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Módulo III
E-mail: samantabragateixeira@yahoo.com.br
Formação Acadêmica:
Graduada em enfermagem pela UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais);
Pós graduada em enfermagem do trabalho pela Faculdade São Camilo em 2008;
Pós graduada em Urgência e Emergência pela faculdade Pitágoras em 2012.
Classificadora de risco pelo Protocolo de Manchester 2014.
Experiência profissional:
FHEMIG (Fundação Hospitalar de Minas Gerais), Faculdade ASA de Brumadinho, PMB
Prefeitura Municipal de Betim\UBS Homero Gil, Rede de Ensino Genoma, Faculdade
Pitágoras, UPA Ressaca.
1. INTRODUÇÃO
a) O que significa ter saúde? O que contribui para que as pessoas tenham saúde?
b) O que significa estar doente? O que favorece o adoecimento?
c) O que você faz quando adoece? O que significa pra você ser cuidado?
d) Como os trabalhadores da saúde interferem no processo saúde- doença das
pessoas?
2.2. Saúde
2.3.Doença
O avançar do processo saúde- doença pode ser descrito através dos anos por várias
teorias como:
Visão mágica: A saúde era algo natural e não havia necessidade de explicá-la.As
doenças eram explicadas por situações concretas como acidentes ou ataque de animais.
Já as doenças funcionais eram explicadas pelo sobrenatural.Os sacerdotes possuíam
papel de ajudar os doentes e levá-los à cura.
Hipócrates- pai da medicina: Na sociedade Grega a saúde e a doença eram explicadas
pela relação entre homem e a natureza.Hipócrates era médico e filósofo, ele foi defensor
da teoria de que o homem para se evitar as doenças, deve conviver em equilíbrio com a
natureza.Cuidados com os descartes dos dejetos, acesso à água limpa, higiene pessoal e
moradia.
2.5.Trabalho
O trabalho pode ser visto como o conjunto de atos e operações da pessoa que o
executa, implica na utilização da energia humana sob diversos aspectos. O trabalho
envolve as dimensões físicas, psíquicas, emocionais e sociais.
As condições em que o trabalho é executado em muito traduzirá o seu impacto e
risco sobre a saúde e vida do trabalhador. Por outro lado, não podemos deixar de
considerar que certos tipos de trabalho, detém em si, pela sua própria natureza, um
elemento de risco que lhe são peculiares. A título de exemplo, citamos o trabalho sob
pressões anormais. Tais como: os mergulhadores, os aviadores, dentre outros.
Com isso, dois elementos fundamentais são considerados na análise e definição
de ações destinadas a segurança do trabalho visando a proteção da integridade física dos
trabalhadores e a preservação da saúde, energia e capacidade para o trabalho. Tratamos
aqui da natureza do trabalho e das condições do trabalho.
2.6.Categoria de riscos
1) Riscos ambientais;
2) Riscos ergonômicos e,
3) Riscos de impactos ambientais.
2.6.1.Riscos Ambientais
2.6.1.1.Riscos Físicos
a)Temperaturas extremas
As temperaturas extremas no ambiente de trabalho propiciam danos e lesões
significativos para o trabalhador.
A exposição contínua a ambientes com temperaturas elevadas, como nas
indústrias siderúrgica e fabricação de vidro, levam os trabalhadores ao risco de
desenvolverem quadros de internação, desidratação, depleção hidroeletrolítica, e
queimaduras.
Em certos ambiente de trabalho o aumento da temperatura pode ocorrer devido
ao calor desprendido das máquinas durante o seu funcionamento. Estando o trabalhador
submetido a este ambiente, com temperatura acima de 40ºC, durante longas jornadas de
trabalho, dispara em seu organismo mecanismos de compensação fisiológica que
garantem o equilíbrio homeotérmico.
Esse comprometimento fisiológico se expressa através da sudorese e aumento da
sede, levando a perdas hidroeletrolíticas e desidratação.
Nos ambientes de trabalho onde as baixas temperaturas é uma condição
necessária, como por exemplo, na indústria de processamento de produtos lácteos,
frigoríficos, dentre outras, o trabalhador exposto a esses ambientes pode apresentar
hipotermia, necrose tecidual, problemas respiratórios, congelamento das extremidades,
coma e morte.
b)Radiação
As radiações eletromagnéticas são formas de energia que consiste em ondas
elétricas vibratórias que se propagam no espaço, acompanhadas por um campo
magnético vibratório com as características de um movimento ondulatório. Este
espectro eletromagnético compreende desde radiações ionizantes de grande energia,
com freqüências elevadas e comprimentos de ondas curtos até as radiações não
ionizantes, com comprimentos de onda maiores. Logo, identificamos como agentes de
riscos neste grupo, as fontes de radiação ionizantes e as fontes de radiação não-
ionizantes.
