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Reinaldo Portal Domingo

Francimary Macêdo Martins (orgs.)

São Luís
2017

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SUMÁRIO

UNIDADE IV| O ENSINO E A APRENDIZAGEM NA EAD 3


1. A prática pedagógica na EAD 3
2. Tutoria 7
3. Avaliação 12
Referências 19

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O ENSINO E A APRENDIZAGEM NA
EAD

UNIDADE IV
O ensino e a aprendizagem na EAD. A prática pedagógica na EAD. Recursos
metodológicos, tutoria (acompanhamento) e avaliação.
Ao final desta Unidade você deve:
• Compreender o processo de ensino e aprendizagem na EAD e seus recursos
metodológicos.
• Conhecer a sistemática de avaliação realizada na modalidade de EAD;
• Conceber os aspectos teóricos e práticos da tutoria como determinante para a
participação ativa do aluno durante os cursos a distância.

O princípio orientador das ações da Educação a Distância é o


fato de o processo de ensino e aprendizagem estar centrado no
estudante, e, conforme Belloni (2001, p. 31):
...isto significa não apenas conhecer o melhor possível
suas características socioculturais, seus conhecimentos
e experiências, e suas demandas e expectativas, como
integrá-las realmente na concepção de metodologias,
estratégias e materiais de ensino, de modo a criar
através deles as condições de autoaprendizagem.

O contexto da EAD permite maior compreensão do


planejamento de estudos e conteúdos, induzindo o aluno a assumir
a direção do processo de construção do saber, tendo como opção
escolher e usar adequadamente o tempo e o espaço no seu
desenvolvimento profissional. E, assim também, buscar a tão
prenunciada autonomia, em que ele tem sua independência
declarada na escolha do tempo e local de estudo, buscando, quando
necessitar, a ajuda da orientação da tutoria.

1. A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA EAD

O processo de ensino-aprendizagem realizado no sistema de


EAD, com uso massivo das tecnologias, além de redefinir as

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concepções de tempo e espaço, gera mudanças nos papeis dos
elementos envolvidos no desenvolvimento da modalidade. Mudanças
essas relacionadas aos papeis até então desempenhados no sistema
presencial. Até a tecnologia passa a ter um papel diferencial, pois
surge como redutor de distâncias, de espaços, de tempos.
De acordo com a história humana, o homem primitivo
instintivamente já tinha noção de conjunto, pois vivia em bando,
em cooperação na caça, na coleta de insetos, raízes e sementes,
completando assim sua produção alimentar. Consequentemente,
esses bandos evoluíram, “se congregaram em grande número para
cooperar nas escavações e no levantamento de represas” (MCNEILL,
1967). Portanto, a ideia de colaboração, compartilhamento,
coletividade, agrupamento, agregação, cooperação é uma
característica inerente do ser humano no decorrer da História da
Humanidade.
O processo de aprendizagem é alvo de distintas concepções:
apesar da maioria dos autores trabalharem com a teoria
comportamentalista que diz que a aprendizagem é “uma
modificação do comportamento”.
Para Maturana (1994) o conceito de aprendizagem é “uma
modificação estrutural não do comportamento, mas da
convivência”, e defende que a interação entre os sujeitos é que
efetiva a aprendizagem, mudando assim a estrutura de convivência
de ambos. Isso tudo causa uma grande transformação no processo
educativo atual, principalmente quando se define a educação como
um processo de mudança estrutural da convivência; ou melhor, se
não há convivência não há aprendizagem.
A colaboração e a cooperação são termos interligados, por
vezes sinônimos. Fazendo uma pequena diferenciação, a
colaboração está voltada para a contribuição, para a troca de
informações e interações que ocorrem de maneira síncrona e
assíncrona. Enquanto a cooperação envolve:
[...] vários processos - comunicação, negociação, co-
realização e compartilhamento... co-realização é um
trabalho cooperativo em essência - é o fazer junto, em
conjunto. É o co-projetar, co-desenvolver, co-realizar e
co-avaliar. O prefixo “co” implica em uma série de
requisitos para que ocorra uma atividade em conjunto
(BARROS, 1994, p. 27-28).

A cooperação é uma das atividades humanas mais


importantes, porém, nas salas de aula tradicionais a cooperação é

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vista como uma forma de “pesca”. A competição para a recompensa
é o comportamento dominante nas salas de aula: o que implica que
o sucesso de um aprendiz reduza a chance de recompensa dos
outros.
No ensino cooperativo, o sucesso de um aprendiz é
correlacionado ao sucesso do grupo e deve ajudar os outros
aprendizes a serem “prósperos”. Os aprendizes trabalham juntos
para alcançar um objetivo comum, através da interdependência
entre si. Cada membro é responsável pela realização deste objetivo
(ELLIS e WHALEN, 1990).
No processo de aprendizagem tradicional, o foco principal não
é a cooperação. Apesar de existir o trabalho em grupo, percebe-se
que os elementos do grupo não interagem com o objetivo de se
ajudar mutuamente, nem todo grupo é cooperativo; a cooperação
tem um sentido mais amplo, significa trabalhar juntos para alcançar
um objetivo comum.

