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Procedentes oo WAb CPL: E postive wna vecinao itt! Aip.jtb dob do. on. 01 OF Bh sa oH 3 ‘ Quarta-feira, 8 de julho de 2015 Precedentes no Novo CPC: E possivel uma decisao correta? ° Jexandre Melo Franco Bahia Doutor pela UFMG ¢ Professor na UFOP. rle Nunes Doutor e Professor da UFMG . Flavio Pedron Doutor pela UFMG ¢ Professor no IBMEC e PUCMG Em tempos de novo Cédigo de Processo Civil, necessitamos encontrar o embasamento de suas normas, em especial, quando se pretende instituir um modelo normative’ contrafético (corretivo dos atuais equivocas) que leve a sério 0 direito jurisprudencial, tanto na formagdo quanto na aplicagéo correta dos precedentes. Ao se perceber.que 0 art. 926-do CPG-2015 estabelece que os tribunais devem uniformizar sua jurisprudéncia e manté-ta estivel, integra e coerente, é colocado em pauta o entendimento do pano de ‘undo dé$ia horma, especialmente ao se vislumbrar no mesmo a presenga do pensamento Dworkiniano, Verifica® as interligagdes entre a norma € o pensamento daquele autor pode nos dar um bom caminho sobre como compreender o microssistema de precedentes pretendido pelo novo CPC ¢ mostrar suas potencislidades e riscos, haja vista certas priticas e mal entenclidos que se percebe por aqui tanto sobre 0 citado autor quanto também sobre o sistema de “precedentes” que ja existe por aqui, © norte-americano Ronald Dworkin{] é, reconhecidamente, um dos mais importantes e mais lidos autores contemporaneos nos campos do conhecimento juridieo, politico ¢ filoséfico. Sua produgo é sbundante, consistindo em diversos livros, artigos, ensaios, palestras, orientagdes etc.[2] Seu traco fundamental 6a defesa da virtude da integridade (um ideal para nortear as priticas juridico- politicas de uma sociedade, preacupada com o compromisso em dar as priticas do Legislativo e do ‘Judicidrio a melhor orientagdo c leitura possiveis).{3] Também se tommou conhecido pelas duras criticas is tradigdes do Positivismo Juridico ¢ do Realismo Juridico,{4) bem como por desenvolver uma teoria acerca dos principios juridicos, entendidos como espécies de normas juridicas. Dworkin obteve atengdo da comunidade juridica, inicialmente, quando publicou na década de 1960 os primeiros textos atacando o Positivismo Juridico, prineipalmente a leitura levada a cabo pelo inglés HLA. Hart.[5] A tese central defendida por Dworkin, nesse ponto, é que o Positivismo Juridico representa uma leitura do Direito incompativel com 0s pressupostos ¢ anseios de uma sociedade que se «quiet democratica. Isso se deve, principalmente, pelo fato de se basear em uma defesa radical du separacio entre Direito e Moral, que faz com que o Direito seja reduzido apenas a um conjunto de regras criadas por tuna comunidade juridica em um determinado momento da Histérie. Assim, todo o problema de interpretagao se limita « una questio fitico-histériea: saber o que tal comunidade pretendia no momento de definigto da reata positivada.[6] Por consequencia, um juiz positivista tem seu trabalho limitado a 31/07/2015 07:50 Prosedanies no Novo CPC: possvel uma decsio concta? _ ltpjusifieando,com/2015/07/0%precedentes-no:nove-epee-pox dey identificar, nos casos a ele submetidos para julgamento, a partir de um raciocinio silogistico, quais as regras se amoldam 20s fatos do litigio e aplicar, tomando o sentido estabelecido no passado, tai regras. As falhas nessa teoria comegam a aparecer quando esse inesmo juiz nflo & capaz de encontrar régris previamente elaboradas para aplicagio e, com isso, solugdo dos casos sub judiee, Temos aqui a distingo de Hart entre casos ficeis ¢ os casos dificeis. No tiltimo caso, temos 2 presenga de uma lacuna (ou anomia) no Ordenamento Juridico. Em tal cenério, a solugdo encontrada pelo Positivismo Juridico é uma 86: autorizar a0 mesmo magistrado que promova um julgamento discricionério; ou seja, o mesmo estard ‘agora autorizado a utilizar sua consciéncia e seu senso de justiga para decidir de modo unilateral o caso conereta:{7] Com isso, estar-se-4 admitindo 20 magistrado criar direito novo e aplicé-lo retroativamente ‘a0 caso conereto, surpreendendo as partes do processo. Dworkin entende que tal quadro, pintado pela teoria positivist, é pobre e nto reflete as cores do que uma Sociedade democritica chama de Direito, Ou seja, que é possivel pensar uma outra teoria juridica mais atraente para os ideais de democracia da sociedade.