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III
111
179 cobreparece
179- oocobre parece ter sido conhecido e mundoutilisadocivilisa
antesdo,de otodos
cobreos
outros metaes
outros metaes. Nas primeir
. Nas primeiras idades do
as idades do icos,
mundo e civilisado,
com elle se o cobre
fabrica-
materialde
era aa materia
era os utensíli
todos os
de todos os domest
utensílios domesticas,, eservia
com ele se fabrica-
ao fabrico de
vamas
vam armas de
as armas guerra.Em
de guerra. Emliga comoo estanho
liga com estanho, servia ao fabrico de
ade d”estatuas, d'uten-
utensíli
utensílios, de instrum
os, de entos cortante
instrumentos s. AA quantid
cortantes. quantidade d'estatuas,
diarmas , que se encontr am nas ruínas do antigo mundo,d'uten-
mos-
silios,
sitios, d'armas, que se encontram nas ruínas do antigo mundo, mos-
tra o extenso uso que se fazia d'este
tra 0 extenso uso que se fazia doeste metal. metal.
ecido dos povos da antiguidade.
uso do
‹‹‹‹ OO uso era desconh
ferro era
do ferro desconhecido dos povos da antiguidade.
a oo bronze d'uma grande
«Ligado com
«Ligado com oO estanho
estanho, cobre formav
, oo cobre formava bronze d'urnade
s capazes grande
cor-
dureza, com
dureza, os egypcio
qual os
com oo qual egypcioss fabricav am tesoura
fabrieavain tesouras capazes de eor-
tar pedra.
tar pedra. v
u
14
'14
11 L'histoire com
‹‹ Ijhístoire commercials
mercials de Vénia
Vénise (diz 0o cit.
eit. Verdeil)
Verdeíl) comprend
com prend
un espace de plusleurs
plusieurs siecles. Déjà.Déjà en temps
tempos de Charlemagne, les
seigneurs que composaient sa cour furent émerveillés en eu voyant,
voyant, à la
foire de Pavio,
forre Pavie, les tapis
tapís précieux, les étofles
étoíies de soe,
soie, les tissus dor,
d'or,
les peres
perles et les pierreries qu ótalerentótalèrent à.a leurs yeux les marchands
marchands de
..
Vénise. .. Pendant que 1'Eur‹ ltEur pe était encere
encore barbare,
barbara, les Venitiens,
Vénitiens,
en échangeant les denrées de l'0ccident l'Occident centre
contre les marchandises de
PAsie, observerent
l'Asíe, observèrent les procédés des arte arts chez
chez' les Grecs euet les Arabes.
Ils établirent
Ils e'tablirent des comptoirs
comptoírs sur côtes, à Alexandria, à Tyr,
sur toutes les cites,
á
a Beiruth,
Beiruth, à.a Acre;
Acre ; iils
s penétrèrent
pénétrèrent mime, remontam le Volga, jus-
meme, en remontante
qu'à Astrakhan. IIls firent plusieurs
s firent traités avec les souverains de Egy-
plusieurs trates
pte,
pte; iils s avaient des établíssements
établissements sur les points facilement accessi-
bles en Afrique.
Afrique. LesLes villes de ces cites,côtes, habites
habités par les Arabes,
étaient des cites cités opulentes, trástres manufacturiéres.
manufacturières. Les vaisseaux des
Vénítiens,
Vénitiens, des le 7° 7e et 8°8e siecle,
siècle, allaient y charger des grains, grainha, des
parfums, des deres dents d'éléphant, de la poudre dor, d'or, des huíles,
hniles, et enñn
enfin
esclaves qu'ils
des escaves qu*ils vendaient a d'autres Africains, ou lux aux Marres
Maures eta-
blis eu
en Espagne. z,»
15
15
o culto vívissimo
O d'Oliveira 1,
vivissimo por Santa Maria d'0liveira 1, que concorre-
ram para que DOS
nos seculos posteriores á a fundação da monar-
chia se mantivessem, diliiculdades de viação, as
mantivessem, apesar das dificuldades
mais estreitas relações com as outras terras, especialmente
Lisboa e Porto,
Porto, deveremos crer movimento,
crér que qualquer movimento,
qualquer nova phase nas relações sociaes doestes
d'estes maiores cen-
tros de população teria aqui rapidamente a sua natural refle-
xão.
xão.
No seculo xxvr,
I , as principaes industrias de Guimarães, ex-
ceptuada a de tecidos d'algodão que é de data recente,
recente, eram
já florescentes, e muito antigas.
antigas.
industriasfmais
Entre as industrias Guimarães, deve in-
fmais antigas de Guimarães,
cluir-se, já como florescente na época da constituição da mo-
narchia,
narchia, no seculo XII,xn, a de tecelagem de linho.