Aprendizagem cooperativa

Para diferenciar os grupos de aprendizagem tradicional dos


grupos de aprendizagem cooperativa, apresentamos algumas
características que o grupo cooperativo deve possuir (JOHNSON e
JOHNSON, 1994), são elas:
a) Interdependência positiva: Significa dizer, que o sucesso
de um depende do sucesso do outro, ou seja, todos
precisam saber do tema em questão, existe claramente
uma preocupação de um participante da equipe com o seu
colega.
b) Responsabilidade Individual e em Grupo: A
responsabilidade individual é a chave para assegurar que
cada componente do grupo receba e promova um reforço
cooperativo em seu aprendizado, ou seja, o indivíduo
avaliado será reconhecido pela sua contribuição dada ao
sucesso do grupo.
c) Interação direta: É essencialmente necessário que haja um
auxílio efetivo e eficiente entre os aprendizes, ou seja, a
troca de recursos, assistência, cumplicidade mútua para
que as informações sejam processadas dinamicamente.
d) Processamento de Grupo: É necessário saber se ações dos
membros dos grupos foram ou não bem sucedidas a fim de

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decidir que ações deverão continuar ou mudar. O objetivo é
verificar a participação ativa dos membros do grupo.
Através do processamento de grupo, é possível (FERREIRA,
1998): avaliar a qualidade da interação entre os membros
do grupo; examinar o processo pelo qual o grupo trabalha;
determinar os objetivos e prover efetividade ao grupo; e
verificar a real situação do grupo no que se refere ao
aprendizado.
e) Habilidade Social: São evidenciadas todas as formas do
membro do grupo interagir com os colegas a fim de realizar
determinada atividade.
É importante ressaltar que a habilidade social reforça a
independência e a interatividade existente entre os membros do
grupo. Por exemplo, agradecer, apreciar a contribuição de colegas,
verificar o consenso sobre uma determinada ideia, manter o grupo
ocupado, manter o diálogo, mediar as discussões no grupo etc.
A cooperação vai além de grupos de estudos ou mesmo de
equipes reunidas em momentos distintos, isto porque nem todo
grupo é cooperativo. Atenção! Não basta haver equipes reunidas em
uma sala de aula para que o processo ensino/aprendizagem torne-se
cooperativo.

Papel do Professor no Ensino Cooperativo

No ensino cooperativo computadorizado, o professor/tutor


deixa de ser o detentor absoluto do conhecimento, pois permite ao
aprendiz trocar experiências com o professor, o tutor e com os
demais aprendizes, promovendo assim uma cumplicidade no sentido
de somar, contribuir, cooperar e aprender uns com os outros.
No ensino cooperativo, o papel do professor vai além da
posição de destaque à frente dos aprendizes repassando conteúdo.
Ele atua de forma mais interativa, criando grupos de aprendizagem
e monitorando-os para assegurar que cada componente do grupo
assimile o conteúdo transmitido e reforce, caso haja necessidade,
seus colegas do grupo.

Recursos Metodológicos na EAD

Os recursos metodológicos são instrumentos que a Instituição


e o professor utilizam para despertar o interesse do aluno, mediar a

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informação e gerar discussões e debates que auxiliam no processo
de ensino-aprendizagem deste aluno.
As estratégias metodológicas escolhidas pelo professor da
disciplina é que faz toda a diferença no ensino de um conteúdo,
pois é através desses recursos que a motivação para a aprendizagem
é adquirida.
Dentre os recursos metodológicos utilizados na EAD, os que
ganham destaque são as tecnologias educativas modernas e digitais.
Detalhes sobre esses recursos foram feitos na Unidade III deste
Livro. Além dos livros-textos impressos, digitais ou em forma de e-
book, destaca-se como interlocutor de maior alcance o Ambiente
Virtual de Aprendizagem, que contem elementos interativos que
integram todos com todos.
Para além dos recursos tecnológicos utilizados na EAD, os
processos de acompanhamento e avaliação também são primordiais
na efetivação de uma metodologia eficaz para a aprendizagem do
aluno.

2. TUTORIA
A Educação a Distância difere completamente, em sua
organização e desenvolvimento, do mesmo tipo de curso oferecido
de forma presencial, pois a tecnologia está sempre presente na EAD
como forma de gerar uma constante interlocução entre o professor
e o aluno, considerando-se que este está distante fisicamente
daquele.
Arredondo (apud POLAK, 2002) definindo tutoria diz que é um:
Conjunto de apoios técnicos, dirigido tanto aos alunos
quanto aos agentes educativos. Seu objetivo é obter o
máximo ajuste entre as potencialidades individuais e as
exigências educativas, com o fim de conseguir uma
maior formação dos alunos em seu desempenho pessoal
e em sua aprendizagem.

O tutor é um elemento típico e usual na EAD, assumindo


diferentes formas dependendo da situação em que deve inserir-se,
dos objetivos que pretende cumprir, do público que se beneficiará
dele e das condições dadas para sua atuação: ele pode atuar
presencialmente ou "a distância"; pode atender os alunos
diariamente ou em dias alternados, durante todo o dia ou em
períodos pré-fixados, por exemplo (GONÇALVES, 1996).

