio da experimentação, procura-se


certificar se as suposições ou hipóteses
feitas são corretas e com isso melhorar a
chance de sucesso das ações de melhoria
implementadas.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 82


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo
 Em um processo de envasamento de sabão em
pó, verificou-se que o peso das embalagens de
sabão vai diminuindo depois do set-up da
máquina;
 Suspeita-se que a causa raiz dessa redução
seja por descontrole da umidade;
 Será feito um teste com um dispositivo para
controlar a umidade;
 Nesse caso pode-se comparar os dados antes e
depois e verificar se a hipótese de que haverá
diferença de resultados (média) se aplica.
<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 83
Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipóteses

 A implementação de uma mudança normalmente requer


investimento (financeiro, RH etc):
 Trocar um dispositivo de controle de umidade de

todas as linhas de produção;


 Portanto, é importante avaliar se a mudança proposta
não é perda de tempo e dinheiro, se de fato vai levar a
uma melhoria dos resultados;
 A análise estatística de um teste de hipótese ajuda a
tomar a decisão com mais segurança.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 84


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Formulação de um teste de hipótese

 Em um teste de hipóteses, existem duas


hipóteses:
 A primeira hipótese é que a mudança não levou a
uma alteração significativa do resultado;
 Ou seja, aparentemente, o resultado médio
continua a mesma coisa;
 Essa é a hipótese nula, designada por H0.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 85


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Formulação de um teste de hipótese

 A segunda hipótese, ou hipótese alternativa,


é que:
 A mudança levou a uma alteração significativa
do resultado;
 Ou seja, aparentemente, o resultado médio ou
dispersão ou a proporção são diferentes (maior,
menor);
 Essa hipótese alternativa é designada por H1.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 86


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipóteses sobre as estatísticas


do processo

Hipótese Nula, Ho Hipótese alternativa, H1


Depois Antes
Depois Shift

Antes

Sem mudanças na Média Mudança na Média

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 87


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Formulação de um teste de hipótese

 Em linguagem matemática, temos:


H0: 1 = 2
H1: 1  2
 Nesse caso, a hipótese alternativa é que as médias
são diferentes.
 Se a hipótese fosse sobre a fração defeituosa ou
desvio padrão, teríamos:
H0: p1 = p2 H0: σ1 = σ2
H1: p1  p2 H1: σ1  σ2

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 88


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Formulação de um teste de hipótese

 Poderíamos ter outras hipóteses, como:


H0: 1 = 2 H0: 1 = 2
H1: 1 > 2 H1: 1 < 20
 Em ambos os casos, a hipótese nula é o complementar
da alternativa, apesar de usarmos apenas o sinal da
igualdade;
 Como regra básica, a hipótese nula sempre será a da
igualdade.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 89


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Procedimento de um teste de hipótese

 O teste de hipótese estatístico ajuda a


concluir sobre uma das duas hipóteses:
 Aceitamos a hipótese nula: ou seja, concluímos
que a alteração do processo proposta não levou a
uma alteração do resultado;
 Ou rejeitamos a hipótese nula: nesse caso,
aceitamos a hipótese alternativa de que a
alteração do processo proposta de fato levou a
uma alteração do resultado.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 90


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Procedimento de um teste de hipótese

1. Cálculo da estatística t:

 x - x 
t=
 1 2 
n 1 S
-1 2
1
+ n 2 - 1 S 22
1 1 S p2 =
SP + n1 + n2 - 2
n1 n2

Onde n1, S1 e n2, S2 são tamanho de amostra e desvio-


padrão das amostras 1 e 2.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 91


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipótese - Critério de decisão


H0: 1 = 2
H1: 1  2

1 2 1 + 
t  -t ou t t
Delta () a /2 a /2

Rejeitar Não rejeitar Rejeitar


Ho Ho Ho
12
a/2 a/2

-t a / 2 ta/2

-t t t t
a /2 a /2

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 92


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipótese - Critério de decisão


