Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Artur Goulart Atividade 2
Artur Goulart Atividade 2
LAURO DE FREITAS
2020
ARTUR ANDRADE NOGUEIRA DE AVILA GOULART
LAURO DE FREITAS
2020
ARTUR ANDRADE NOGUEIRA DE AVILA GOULART
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................14
2. O GÁS NATURAL...............................................................................................16
3. FUNDAMENTOS DA GERAÇÃO TERMELÉTRICA..........................................17
3.1 A TERMODINÂMICA E SUAS LEIS............................................................................................................17
3.2 CICLO DE VAPOR (RANKINE)...................................................................................................................17
3.3 CICLO BRAYTON......................................................................................................................................17
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................19
REFERÊNCIAS...........................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO
GERAÇÃO TERMELÉTRICA
A TERMODINÂMICA E SUAS LEIS
1º lei da termodinâmica
2 lei da termodinâmica
CICLO DE VAPOR (RANKINE)
vanderleia
Em (5), 𝑄23, 𝑄41 são calor fornecido pela 1.1.1.1 4.2.1.1 Ciclo Rankine com
caldeira e calor rejeitado pelo reaquecimento
condensador (kJ/kg), e 𝑊12 é o trabalho
consumido pela bomba de alimentação
por unidade de massa (kJ/kg). A Figura
22 mostra o ciclo Rankine simples. No caso de ciclo Rankine com
reaquecimento, que pode ser simples ou
duplo (também chamado de este ter-se expandido e realizado
superaquecimento), usam-se duas ou trabalho na turbina de alta pressão.
mais turbinas, pois o processo de Consegue-se, também, manter nos
reaquecimento acontece entre as limites aceitáveis a umidade do vapor
turbinas de alta e de média/baixa nos últimos estágios da turbina. Assim,
pressão. uma diminuição de 1 % no título do
Para Stuchi (2015, p. 66), “não provoca vapor de exaustão acarreta em uma
uma grande melhora no rendimento do diminuição de 1 % no rendimento interno
ciclo, no entanto, promove uma evolução relativo da turbina, devido ao efeito das
do título do vapor na saída da turbina, o gotículas de água no vapor.
que evita o acúmulo de umidade nas Porém, o reaquecimento está
palhetas dos últimos estágios”. A Figura relacionada a um consumo adicional de
23 mostra o ciclo Rankine com combustível e à instalação de tubulações
reaquecimento. de vapor adicionais, entre a turbina e a
caldeira, e de superfícies de
aquecimento. Tudo isso, além do custo
Figura 23 -Ciclo Rankine com reaquecimento inerente, apresenta-se como um
complicador da operação da unidade. É
por isso que, como resultado da
aplicação da análise técnicoeconômica,
o reaquecimento é utilizado somente em
unidades de potência média e alta,
geralmente com mais de 100 MW.
QH
3
2 Câmara de
combustão
3 QH
4
Turbina
WTG
Compressor a gás 2
1 Wc QL
4
exaustão
Ar
1
QL
(a) (b) S
combustível
T
Figura 1 - (a) Esquema de funcionamento ciclo Brayton; (b) diagrama T-s do ciclo Brayton ideal
Fonte: Hirano; Mamani (2013).
térmica. Os gases provenientes da
combustão são direcionados à
turbina, onde se expandem,
produzindo trabalho. Sendo, então,
liberados para a atmosfera em
condições de pressão próxima à
atmosférica, mas ainda em alta
temperatura.
13
Figura 262 - Ciclo de turbina a gás com trocador de calor regenerativo e intercooler
Conforme Lora e Nascimento (2004) informam neste tipo de tecnologia vapor de água é
injetado na saída do compressor, aumentando a vazão em massa que entrará na
turbina e aumentando o trabalho produzido. O trabalho requerido pelo compressor
continua o mesmo e, desta forma, o trabalho útil do ciclo aumenta. O vapor injetado
é produzido na caldeira de recuperação, aproveitando-se a energia dos gases de
exaustão da turbina. A injeção de vapor ajuda também a reduzir a emissão de
óxidos de nitrogênio (NOx), diminuindo a poluição causada pelas termelétricas. O
vapor injetado deve estar numa pressão 4 bar acima da pressão dos gases do
compressor e na mesma temperatura desses.
Este sistema proporciona um ganho significativo na potência específica e um ganho
moderado na eficiência térmica global.
Como vantagens apresenta a redução de óxidos de nitrogênio, ganhos de potência e
eficiência e a facilidade de adaptação de um ciclo simples para este, visto que as
mudanças requeridas nos equipamentos são pequenas.
O grande problema da injeção de vapor é a corrosão associada na turbina.
É possível ainda adaptar este arranjo para torná-lo regenerativo, com injeção de água.