[8] Iniagina;‘ento, que a nogd¢’que parece tio clara 0s positivistas de que o magistrado tem discricionariedade para decidir os casos dificeis é uma incoeréncia, quando contraposta.ag ideal, demacritico, ‘i Para combater o quadro positivista, Dwotkin parte de dois raciocinios paralelos (inds complementam ao final); . : jee (1) de quie nai pode existir tal discticionariedade, ¢ para fazer tal alirmiagdo, cle necéssariaieiite deverd afirmar que todo aquele responsdvel por uma decisio juridica (seja o legislador, seja 0 magistrado, seja um administrador piblico) deve se comprometer moralmente para com a sociedade em néo poupar esforgos para buscar a melhor decisio para. aquela situagdo (isso significa afirmar que ao invés de haver miiltiplas possibilidade de deciso, ainda que entre elas haja racionalidade, ha apenas “uma tinica decis&o correta” para aquele caso em especial); ¢ (2) de que além das regras juridicas, o Ordenamento Juridico deve apresentar outras espécies de normas, capazes de impedir por completo a existéncia de uma lacuna e, assim, conseguir definir naquele caso sub judice a existéncia de um direito para alguma das partes envolvidas. ‘Vamos primeiro em (1). Para qualquer um de nés, pode parecer absurdo (novamente: sob o pano de fundo democritico) a ideia de que um magistraito tent total liberdade para decidir um caso, Dois argumentos sao levantados pata negar a possibilidade de discricionariedadé de decisées judiciais: (a) © govemno é limitado pela responsabilidade de seus ocupantes; que s4é eleitos pela maioria; e (b) eriando um direito novo, o juiz pune injustamente a parte sucumbente, uma vez que o aplica de forma retroativa, Afirmar e defender a discricionariedade equivaleria, ent0, a concordar.com a frase dos Realistas Juridicos de que os jufzes decidem baseados naquilo que comeram no café-da-manha.{9] Mas contra ela, diversas versdes do Positivismo Juridico desenvolveram a tese de que, sendo o direito produto de homens (enio uma cigncia exata), nao seria possivel afirmar a existéncia de uma tinica resposta correta, mas antes um universo de possiveis decisées (racionais). O raciocinio e a argumentagao juridicos apenas serviriam para filtrar as aberragdes, elaborando uma moldura de decisdes juridicas racionais (portanto, para eles legitimas).{10] E qualquer coisa que estivesse dentro de tal moldura seria legitima ainda que néo representasse o melhor esforgo para solucioner normativamente o caso. Tal raciocinio legitimaria 0 quadro atual de julgamento pelos Tribunais brasileiros que cria uma pluralidade de entendimentos sob situagdes absolutamente idénticas pela andlise parcial de argumentos (sem se respeitar o dever de considerayao) ou mesmo pela escolha aleatéria do entendimento que confirma a pré-compreensao do decisor (confirmation bias) sem se levar a sério o debate processual. Dworkin entende como simplesmente pobre esse raciocinio. Em oposigio, advoga a ideia de que ninguém 31/07/2015 07:30 nig Wovo Cre: I: possiver uma decssto vorrea? tty sana.co120, 510) 08, prevodenses nuvo-~pe-e-pobsive. — pondo-se na condigdo de destinatério da decisio — aceitaria como razofvel a afirmagao de que seu caso foi watado pelo Judiciario como apenas mais um e que mesrio aquela néo sendo uma decisdo fruto do aciocinio mais elaborado ¢ comprometido do magistrado se trataria de uma decisto possivel,[11] Ou que o resultado do processo € fruto de uma loteria aleatoria, de modo que 0 caso poderia receber uma decisao completamente diferente se tivesse sido julgado por outro magistrado, Toda sua teoria da integridade tentari enfrentar esses desafios: como uma decisto pode ser correta ao no tratar um caso como “mais um de uma série”, a0 mesmo tempo em que a decisdo possa se justficar, intema e extemamente ao proceso ‘como a tinica correta para resolver aquele caso, sendo também conforme o edifieio juridico. A virtude da integridade afirma que todos nds temos um direito (que apresenta uma das subdivisées cluquilo que o jurista norte-americano designa por Dignidade Humana{12]) de sermos tratados com igual tespeito e consideragao. Desse modo, repercutiria um dever de o Judiciério levar o caso a sério e traté-lo com cuidado. Para se tazer mais claro, Dworkin usa uma figura de linguagem, um “juiz imagindrio” (¢ no um método Ue decisio) para exempliticar a postura que uma sociedade democritica espera dos magistrados.