H0: 1 = 2
H1: 1 > 2
t t
a
t  -t Rejeitar
a /2 Ho
Não rejeitar
Ho a

t
a

1 2 1 + 
12
Delta ()

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 93


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Erros de decisão em testes de hipótese

 Ao tomarmos uma decisão, ainda que


baseado na estatística t, corremos o risco de
errar nessa decisão:
 Podemos errar ao rejeitar a hipótese nula, por ser
verdadeira. Esse erro é chamado de erro tipo I;
 Podemos errar ao aceitar a hipótese nula sendo
ela falsa. Esse erro é chamado de Erro Tipo II.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 94


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Erros de teste de hipótese

Não rejeitar Ho Decisão Rejeitar Ho

ERRO TIPO I
Ho Real DECISÃO Risco a
CORRETA
Tipicamente 0.05
Verdade
ERRO TIPO II
Risco  DECISÃO
Ho Falso CORRETA
Tipicamente 0.10

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 95


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Erros de testes de hipótese

 Normalmente, adotamos alfa em torno de 1 a 10%;


 (1-α) é o nível de confiança;
 Quando rejeitamos uma hipótese nula, sabemos que a
chance de errarmos nessa decisão é de α. Ou seja de 1 a
10%;
 Quando não conseguimos rejeitar a hipótese nula, sabemos
que podemos estar incorrendo em um erro, mas não
sabemos qual é a chance desse erro (β).
 Sabemos apenas que a chance de erro será muito alta se
a diferença entre os parâmetros não for muito significativa;
 Ao contrário, se a diferença for bastante significativa, a
chance de cometermos esse erro será muito pequena.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 96


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Uso do p-value de pacotes estatísticos em


testes de hipótese

Não rejeitar Ho Decisão Rejeitar Ho

ERRO TIPO I
Ho Real DECISÃO Risco a
CORRETA a é o limite
Verdade Tipicamente 0.05 para o “ P-
ERRO TIPO II Value ” !!!
Ho Falso Risco  DECISÃO
CORRETA
Tipicamente 0.10

P-value: se este valor é menor que a, dizemos que a diferença


estudada é estatísticamente significativa, em um nível a de
significância.
<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 97
Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Recomendação para a construção de testes


de hipóteses
 Já que conhecemos qual é o risco de erro ao rejeitarmos
a hipótese nula (e normalmente baixo), devemos
sempre que possível construir o teste de hipótese de
forma que a hipótese alternativa seja aquilo que
queremos testar:
 Situação 1: queremos mudar o processo para melhorar o
resultado:
 H1: Se mudarmos o processo, o resultado melhora?

 Situação 2: queremos mudar o processo para reduzir custos,


mas sem piorar o resultado:
 H1: Se mudarmos o processo, o resultado piora?

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 98


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Outros testes de hipóteses

 Além de se comparar a média de 2 amostras,


pode-se ter interesse em comparar:
 O desvio-padrão de 2 amostras;
 A fração de duas amostras

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 99


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo – teste de hipótese de


desvio-padrão
 Suspeita-se que a causa raiz da variabilidade do
peso das embalagens de sabão esteja
associada à falta de repitibilidade do sensor que
abre e fecha a válvula do dispensador;
 Será feito um teste com um novo sensor, para
controlar a abertura;
 Nesse casso pode-se comparar os resultados
com o controlador atual e com o novo
dispositivo, sendo testado, e verificar se a
hipótese de que haverá diferença de resultados
(variância) se aplica.
<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 100
Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo – teste de hipótese de


desvio-padrão
 Suspeita-se que a causa raiz da variabilidade da
posição de um furo usinado de um bloco de
motor esteja relacionada à variabilidade do
sistema de posicionamento do bloco no centro
de usinagem;
 Será feito um teste com um novo controle do
posicionamento;
 Nesse casso pode-se comparar os dados antes
e depois e verificar se a hipótese de que haverá
diferença de resultados (desvio-padrão) se
aplica.
<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 101
Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipóteses sobre as estatísticas


do processo

Hipótese Nula, Ho Hipótese alternativa, H1


Depois

Depois
Redução da
Antes Variação
Antes

Sem mudanças na Média ou Variação Mudança na Variação

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 102


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipótese de fração

H0: σ1 = σ 2

H1: σ 1 > σ 2  12
F 2
2

H1: σ 1 < σ 2  22
F 2
1

H1: σ 1 ≠ σ 2 Maior entre as 2:  12  22


F 2 F 2
2 1

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 103


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo – teste de hipótese de fração