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Considerando-se as características da EAD, em muitas
situações a relação professor-aluno ou tutor-aluno assume aspectos
interessantes. O aluno sempre sente a necessidade de troca de
informações, seja via qualquer meio, e quanto a isso os sistemas de
Educação a Distância têm dedicado especial atenção para que essa
troca ocorra para que o aluno não se sinta desestimulado no
processo.
O participante de um curso a distância aprende a elaborar seus
próprios conhecimentos com a ajuda de um tutor. A tutoria é um dos
fatores imprescindíveis para o êxito de um empreendimento desse
tipo. Em EAD, há várias concepções de tutoria e do papel que o tutor
deverá desempenhar.
Para uma atuação concreta e eficaz do tutor em cursos de
EAD, é essencial que as instituições tenham algumas preocupações
como:
 oferecer permanentemente cursos preparatórios, para que
eles conheçam o funcionamento da modalidade a distância;
 proporcionar ao corpo docente capacitação/orientações
sobre a metodologia e as técnicas utilizadas na EAD;
 realizar, nos momentos tutoriais, práticas para ampliar os
temas de estudos, com o intuito de fazer com que eles não
se limitem a apenas responder às consultas e dúvidas dos
alunos.
Preti (1996) defende que o trabalho do tutor deve ser em
constante sintonia com o sistema de EAD, pois por ter um papel
fundamental no aprendizado do aluno, convém que ele participe
intensivamente de todo o processo de desenvolvimento de um
curso: na fase de planejamento, na fase de desenvolvimento do
curso e na fase posterior ao desenvolvimento do curso.
Niskier (2000, p. 393) defende a idéia que os tutores,
também, tem uma participação importantíssima na avaliação de um
curso, desenvolvendo as seguintes atividades:
 detectando dificuldades didáticos dos materiais
instrucionais;
 observando os problemas de desempenho acadêmico
dos estudantes;
 sugerindo formas alterantivas de enfrentar os
problemas individuais que afetam os estudantes.
Diz ainda que o tutor deve fornecer dados coletados no
processo de acompanhamento do aluno e entregá-los,
continuamente, aos gestores do curso e ao corpo docente, para

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validação dos materiais ou contribuindo para que se façam
modificações ou correções nos cursos e materiais didáticos. Mais
sobre o papel do tutor você encontra na Unidade II.
É importante que as instituições disponibilizem para o aluno
diferentes caminhos para realizar a tutoria, podendo ser presencial
ou a distância.
Na tutoria a distância: o cursista, individualmente,
entrará em contato com o tutor, através de meios de
comunicação estabelecidos, nos horários definidos
anteriormente; ou em pequenos grupos de estudo,
poderá formular algumas questões ou dúvidas e solicitar
ao tutor que os esclareça utilizando-se de um sistema
interativo de comunicação;
Presencialmente: o cursista, individualmente ou em
pequenos grupos, se encontrará no Centro com o seu
tutor muito mais para discutir e avaliar seu processo de
aprendizagem, apresentar os resultados de suas
leituras, atividades e trabalhos propostos nos materiais
didáticos do que somente para tirar dúvidas (PRETI,
1996).

Em algumas situações, percebe-se que a tutoria é mais


importante do que o material utilizado ou as plataformas de
aprendizagem disponíveis, pois quando esses elementos não suprem
as necessidades dos alunos tutor pode e deve administrar a
situação, buscando soluções e garantir a manutenção do aluno no
curso.
Gomes e Villani (2015) relatam que a atividade de tutoria
configura-se em um conjunto de ações que devem:
 promover a cooperação entre os estudantes
incentivando a aprendizagem colaborativa;
 estimular a interação entre os grupos, com o
objetivo de incentivar os estudantes a enfrentarem
as dificuldades presentes nessa modalidade de
ensino;
 possibilitar a obtenção de crescimento intelectual e
a autonomia dos estudantes.
 planejar os passos da aprendizagem para a
apropriação dos conteúdos das disciplinas,
aconselhando e orientando os estudantes quanto aos
métodos de estudo;
 ajudar a montar o percurso da formação acadêmica
do estudante;
 favorecer a comunicação entre estudante e
professor, entre estudante e instituição, entre
estudante e estudante;
 promover e acompanhar as interações entre os

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estudantes e o material didático;
 responder às questões individuais e/ou coletivas (p.
11-12).

Naturalmente, o aluno da Educação a Distância tem


características que se sobressaem: em geral, ele é adulto e traz
consigo experiências anteriores e sedimentadas, o que pode
dificultar algumas ações de intervenção no processo de ensino e
aprendizagem.
Palladino (apud ARETIO, 1994) mostra, neste quadro, alguns
aspectos da aprendizagem adulta contrastando com o estudante
habitual, que servem como norteadores para o trabalho tutorial com
os alunos de um curso em EAD:

ESTUDANTE HABITUAL ESTUDANTE ADULTO


Grupo heterogêneo em idade, interesses,
Grupo homogêneo em idade, interesses,
ocupação, motivações, experiências,
motivações, expectativas, etc.
aspirações, etc.
Posição de adulto que trabalha, que exerce a
Posição de “estudante”; exerce a função
função secundária e provisória de aluno ou
correspondente em forma estável
estudante.
Objetivos difusos, impostos, não Objetivos claros e concretos, escolhidos,
valorizados, adiados. valorizados, atuais.
Certa indiferença pelos resulta dos (“teria Muita preocupação pelos resultados (“não
outras oportunidades; tenho tempo”). posso fracassar; não devo perder tempo”).
Mais autoconfiança e segurança em si
Insegurança, esmorecimento, sensibilidade
mesmo. Menor sensibilidade ante
marcada ante observações e críticas.
observações e críticas.
Pouco cobrado pelo meio social. Cobrado pelo meio social e de trabalho.
Dependência, proteção da família; Necessidade de satisfazer as expectativas
facilmente desculpado. criadas. Livra-se às suas próprias custas.
Conhecimentos adquiridos podem perturbar a
Nada anterior perturba a aquisição de
aquisição dos novos. Muita “contaminação”,
conhecimentos. Pouca “contaminação”.
resistência à mudança.
Ritmo de aprendizagem mais rápido; Ritmo de aprendizagem mais lento; mente
mente “fresca”, perspicácia, detalhismo. preocupada; raciocínio pausado e encadeado
Maior capacidade de memorização. Menor capacidade de memorização.
Imitação ao tema de estudo. Menor Tendência a relacionar aplicações concretas.
preocupação para entender e relaciona. Dá muitas “voltas” para conseguir entender
Diz-se que “a criança memoriza e logo com clareza. Diz-se “o adulto compreende e
compreende”. logo memoriza”.
Limitado campo de experiências. Maior campo de experiências. Recursos
Aprendizagem isolada de um marco de variados de “sabedoria popular”. Adaptação
referência amplo. Poucos mecanismos de social e de trabalho. Uso de mecanismos de
compensação para superar dificuldades. compensação de certas deficiências.
Capacidade de esforço intelectual mais Menor capacidade de esforço intelectual
prolongado. Maior perseverança, sujeito ao prolongado. Necessidade de alternativa e
interesse. variação. Menor perseverança apesar do

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interesse.
Quadro 1: Aspectos da Aprendizagem habitual x Aprendizagem Adulta
Fonte: ARETIO, 1994.

O fato dos alunos também terem vindo em grande parte de


uma cultura de ensino presencial, é uma dificuldade a mais para o
processo, seja na aceitação da interação não presencial com o
“tutor”, seja no gerenciamento dos estudos, do tempo ou outras
particularidades para as quais não tiveram uma vivência anterior.
Desta forma, surgem várias dificuldades operacionais e interpessoais
para um processo que, em si, já é diferenciado.
Ao darmos voz a esses sujeitos para que reflitam sobre a
própria prática, examinando as dificuldades que enfrentam e as
competências que acreditam serem necessárias para superá-las,
possibilitamos a esses indivíduos, que estão envolvidos diretamente
no processo de ensino e aprendizagem, reflitam sobre as suas óticas
e ajudem a melhor encaminhar o processo.
Entendemos que é na prática tutorial que se dão os
acontecimentos relevantes para o entendimento do contexto do
curso e, assim, ninguém melhor do que eles para relatarem as suas
dificuldades.
É no centro da relação tutor-aluno que grande parte da
aprendizagem ocorre. Assim acreditamos, tal como os tutores, que o
fato de terem uma concepção fundamentada de Educação, já é um
passo bastante significativo para o sucesso na aprendizagem a
distância. Portanto, é na tensão entre as dificuldades e as
competências dos tutores que acontece o surgimento de um novo
fazer pedagógico.
Por fim, a tutoria é a orientação acadêmica, presencial ou a
distância, o acompanhamento pedagógico e a avaliação contínua do
estudo e da aprendizagem dos alunos. Por ter caráter personalizado
no atendimento, deve considerar as características dos alunos
adultos que estudam na modalidade de EAD, para com isso obter
resultados satisfatórios e consolidar o laço acadêmico entre o aluno
e a instituição.

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3. AVALIAÇÃO

“Avaliar é um Verbo forte, importante e complexo.


Muito mais presente e constante na vida de todos nós
do que muitos pensam. Constitui, em essência, o verbo
da informação para a tomada de decisões” Coelho
Neto

O processo de busca pela autonomia é uma árdua estrada pela


qual o aluno tem que percorrer, haja vista o confronto com as
tradições pedagógicas vigentes em nossas escolas, onde se privilegia
o saber “bancário” e não o saber “adquirido”.
Essa concepção bancária, defendida por Paulo Freire (1987),
focada no ditar do professor, que “enche” os estudantes de
conteúdos, anula o poder criador destes, pois não estimula sua veia
crítica. A submissão do estudante a tal processo acaba levando-o a
ser obrigado a realizar também avaliações submissas, quando
valorizam a “decobera” ou o “copiar-colar”, transformando-se em
verdadeiros autônomos.
Para a consecução desse princípio, cabe à avaliação a função
básica de subsidiar tomadas de decisões, com o intuito de fornecer
definição ou redefinição de percurso frente às decisões tomadas
e/ou planejadas, permitindo assim as adequações e correções
necessárias ao desenvolvimento de um curso através da modalidade
de Educação a Distância.
O ato de ensinar exige necessariamente o ato de avaliar. É
sabido que a avaliação é essencial à docência no seu sentido de
constante inquietação, de dúvida (HOFFMAN, 2003). Mas
infelizmente nossa avaliação ainda se configura em uma prática de
provas finais e atribuição de graus classificatórios.
A ação avaliativa é extremamente complexa, pois é através
dela que podemos levantar indicadores que nos venham “revelar” se
a aprendizagem foi efetiva ou não. Por ser parte integrante do ato
educativo, a avaliação pressupõe “identificar, registrar e analisar as
informações significativas observadas, pois são procedimentos
essenciais ao processo de avaliação” (SMOLE, 1999).
O processo avaliativo na EAD pressupõe não só o trabalho
relativo a uma abordagem mais didático-pedagógica, visando a
elementos estruturais e organizacionais do projeto de formação de
professores, mas também desenvolver a autonomia crítica do aluno,
frente às situações concretas que lhes surgem, evitando assim a