Como fonte de radiação ionizantes destacamos a utilização dos raios X, do Iodo-
31 o cobalto-60, que são amplamente utilizados na medicina na execução de exames
diagnósticos (raios X, Iodo-31) tratamento de doenças (cobalto-60, Césio-136). Na
industria utiliza-se o raios X para a verificação de falhas em estruturas metálicas,
identificação de soldas defeituosas. Para a análise de soldas em espessura das chapas
etc. (CARVALHO, 2001)
A exposição às fontes de radiação ionizantes podem provocar no individuo
alterações citogenéticas levando ao desenvolvimento de câncer, infertilidade,
teratogenia, dentre outras afecções, quando não adotadas todas as medidas de prevenção
e controle do seu uso.
Dentre as principais fontes de radiação não ionizantes na exposição ocupacional
destacamos a ultravioleta (UV), a radiação visível (RV), a radiação infravermelha (IV),
as microondas (MO), e o raio LASER (Light Amplification by Simulation Emission of
Radiation).
As principais fontes de exposição ocupacional a UV são a radiação solar nos
trabalhos a céu aberto, na construção civil, na atividades de pesca, na agricultura,
soldagem, fotocopiadoras etc.
As radiações não ionizantes, diferentemente das radiações ionizantes, ao
interagirem com a matéria orgânica produzindo efeitos térmicos e fotoquímicos.
A radiação visível tem como fontes a iluminação natural (solar) e a iluminação
de origem artificial (incandescente, fluorescente etc.) A medição da radiação visível se
dá através de um equipamento chamado de luxímetro que afere o nível de iluminamento
nos ambientes de trabalho. As conseqüências para a saúde dos trabalhadores dar-se-á
tanto pelo excesso quanto a deficiência de iluminação. Os níveis de iluminamento
adequados estão previstos NR-17 da Portaria do Mte 3214/78 e na NBR 5413, norma
brasileira registrada no INMETRO.
A radiação infravermelha tem como principal fonte natural o sol. Entre as fontes
de origem artificial destacam-se os corpos incandescentes e superfícies muito quentes
(operação de autoforno na, metalurgia e siderurgia, fabricação de vidros, forja e
operações de solda elétrica etc.)
As principais fontes de Microondas (MO) e Radiofreqüência (RF) são as
estações emissoras de radio e televisão; instalações de radar e sistemas de
radiocomunicação, fornos de microondas e equipamentos de microondas utilizados em
processos de solda, fusão, esterilização, diatermia médica, secagem de tabaco etc.
Os efeitos sobre a saúde do trabalhador dependem da capacidade de absorção da
matéria e da intensidade dos campos elétricos e magnéticos que se produzem em seu
interior. De um modo geral ocorre uma elevação da temperatura corporal, embora
possam aparecer outros efeitos do tipo eletromagnético.
O raio LASER (Light Amplification by Simulation Emission of Radiation)
significa “amplificação de luz mediante emissão de radiação”.
Pressões anormais
2.6.1.2.Riscos Químicos
a)Gases
Os gases podem causar desde irritação nas mucosas e vias aéreas até
entorpecimento, asfixia, alucinações, anafilaxia e morte. Trata-se do estado físico
normal de uma substância a uma temperatura de 25ºC e pressão atmosférica equivalente
a 760mmHg. Os gases são fluídos amorfos que ocupam todo espaço que os contém. Ex.:
oxigênio (O²), monóxido de carbono (CO).
b)Fumos
Suspensão no ar de partículas sólidas, geralmente com tamanho inferior a 0,1µ
originadas por processo de combustão incompleta. Os fumos metálicos consistem em
partículas sólidas metálicas geradas pelo processo de condensação do estado gasoso
obtido por sublimação de um metal. Ex.: fumos de chumbo, de cobre, de níquel etc.
c)Vapores
Fase gasosa de uma substância normalmente sólida ou líquida a uma temperatura
de 25ºC e pressão atmosférica de 760mmHg. Suas partículas também apresentam
tamanho molecular e da mesma forma que os gases podem ocupara todo o espaço que
os contém. Ex.: Vapor d’água, vapor de tolueno, vapor de mercúrio metálico, vapor de
naftalina.
d)Névoas
Suspensão no ar de diminutas gotas de líquido produzidas pela desintegração do
estado líquido por atomização (“spray”, aerosol), ebulição etc. O tamanho destas
gotículas pode variar muito, indo de 0,01µ a 10µ.
e)Neblinas
É facilmente visível. Se define como pequenas gotas suspensas no ar, originadas
por condensação do estado gasoso. Seu tamanho oscila entre 2µ e 60µ.
f)Poeiras
Partículas sólidas cujo o tamanho varia entre 0,1µ e 25µ, geralmente originadas
de processos físicos de desagregação tais como lixamento, quebra, etc. De modo geral
as poeiras não se difundem no ar e se depositam por força da gravidade. Ex.: poeira de
madeira, de carvão, de sílica, de chumbo etc.
Exemplos:
PRESSÕES ANORMAIS