 Suspeita-se que a causa raiz da excessiva


proporção de itens defeituosos de uma linha de
montagem de conectores seja um dispositivo de
fixação usado;
 Será feito um teste com um novo dispositivo de
fixação;
 Nesse casso pode-se comparar os dados antes
e depois e verificar se a hipótese de que haverá
diferença de resultados (fração de defeituosos)
se aplica.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 104


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo – teste de hipótese de fração

 Suspeita-se que a excessiva fração de


chamadas não atendidas de um call-center
pode ser reduzida alterando-se o procedimento
de atendimento das solicitações;
 Para isso, será feito um teste para comparar os
dados antes e depois da mudança de
procedimento e verificar se a hipótese de que
haverá diferença de resultados (fração de
defeituosos) se aplica.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 105


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipótese de fração

H0: p1 = p2

H1: p1 > p2

p̂1  p̂2
Z n1 . p̂1 + n 2 . p̂ 2
1 1 p̂ 
p̂1  p̂ . +  n1 + n 2
 n1 n2 

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 106


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exercícios

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 107


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Testes de hipóteses com dados


pareados
 Na realização de um experimento, alteramos
propositalmente um fator (ex. dispositivo de
montagem, dispositivo de controle da
umidade, procedimento de atendimento das
chamadas, conservante no alimento etc);
 Os outros fatores devemos, na medida do
possível, manter constante;

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 108


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo

 Um fabricante de alimentos vem enfrentando problema


relacionado à vida de prateleira de uma linha de
produtos (abaixo do especificado);
 Suspeita-se que a causa raiz esteja relacionada à
variação da qualidade de um dos fornecedores de um
conservante usado.
 Para isso, será feito um teste trocando-se o fornecedor
(por um supostamente melhor) e comparar a vida de
prateleira do produto com conservante do fornecedor A
e B e verificar se a hipótese de que haverá diferença de
resultados (tempo médio) se aplica.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 109


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Testes de hipóteses com dados


pareados - Exemplo
 Na realização do experimento, para verificar se
mudando o fornecedor do conservante,
melhoramos a vida de prateleira do produto,
vamos colocar amostras dos 2 produtos na
mesma condição (por exemplo no mesmo
refrigerador) e coletar dados sobre a vida de
prateleira das duas amostras.
 Para simular uma situação real vamos colocar
pares de amostras dos 2 produtos em
refrigeradores com temperaturas variadas

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 110


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Dados de teste pareado

 Nesse caso, como o experimento foi realizado em pares,


a análise deve ser feita comparando os pares. Cada
refrigerador é um bloco de experimentação.

Refrigerador Fornecedor 1 Fornecedor 2 d = x1 - x2


1 x11 x21 d1
2 x12 x22 d2
. . . .
. . . .
. . . .
n x1n x2n dn

d - 0
A estatística t é dada por: t=
Sd
n
<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 111
Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipótese – dados pareados

 Considere a montagem de um sub-conjunto de um


equipamento, montagem essa que é manual com auxílio
de dispositivos. Deseja-se substituir essa
metodologia/dispositivo de montagem por um outro,
supostamente mais rápido. Para justificar a validade
desta mudança (em termos monetários), pretende-se
realizar um experimento. Para eliminar do resultado do
experimento possíveis variações devido às diferenças
de habilidade de trabalhador para trabalhador, o
experimento é organizado de modo que cada
trabalhador execute a montagem utilizando o método 1
e o método 2. Os trabalhadores devem ser previamente
e igualmente treinados nos dois métodos.
<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 112
Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Dados – teste pareado


