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NOME: Fernando Roberto de Lima PERÍODO: 8°

PROFESSOR: Bruno CURSO : Engenharia Elétrica

1 - Qual deve ser o principal objetivo para aperfeiçoamento do modelo tarifário


aplicado aos consumidores de baixa tensão?

Diferentemente dos processos de distribuição e transmissão, a geração se torna a


cada dia que passa um mercado mais dinâmico, com diversos agentes, “produtos” e
possibilidades. Na atual conjuntura, a tarifa volumétrica monômia cria uma inércia
tarifária sem a devida sinalização ao consumidor de baixa tensão do real custo da
utilização da rede, além de não possibilitar ao mesmo a busca, no mercado, de valores
mais adequados e ajustados às suas necessidades e seus anseios. A tarifa binômia
separa os custos da distribuição e transmissão que são monopólios naturais,
previsíveis, e que variam muito com a tipologia da rede e os investimentos na mesma,
enquanto a geração é muito mais dinâmica e pode oferecer várias possibilidades, que,
com tecnologia adequada, pode representar menor custo, maior racionalidade no
consumo e eficiência. A indústria está investindo em sistemas digitais para
acompanhar o desenvolvimento regulatório, seus concorrentes e novas tecnologias
que possam fornecer novos serviços e, portanto, novos fluxos de receita.
Estima-se que o valor investido em digitalização vai passar de 17 bn US$ (2017) para
38 bn US$ (2025), dirigido pelas economias das distribuidoras graças ao impacto da
medição inteligente na operação e manutenção da rede e na gestão dos clientes
Também, percebe-se esse crescimento nos investimentos em medidores inteligentes,
tanto em termos de volume de medidores instalados ao redor do mundo, quanto no
orçamento direcionado nesta tecnologia.
O medidor inteligente é uma das tecnologias que de fato produzirão, nos prazos mais
curtos, os maiores benefícios para os clientes, tais como: Informação para um
consumo eficiente
 Intercâmbio de energia com a rede
 Rapidez na religação
 Participação em programas de demanda desconectável
 Mudanças mais rápidas entre diferentes tipos de tarifas
 Maior segurança com informação criptografada
 Mario segurança, visto não requerer nenhum acesso à casa do cliente
 Tarifas diferenciadas e personalizadas
 Sem contar os benefícios para as redes, tais como: Habilitação das novas
tecnologias
 Melhora na qualidade do serviço
 Gestão da demanda
 Maior flexibilidade na gestão e planificação da rede
 Regulação Brasil Pça. Leoni Ramos, 1 Bl.2 And. 3 Niterói, RJ – Brasil T +55 21
27161689 Enel Brasil – Praça Leoni Ramos,1 – São Domingos, Niterói, Rio de Janeiro,
Brasil – CEP:24.210-205 – www.enel.com.br Melhora no controle das perdas
 Incorporação das energias renováveis
 Eficiência nas operações
Portanto, o principal objetivo é tornar mais eficiente a alocação de custos de forma a
se evitar subsídios cruzados entre os diferentes tipos de usuários, com incentivo a
novas tecnologias, ações de eficiência energética e apoio à geração distribuída, e
nesse sentido, a implantação de novos medidores inteligentes acarretaria grandes
benefícios aos consumidores e a sociedade.

2 - Qual o modelo tarifário (tarifa monômia, binômia com parcela fixa mensal
(diária ou anual), binômia com parcela fixa proporcional ao tamanho da unidade
consumidora, tarifa em três partes, tarifas em blocos, etc) é mais adequado ao setor
elétrico brasileiro considerando os trade off envolvidos?

