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Conceitua-se como uma troca de bens imóveis entre as partes, sendo este realizado por
pessoas Jurídicas ou físicas. Visto que sempre será o objeto de troca, a unidade imobiliária
pronta, incluindo neste conceito o terreno para a construção ou edificação, ou a unidade
imobiliária a construir (casa, apartamento).
O bem imóvel (passível de ser permutado) é denominado como “solo” e tudo que é
possível incorporar a partir dele, natural e artificialmente (conforme o entendimento do
Código Civil, no artigo 79), a troca só pode ser feita caso os elementos usados se enquadrem
nessas características:
Devemos analisar quando um dos permutantes é uma pessoa física, neste caso devemos
verificar as normas estabelecidas pela IN SRF nº 107/88 referentes à permuta sem torna e com
torna, bem como entre parentes, a seguir:
1. – Permuta Sem Torna – As regras que tratam da permuta de imóveis, sem torna, que é
aquela em que não há volta de bens ou direitos, incluindo dinheiro, permanece em
pleno vigor. O tratamento tributário, nesse caso, é de não incidência de imposto de
renda, mesmo que o valor dos bens, no mercado, sejam diferentes. Efetuada a
permuta, no entanto, o contribuinte deve, por ocasião da Declaração de Ajuste Anual,
dar baixa do bem cedido e, na entrada do bem recebido, consignar o mesmo valor do
bem baixado (cedido). Assim procedendo, não haverá variação patrimonial e o Ganho
de Capital é zero. Em outras palavras, o valor dos bens permanece o mesmo nas
declarações dos permutantes, alterando apenas a descrição;
2. – Permuta Com Torna – Também se encontra ainda vigendo as regras para este tipo
de alienação. Ou seja, quando na operação de permuta de imóveis ficar acordado uma
torna, se faz necessário, sob pena de incorrer em infração, que o beneficiário da torna
calcule o Ganho de Capital, para que possa ser recolhido o imposto de renda
exclusivo, à alíquota de 15% . Para o cálculo do Ganho de Capital da torna o
beneficiário poderá se valer da proporcionalidade existente entre o valor desta e o
custo do imóvel declarado na DIRPF, acrescido do valor da torna.
Exemplo:
Custo de aquisição de um bem dado em permuta = 300.000,00
Valor da torna recebida = 100.000,00
Soma: 400.000,00
Percentual correspondente a torna recebida:
R$100.000,00 : 400.000,00 = 0,25 x 100 = 25%
Ganho de capital 25% de 100.000,00 = R$ 25.000,00
Sobre 25.000,00 aplica-se 15% (alíquota do ganho de capital)
A Instrução Normativa SRF 107/88, ainda em vigor, dispõe sobre os procedimentos a serem
adotados na determinação do Lucro Real.
No caso de permuta sem pagamento de torna, as permutantes não terão resultado a
apurar, uma vez que cada pessoa jurídica atribuirá ao bem que receber o mesmo valor contábil
do bem baixado em sua escrituração.
1. Baixa do terreno A:
2. Entrada do terreno B :
1. Baixa do terreno B
2. Entrada terreno A
Como se observa, a empresa BETA tinha o terreno “A” no valor de 900.000,00, deu
baixa e recebeu o terreno “B” em seu lugar (permuta), que estava contabilizado na empresa
DELTA por 700.000,00. Na contabilidade de BETA o imóvel “B” recebido ficará registrado
por 900.000,00, que é o valor do imóvel cedido.
Nessa operação de permuta, como não houve torna, o lucro ou prejuízo só será
apurado por ocasião da alienação dos imóveis.
Segundo a Solução de Consulta Cosit nº 207/2014, que trata sobre a tributação pelo
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e pela Contribuição Social sobre Lucro Líquido
(CSLL) na permuta de imóveis no lucro presumido. "A pessoa jurídica tributada pelo lucro
presumido, dedicada à atividade imobiliária, ao realizar permuta de imóveis com recebimento
de torna, aufere como receita bruta para fins da CSLL, além da torna, o preço do imóvel
recebido na operação."