O Minho, no começo da monarchia,
0 monarchia, avantajava-se,
avantajava-se, no
d'esta industria, a todas as terras que hoje formam o
exercicio desta
2_
continente portuguez 2.
desenvolvimento, ou importancia relativa
Considerando o desenvolvimento,
n'essa remota época,
povoação, nessa
d'esta povoação,
desta época, devemos dar por ave-
riguado que a velha Vimaranes ou Guimarães era uma d'es-
Minho, onde prosperava a industria da tecela-
sas terras do Minho,
linho, sustentando-se até hoje, com incontestavel cre-
gem de linho,
dito, apesar do seu exercicio em domicilio com OS
dito, os seus tradi-
teares H13.!]IJ3.€S.
cionaes processos e teores agora, a fabrica do
manuaes. SÓ agora,
Guimarães, fundada ha dois anhos,
snr. Antonio da Costa Guimarães, annos,
tradições, e inaugura a grande industria
rompe com as tradições, d'esta
industria desta
classe, vapor, e 0s
classe, com o seu motor a vapor, os seus já numerosos
teores mechanicos.
teares -I
11 culto!!
Hoje ha fervor por novo culto |
2
2 Dir. Pata.,
Coelho da Bocha, Hist. de Dir. pag. 82,
Patr., pag. 82; Relatorio da
artigo do snr. Joaquim de Vascon-
Guimarães, artigo
exposição industrial de Guimarães,
cellos, pag. 146.
cellos, 446.
16
'16
A industria de curtumes
cortumes é antiquissima nesta
n'esta povoação.
povoação.
Antes de constituida 8.
a monarchia, no foral do conde D.
Henrique era tributada com um centil
ceitil ou dinheiro a venda de
cada couro 1.1.
1517, no foral de D. Manoel, já se tributava em tres
Em 1517,
reges
reaes por carga maior
maior 0o sumagre, e a casca; e pelos gene-
ros tributados e isentos, expressos neste
n'este foral, se vê que era
já então mui desenvolvido e avultado 0
o commercio vimara-
nense.
IIBIISB.
Em 1315,
1315, fundaram OS sapateiros João Bahião, e Pero Ba-
os sapateiras
hião, a irmandade e albergue de s.
hiã0, S. Ghrispim, e o dotaram
com uma poça dos curtumes
cortumes da rua de Couros.
Couros. Esta fundação,
fundação,
a abundância
abundancia de meios destesd*estes dois inolvidaveis industriaes.
industriaes,
indicam que as classes de curtumes
cortumes e de calçado eram pros-
peras.
Nem admira, sabendo-se que as applicações de couro ec
pelles se não restringiam, na Idade Media,
peles Média, ao calçado e ar-
reios, abrangiarn ornamentações luxuosas de mobília, es-
reios, mas abrangiam
pecialmente dos bafes
bahús e dos cofres cobertos do de couro branco,
branco,
tanto serviam para transportes de ba-
preto, ou colorido, que Lauto ba-
gagens, como para assentos. Sabe-se que uma grande fabrica
de couros, a maior do mundo segundo afirma afllrma um antigo es-
criptor,
criptor, existia na península, em Cordova.
Gordova. Na Idade Média
eram numerosas as fabricas de curtumesoortumes em Hespanha. E E as»-
as-
sim como se afirma
aflirma que foi de Hespanha que esta classe de
industria se propagou, por Tolosa, para povoações de França, Franca,
é de crer
crér que os nossos curtumes
cortumes tivessem a mesma remota
origem.
Segundo afirma
afiirma Coelho da Rocha, cit. Hist. pag. 83, no
começo da monarchia os nossos artefactos eram toscas, toscos, exce-
ptuadas as appiicações
applicações de couros e peles
pelles d'animaes,
d'auimaes, prepara-
das com aceio
ceio e riqueza de bordaduras para arreios, para or-
cavalleiros e para vestes e coberturas delicadas
natos dos cavaleiros delicadas. .
E pois legitima a presunção
presumpção de que as industrias de cor-
tumes e de calçado, são coevas, se não anteriores 8a monar-
cbia,
chia; e pode com afouteza atlirmar-se
aílirmar-se que eram prosperas no
11 Yid. Coømnentafríos
Víd. Connnentarias sobre os Furaes,
Foi-nes, do conselheiro Silva Ferrão,
Ferrão,
pag. 175,
575, voi.
vol. n.