[13] Ele batiza esse metifora de juiz Héreules, de modo que ele & capaz de usar sua sabedoria e pacigncia para buscar a resposta correta para suas sentencas. Seu magistrado, enti, tera que ao decidir levar em conta todos 0s argumentos trazidos pelas partes no processo, bem como tudo aquilo que foi construido do ponto de vista probatério-fatico. Mas isso ndo basta, Héroules ira também procurar reconstruir a historia institucional para verificar como os outros juizes decidiram no passado casos semelhantes, ampliando 0 sitilogo processual para justificar em sua decisao essa historia, itércules instinucionaliza um pressuposto interpretativo contrafitico, que pode ser evidenciado mediante necessidade de um processo democratico e comparticipativo de formagao deciséria, amplamente embasado pelo contraditério e fundamentagao dinémicos, contrariamente a um suposto de isolamento decis6rio e ditetamente ligado ao que o Novo CPC estabelece nos arts. 70 a 10 ¢ 489,(14] Mas diferente dos juizes positivistas, Hércules nfo est preso no passado ¢ niio ¢ obrigado a seguir as decisdes se verificar que ha erros em algumas delas; contudo, ele se sente obrigado moralmente a seguir os precedentes que se mostrarem coerentes — de forma que, mesmo havendo precedentes, isso no torna 0 juiz um mero replicador dos mesmos, como se ao tratarmos de precedentes estivéssemos sob uma nova ‘escola da exegese” [15] Esses precedentes sinalizam a existéncia de uma histéria em movimento, uma historia do proprio direito que se esté sendo discutido no caso que Hércules deve decidir. Essa obrigaclo hiermengutica, faz. com que o magistrada de Dworkin se coloque como um membro de um empreendimento coletivo, uma historia (a histéria daquele direito em especial) que esti sendo contada ¢ construida « varias mos — por isso 0 uso de outra metifora: a do “romance em cadeia” [16] A responsabilidade de Hércules, portanto, o leva a ler e a levar em conta tudo aquilo que foi escrito € decidido acerca do diteito envolvido. A partir disso, Hércules faré sua parte — ou seja, ele serd responsivel por adicionar um novo capitulo desenvolvendo a discussio, sem ignoré-la ou sem reinventé-la, Para tanto, deve se basear na ideia de que sua decisio (juridica e moralmente} deve considerar que todas as pessoas da sociedade tém os mesmos direitos e liberdades, sem privilégios e, principalmente, sem discriminagdes baseadas em preconceito de qualquer espécie (religiosos, filoséticos, econdmicos, politicos etc.). Essa tltima exigéncia, faz. com que @ virtude da integridade seja vista de modo diferente da mera coeréncia (mera repetigo do pasado), 0 desafio posto para Hércules (e para o processo decisério permeado por todos os sujeitos processuais) € reconhever o direito como algo criado por meio de leis, mas, igualmente, seguir as decisdes que 0 proprio Judiciirio tomou no passado. Isso 0 levaré a construir um sistema baseado em prinefpios juridicos capazes de fomecer a melhor justificativa para os precedentes judiciais, e também para as leis e para a Constituigao. 31/07/2015 07:50 Preceilentes no Novo CPC: E possivel uma decisdo comets? http:/fustificando.com/2015/07/08/precedentes-no-novo-epe-e-possive. A decisio que ao final Héroules chegard ndo é dele exclusivamente, A abertura hermenéutica exigiu um idlogo entre todos os patticipantes do processo e com a Historia daquela sociedade, além de preservar condiedes para que 05 préximos decisores, nos préximos casos, continuem o empenho de melhorar a dlecisio ~ e, dessa forma, ao se colocar perante 0 auditério dos que tomarao aquilo que foi decidido no passado, sua sentenga também & uma abertura para o futuro, um capitulo a mais na construgao do Direito, © por isso, sua corregdo sera objeto de anélise para confirmago ou refulagdio em novos casos no futuro.[17] sso que Dworkin quer dizer quando fala em tinica resposta correta ou na melhor decisfo judicial Percebe-se aqui que o espago de discricionariedade ¢ eliminado para dar lugar a um espago hermenéutico © argumentativo, Hércules deve tentar convencer a sociedade que confiou aquele caso ao seu julgamento que fez 0 melhor que podia ~ sua decisfo tem a pretensio contrafitica de ser a tinica resposta adequada 20 "so ndo apenas pelo esforgo hermenéutico mencionado, mas também porque o juiz deverd tomar o caso dentro das particularidades do mesmo e nilo como um “standard”, um tema, Isso nfo tem como ser feito sem que estejamos dispostos a fundamentar adequadamente a decisio.