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reprodução de ideias.
Mas e a avaliação neste processo? Por inúmeras razões, um
professor na modalidade a distância não pode avaliar o aluno apenas
através de testes e trabalhos. Assim, a avaliação nessa modalidade
deve empregar diversos meios, estar a disposição do aluno, orientar
o aluno e, certamente, não deve medir apenas quantidades ou
refletir apenas um momento pontual.
Porquanto, a avaliação na EAD, apesar de se sustentar nos
princípios da educação presencial, exige tratamento e
considerações especiais. Pretende-se, em vez de avaliar produtos
finais (como uma prova), acompanhar todo o processo construtivo
do estudante, levando em consideração tanto a produção individual
quanto os trabalhos em grupo, numa ação colaborativa de
aprendizagem.
Por seu caráter diferenciado e pelo desafio que encontra, o
processo de avaliação da aprendizagem na Educação a Distância
requer cuidados especiais, haja vista a distância física entre
professor e aluno. Com isso, é preciso que se desenvolva um método
específico de trabalho que possibilite analisar como se realiza não
só o envolvimento do aluno com seu cotidiano profissional, mas
também como se realiza o surgimento de outras formas de
conhecimento, obtidas de sua prática a partir dos referenciais
teóricos trabalhados no Curso.
Para tanto, deve-se estabelecer uma rotina de observação e
descrição contínua da produção do aluno, permitindo confrontar o
antes e o depois, apontando em que direção se deu o processo
educativo e como corrigir as distorções no decorrer do percurso.
Tanto na Educação Presencial quanto na EAD, dentro do
planejamento dos cursos, devem ser utilizadas diversas formas de
controle e avaliação que mostrem os avanços, as dificuldades, os
logros e desacertos do processo docente educativo.
Tomando a acepção de PRETI (1996) sobre avaliação em EAD,
como referência, os aspectos essenciais para uma maior significação
de um curso são:
 A avaliação da aprendizagem – processo contínuo,
descritivo, que possibilita a verificação da aprendizagem do
aluno. Esse processo é desenvolvido por meios do material
didático, encontros presenciais, tutorias e outras formas de
aprendizado.

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 A avaliação do material didático – é outro aspecto avaliado
continuamente. É avaliado por todos os atores do processo:
pelos alunos, pelos tutores, pelo próprio autor e pela
equipe organizacional do curso. Isso, no sentido de
aprimorar o material didático para uma melhoria da
aprendizagem do aluno, permitindo sempre uma boa
qualidade no curso oferecido.
 A avaliação da tutoria – esse aspecto perpassa desde a
qualificação do profissional até sua atuação junto ao aluno.
Nesse caso, os alunos e a coordenação do Curso são
responsáveis pela avaliação da tutoria.
 A avaliação da modalidade de EAD - através da análise do
material didático, do acompanhamento e avaliações do
serviço de tutoria e, sobretudo, da análise e avaliação do
processo de aprendizagem é possível avaliar, em parte, a
eficácia e eficiência da modalidade de ensino a distância.
Essa acepção de Preti é reforçada nos Referenciais de
Qualidade da EAD que define que a avaliação deve contemplar duas
dimensões: a que diz respeito ao processo de aprendizagem; a que
se refere ao projeto pedagógico do curso.
Quaisquer desses aspectos avaliativos devem levar sempre em
consideração a qualidade do curso e a resposta dada pelo aluno
através de seu aprendizado. Diversos fatores devem ser enfatizados
no processo avaliativo, lembrando que nesse caso o aluno é o
responsável por avaliar todo o processo, pois também é responsável
por avaliar os outros componentes de um sistema em EAD.
Considere também que, nessa avaliação, há a possibilidade de
todos se autoavaliarem, e eles mesmos se ajustarem ao processo. Os
instrumentos avaliativos são gerados pela equipe multidisciplinar do
curso, considerando-se a dimensão didático-pedagógica do percurso
do aluno.
A Educação a Distância, quanto à formação, vale-se dos tipos
de avaliação que possibilitam verificar o nível e aprendizado do
aluno, para viabilizar seu acompanhamento integral e contínuo. Em
sua classificação, a avaliação é dividida em:
 A diagnóstica é a que se orienta para o conhecimento da
situação inicial do aluno, ou seja, o ponto de partida de seu
processo de aprendizagem. Diz Mediano (1996) que, no
processo de Educação a Distância, essa função pode-se
realizar por meio da indicação ao aluno dos pré-requisitos

