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Operacional Padrão
POP/UNIDADE DE REABILITA-
ÇÃO/019/2015
Oxigenoterapia Hospitalar em
Adultos e Idosos
Versão 1.0
UNIDADE DE
REABILITAÇÃO
Procedimento Operacional
Padrão
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/019/2015
Oxigenoterapia Hospitalar em Adultos e Idosos
Versão 1.0
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EXPEDIENTE
Produção
HISTÓRICO DE REVISÕES
Autor/responsável por
Data Versão Descrição Gestor do POP
alterações
OBJETIVO ...................................................................................................................................7
GLOSSÁRIO ...............................................................................................................................7
APLICAÇÃO ...............................................................................................................................7
Introdução..................................................................................................................................8
Objetivos ...................................................................................................................................9
Indicações ................................................................................................................................10
Efeitos ...................................................................................................................................16
GLOSSÁRIO
APLICAÇÃO
Todos os setores de internação de pacientes adultos e idosos do HC-UFTM
I.I Introdução
Em 1920, o oxigênio (O2) começou a ser utilizado como recurso terapêutico em ambiente
hospitalar. Desde então, nota-se a necessidade de uma intervenção multiprofissional, entre os profis-
sionais da área da saúde, para oferta adequada desse gás aos pacientes que necessitam fazer o uso da
oxigenoterapia. Todos os membros da equipe multiprofissional, incluindo médicos, enfermeiros, fi-
sioterapeutas, entre outros, devem estar atentos às indicações, às formas de administração do suporte
de O2, aos efeitos benéficos e deletérios, e a dosagem a ser fornecida ao paciente (LAGO, INFAN-
TINI e RODRIGUES, 2010).
A oxigenoterapia consiste na administração de O2 numa concentração de pressão superior à
encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de O2 ou hipóxia, aplicada tan-
to em situações clínicas agudas quanto crônicas (LAGO, INFANTINI e RODRIGUES, 2010).
Em 2008, a British Thoracic Society (BTS) publicou a primeira orientação sobre o uso emer-
gente de O2 em adultos. O O2 médico, como outros gases médicos, é considerado um medicamento e
deve ser prescrito. A prescrição deve respeitar as indicações definidas e incluir as especificações da
dose, sistema de administração, duração da terapia e monitorização (O’DRISCOLL, HOWARD e
DAVISON, 2008).
A razão mais comum para a utilização da oxigenoterapia é a insuficiência respiratória aguda
(IRpA), em que há impossibilidade do sistema respiratório manter os valores da pressão arterial de
oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) (LINDAHL, 2008). A American
Association for Respiratory Care cita, como principais indicações de oxigenoterapia, pacientes com
PaO2 < 60 mmHg ou saturação periférica de oxigênio (SpO2) < 90%, em ar ambiente, e/ou SpO2 <
88% durante exercício ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias (KALLSTROM,
2002).
A impossibilidade do sistema respiratório em manter os valores adequados dos gases no san-
gue é devido a dois fatores: primeiramente, a hipoventilação, ou seja, quando ocorre a oxigenação
inadequada dos pulmões, por algum motivo; e em segundo, a incapacidade dos tecidos em utilizar o
O2, seja por uma doença pulmonar, que provoque alteração nas trocas gasosas, diminuindo os níveis
de O2 nos alvéolos e consequentemente, na corrente sanguínea, ou, seja por uma doença cardíaca,
que afete o transporte de O2 aos tecidos (GUYTON, 1997).
As manifestações clínicas mais comuns da hipoxemia são (GUYTON, 1997):
POP/Unidade de Reabilitação/019/2015 Oxigenoterapia Hospitalar em Adultos e Idosos
I.II Objetivos
O principal objetivo da oxigenoterapia é aumentar a quantidade de O2 carreado no sangue pe-
las hemoglobinas até o tecido (LAGO, INFANTINI e RODRIGUES, 2010), ou seja, visa-se reverter
o quadro de hipóxia tecidual, que se caracteriza pela diminuição dos níveis de O2 existentes nos teci-
dos e órgãos, não havendo O2 suficiente para realização das funções metabólicas normais, ocasionan-
do a morte celular (GUYTON, 1997).
Além disso, o uso do suporte de O2 visa: aumento da sobrevida e da tolerância ao exercício,
diminuição do tempo de hospitalização, diminuição da dispneia, diminuição da pressão da artéria
pulmonar e resistência vascular pulmonar, melhora do desempenho psicomotor e melhora da quali-
dade de vida (LAGO, INFANTINI e RODRIGUES, 2010).
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Vantagens: confortável por longos períodos de tempo, não impede a fala, a tosse e a degluti-
ção, não invasivo, não há risco de reinalação de CO2, terapia domiciliar prolongada.
Desvantagens: permite um fluxo de O2 de 1 a 5 L/min, utilizado apenas por pacientes que são
respiradores nasais, pode causar irritação de mucosa nasal quando ofertados fluxos maiores, resse-
camento, dermatites e até sangramento nasal.
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Vantagens: abrange nariz e boca, podendo ser utilizado nos pacientes respiradores nasais e
orais, permite fluxos mais altos de 4 a 15L/min, sendo que na literatura visa-se utilizar essa máscara
com um fluxo até 8 L/min, pois acima disso, a perda do O2 no ar é maior.