[18] Afasta-se, entio, a ideia de discricionariedade. O juiz nao esta autorizado a julgar livremente, seja em casos “ficeis” ou “dificeis” ~ se € que hi casos fceis, uma vez que apenas porque ha uma previsdo legal, sumular ou de precedente, levantada e discutida no processo, esta deverd ser tomada apenas como premissa “prima facie” aplicdvel 20 caso, pois que apenas o debate em contraditério no processo poderd mostrar, entre as vérias pretenses em tese aplicdveis qual aquela que seré a adequada a0 caso,[19} Nao hd espago para discricionariedade quando o magistrado “leva a sério” o compromisso com o direito e com © caso, em um € em outro caso, reconstruidos e discutidos pelas partes. O Direito, sejam regras, Principios, simmulas ou precedentes, no é tomado como um dado, mas como um ponto de partida sobre o ual o magistrado néo pode “fugir” mas que, ao mesmo, tempo, tem claro que nfo hé sentidos dados previamente e sim que 0 sentido é (re)construide quando da aplicagio daqueles 20 caso.{20] A interpretacdo do Direito nifo se dé como um caso isolado, mas como uma construgo que ver antes daquele caso e que continuara apés o mesmo. Por isso que as particularidades do caso devem guiar a (re)tomada do Direito, 20 mesmo tempo em que este, a0 ser solucionado, serviré de norte para outros que virdo, Agora podemos avangar para (2). Para contrapor a tese da redugo do direito a um sistema de regras, bem como a afirmagio de que existem lacunas do sistema juridico, Dworkin[21] afirmard que, para além das regras,[22] dois outros padres de normas existem (os prinefpios e as diretrizes politicas) Essa separaglo em irs espécies de normas nfo se apoia em uma distingo estrutural ou morfol6gica, ou seja, € uma questio légico-argumentativa, pois no debate & que podemos entender se o que se esta sendo invocado representa uma regra, um principio ou uma ditetriz politica. Logo, no é possivel, “a priori”, fazer-se uma tabela com o conjunto de normas, para se dizer 0 que é uma ou outra coisa. Assim, analisando a relagdo entre principios e diretrizes politicas, pode-se afirmar que um principio prescreve um direito e, por isso, contém uma exigéncia de justiga, equanimidade, devido proceso constitueional, ou a qualquer outra dimensto de moralidade;[23] 20 passo que uma diretriz polit estabelece um objetivo ou uma meta a serem alcangados, que, geralmente, consistem na melhoria de algum aspecto econémico, politico ou social da comunidade, buscando promover ou assegurar uma situagio econdmica, politica ou social considerada desejével. Dworkin atribui o status de trunfos aos prinefpios, que, em uma discussdo, devem sobrepor-se a argumentos pautados em diretrizes politicas, excluindo a possibilidade de os juizes tomarem decisbes embasadas em diretrizes politicas, Esse ‘aciocinio marca a posicao antiutilitarista assumida por Dworkin, de modo a rejeitar qualquer forma de ‘males feitos aos individuos em favor de uma melhoria para 0 bem-estar geral ou uma leitura de direito 2 partir da ética do eusto-beneficio.[24] 31/07/2015 07:50 Precedentes no Novo CPC: E possivel uma decisio correta? _nnpiijustificando.com/201 5/07/08/precedentes-no-nove-cpe-e-possive.. Sacy Essa atividade jurisdicional, entao, tem que abragar a afirmago de que é possivel uma resposta correta para o julgamento de um dado caso particular, o que significa aplicar o principio adequado ao caso cconcreto — assim conectamos (1) com (2) em nosso raciocinio. Gra, uma vez que Dworkin reconhece a existéncia de prineipios que podem prover solugdes para os litigios, ele nega una das teses basicas do positivismo juridico que é, como dissemos, a existéncia de lacunas normativas que autorizam o magistrado a agir discricionariamente ao criar uma norma, e aplicé-la retroativamente. Logo. a “‘fimgao criativa” do judiciario para os casos dificeis, defendida por Hart é rechagada por Dworkin, que compreende que apenas 0 legislador é autorizado a criar dircito. 0 debate sobre a fixagio de uma diretriz politica tem que ser exercido de forma mais abrangente para ineluir um niimero maior de participantes, levando em conta os diferentes interesses antagdnicos e, por isso, somente pode ser tomada no interior de um processo legislativo, 4k a decistio baseada por prineipios, faz uso da histéria institucional daquela comunidade ¢ coloca, ao mesmo tempo, limite e condig&o de possibilidade de construgiio de uma decisto democratica.[25] ste argumento da necessidade de respeito da historia institucional se tornara uma grande premissa do Novo CPC quanto ao trato do direito jurisprudencial (dos precedentes) de modo a modificar o atual contexto de anarquia e instabilidade interpretativa tipico de um modelo de aplicago no qual o(s) tribunal(is) desprezam seus julgados e permitem voluntarismos ao gosto do aplicador. Seguindo este pressuposto dworkiniano o art. 926 do NCPC impde o respeito da cadeia decis6ria desde a primeira andlise (leading ease) e, em especial, com respeito dos fundamentos determinantes (ratio decidendi) que nortearam a aplicacdo.