Para refletir os custos reais do sistema, o modelo tarifário que entendemos como
sendo o mais adequado é a implementação da tarifa em três partes, sendo uma tarifa
por demanda (proporcional ao uso máximo da rede), outra volumétrica (proporcional
ao montante de energia consumida) e outra parcela, relativa ao custo operacional, que
poderia ser cobrada mediante uma tarifa pela demanda máxima ou como uma parcela
fixa paga igualmente por todos os consumidores. Parte dos custos comerciais, com
arrecadação, por exemplo, poderiam ser cobrados diretamente do consumidor em
função de sua escolha. Assim, consumidores que pagam em loterias, teriam um custo
de arrecadação embutindo na fatura maior do que aqueles que optarem por débito
automático por exemplo. Outro exemplo é na forma de apresentação da fatura, os
consumidores que optarem por receber a fatura por e-mail, deveriam pagar menos do
que aqueles e optem pela conta impressa. É importante ainda que a nova modalidade
tarifária incentive a eficiência energética e o uso mais racional da rede, porém,
garantindo a adequada remuneração dos investimentos feitos pelas distribuidoras. Em
outras palavras, o incentivo econômico para a mudança do comportamento do
consumidor e de uma maior eficiência no uso da energia elétrica e dos ativos de rede
disponíveis não pode ser feito em detrimento da parcela de remuneração dos
investimentos das distribuidoras. Importante analisar também, as diferentes
características de cada concessão, as necessidades de investimentos e a maturidade
de cada mercado, sendo necessários estudos detalhados destes temas para se definir
o modelo tarifário mais adequado ao sistema elétrico brasileiro.

3 - Quais variáveis devem ser analisadas para definição e tomada de decisão


sobre o aperfeiçoamento do modelo tarifário aplicado ao subgrupo baixa
tensão?

Preliminarmente, deverá ser realizada a identificação de quais seriam os custos


associados à demanda e quais seriam os associados à energia, sendo que a tarifa do
consumidor do Grupo B deveria estar associada a essa divisão. O caminho ideal será
a implementação de medidores inteligentes de forma concomitante à aplicação da
tarifa binômia aos consumidores do grupo B. Importante destacar que a instalação de
medição inteligente, a exemplo do que já acontece na Europa, pode não apenas
permitir a tarifação binômia, como também incorporar outras possibilidades, como por
exemplo Geração Distribuída, pré-pagamento, consumidor livre de Baixa Tensão,
entre outras, sem que se configure a atual situação pouco eficiente de “cada programa
um medidor diferente”.

4 - Em qual nível de detalhe devemos desagregar os custos que formam a


receita regulatória da distribuidora? Seria necessário maior nível de
desagregação para a adequada alocação/classificação?

Os custos identificados na análise à proposta dessa questão foram:


Custos de capital: investimentos em equipamentos necessários a prestação do
serviço, incluindo cabos, subestações, centros de controle, sistema de medição
(inclusive investimentos em sistema de smart grid), etc. Incluem a amortização
(depreciação) e remuneração (tanto de ativos elétricos quanto não elétricos);
O&M: manutenção e operação das instalações elétricas;
Perdas na rede: perdas de energia inerentes ao processo de transporte de energia e
as perdas não técnicas, oriundas de furtos e fraudes;
Serviço ao consumidor (custos comerciais): atendimento, cobrança, faturamento,
operações comerciais. No caso do Brasil, na definição da receita regulatória esses
custos compõem de forma agrupada os custos de O&M;
 Custos com sistema de transmissão: uso das instalações classificadas como Rede
 Básica, Rede Básica Fronteira ou Demais Instalações de Transmissão (DIT) de uso
compartilhado;
Encargos setoriais: fundos e custos advindos de políticas públicas;
 Aquisição de energia: custos diretos com a produção de energia elétrica.

Logo, entendemos que não seria necessário maior nível de detalhe desses custos,
pois atualmente, já se consegue identificar quais de fato são os custos do sistema e
determinar quais podem ser relacionados à demanda ou à energia consumida. Uma
desagregação maior desses custos torna-se inviável, pois acarretaria um esforço
desnecessário para manter os controles, podendo inclusive onerar as tarifas de um
determinado consumidor em detrimento de outro. Nesse aspecto, teria que ser
avaliado inclusive o real impacto do nível de desagregação de custos para
consumidores com GD e consumidores sem GD, de forma que se mantivesse o
equilíbrio entre os dois tipos de consumidores, reforçando nosso entendimento de não
haver a necessidade de maior desagregação dos custos.
5 - A distinção/repartição dos custos deve ser baseada na definição da receita
regulatória ou podem ser utilizados modelos que fazem uma distinção/repartição
adicional das receitas regulatórios para efeito de construção das tarifas?