Trabalhador Método 1 (seg.) Método 2 (seg.) Diferença d
1 70 68 2
2 80 72 8
3 72 62 10
4 76 70 6
5 76 58 18
6 76 66 10
7 72 68 4
8 78 52 26
9 82 64 18
10 64 72 -8
11 74 74 0
12 92 60 32
13 74 74 0
14 68 72 -4
15 84 74 10

Calculando d e Sd a partir das equações em (2.21), temos:

d = 8,8 ; S d = 10,98

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 113


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

A estatística t é:

d 8,8
t= = = 3,1
Sd 10.98
n 15

Para um nível de significância a = 0,05 e v = 14 (graus de liberdade), temos:

ta,v = 1,761

Portanto, como t > ta,v, a hipótese nula (H0:  = 0) deve ser rejeitada.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 114


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Testes de hipótese – 2 amostras


Dados:
S variável
N
contínua?

Desvio-padrão σ O que Média: µ


Comparar? Teste de Hipótese
De duas frações
P1, P2
S Dados N
pareados?
Desvio-padrão de
2 amostras
σ1 , σ2

Teste de Hipótese Teste de Hipótese Teste de Hipótese


Dados pareados Dados independentes
de σ de 2 amostras
de 2 médias

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 115


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exercícios

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 116


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Teste de hipótese da média – mais de


2 grupos - ANOVA

2 Amostras NÃO 3 ou mais


Ex. 2 Grupos, níveis (ou
Níveis) de Grupos) de
X? X?

sim sim

Teste de hipótese ANOVA

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 117


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Outras técnicas em experimentação

 Planejamento de experimentos;
 Análise de relação entre variáveis
 Regressão;
 Análise multi-variada.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 118


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Planejamento de Experimentos
Fatorial
 Nos exemplos anteriores, testamos o efeito
de um fator na resposta:
 Fator fornecedor de conservante;
 Fator dispositivo de controle da máquina;
 No entanto, em muitas situações, desejamos
testar o efeito (na resposta) de mais de um
fator.

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 119


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Experimento Fatorial

 Em um experimento fatorial, testamos como


a variável resposta de interesse varia em
função da variação de fatores de entrada, de
ajustagem do processo:
 Como a variável peso da embalagem de sabão
varia em função de:
 X1: Umidade do pó;
 X2: temperatura do pó;
 X3: granulação do pó;

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 120


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo experimento fatorial em


processo de injeção
Peça

Depósito do
material
Molde

Fluxo
Material
Cilindro
Máquina

Molde Fechado
Peça com atributo inaceitável
Apróximação do bico
Fechamento
Injeção
Extração

Abertura Recalque

Início de resfriamento
Resfriamento
Início próximo ciclo

Separação do bico
Deformação Falha Rebarba

<<Seis Sigma>>> - Prof. <<Luiz Carpinetti>> - 121


Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo experimento fatorial em


processo de injeção
 O resultado do processo depende dos fatores abaixo.

Fatores Regulagem do processo (atual)

1. Tempo de injeção 3 segundos

2. Tempo de resfriamento 7 segundos

Água industrial (18º C) /


3. Temperatura do molde
Água normal (24º C)
Z1:BICO=190C Z3=175C
4. Temperatura da máquina
Z2=180C Z4=170C
5. Velocidade de injeção 50%

6. Pressão de injeção 20 BAR

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exemplo experimento fatorial em


processo de injeção
 Em um experimento, podemos testar o que acontece
com o resultado ao mudarmos o nível de ajustagem de
um ou mais fatores: melhora a resposta? Piora?

 Um experimento fatorial 2k, é uma técnica de


experimentação em que cada fator é testado em dois
níveis.