[26] Estas premissas se somario a outras, de indole dogmética,[27] no Novo CPC, mas nisto retomaremos em outra oportunidades. Compreender que 0 microssistema de precedentes no Novo CPC ~ art. 926 ¢ seguintes ~ coloca a necessidade dos Tribunais no apenas uniformizarem jurisprudéncia mas que esta seja mantida “estavel, integra e coerente” é mostrar que 2 nova lei preocupa-se que a aplicagdo do Direito se dé de forma a se yerar previsibilidade nos julgamentos ¢, 20 mesmo tempo, que 0 uso de julgados anteriores se dé de imaneira a problematizar o uso dos mesmos face 0 caso que se tem a julgar. Se, de um lado, os Tribunais devem uniformizar entendimentos quando realmente houver tal uniformidade (¢ nfo apenas para se prevenir novos processos ~ jurisprudéncia defensiva), de outro lado, esse trabalho ndo acaba com @ formulagio de siimulas ou de precedentes de qualquer espécie. Um caso (ou varios casos reunidos em um stimula) no deveria ser visto como precedente porque assim a lei ou o Tribunal o diz e sim por se inserir numa cadeia argumentativa que constréi o Direito e, especificamente, porque possui fundamentos relevantes que trazem em sua “ratio decidendi”, a explicitagao de principios que representam a “eitura sob x melhor luz” do diteito Ainda estamos aprendendo a lidar com os precedentes e resta muito a refletir¢ evoluir. Dierle Nunes ¢ advogado, doutor em Direito Processual, professor adjunto na PUC Minas e na UFMG e sicio dlo escritério Camara, Rodrigues, Oliveira & Nunes Advocacia (CRON Advocacia). Membro da Comissao de Juristas que assessoron na elaboragao do Novo Cédigo de Processo Civil na Cémara dos Deputacos: Flavio Pedron é advogada Doutor e Mesire em Direito pela UFMG. Professor Adjunto do Curso de Direito do IBMEC. Professor Adjunto da PUC-MG. Advogado. Alexandre Bahia & advogadlo, Dontor e Mestre em Direito pela UFMG, Professor Adjunto na UFOP ¢ IBMEC-BH. Membro do IBDP e da ABDPC. Advogado. 3100712015 07:50, Procedentes no Novo CPC: E possivel uma decsto cota? bupiusificendo,com/201S/07/08/precedente-no-novorepo-e-possve {UL Para nae details ver: PEDRON, Fin. propets de Ronald Dworkin para uma Interpretagi constrativa do dirita, Revista CEI 13 ‘H7.suter 200. Disponive em: Aces em: OS jan. 2015; SANTOS PEREZ, Maria Lourdes, Una Mesafls para eriaoes una spvocteraioe at pensarent de Ronald Dworkin, Doxa ~Cundernos de Fis del Derecho, 26, 2013, p93; GUEST, Stephen Ronald Dues, Yeatege "uls Carlos Morges. Ria deJanee: sever, 2010, [Teoria e Fst do Diet, [2 Cancur dae com Meyer (MEVER, Emilio Plaso Neder A decisio no controle de constucionaidade Seo Pala: Método, 208, [Profesor {Gwar Mendes »-9} p78) quando afin que o fate de Dorin ser muito ho, a9 signin que bem comprecndida Overs OLIVEN eh, [ate Tomar, Decide Judi co Concet de Princo: a hermentetcs ea ()determinagi do Drei Port alegre: Livrarla do Advopode 008) Lambie aera que vrie sho asturas que parecem confund ax concur aque onorte-amerieanecheg prinisinente por sompeee ‘aaivocadamente ia de pesamento que €asumida por Robert Alexy esa tenfcadeponderaeio de pinipln.equiptecos steer {usimente problemdtien ¢o veto do Min, Caras Aires de Brito na STA n. 15, qual conf, provieirnmente os porclnamentes de ale ee workin. com lenlr Sreck (STRECK, Lele Le O que it~ declda conforme minha conctnla? Porte Alegre: varia Akeaooe 200 [Colpo O questo —l . 29.300 lament pelo TJ-MG da ApclarSom. 1.0596.03 0138872001, Tornowse pratcamente neo ngom compart at cas de Dork sobre repre principio com oméiod da sopesagem de prnciioe valores de Alen deopelc te aoe ereonae spenas sed porque soma wleara que o egundo far do primeie de forma acres 'um prinepi ellatve, que pede aos eisadores que fntem toraaracanjunt de es pl jurisdiciona, que demands que ale, tante quanto possveh sea vista como cocrente nese ventide” (OWORKIN, Ronald © lmpaea do Dict. Trad de Jefferson Lz Camargo. Sto Paulo: Martin Fontes, 199 [Dives loca 213) {4148 Juris que dicndem da atltzaste de Dworkin como marco tic para pesqaisas nao. Argumentam que adifeens de tradich que ‘se sabelee entre a paises do Common Law (de ergem anglo-snv os pales d eto Remano-Germinice (cota sease du Frasge Ano Portagsh, Expatha ako de outro, ned o Bras) bisa. Todava, tat € que os tages fundamentats entre nsbasastradigoe cos deca Ramiro (RAMIRES. Mourisia rita 4 Apliengo de Precedents no Dircita Brae, Porto Ale: Livraria de Advopada 2010; prov