\
17
17
=«¡=
at:
no começo do se-
tambem antiquissima; e 110
A serralheria é tombem
XIV era já celebre, com o notavel serralheiro do tempo
culo xrv
de D. Diniz 1_
1.
A classe d'armeiro era antiga, como prova o regimento
municipal dos oflicios, t719, que a incluo,
ofiicios, de 1719, inclue, assim como a de
tambem tão numerosa, occupando quasi
outr'ora tombem
pentieiros, outrora
todas as pequenas casas da velha rua d'Arcella, então extra-
No
No seculo xvr,
XVI, diversas classes de industria vimaranense,
incluidas as de calçado e ourivesaria, atingiram,
attingiram, como vimos,
vimos,
notavel expansão.
E neste
n'este mesmo seculo perdeu ou afrouxou a industria ví- vi-
maranense a sua actividade*
actividade! Nenhum facto preciso, claro, ac-
cusa 0o estacionamento ou depressão da nossa industria em to-
ousa
do o decurso do seculo v. XVI.
Estamos habituados a afirmar
aifirmar o esmorecimento
esmorecímento da indus-
tria portugueza no seculo XVI fins do seculo xv,
xvr e fins XV, porque por
um lado o desenvolvimento do espirita espirito aventureiro e mercan-
til, que produziu a febre das conquistas, por outro nos uns fins
do seculo XVI xvr a invasão jesuitica
jesuitice avivando questões religiosas,
propellindo ao fanatismo, á.
e prcpellindo á intolerancia politica e religiosa,
causaram o estacionamento da actividade fabril em Lisboa e
Porto,
Porto, e noutras
n'outras povoações industriaes; e destes
d'estes factos,
factos, que
os nossos historiadores demonstram, derivamos uma affirma-
ção geral e absoluta.
0uem
Quem nos auctorisa porém a afirmaraflirmar que o mesmo phe-
nomeno se produzira em GuimarãesGuimarães??
Attenta a natureza das principaes classes d'industria deste d'este
concelho, persuadirão-nos
persuadimomos que o desvairamento, que a opu-
lencia mercantil, que proveio das conquistas, não prejudicou
a actividade fabril de Guimarães.
0O jesuitismo, se por acaso invadiu Guimarães, foi muito
mais tarde,
tarde, e não deixou vestígios
vestigios que accusem predomínio.
Havia ordens religiosas, numerosos conventos, mas estes nun-
ca geralmente foram inimigos do desenvolvimento industrial, industrial,
nem da instrucção do povo, e pelo contrario OS os houve, nos
paizes europeus, que conquistaram na historia da ci-
diversos pazes
21
1
22
Il
11 Segundo uma carta, que recentemente recebemos do sur. .loa-
snr. Jea-
d'ofiicios dá°ourives
quim de Vasconcellos, as corporações d'ofÍlcios já se encon-
diourives já.
tram organisadas, segundo documentos ineditos ineditos que s. exc.=*~ possue,
exe.au possue,
DO
no seculo XV.xv.
illustre soco
estimariamos que o nosso ilustre
Muito estirnariamos honorario honrasse
socio honorario
esta Revista, interessantisslmo assunto.
elucidando-nos sobre este interessantissirno
Revista, elucidando-nos assumpto.
As conjecturas que formulamos, quanto á industria industria vimaranense,
teriam decerto o mesmo valor,
teriam n'esta povoação já no
valor, visto que nesta no seculo
florescente a industria.
xv era florescente
Emquanto
quanto s. exefi* exc.IL não der a honra da sua collaboração na Re- Be-
Mamas SARMENTO, a que pertence como um dos
SOCIEDADE Mâarrss
vista da SocIsoaos
mais conspicuos socos contentar-nos-hemos com as notas
socios honorarios, contentar-nos-hemos
cxcellente estudo Historia da Arte em Portugal. A
fugitívas do seu excelente
fugitivas
pag. H
pag- ll e '22 já s. excfi* alfirma a posse de documentos comprova-
excfiJL nos afirma comprova-
apparecimento do regimen cooperativo dos ofícios
tivos do apparecimento otÍicios portugue-
portugue-
no em
zes 110 fim do seculo xv. E o que a pag. M ll se esclarece acerca da acti-
valencianas
industrias hespanholas, e corporações catalãs e valencianas
vidade das industrias
desde o seculo XIY,xrv, mais nos aviva a convicção de que não foi Gui-
portuguezas na organisação
marães mui distanciada das outras terras pertuguezas
das suas corporações d'otlicios.
d”oflicios.
23
TITULO II
(Continuada do 4.°
(Continuado 4.° anuo,
anno, pag. 211)
CAPITULO I