Exemplo
Pelos dados, a empresa ABC tem um imóvel com valor de R$ 850.000,00, que foi
avaliado a valor justo por R$ 870.000,00, portanto, com um ganho AVJ de R$ 20.000,00.
Considerando que o imóvel foi recebido na permuta por R$ 1.200.000,00, este é o valor do
custo a ser contabilizado no Ativo Não Circulante. No que se refere à base tributável, o
montante é de R$ 870.000,00, entretanto, pelo o artigo 124 da IN 1.515/2014, o ganho AVJ,
como foi destacado, não fará parte da base de cálculo do Lucro Presumido, incidindo os
tributos apenas sobre R$ 850.000,00.
Vantagens e desvantagens:
Vantagem
Quando não há compensação financeira e apenas a troca de bens, não haverá tributação do
Imposto de Renda. Quando ocorre a compensação financeira em dinheiro, a tributação vai
seguir proporcional ao valor dado. Logo, quanto menor a compensação, menor será a
tributação.
Desvantagem:
Tributos incidentes:
Na compra:
Corretagem
No momento em que um negócio é fechado, a incorporadora paga de 6% a 8% do
valor do imóvel à corretora, responsável pela venda. Geralmente as construtoras já agregam
no valor do produto, a quantia da corretagem para pagar os corretores.
A taxa cobrada pela Prefeitura varia de acordo com cada município. No caso de São
Paulo a cobrança é de 3% do valor do imóvel. Trata-se de um imposto e deve ser pago dentro
de prazo estabelecido pela própria administração local, assim que finalizada a negociação.
Escritura pública
O valor é cobrado de quem não financiou o imóvel. Ele é pago cartório e o custo é
diferente de estado para estado, variando de acordo com o preço do bem. A lista com os
preços pode ser acessada no site do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB).
Registro do imóvel
Outra taxa cobrada pelo cartório e que vai ser calculada com base no valor de venda
do imóvel. Deve ser paga após o ITBI e a escritura. O valor também pode ser consultado no
site do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB).
É cobrado pela incorporadora quando o imóvel é vendido pelo primeiro dono com
parcelas, referentes ao financiamento, em aberto. Como o negócio ainda não foi
completamente quitado é como se a casa ou aparamento ainda pertencesse à construtora que
pede de 2% a 5% sobre o preço da unidade para repassá-la ao novo comprador, que passa a
ser responsável pela conclusão do financiamento.
Custo do financiamento
O comprador também deve se atentar ao Custo Efetivo Total (CET), que é uma taxa que
corresponde a todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito, como seguros
e serviços, que por vezes podem ser negociadas e até cortadas.
Na venda:
Corretagem
Após vender o imóvel, é preciso pagar 15% à Receita Federal sobre os valores ganhos.
No entanto, como geralmente as taxas de ITBI, juros do financiamento e das corretagens estão
atreladas ao preço do bem não há como há como fazer dedução. O abatimento exato pode ser
feito se as demais custas tenham sido pagas à parte.
Estar isento do imposto àquele que estiver vendendo o único imóvel e se o valor for
inferior a R$ 440; quem destinar todo o dinheiro recebido na compra de outros imóveis
residenciais no Brasil. Porém, deve pagar o imposto proporcional ao montante que não for
usado em um prazo de 180 dias após a venda. Também terá direito às isenções quem não
vendeu o imóvel residencial nos últimos cinco anos.
Conclusão
https://www.sienge.com.br/blog/permuta-imobiliaria-sem-dor-de-cabeca-cuidados-
voce-deve-tomar/ < acesso em 03/03/2018 as 19:47
http://cfc.org.br/noticias/artigo-a-permuta-de-imoveis-e-as-novas-regras-contabeis-e-
fiscais/ < acesso em 03/03/2018 as 16:00>
http://www.imovelweb.com.br/noticias/quem-ajuda-amigo-e/entenda-permuta-como-
forma-de-pagamento/ < acesso em 03/03/2018 as 16:30>
http://artigoscheckpoint.thomsonreuters.com.br/a/6p70/tributacao-da-permuta-de-
imoveis-no-lucro-presumido-hugo-amano <acesso em 05/03/2018 as 22:31