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Planejamento Fatorial 2k

 Exemplo: fatores do processo de injeção e seus


níveis

Tempo Tempo Tem Temperatura Vel Pressão


Níveis
Inj Resfriam Molde Máquina Injeção Injeção

Água Z1: 190C Z3: 165C


-1 2 (s) 6 (s) 40 % 18 BAR
industrial Z2: 170C Z4: 160C

Água Z1: 190C Z3: 230C


+1 10 (s) 15 (s) 100 % 30 BAR
normal Z2: 240C Z4: 220C

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Planejamento Fatorial 2k

 Em um experimento fatorial 23 temos 3 fatores de


controle em 2 níveis (codificados por +1 e -1),
resultando em 23 = 8 combinações. Uma forma
sistemática de planejar o experimento é:
 Para o fator de controle 1 (x1), escreva uma coluna de (1) com
sinal alternando seguidamente. Ou seja: -1, +1, -1, +1, -1, +1, -1,
+1;
 Para o fator de controle 2 (x 2), escreva uma coluna (1) com o
sinal alternando em pares, ou seja: -1, -1, +1, +1, -1, -1, +1, +1;
 Para o fator de controle 3 (x3), escreva uma coluna de (1) com o
sinal alternando em grupos de 4, ou seja: -1, -1, -1, -1, +1, +1,
+1, +1.

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Matriz de Planejamento para um


experimento fatorial 2k

Teste Fator de Controle


x1 x2 x3
1 -1 -1 -1
2 +1 -1 -1
3 -1 +1 -1
4 +1 +1 -1
5 -1 -1 +1
6 +1 -1 +1
7 -1 +1 +1
8 +1 +1 +1

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Matriz de Planejamento – caso geral

 Para o caso geral, com k fatores, isto é, um experimento


2k, o procedimento é o seguinte:
1. Para x1, o sinal da coluna de (1) alterna em grupos de 20 = 1, ou
seja, seguidamente.
2. Para x2, o sinal da coluna de (1) alterna em grupos de 21 = 2, ou
seja, em pares.
3. Para x3, o sinal da coluna de (1) alterna em grupos de 22 = 4, ou
seja, em grupos de 4.
4. Para x4, o sinal alterna em grupos de = 8.
5. Para xk, o sinal alterna em grupos de , ou seja, vezes (-1),
seguido de vezes (+1).

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exercícios

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Experimento fatorial 2 k - exemplo

 Na tentativa de melhorar o tempo de vida de prateleira


de um produto de laticínio, realizou-se um experimento
com os seguintes fatores:
 X1: concentração de conservante A:

 Nível -1: 0,5%

 Nível +1: 1,0%

 X2: concentração de um conservante B:

 Nível -1: 0,2%


 Nível +1: 0,5%
 X3: temperatura de resfriamento:
 Nível -1: 3 graus
 Nível +1: 6 graus
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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Análise de Efeitos dos fatores na


resposta – Efeito Principal
 A análise dos resultados de um experimento
procura identificar se:
 A variação de um fator causa um efeito
significativo na resposta.
 A variação da temperatura de resfriamento de 3 para 6
graus causa uma variação (um Efeito) significativo na
vida de prateleira do produto;
 A variação da umidade do pó de 15 para 18% não
causa uma variação significativa na resposta (peso);
 O efeito de um fator sobre a resposta é chamado
de efeito principal

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Análise de Efeitos dos fatores na


resposta – Efeito de interação
 Além dos efeitos principais, a análise dos resultados de
um experimento procura identificar também se:
 O efeito de um fator sobre a resposta varia

dependendo do nível de outro fator:


 A variação da temperatura de resfriamento de 3 para 6 graus
causa uma variação (um Efeito) significativo na vida de
prateleira do produto se o fator conservante A estiver no nível
0,5%.
 Se o fator conservante A estiver no nível 1,0%, o efeito da
temperatura na vida de prateleira na varia significativamente
(o efeito é desprezível).
 Nesse caso, existe um efeito de interação entre os
dois fatores.
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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Efeitos principais e de interação de


experimento fatorial 23
 Em um experimento com 3 fatores, teremos:
 Fatores: x1, x2, x3;
 Efeitos principais: E1, E2, E3;
 Efeitos de interação:
 E12, E13, E23
 E123

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Efeitos principais e de interação de


experimento fatorial 24
 Em um experimento com 3 fatores, teremos:
 Fatores: x1, x2, x3, x4;
 Efeitos principais: E1, E2, E3, E4;
 Efeitos de interação:
 E12, E13, E23 ,E14 , E24 , E34
 E123 , E124 ,E134 ,E234
 E1234

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Cálculo dos Efeitos Principais para um


experimento 23 – Efeito E1
 O efeito principal de x1 corresponde à mudança da
resposta média do processo quando o nível de x1 é
alterado de (-1) para (+1), mantendo os outros fatores
constantes.