Entendemos que deve ser mantida a adoção do mesmo critério como é realizado
atualmente, ou seja, com base na definição já determinada da receita regulatória pelo
Regulador.

6 - A distinção/repartição dos custos deve ser baseada na definição da receita


regulatória ou podem ser utilizados modelos que fazem uma distinção/repartição
adicional das receitas regulatórios para efeito de construção das tarifas?

Nesta primeira etapa de discussões a CEMIG não vislumbra nenhuma outra forma
alternativa para que se possa promover a distinção/repartição dos custos além
daquela baseada na definição da receita regulatória. No entanto, neste caso também
se ressalta a importância de se manter e aprofundar os estudos em busca de soluções
alternativas.
Está em duplicidade com a pergunta 5.

7 - Tarifas baseadas no pico de demanda individual, sem levar em conta o


momento em que ocorre o pico (que pode não ser coincidente com a demanda
máxima do sistema), são suficientes para refletir os custos do sistema?

Não, motivo pelo qual apontou para a necessidade da implementação de medidores


inteligentes concomitantemente à adoção da tarifa binômia, de forma a cobrar do
consumidor o real custo provocado no sistema.

8 - O disjuntor é um bom parâmetro (proxy) para estimativa do uso máximo do


sistema dos consumidores?

Não, tendo em vista a fragilidade do equipamento contra fraudes, além do fato do


disjuntor ser considerado, em boa parte dos padrões atuais das distribuidoras,
instalação de responsabilidade do consumidor o que faz com que o controle sobre
este equipamento seja muito baixo. A mudança tarifária exige mudança e
modernização no parque de medição dos consumidores de baixa tensão. Nesse
sentido, é imprescindível que a aplicação da tarifa binômia esteja associada à
modernização dos medidores de tal forma a mitigar o risco de fraudes bem como
permitir a correta mensuração do ônus daquele consumidor específico nos diversos
custos da distribuidora (apuração adequada do uso máximo do sistema pelos
consumidores), além do fato de apresentar a flexibilidade necessária para outros
temas relacionados ao faturamento do consumidor como tarifa horária, tarifa pré-paga,
liberalização do mercado de baixa tensão, entre outras.

9 - As distribuidoras possuem informações consolidadas sobre os tipos,


quantidade e tamanho dos disjuntores em uso nas unidades consumidoras do
grupo B?
As informações sobre os disjuntores em uso nas unidades do grupo B não são
precisas considerando que grande parte destes equipamentos se encontram no
interior das unidades consumidoras. De forma resumida, podemos destacar o padrão
atual do grupo Enel:
 Para a Enel Distribuição Rio e Ceará: os disjuntores de BT são todos
termomagnéticos,fixação tipo DIN ou NEMA, monopolar ou tripolar, curva de atuação
C;
 Para Enel Distribuição Goiás: Os disjuntores utilizados nas medições das unidades
consumidoras são do tipo DIN ou NEMA, com corrente nominal estabelecida pela
NTC-04 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição, de
acordo com a carga instalada, podendo ser monopolar, bipolar ou tripolar. Todos os
disjuntores são termomagnéticos, com curva de atuação.
Considerando os padrões atuais das distribuidoras, o disjuntor é de responsabilidade
do consumidor o que faz com que o controle sobre este equipamento seja muito baixo
e pouco confiável.

10 - As normas adotadas pelas distribuidoras para dimensionamento da


capacidade instalada (e, portanto, dos disjuntores) são padronizadas ou podem
existir particularidades?

Não são padronizadas, tendo em vista cada distribuidora possuir suas


particularidades. No caso das distribuidoras do Grupo Enel, algumas normas estão
apresentadas a seguir:
 Para a Enel Distribuição Ceará e Rio: Os disjuntores de BT são padronizados
conforme IEC 60898 e 60947. No entanto os disjuntores até 63A também têm o selo
do Inmetro;
Enel Distribuição Goiás - Os disjuntores de BT residenciais/comerciais são
padronizados conforme a ABNT NBR NM 60898:2004, é exigido o selo de
homologação do INMETRO.