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de aprendizagem, isto é, pela apresentação a ele de uma
relação dos conteúdos que, previamente, antes de iniciado
o curso, terá ele que saber.
 A formativa realiza-se, desde o início do programa,
estendendo-se, até final, por todo o curso. Seu objetivo é,
principalmente, o de colher subsídios sobre o eventual
impacto do programa sobre a aprendizagem do aluno, de
modo a possibilitar necessários ajustes e modificações no
processo de ensino. Mediano (1996) caracteriza essa função
como processual, contínua e sucessiva, devendo ser
utilizada com frequência, de forma a possibilitar a boa
condução do processo e o êxito da tarefa de ensino.
 A somativa é a que ocorre ou na conclusão do curso ou em
determinados momentos-chave. Para Mediano (1996), a
avaliação somativa deve ser completa, exaustiva e
representativa do que de fato o aluno aprendeu. Ela deverá
englobar a compreensão dos princípios e conteúdos e ao
mesmo tempo a aplicação desses princípios e conteúdos aos
problemas reais, com o intuito de resolvê-los: visa à
atribuição de notas.
 Também tem destaque a Autoavaliação, que pode ser
realizada tanto pelo aluno quanto pelo professor, para se
ter consciência do que se aprendeu ou se ensinou e assim
melhorar a aprendizagem.
Para alguns autores, é possível elaborar provas somativas e
provas formativas utilizando o computador como instrumento na
avaliação. As provas somativas ocorrem ao final da instrução e
verificam o que o aluno aprendeu, apresentando uma pergunta após
a outra. As provas formativas ocorrem durante o processo de
instrução e visam a recuperação de falhas na aprendizagem. O aluno
recebe o feedback indicando se a resposta é correta ou incorreta e
são fornecidas informações adicionais sobre o assunto abordado pela
questão.
Avaliar na EAD pressupõe permanentemente a “presença” do
tutor ou professor. Presença entre aspas no sentido de que ele deve
participar de todo o processo junto ao aluno, mesmo que para isso
ele esteja distante. Isso para que o aluno não se perca no caminho,
pois estudar a distância é um percurso laborioso, que prevê apoio
incondicional, do professor, do tutor, do outro aluno, da equipe
multidisciplinar, da instituição e de si próprio.

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Avaliar a aprendizagem na EAD é fazer com que o aluno adulto
perceba, numa visão diagnóstica, seus pontos fracos e fortes e que
os primeiros sejam corrigidos durante e após um curso, para torná-
los melhores aprendizes e não simplesmente resultar em mera
atribuição de notas.
Para Bruno e Morais (2006), “a prática educativa é viva,
dinâmica, processual, formativa, formadora e polivalente” e assim
também deve ser a ação avaliativa, sobretudo porque ela é parte
integrante do processo educacional. Isso certamente vai possibilitar
a autonomia do aluno em aprender, fazendo com que ele participe
ativamente no processo de ensino e aprendizagem.

Os Referenciais de Qualidade da EAD apontam para uma


avaliação que preveja “mecanismos de recuperação de estudos e a
avaliação correspondente a essa recuperação, assim como a
previsão de métodos avaliativos para alunos que têm ritmo de
aprendizagem diferenciado” (BRASIL, 2007).
Com isso, observa-se que as políticas de sistematização do
processo educacional a distância estão profundamente enraizadas
nas deliberações político-educacionais da educação presencial, o
que precisa ser revisto, considerando-se toda a especificidade da
aprendizagem tanto na EAD quanto na educação online.
Moran (2007, p. 124) entende que toda avaliação, presencial
ou virtual dever ser continuada:
O que significa que devemos avaliar não apenas um
questionário de perguntas e respostas previamente
elaboradas; devemos levas em conta também a
participação do aluno, com dúvidas, comentários,
críticas e atitudes em relação cós conteúdos abordados
e em relação ao grupo e ao professor.
Para aqueles professores e alunos que veem a avaliação como
um resultado, ou seja, a obtenção de uma nota, como coloca Prata
(2003) “a avaliação ainda é motivo de ansiedade em alunos e
professores. Por parte de professores, surgem dúvidas sobre a
qualidade, lealdade, justiça, integridade, imparcialidade,
confiabilidade, privacidade, eficiência e honestidade da avaliação.
Por parte dos alunos, surge o medo, a insegurança, a humilhação, a
desconfiança, a ira, a indignação, a divergência”.
Por último, achamos muito necessário ressaltar a importância
que tem em se propiciar nos alunos habilidades para aprender a
realizar o autocontrole e a autoavaliação de sua própria

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aprendizagem, além de valorar o trabalho dos outros. Professores e
tutores devem trabalhar por desenvolver estratégias que propiciem
essas habilidades, que para a EAD são fundamentais, a partir da
separação entre professor e alunos existentes na modalidade a
distância.
O assunto de avaliação em EAD não se esgota aqui. Hoje,
muitas pesquisas são realizadas sobre esse assunto, pautadas nas
experiências permanentes em Educação a Distância. Para aumentar
mais seu conhecimento sobre esse tema, sugiro que você leia alguns
textos que tratam desse assunto, e que são sugeridos nesse módulo.

ENCERRANDO A UNIDADE

Toda a prática educativa pretende ações como planejamento


e avaliação. Os recursos utilizados para esse fim são necessários
para que se chegue ao objetivo pretendido, no caso a aprendizagem
do aluno. Os recursos didáticos bem como o processo de
acompanhamento do aluno servem de elementos essenciais no
processo de ensino-aprendizagem, tanto nos cursos presenciais
quanto nos cursos a distância.
Finalizando o Livro-Texto você pode aprender mais sobre a
prática pedagógica especificamente na EAD e o processo de
acompanhamento do aluno na empreitada de estudar a distância.