Fator de Resposta
Teste Controle

 
x1 x2 x3 (yi) 1
1 -1 -1 -1 Y1 E1 = y 2 - y1 + y 4 - y 3 + y6 - y 5 + y 8 - y7
2 +1 -1 -1 Y2
4
3 -1 +1 -1 Y3
4 +1 +1 -1 Y4
5 -1 -1 +1 Y5
6 +1 -1 +1 Y6
7 -1 +1 +1 Y7
8 +1 +1 +1 Y8

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Cálculo dos Efeitos Principais para um


experimento 23 – Efeito E2
 O efeito principal de x2 corresponde à mudança da
resposta média do processo quando o nível de x2 é
alterado de (-1) para (+1), mantendo os outros fatores
constantes.

Fator de Resposta
Teste Controle
x1 x2 x3 (yi)
1
2
-1
+1
-1
-1
-1
-1
Y1
Y2
E2 =
1
4

y 3 - y 1 + y 4 - y 2 + y7 - y 5 + y 8 - y 6 
3 -1 +1 -1 Y3
4 +1 +1 -1 Y4
5 -1 -1 +1 Y5
6 +1 -1 +1 Y6
7 -1 +1 +1 Y7
8 +1 +1 +1 Y8

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Cálculo dos Efeitos Principais para um


experimento 23 – Efeito E3
 O efeito principal de x3 corresponde à mudança da
resposta média do processo quando o nível de x3 é
alterado de (-1) para (+1), mantendo os outros fatores
constantes.

Fator de Resposta
Teste Controle

 
x1 x2 x3 (yi) 1
1 -1 -1 -1 Y1 E3 = y - y + y 6 - y 2 + y7 - y 3 + y 8 - y 4
2 +1 -1 -1 Y2 4 5 1
3 -1 +1 -1 Y3
4 +1 +1 -1 Y4
5 -1 -1 +1 Y5
6 +1 -1 +1 Y6
7 -1 +1 +1 Y7
8 +1 +1 +1 Y8

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Cálculo dos Efeitos de Interação para


um experimento 23 – Efeito E12
 O efeito de interação entre x1 e x2 corresponde à:

[( Efeito de x1 para x 2 (+1)) - (( Efeito de x1 para x 2 (-1))]


E12 =
2

Fator de Resposta
Teste Controle
x1 x2 x3 (yi)  (y8 - y7 ) + (y4 - y3 )   (y6 - y5 ) + (y2 - y1 ) 
 2  -  2 
1 -1 -1 -1 Y1 E12 =
2 +1 -1 -1 Y2 2
3 -1 +1 -1 Y3
4 +1 +1 -1 Y4
5 -1 -1 +1 Y5
6 +1 -1 +1 Y6
7 -1 +1 +1 Y7
8 +1 +1 +1 Y8

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Cálculo dos Efeitos de Interação para


um experimento 23 – Efeito E13
 O efeito de interação entre x1 e x3 corresponde à:

[( Efeito de x1 para x 3 (+1)) - (( Efeito de x1 para x 3 (-1))]


E13 =
2

Fator de Resposta
Teste Controle
x1 x2 x3 (yi)  (y8 - y7 ) + (y6 - y5 )   (y4 - y3 ) + (y2 - y1 ) 
 2  -  2 
1 -1 -1 -1 Y1 E13 =
2 +1 -1 -1 Y2 2
3 -1 +1 -1 Y3
4 +1 +1 -1 Y4
5 -1 -1 +1 Y5
6 +1 -1 +1 Y6
7 -1 +1 +1 Y7
8 +1 +1 +1 Y8