Desvantagens: dificulta fala, deglutição e expectoração, sensação de claustrofobia, requer um
correto posicionamento e fixação.
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Vantagens: permite a oferta de fluxo de 1 a 15 L/min, FiO2 (35% a 60%), permite utilizar sis-
tema de Venturi, não causa desconforto ao paciente.
I.VI Efeitos
I.VI.I Efeitos Benéficos
Sabe-se que o uso da oxigenoterapia acarreta diversos efeitos positivos, dentre eles (WIL-
KINS, STOLLER e KACMAREK , 2009).
Melhora da troca gasosa pulmonar;
Melhora do débito cardíaco;
Vasoconstrição sistêmica;
Vasodilatação arterial pulmonar;
Diminuição da pressão arterial pulmonar;
II.I Conduta
Higienizar as mãos;
Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;
Reunir todo o material necessário na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira;
Preencher o frasco umidificador com água destilada, no máximo 2/3 de sua capacidade, caso
o paciente queixe de incômodo ou secura;
Testar a saída de oxigênio na régua de gazes ou rede portátil (torpedo de oxigênio);
Instalar o fluxômetro, caso este já não esteja na saída de oxigênio e conectá-lo ao umidifica-
dor;
Conectar o cateter nasal a extensão e este ao umidificador;
Calçar as luvas de procedimento não estéreis;
Colocar o cliente em posição decúbito dorsal em semi-fowler;
Avaliar as narinas quanto à integridade, desvio de septo e perviedade, solicitando ao cliente
que assoe uma narina e oclua a outra, identificando a mais adequada para inserir o cateter;
Medir a distância entre a fossa nasal e o lóbulo da orelha e demarque com fita adesiva cirúr-
gica;
Umedecer a gaze com água destilada, passar no cateter até a demarcação, elevar a ponta do
nariz usando o dedo indicador e introduzir o cateter de forma suave e firme até a demarcação;
Fixar o catéter com a fita adesiva cirúrgica no nariz e na testa ou então na face lateral do ros-
to;
Conectar a extensão no cateter nasal e regular o fluxômetro, conforme prescrição médica ou
saturação periférica;
Reunir e retirar todo o material da unidade do cliente;
Retirar as luvas;
Higienizar as mãos;
Explicar o procedimento e a finalidade ao cliente;
Reunir todo o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira;
Preencher o frasco umidificador com água destilada, no máximo 2/3 de sua capacidade, caso
fluxo maior que 4 L/min ou caso paciente queixe de secura ou desconforto;
Testar a saída de oxigênio na régua de gazes ou rede portátil (torpedo de oxigênio);
Instalar o fluxômetro, caso este já não esteja na saída de oxigênio e conectá-lo ao umidifica-
dor;
Conectar o cateter tipo óculos a extensão e este ao umidificador;
Calçar as luvas de procedimento não estéreis;
Colocar o cliente em posição decúbito dorsal em semi-fowler;
Introduzir as pontas da cânula nas narinas do cliente e ajustar acima e atrás de cada orelha e
abaixo da região mentoniana;
Regular o fluxômetro conforme prescrição médica ou saturação periférica;
Reunir e retirar todo o material da unidade do cliente;
Retirar as luvas e higienizar as mãos;
Avaliar o cliente quanto ao alívio dos sinais e sintomas;
Realizar a troca do cateter a cada 24 horas e observar a integridade da pele do paciente.
Higienizar as mãos;
Explicar o procedimento e finalidade ao cliente;
Reunir todo o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira;
III. FLUXOGRAMA
LAGO AP; INFANTINI RM; RODRIGUES H. Fisioterapia Respiratória Intensiva, 1 ed. São Paulo:
CBBE, 2010 (Cap.15).
O’DRISCOLL BR1; HOWARD LS; DAVISON AG. British Thoracic Society. BTS guidelines for
emergency oxygen use in adult patients. Thorax 2008 Oct; 63(Suppl 6):1-68.
LINDAHL SG. Oxygen and life on earth: an anesthesiologist’s views on oxygen evolution, discov-
ery, sensing and utilization. Anesthesiology. 2008 Jul;109(1):7-13.
KALLSTROM TJ. American Association for Respiratory Care (AARC). AARC Clinical Practice
Guideline: oxygen therapy for adults in the acute care facility. Respiratory Care. 2002
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GUYTON AC; HALL JE. Tratado de fisiologia médica. 9 ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,
1997.
SARMENTO GJV. Fisioterapia respiratória no paciente crítico: rotina clínicas. 3 ed. São Paulo:
Manole, 2010. (Cap. 7).
KOCK KS, ROCHA PAC, SILVESTRE JC et al. Adequações dos dispositivos de oxigenoterapia em
enfermaria hospitalar avaliadas por oximetria de pulso e gasometria arterial. ASSOBRAFIR Ciên-
cia. 2014 Abr;5(1):53-64.
WILKINS RL; STOLLER JK; KACMAREK RM. Egan Fundamentos Da Terapia Respiratória, EL-
SEVIER BRASIL, 2009.