PARA SABER MAIS, LEIA MAIS!

 A Prática Pedagógica na Educação a Distância e as


Transformações na Docência, Luciane Penteado Chaquime e
Daniel Mill -
http://sistemas3.sead.ufscar.br/ojs/Trabalhos/157-954-1-
ED.pdf
 A Gestão das Práticas Pedagógicas na EaD: Construção do
Material Didático, Mídias Integradas e Conteúdos
Educacionais como Elementos Centrais em Apoio ao Aluno,
Rita de Cássia Borges de Magalhães Amaral et al -
http://www.abed.org.br/congresso2010/cd/252010185315.pdf
 Avaliação, tipos e funções, Simone Helen Drumond Ischkanian
https://pt.slideshare.net/SimoneHelenDrumond/avaliao-tipos-e-
funes-2-30002948

17
 Avaliação na Educação online -
http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=21952&chapteri
d=12878
 Avaliação na Educação a Distância: significações para definição de
percursos.- http://www.nead.ufmt.br/documentos/AVALIArtf.rtf. -
 Avaliação em Educação a Distância: o desafio de fazê-la
útil.http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/045-TC-B2.htm
 Modelo de avaliação para cursos no ensino a distância: estrutura,
aplicação e avaliação.
http://www.eps.ufsc.br/disserta98/roser/index.htm. -
 Uma introdução à literatura sobre tutoria na Educação a Distância -
http://www.ricesu.com.br/colabora/n5/artigos/n_5/id01b.htm -
 A importância do tutor no processo de aprendizagem, Regina Barros
Leal - http://www.rieoei.org/deloslectores/947Barros.PDF

EXERCÍCIOS!
Com base na leitura desta Unidade, responda as questões abaixo:

1. Tutoria pode ser considerada como um conjunto de apoios


técnicos, dirigido tanto aos alunos quanto aos agentes
educativos. Seu objetivo é obter o máximo ajuste entre as
potencialidades individuais e as exigências educativas, com o
fim de conseguir uma maior formação dos alunos em seu
desempenho pessoal e em sua aprendizagem. Diante das
palavras do prof. Arredondo, o que não se aplica ao trabalho de
tutoria?
( ) o tutor deve respeitar a autonomia de aprendizagem de
cada aluno
( ) o tutor administra situações de conflito, situações de
euforia, desânimos e rotinas dos alunos.
( ) o tutor tem função de somente guiar e orientar o aluno.
( ) o tutor tem relação direta com os alunos, auxiliando-o no
manuseio e na aproximação dos conteúdos.
2. A autonomia e o autodidatismo são comumente confundidos em
suas concepções. De acordo com o texto, o que se pode afirmar
sobre autonomia?
( ) o aluno assume toda a sua educação.
( ) é o direito que é dado ao aluno para decidir agir da melhor
forma para si e para o coletivo.
( ) pode ser vista como uma qualidade humana dada e pronta.
( ) em um processo autônomo o aluno não precisa ter mudanças
atitudinais.

3. Jussara Hoffmann diz que a avaliação é a reflexão transformada


em ação, e considera como premissa básica e fundamental a
postura de questionamento do educador. Sobre avaliação, o que
não está de acordo com o que Jussara afirma?

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( ) o saber “bancário” auxilia o aluno a refletir, agir e buscar
sua autonomia de estudo.
( ) o ditar do professor, que “enche” os estudantes de
conteúdos, anula o poder criador destes, pois não estimula sua
veia crítica.
( ) a decoreba e o copiar-colar em nada auxiliam aluno a
avançar nos estudos.
( ) na EAD, deve-se acompanhar todo o processo construtivo
do estudante, levando em consideração tanto a produção
individual quanto os trabalhos em grupo, numa ação
colaborativa de aprendizagem.
4. Na EAD, deve-se estabelecer uma rotina de observação e
descrição contínua da produção do aluno, permitindo
confrontar o antes e o depois, apontando em que direção se
deu o processo educativo e como corrigir as distorções no
decorrer do percurso. Quais modalidades de avaliação devem
ser contempladas para a implantação dessa rotina?
( ) Diagnóstica e formativa
( ) Formativa e somativa
( ) Diagnóstica, formativa e somativa
( ) Diagnóstica e formativa
5. A avaliação na EAD, para ser realizada efetivamente, requer
uma atenção para aspectos essenciais definidos por Preti,
exceto:
( ) processo contínuo, descritivo, que possibilita a verificação
da aprendizagem do aluno.
( ) todos os atores do processo devem ser avaliados: pelos
alunos, pelos tutores, pelo próprio autor e pela equipe
organizacional do curso.
( ) a qualificação dos docentes, desde o início das atividades
até sua atuação junto ao aluno.
( ) somente o aluno é avaliado em seu processo educacional.

REFERÊNCIAS

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BARROS, L. A. Suporte a ambientes distribuídos para aprendizagem cooperativa. Engenharia de
Sistemas e Computação. Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, 1994. Disponível
em: http://www.cos.ufrj.br/uploadfile/1339608927.pdf
BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2001.
BRASIL. Referenciais de qualidade para educação superior a distância versão preliminar. 2007.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/referenciaisead.pdf
BRUNO, A. R.; MORAES, M. C. O enfoque da complexidade e dos aspectos afetivos-emocionais na
avaliação da aprendizagem em ambientes on-line. In: SILVA, Marco; SANTOS, Edmea. (Org.).