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Cálculo dos Efeitos de Interação para


um experimento 23 – Efeito E23
 O efeito de interação entre x1 e x3 corresponde à:

[( Efeito de x 2 para x 3 (+1)) - (( Efeito de x 2 para x 3 (-1))]


E 23 =
2

Fator de Resposta
Teste Controle
x1 x2 x3 (yi)  (y7 - y5 ) + (y8 - y6 )   (y3 - y1 ) + (y4 - y2 ) 
 2  -  2 
1 -1 -1 -1 Y1 E13 =
2 +1 -1 -1 Y2 2
3 -1 +1 -1 Y3
4 +1 +1 -1 Y4
5 -1 -1 +1 Y5
6 +1 -1 +1 Y6
7 -1 +1 +1 Y7
8 +1 +1 +1 Y8

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Exercícios

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Análise gráfica dos efeitos

 Gráfico dos efeitos principais e de interação:


visualização da magnitude de variação da
reposta em função dos efeitos;
 Gráfico de probabilidade normal: indica quais
efeitos são significativos;
 Gráfico de Pareto: indicação dos efeitos de
maior magnitude.

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Exemplo Experimento 2 4

 Realizou-se um experimento em um processo de injeção


plástica para avaliar o efeito dos seguintes fatores na
resistência mecânica da peça
Fator Nível baixo (-1) Nível alto (+1)
Material Formula 1 Formula 2
Pressão de injeção 75 BAR 150 BAR
Temperatura de injeção 85 C 100 C
Temperatura de resfriamento 25 C 45 C

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Resultados do experimento 2 4

Material Pressão Inj Temp Inj. Temp Resfriam. Resistência


-1 -1 -1 -1 22,34
1 -1 -1 -1 32,85
-1 1 -1 -1 30,08
1 1 -1 -1 36,12
-1 -1 1 -1 25,95
1 -1 1 -1 34,80
-1 1 1 -1 32,39
1 1 1 -1 38,18
-1 -1 -1 1 19,218
1 -1 -1 1 24,96
-1 1 -1 1 23,96
1 1 -1 1 30,34
-1 -1 1 1 26,36
1 -1 1 1 29,33
-1 1 1 1 29,83
1 1 1 1 37,36

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Gráfico dos efeitos principais

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Pareto dos efeitos principais

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Gráfico de Probabilidade Normal dos


efeitos

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Exercícios

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Planejamento de experimentos – outras


técnicas
 Fatorial fracionário: Muitos fatores e dificuldade
de realizar todas as combinações de teste de
um experimento fatorial completo;
 Fatorial 2k com ponto central: avaliar a não
linearidade da variação da resposta em função
dos fatores de controle;
 Superfície de resposta: construção de um
modelo matemático e otimização da resposta.

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Planejamento de experimentos – outras


técnicas
 Taguchi: quando parte dos fatores a serem
testados são fatores de ruído;
 Fatores de ruído: são fatores que não são definidos
em projeto de produto ou processo mas que
interferem no desempenho do produto.

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Experimentos – procedimento básico

 Definição de:
 Fatores de controle e resposta;
 Planejamento do experimento;
 Níveis dos fatores;
 Condições básicas de experimentação;
 Técnicas de análise dos dados.

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Experimentação é um processo iterativo


de aprendizagem
 Definição de:
 Fatores de controle e resposta;
 Planejamento do experimento;
 Níveis dos fatores;
 Condições básicas de experimentação;
 Técnicas de análise dos dados.

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

Método Seis Sigma – Etapa de


Controle (C)
 Após a análise, proposição e implementação
de melhorias, deve-se criar procedimentos
que garantam que as melhorias não se
percam;
 Algumas técnicas de controle podem ser
mantidas para monitoramento de processo.

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Especialização em Engenharia de Produção – EESC - USP

FIM,
OBRIGADO
carpinet@sc.usp.br

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