dok parecm lnhas cada vez mals nes, Em “elem” parece misterar a8 carsceistcs principals eabscarecr dita, Aliode saa a oat "enbrar ave Dorn nko clabora com sus obras un cori xeisivamente val pars Common Lav man aes crise doy lich a qualquer perspective aidental. Ele se provcupa em apresentr ma propos rconsrutva da pri arden ancorad congas da hercules lois, de um da © na preacypagia com lepildade dat decbesuridleas de uta Tal tema ¢aiversa op fs top ‘sts idan game expagoderetexioeapleaco para o Jusstas balls, ae apenas arte mneicanes LA, Hart é autor da obra © Conceito de Dice (Traducto de A Ribeiro Mande, Lisbon: Fundacho Caluste Gulbenkian, 1994) na qual ‘xp ums das mals bem estraturada esofticadas verses dens tradico, 161A defini decom ns eras so eriadasnda se rend excasivaente a model dma atvidade legisla, reonhucendo Hart que a inate rncpalmnte quando define um presen) também tem um papel plies come Sate cisdr (on decode) de serfs, ‘endo igualmenteresponsvel por tal positvagse, 17 awl rics ata iscriclonariedade Judi} pode ser encontrada em STRECK. Lenlo Luiz. © que st ~ decid conforme minka conseéucis? Porto Alegre: Livearia do Advopae, 2010 (Colegio © que é Ista? ~ I], Garcia Figueroa erin capetiennente a tered decree ere ‘Hart, pols eta “expres a conveniencia de que exist discrecén jude formula an jicio postive acees dela necsiéad decors deerecon Dor parte de los aperadres ovo.) En sumala dicrecion exes bueno que ext ypodemosydebumes formar lo tejores srion ponies para jererla" (GARCIA FIGUEROA, Alfonso, La Tess del Caso Espell ye Postvimo Juridica. Doxa, Alcate 2m 1998 9 2, Ver tambésn: HABERMAS, Jurgen. Facticida y Valier; sobre el derecho ye estado democritie de derecho en rmins te or dela tai: Tots, 198.272 ¢ SOUZA NETO, Clio Perla de. dursdigho Consacina, Demecraca Reonalldade Prien Ris de one Renova 2002p. 22Tetseq. {81 ereebam ana que Dork tt dando para dla de que nossa sociedad &democriia (ou quer sr ssi chamads ests dsposte« ‘oui ta virtue de bracos abertos. Essa conclusto important: aguel que evant ojeqdes proper laborada por Dwerkis corsets ico de ssstmir-se ou com um posts jurdic, ou plo, como um Jura nao comprometide com a bute pela somstrahe de oer aside \emoeriticn (0 que esti no préprie text ena base eagle da Constitigto de 1988 art. caput) 1p] Fada esa evra: Home Olver Wendel, The Common Law, Best: Lite & Brown, 1881; Prank, Jerome. Law and the Modern Mind, New Yorks Brentano's, 1950, 110] Ea termes similares também Keen otro neopositvsa, também chog a conelesbsslnllares: Keen queria consruir uma Ciencia do Direto ve hase “para” compli media em que a neces retrrr Sendo & norma come seu objet de ested (euando date pox eet ‘quests como legihnidade para a Plitea do Disvto ea justia para a Flosafia do iret). Seo Direto& um sistema fechado-dereatin eae, lant de wn case nto regi pela norma, apliendo nto se pode vaer des tradicional métoes de selugfo de lncunas ou dos tambeee edicts Ae Inerpretagde, uma vez que no hd nada como “vontade do egsador” ou "ontade da norma"~ ele emtende que no Mi um sede rerdeace ag oria que poss ser deseohurto por um método de interpretagto. De outr Indo thé lacuna, ess pode te ido atenclonal ou ae econ gnc ‘reasons com sua tora do Drea come sistema etlonao de norias 0 el nferior es autorznd pelo afl superior aprodene ne ormativoss a questo ¢ se ese espace de Merde mal ou menor afm de qe ome inferior pone ternae Tverd de dec eaccre worum ‘Se fo fo intenciona dar essa marge, af entra sia Teoria da interpretao, porque o problema pode estar na mbiguidsde cra partes detec ev to port hi antnominO prablems no enn, vole aulriatie sia idea Ge que norma note test) cee sent qe aeende do mesmo, Assim, coneebe ue tods nora bre wm leque de interpretagtes ponies que pede ser detest platoon O a ne 31/07/2015 07:50, » ecewentes nu Nove C1 C: u passives uma devisio vorreta? “hutpsljustifieando.com/2015/0 /0ssprecedentes-no-novo-cpe-¢-possive... Jule esti vee” para busear alguna das nterpretagbes jb detctada wo quadvo fle pela doutrina ou pode tamar (rl) una nova sem quaker ‘ompromiso, Inclusive, que seu fundament se ards, uma ver que ele ets avtoriad po nivel superior a decide a cassoa sobre as rates, to juiz flan, segundo el, nde percencem a una dseussojurdica, mas Mosiien ou scolgiea, logo, do podem si contraadas por Trbunats. ‘Como js dascnos nostro lugar: “Trattse do recorrente problema deteoras que entendem o Ditste come am sstema fecha de Fegras:havendo «alist entre cls, oui que dar wns desi d tio do ou nada, mul sistema que 