Neste caso, tem-se maior eficiência térmica à baixa razão de pressão do que o ciclo
com injeção de vapor. Porém, tem-se a corrosão no trocador de calor devido à
presença de água e o desenvolvimento de pontos quentes, que podem acarretar em
incêndio do regenerador. A Figura 33 mostra este ciclo.
Sabe-se que a eficiência térmica e a potência elétrica gerada pelas turbinas a gás
dependem da temperatura do ar na entrada do compressor. Isto porque o aumento
na temperatura faz com que a massa específica do ar se reduza, diminuindo a
vazão de ar que entra e aumentando a potência consumida pelo compressor.
Existem diferentes meios de se reduzir a perda de potência da turbina a gás devido
ao aumento da temperatura ambiente.
16
Um dos métodos é a injeção de água que será evaporada e com isso, haverá um
resfriamento evaporativo, porém haverá o aumento da umidade do ar pode limitar
essa aplicação.
Outra opção é o uso de água gelada que resfriará o ar através de um trocador de calor
(chiller). Entretanto, neste caso há perda de pressão na entrada da turbina e
consumo adicional de potência.
Há, ainda, o fog evaporative cooling, que é mais eficiente que o resfriamento evaporativo
e tem menor custo. Com este sistema a potência pode aumentar de 2 % a 10 %.
1.1.1.7 4.3.1.5 Ciclos com injeção de vapor em alta pressão e em baixa pressão
Ciclos com injeção de vapor já foram vistos na seção 4.3.1.3. Entretanto, neste caso,
trata-se de injeção de vapor de alta pressão na câmara de combustão e vapor de
baixa pressão entre os estágios da turbina a gás.
A vantagem se traduz em aumento da eficiência térmica devido à recuperação de calor
dos gases de combustão e aumento da potência entregue pela máquina, bem como
na redução de emissão de gases NOx. A Figura 34 mostra um diagrama do arranjo
desse tipo de usina.
Existem várias turbinas projetadas para operar com esta tecnologia, como a
LM2500TIG da GE, a 501-K da Allison e a TB5000 da Ruston. Na primeira, com
injeção de vapor de água na proporção de 7 % da massa em alta pressão e 6,5 %
da massa em baixa pressão, consegue-se um aumento da potência de 34 MW para
52 MW e de eficiência de até 43 % (TUZSON 1992 apud LORA 2004).
Este tipo de arranjo possui a desvantagem de utilizar muita água, tornando-se um fator
de alto custo para a operação.
Pode-se ainda inserir no circuito resfriamento intermediário no compressor – o que
reduz a potência consumida pelo compressor de 50 % para 30 % - e reaquecimento
nas turbinas – com vistas a aumentar o trabalho útil daquelas.
17
Ainda segundo Tuzson (1992) apud Lora (2004), para a turbina LM5000 da GE num
circuito com injeção de vapor, resfriamento intermediário e reaquecimento atinge-se
a potência de 110 MW com eficiência de 55 %.
Outros relatos mostram aumentos de eficiência e potência extraída com a inserção
destes mecanismos, ajustando-se temperatura de gases na entrada das turbinas e
as pressões das massas de vapor injetadas.
Além do arranjo já apresentado para este tipo de ciclo, a Figura 35 mostra outros
possíveis arranjos com o mesmo objetivo de aumentar a eficiência e potência.
.
Combustível QH
2
3 .
WTG
C TG
1
Ar
Caldeira de
recuperação
6 5 4
Calor recuperado
. 9 .
Wb 8 WTV
TV
7
Bomba
.
QL Condensador 10
.
em que m C é a vazão mássica de combustível, em kg/s, e PCI é o Poder
Calorífico Inferior do combustível, em MJ/kg.
apresenta uma ligação em série de uma turbina a gás com um ciclo Rankine através de
uma caldeira de recuperação.
Para uma central em paralelo o combustível é utilizado para gerar calor para os dois
ciclos. Nesse caso, deve-se operar com apenas um combustível de alta qualidade,
uma vez que os gases estarão em contato direto com a turbina a gás. Pode-se ver
o esquema desse tipo de usina no esquema da Figura 39.
A Figura 40 mostra um diagrama de uma usina série paralelo. Neste caso, emprega-
se a queima de combustível adicional na caldeira de recuperação, podendo ser
utilizado um combustível de menor qualidade – carvão mineral, por exemplo – uma
vez que se utilizam os gases de exaustão da TG para a combustão.
• Válvula de bypass
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
30
REFERÊNCIAS
ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (2009).
Disponível em: <http://www.anp.gov.br/producao-de-derivados-de-petroleo-e-
processamento-de-gas-natutal>. Acesso em 30 de março de 2020.