11 - .Qual é a unidade de faturamento mais adequada para cada tipo de custo vis
a vis os desafios de sua utilização?
Para os custos associados ao mercado de venda e volume de energia, por exemplo,
Compra de energia, ESS, Risco Hidrológico, CDE, a tarifa volumétrica ($/kWh) seria
mais adequada. Já para os custos de transmissão e de remuneração e depreciação
dos investimentos, a tarifa pela demanda máxima ($/kW) é a mais apropriada. Já a
parcela do custo operacional poderia ser cobrada como uma tarifa pela demanda
máxima ou como uma parcela fixa paga igualmente por todos os consumidores. Parte
dos custos comerciais, com arrecadação, por exemplo, poderiam ser cobrados
diretamente do consumidor em função de sua escolha. Assim, consumidores que
pagam em loterias, teriam um custo de arrecadação embutindo na fatura maior do que
aqueles que optarem por débito automático por exemplo. Outro exemplo é na forma de
apresentação da fatura, os consumidores que optarem por receber a fatura por e-mail,
deveriam pagar menos do que aqueles e optem pela conta impressa.

12 - Quais são os impactos dos diversos modelos tarifários para os


consumidores e as distribuidoras?
A aplicação da tarifa binômia junto com um medidor eficiente adequado permitiria:
i) alocação de custos mais eficiente e justa entre os consumidores;
ii) incentivo mais adequado ao consumidor para modificar seu comportamento,
exigindo menos da rede nos momentos de pico;
iii) neutralizar impactos indevidos na remuneração do serviço de distribuição em
função da escolha do consumidor por uma modalidade tarifária específica ou pela
implantação de tecnologias na rede pelo cliente, como GD, por exemplo;
iv) liberar recursos da distribuidora para investimentos em qualidade, combate as
perdas e novas conexões.

13 - Caso se implemente uma tarifa multipartes, quais seriam os impactos,


positivos e negativos:
a) Para os consumidores:
Positivo: Opções de serviços adicionais como gestão da demanda.
Negativo: Necessidade de lidar com uma nova forma de consumir energia, o que pode
representar uma dificuldade, já que a forma atual já é cultural.
b) Para as distribuidoras:
Positivo: Melhor alocação de custos e maior eficiência do consumo.
Negativo: Ter que lidar com outros agentes (os comercializadores) no caso de
liberalização do mercado para a baixa tensão e a forma como as atividades ficarão
divididas entre a distribuidora e na comercializadora.
c) Para o setor elétrico:
Positivo: Maior estabilidade para os monopólios naturais.
Negativo: Maior necessidade de controle.
d) Para a sociedade:
Positivo: Maior racionalidade e responsabilidade do consumidor com relação ao
consumo de energia.
Negativo: Como para todo produto de mercado, a energia ganhará maior volatilidade
de custo para o consumidor dependendo de como este contratará a mesma.

14 - Quais seriam as melhores práticas para implantação de um novo modelo


tarifário (escalonamento gradual seletivo, opt in, opt out, etc)?

A realização de um plano de migração obrigatório, com autorização da ANEEL e prazo


para implementação entre 5 (cinco) e 10 (anos) anos. Ideal é que com a entrada do
novo modelo tarifário, este seja concatenado com a substituição do medidor do cliente.
Assim, para otimizar custos, esta implantação poderia ser gradual nos prazos citados
anteriormente, porém ficando a critério da distribuidora a forma de implementação
para atender o percentual regulatório. Dessa forma, a distribuidora poderia ir
substituindo os medidores e disponibilizando a nova modalidade tarifária a seu critério,
de forma a minimizar custos, mas atendendo a um percentual crescente, ano a ano,
de clientes contemplados pela nova tarifa e com medição inteligente. Ao mesmo
tempo, alguns consumidores também poderiam solicitar a troca do medidor e a nova
modalidade tarifária antes do prazo planejado pela distribuidora, a ser avaliada a
possibilidade de atendimento pela concessionária.