98> considera principio, a elisenes de ‘gla rac consigo una indeerminacén dea stacin juriica, queso cabe elimina Jen Cétinosdecsionstar’ (HABERMAS, 1983279, ‘Asin, haven eas entre veges (un asa de Haver “lacuna” no ordenaments) vigende a misima do non liguct entra slugho no cabe 20 Jz sent didi com sera marge dealer ledade” (BAHIA, Alexandre. A Interpratagso Juridica no Extado Democratien de Dive ‘ontibuigi a partir da Teoria do Discorso de J. Habermas. In: CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo A. (aor). Jalsdigio« Hermendutca ‘Cansttucinat Belo Horizonte: Mandsmentos, 200; gifs no original} Astin, o problem ds afiemars postibidade de ina moldura des, ‘ecisbafinterpretagies pssvels, também enfeatado por Keon, ofr few encrralade esa propria construg ebic,tento que aia como Jqualentejuridieas decisis fora da moldura uormativa~ow sea: egGimas,inconsteionas, anidemocratca ox padeeene de qualquer oa ‘ei jartin-poitc, para esimpiesmeate porque wJuditrio tem o poder coeretv para fazer eumprir al deci 111 Dnorkin tem por bio fmaginar que dees judi pressupdent wm comprometiento moral de tds os envavidos no proceso de dees ‘ue, per isa hum eforg normatv, impli pars que nde sla apenas wma dais, masa mth dciso postive O process de vlaboray ae ‘le uma senengando pode ser comparado como ata de eener que caco de bananas algun levark para casa depuis a era até porque ningun tfeothe qualquer eaco para comprat! Buseants sempre a melhor ei de 0 que fzemos emosira-seincerent esperar do Judicirie wma postra [12] PWORKIN, Rona. Justice for Hedgehoys. Harvard: Harvard University, 2015 cliueula da equa protection ander te ay —advindn ds Ma Emenda 4 Constituigdo dos EUA: (x) No tte shall make r enforce any law which shall abide the privileges or Imus of cans of the United Sites no sal any state deprive any person of te, ler, property, without due process of fv; Hor deny fe any persan within iy Juvisdition the equal protection of the laws) eusada em casos to mpertanes como “Brown vs. Board af Education” (1958) au "Ros vs Wade” (1973)~ Gundam na tora de Dstrkin mio apenas para asonrteeo da Wea de lntgridade, mas fanbun para compreendertodo a Dirt ¢ pavielaemcateu consttuctoalisno. a partie di, por exempo, qu left satentarodiste do ciadio, membre de wma minora apeimide ela maior se opor Agusta (DWORKIN, Ronald Sovereign Virus the theory and practce of equal. Cambridge: Hacvard University Pres, 2002, ASSI88) 1131 # comum sinterpretago equvecaa do jut Hérete imposed ver imitado, Dworkin como wm erinenens¢filiado ao pensamente de Gadamer (GADAMER, Hans-Georg, Verdade« Método: Fundamentor de uma hermentutle Moss. 7 ed. Tadao de Bnio Paulo Gla Petri, Vos 2005) aio aeredita ma inti positivist (iemifea) de que verdad somente pode ser descoberta (ow detvelada) spat de ma erspetiva eontolada por uma experiacia ceaiesgarantida por wm métad. A pretense en afirmar com Gadamer que a verdade do € uma ostracio universal (nia imalive parece ser desenhocida poe eitor de Dworkin, priteipalmente ne Bras Hereles& eno, apenas im ‘rele diicn do que signitiea wna posters espera pia focedade dos ses jes 14) THFONORO sre, Humbert; Nunes, lene; BAHIA, Alexandre; PEDRON, Fl4vo Quinaud Nove CPC: Fendamentes Sistematias, 2 a de Junie: Foren 2015, [15] BAHIA Alevandee As simulas vnculantes a nova Escola da Exegee. Revista de Process, 206, ano 3759. 359-379, 2022, [161 Dworkin (Uina Questo de Principe. 2-ed. Tad de Luk Calo Fontes, 200. [Dirsit e Justia) compara essa ‘aro a wna trincadlr infantil a qual cagapartieipante&responsivel pot contar ui dalea histva, Na Drleeadee, tds os patcpantes en 0 ese tengo para pateipar e devem ous ae tan sx proverad, ‘aos wats de um “elefone sem lo", pls oobjeio da brneadeira azo Crepetir 0. que fi transmit, mas descvolv-la (evalu) da melhor forma, preservando o clmentoresenias do que iiilmente fe define. Ov aja a 0 primtivna conta Watria (eve objetivo de naan win sasnenseo parepante da sequinela deve ter capacidadehermenéutca de pereeer que nio poder transtrmar agra aque xm am ‘om, Ver tamlson: PEDRON, Piso, Sore a semelhanga entre interpreta juridien e interpralaaoHerria em Ronald Dworkin. Revista de Faculdade Minera de Diet, Belo Horzoae 9-8 n-15,p. 15-139, 12 sem 2005, |) THEODORO JR, Humberte: NUNES, Deve; BAHLA, Alexandre; PEDRON, Fis. Novo CPC: Fundamentas Sistematizagin, ed Ri de aneire: Foret, 2015, 118) Pow se meso csuss muito espanta jurists brailcrsertcarem gat. 489 do NCPC, prinipalmente se § 1. Ore, sno formes copazs de pereeber que w exerci do principio do