19
Avaliação da aprendizagem em educação on-line. São Paulo: Edições Loyola, 2006, v. 01, p. 51-66.
ELLIS S. S.; WHALEN S.F. Cooperative learning: getting started. Scholastic, New York, 1990.
FERREIRA, J. S. Concepção de um ambiente multi-agentes de ensino inteligente integrando o
paradigma de aprendizagem cooperativa. 1998. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) –
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Eletricidade, Universidade Federal do Maranhão, São
Luís.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 23.ed. São Paulo:
Paz e Terra, 1987. Disponível em: http://paulofreirefinland.org/wp-
content/uploads/2007/02/pedagogia_do_oprimido.pdf
GOMES, S. G. S.; VILLANI, E. A. Capacitação de tutores para EAD [recurso eletrônico]. Viçosa, MG:
Ed. UFV, 2015. Disponível em: https://www2.cead.ufv.br/serieconhecimento/wp-
content/uploads/2015/05/tutoria.pdf
GONÇALVES, Consuelo T. F. Quem tem medo do ensino a distância. Revista Educação a Distância,
n.º. 7-8, 1996, INED/IBASE. Disponível em: br.geocities.com/ivanete20032002/EAD3.PRN.pdf
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção: da pré-escola à universidade.
20.ed. Porto Alegre: Educação e Realidade, 2003.
JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T. Learning together and alone, cooperative, competitive and
individualistic learning. Allyn and Bacon, Paramount. 1994.
MATURANA, Humberto R. El sentido de lo humano. Santiago do Chile: Dolmen Ediciones, 1994.
MEDIANO, Zélia D. A avaliação da aprendizagem na A avaliação da aprendizagem na escola de 1º
grau. In: Candau, Vera Maria. Rumo a uma nova didática (org). 8.ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus,
2007.
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança. São Paulo. Edições Loyola.
2000.
PRATA, D. N. Estratégias para o Desenvolvimento de um Framework de Avaliação da Aprendizagem
a Distância. Disponível em: http://www.nce.ufrj.br/sbie2003/publicacoes/paper16.pdf
PRETI, O. Educação a Distância: construindo significados. Cuiabá: NEAD/IE – UFMT; Brasília: Plano,
1996.
SMOLE, Kátia C. S. Múltiplas inteligências na prática escolar. Brasília: MEC-SEED, 1999 (Cadernos
da TV Escola).

20
Palavras dos Autores

Esperamos realmente que este livro tenha lhe ajudado na tarefa de


entender a Educação a Distância.

A organização desse livro-texto teve como base a compilação dos


conteúdos dos livros já produzidos no NEAD/UFMA e outras
publicações dos autores.

Os conteúdos, as informações, não se esgotam aqui. Há muito além


disso!

Muita coisa ainda há que ser estudada; muito conteúdo ainda há que
ser discutido. Mas cremos que os conteúdos trabalhados aqui são
basicamente essenciais para que você possa vivenciar melhor essa
modalidade. E a partir daqui, aumentar sua vontade em buscar
coisas novas e vislumbrar novas possibilidades através da EAD.

Para que você consiga um melhor resultado nos seus estudos, e que
possa aprender realmente, é aconselhável que leia bastante e tenha
uma leitura variada, pois a EAD está em constante evolução e
desenvolvimento, e é interessante que acompanhe esse momento.

Desejamos-lhe BONS ESTUDOS, SUCESSO nessa etapa de sua vida


acadêmica.

Lembre-se! “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem


tão pequeno que não possa ensinar”.

Um grande abraço!
Os autores.

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Sobre os autores...

Profª Francimary Macêdo Martins é maranhense de São Luís, mas criada


na região dos cocais (Codó e Caxias). Trabalha com Educação a Distância
desde que terminou a graduação, em 1998. Formada em Letras com
especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e em Educação
a Distância. É mestre em TICs na formação em EAD e doutora em
Linguística. É doutora em Linguística. Já participou e desenvolveu vários
projetos na modalidade de Educação a Distância, atuando na UEMA,
UNIVIMA e agora na UFMA. É professora-adjunta do Departamento de
Letras e do Núcleo de Educação a Distância. Atualmente, é Coordenadora
Geral da UAB na UFMA.

Prof. Reinaldo Portal Domingo é natural da República de Cuba, nascido


em Havana e já naturalizado brasileiro. Trabalha com Tecnologia em
Educação desde 1987 quando se tornou pesquisador do Instituto Central de
Ciências Pedagógicas de Cuba (ICCP). Formado em Letras com
Especialização em "Médios de Ensino-Aprendizagem", Doutor em Educação
pela Academia de Educação da Rússia e Pôs doutor pela UNED da Espanha.
Já participou em pesquisas e projetos relacionadas com o uso da
tecnologias em educação tanto em Cuba como em Brasil. Foi professor-
pesquisador da UNIVIMA. É professor-adjunto do Departamento de Medicina
e do Núcleo de Educação a Distância da UFMA. No NEAD exerce a função
de Coordenador Pedagógico e é coordinador Adjunto UAB. Também é
coordenador do ProfArtes (Mestrado profissional promovido pela CAPES).

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