15 - Quais seriam as melhores práticas para disseminar o conhecimento junto à


sociedade? Quais as formas adequadas de comunicação e seus desafios?

Um programa nacional de divulgação da nova modalidade tarifária, com divulgação em


jornais, revistas, tv, site da ANEEL e do MME, além de divulgação nos sites das
distribuidoras e nas faturas. O grande desafio da campanha de divulgação é garantir
que o consumidor entenda a nova modalidade tarifária, quais os benefícios que ele
pode ter, como ele pode optar pela nova tarifa e quais as regras e critérios para
retornar à modalidade tarifária antiga no caso de um eventual arrependimento.
16 - Quais os principais aspectos a serem considerados face às regras vigentes
(REN 414/2010, contrato de adesão, direitos e deveres dos consumidores)?

No que se refere à REN 414/2010, deverão ser adequadas as questões referentes à


classificação das unidades consumidoras, já que passaremos a ter a tarifas distintas
para demanda e energia. O consumidor BT atualmente tem diferença na tarifa
monômia em função da atividade que o classifica. Outra questão, se relaciona à
possibilidade de abertura do mercado para BT, o que fará com que a energia possa
ser comercializada por um outro agente que não a distribuidora, impactando, assim, na
forma de faturamento e na apresentação da fatura deste consumidor BT. Cria-se,
assim, a possibilidade de o consumidor receber uma fatura única da distribuidora ou
da comercializadora com todas as informações, ou até mesmo 2 faturas: uma da
distribuidora e outra da comercializadora, impactando diretamente no regulamento
atual sobre faturamento e apresentação de fatura. No caso de separação de faturas
(se for concomitante com a liberalização do mercado), outros serviços que se
relacionam ao consumidor deverão ser alterados, tais como a questão da suspensão
do fornecimento e a religação. Estas mudanças afetarão tanto a Resolução quanto o
contrato de adesão. A complexidade adicional na relação com os consumidores
reforça a necessidade da implantação de uma medição inteligente para este novo
mercado. Com a mudança dos medidores, passa a ser necessária também a
regulamentação da resposta da demanda, permitindo que consumidores se
desconectem do sistema em momentos de “pico” ou necessidade em troca de alguma
receita.

17 - Quais os impactos da alteração do modelo tarifário face a outras dimensões


normativas (qualidade, regulação econômica, fiscalização)?

Melhoria da qualidade do serviço, com possiblidade de receita para o cliente, devido à


resposta da demanda. Além do compartilhamento do benefício, a adoção dessa tarifa
proporcionaria ganhos de eficiência operacional e redução de custos. Assim, é
importante que haja uma regulamentação específica que, por um lado, viabilize o
investimento da distribuidora na substituição dos medidores antigos e, por outro lado,
exija uma maior entrega de qualidade em termos de tempo de atendimento, frequência
e duração de interrupções, etc.

18 - Quais seriam formas adequadas de acompanhamento dos resultados da


implantação da tarifa binômia?

Os resultados da aplicação da tarifa bonomia devem ser acompanhados por três


óticas diferentes, do consumidor, da distribuidora e do sistema. Sob a ótica do
consumidor é importante acompanhar se o custo imputado em cada consumidor está
justo e adequado, e que não esteja ocorrendo subsídios indevidos entre os
consumidores. Sob a ótica da distribuidora é importante avaliar se a concessionária,
com a aplicação da nova modalidade tarifária, tem conseguido auferir o nível
adequado de receita regulatória, sem ter perdas em função de decisões do
consumidor que não devem afetar a remuneração dos investimentos das companhias,
como por exemplo a implantação de geração distribuída. Ainda sob a ótica da
distribuidora, é possível mensurar ganhos de produtividade e diminuição de custos
operacionais devido a modernização dos medidores, vis a vis o aumento na tarifa do
consumidor final em função da substituição dos medidores. Por fim, sob a ótica do
sistema, é importante mensurar se a nova modalidade está de fato sendo capaz de
incentivar um comportamento mais racional e eficiente por parte dos consumidores,
otimizando o uso da rede disponível e diminuindo as ociosidades do sistema.

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