cntraditro« do principio demoeriicosomentesecomprovam respitadseftvarnente mo ato deli, ‘to eremos hem sucedides nn que cencerne a sparacasaliefatia entre motivag (exertea slips da rzdo, ainda que com rate subjtivas) *fendsmentaeio (prelensio pormativa de constracte de uma decsto em eto sclalmente valldados ereconheriles, portant, em raves incersubjetivas). Desde muito» rit csteangeito ja compreendeu que deci judieial nao pode ser fata da alo de pensar slitri do magstrado, ‘Mas somentecomprova-seaeatedvtagao a decso de pudermos persber nea a exstncia de uma paralidade de vozes a3 vores da sotedade ass demas elas do proceso, Near oar. 89 do NCPC, lamentaycinente, omprometerze navamente com a tradi do pesltvsn jridio edvizar 0 dea democraticeesoar poo rala! Para mals dtahessobrea sompreenso democraticamente adequadn do dever de Fundamentagteremetmos a0 nosso: THEODORO JR, Husaberts: NUNES, Dieta; BAHIA, Aleandre; PEDRON, Piaie, Nove CPC: Fundamentos «Shtemtiagh, 2 Rl ce Sumer: Foren, 2015, 119] Nesse suis comyor as elas de Dorin com onto autor central para compreendermos tl ponta: GUNTHER, Kaos. Teerad facgunentaga no dst cn mora: jstiengao eaplcasa, So Paul: Lands, 2908, Ver taba: PEDRON, Five Quinaud sting ere {zsete jug wo pensament de Klaus Ganther- Revista da CER, an Nils 4, abr, 2008 31/07/2015 07:50 Peecedenles no Novo CPC: E possvel uma deisio cometa? bil justficando.com/201 510 7/8iprecedents-no-nove-epe-e-postve [20] Gadamerentende que uma norma fark sei frente a caso onde a mesa er apiada (GADAMER, Hans-Georg Vrdade« Método ety ARS et sea), una vex que, segundo o mesmo autor, "(Jompracnder um texto signlia sempre apes ani propros, © aber goa, emibors se tena de conpreendélo em cada caso de wa mancir diferente, continua rendoo mesg fete ques a eada ve, re onapresenth de mode dient (idem .51), [211 DWORKIN, Ronald Levande os Diretios a Sire. Tradugto de Nelion Bott, Sho Paulo: Martins Fontes, 2002 (ieee Justia. (23) Deveseaertar para o fate de que a raducbes para a lingua espashoa liza o termo norma com sadam de reprasjuridcas, co Calsamigta (CALSAMIGLIA, Albert EI Concepo de Integridad on Dworkin. Dosacn-2. a 1992-16869), ous nents poriedone nen de qe prinepiosndo sto mormasjridca, mat sm igados a0 chamado Dito Nataral, [23] Moralitade gut significa ufrimaro dover de dret'em gird stignidade humsina oes os mein fits eUberdaiessubjtivas — ‘© ave € importante de ser destendo para que ndo aja confuides qu puisai evar «cer due Dworkin calcata dachrsa do Divs eome ane cvo ‘opecil do elscurse price mora some fz Ales [24] THEODORO JR, Homierto; NUNES, Dere; BAHIA, Altandres PEDRON, Fv. Novo CPC: Fundamentos« Sistematizasio. 2. ed Rio de ito: Forse, 2015, Essa € uni queso com especial importinela en uma pact aa qual, em nome de eserdade procenualevvande ombaterse a moesidade ds justia sbrecarregada com milhates de casas “iin (o que temoschamada de proceso seta) os dem) autor o jolgamento de casos em bac iow w mera repeig de entendimenta jurispradencat sem consldetaeto net casos tates oo [35] “Um argumento de prnciia pode ofercer uma jastieac para wma dels particular segundo a doutrina da respostabiidade,somentese ‘or possivel mstrar que peop cit écompaliel com decsbs anteriores que no orn eta, eevm dainbes ques aitayso sth Drepacada para tomar em ciecunstincias hpotética” (DWORKIN, Ronald. Levando os Drstos a Sri. Trad de Nelon Bociew Sto Paulo Maras Fonts, 2002. [Dieta eJstga, 138, 6) THEOPORO A Sanco: Foren, 201 lumbert: NUNES, Dierle; BAHIA, Aletandre; PEDRON, Flévo, Novo CPC: Fundamentes eSiatematag, 2 Rode [211 Por exemplo, no campo de formagio de precedents ena adosio de uma cognigfo qualifiada «er busca ) com obrigatia eco de "eeursn extrardindsos representaivs em abrangenteargumentag discuss at .036, $67) com respelto plone de una reers da ‘ongrvéncia ¢ nto surpresa qe np a dentiiasto precisa da questo a ser sabia jugamentoe vedagao a rg colegade decide qwestio nto delimit wa decisto (ar. 1.037, ¢ 62) 6) com reaizchs de audneasphblea (ars 983, 1" 1.038 Med) mafestac dos amit rae (arts. 8 capute 1.038, 2. Comments Sort by! Top ‘Add @ comment. Alexandre Rocha - Advogado at Pessoa ¢ Cozzi Advocacia Empresarial Excelente texto, Parabéns aos autores. se « Reply + Jul 9, 2016 12:12pm a Azevedo & Xavier Advogados Associados Otima leitura Dworkiana do Novo CPC, contribuindo no fortalecimentos da nossas instituigdes juridicas. Uke - Reply “9 4 Jul 9, 2018 6:10pm ments Pugin * © CONTEUDO © Noticias ade 310720} 07:50

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