04/10/2019

TEO2 – MÓDULO: HISTÓRIA DOS

CRISTIANISMOS ANTIGOS E
TRINDADE E CRISTOLOGIA

TEMA: HISTÓRIA DOS

CRISTIANISMOS ANTIGOS 1

Prof. Douglas
Nassif Cardoso

OBJETIVOS
1ª Parte - Examinar o mundo greco-romano,
cenário do início do cristianismo.

2ª Parte - Analisar o surgimento e desenvolvimento

do Movimento de Jesus.

3ª Parte - Avaliar as perseguições judaicas ao

cristianismo.

1ª Parte - Examinar o mundo greco-romano,

cenário do início do cristianismo

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O MUNDO GRECO-ROMANO

- Estima-se a fundação de Roma em 753

a.C., podemos dividir sua forma de governo
em três etapas:
1ª) Monarquia: de 753 a 509 a.C.
2ª) República: de 509 a 27 a.C.
3ª) Império: de 27 a.C. até 476 d.C. no
Ocidente e até 1453 d.C. no Oriente

O MUNDO GRECO-ROMANO

- O Império Romano, portanto, sucedeu a

República Romana em 27 a.C.
- Descendente de Júlio César, Otávio e seus
sucessores adotaram nome “César” como
de família, formando a primeira dinastia
imperial.

O MUNDO GRECO-ROMANO

- O César era o príncipe (primeiro) dos

romanos e do Senado, e tinha o imperium,
isto é, todos os poderes civis e militares.

- Além disto era considerado o sumo

pontífice e chefe da religião.

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O MUNDO GRECO-ROMANO
- Roma dividia seus territórios em províncias
senatoriais e imperiais.

- Os cidadãos romanos podiam ter

propriedades, candidatarem-se a cargos
eletivos, garantia de justiça e direito a apelar
para uma audiência particular com o César.

O MUNDO GRECO-ROMANO

- A economia do Império baseava-se nas

guerras de conquista e na escravatura.

- Mesmo com grandes diferenças étnicas e

de modos de produção os habitantes
possuíam benefícios da unidade e da pax
romana.

O MUNDO GRECO-ROMANO
- A infraestrutura do império - transporte
terrestre, transporte marítimo, serviço postal,
alfandegário e de segurança pública - era
eficiente.
- O grego koiné (comum) era utilizado no
comércio internacional, enquanto o latim
servia na administração e no direito.

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O MUNDO GRECO-ROMANO

- Os escravos eram considerados objetos e

não pessoas. As mulheres e crianças
também eram desvalorizadas. O pátrio
poder era exercido cabalmente.

O MUNDO GRECO-ROMANO
- Roma não impunha uma religião comum,
entretanto, exigia o culto ao Imperador.

- Augusto criou o culto doméstico ao gênio

do Imperador, com altares particulares que
representavam cada família e seus deuses
protetores.

O MUNDO GRECO-ROMANO
- Neste mundo Greco-Romano plural o
cristianismo desenvolveu-se e atingiu todas as
classes sociais, em especial os menos
favorecidos.

- A infraestrutura do Império Romano auxiliou

a propagação da nova fé em todas as
províncias da época.

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História dos Cristianismos Antigos 1

2ª Parte - Analisar o surgimento e

desenvolvimento do Movimento de Jesus

O MOVIMENTO DE JESUS
A situação Social e Política
- O movimento de Jesus surgiu num
período de pobreza intensa e de desencanto
na Palestina.
- A Palestina e demais áreas semitas
viviam situação colonial sobre a época de
Alexandre (330 a.C.)

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O MOVIMENTO DE JESUS

A situação Social e Política

- Herodes foi colocado como rei por Roma
em 40 a.C. Era um rei a serviço do
Império.
- O poder na Palestina era dividido entre o
Templo, e Rei e o Império Romano.

O MOVIMENTO DE JESUS

A situação Social e Política

- Herodes utilizou o aspecto religioso para
conquistar seus súditos. O templo de
Herodes transformou o panorama político,
econômico e social da Palestina.

O MOVIMENTO DE JESUS

A situação Social e Política

- Jerusalém transformou-se numa bem
equipada cidade-santuário com população
que passava de 30 mil para 180 mil
habitantes em dias de festas.

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O MOVIMENTO DE JESUS
A situação Social e Política
- O poder Romano era exercido com
diplomacia, através de procuradores (Pôncio
Pilatos, Félix, Festo).
- Os três poderes – Templo, Rei e Império –
não atendiam as expectativas das classes
populares. Havia muita fome, doença e
desesperança.

O MOVIMENTO DE JESUS
O Sistema Tributário
- Roma cobrava impostos das nações
anexadas. O Templo e Herodes também
cobravam impostos. A forte pressão
tributária gerava um clima de insatisfação
popular.

O MOVIMENTO DE JESUS
O Sistema Religioso Judaico
- Os sacerdotes exigiam o cumprimento de
três aspectos: a lei do sábado; a pureza
ritual e o pagamento de impostos.
- Os camponeses eram excluídos, junto
com pastores, publicanos e prostitutas.

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O MOVIMENTO DE JESUS

O Sistema Religioso Judaico

- O Movimento de Jesus tornou-se uma
nova proposta que rompia com ênfases dos
partidos religiosos judaicos:
 Legalistas (fariseus),
 Ritualistas (saduceus),
 Militantes (zelotes),
 Espiritualistas (essênios).

O MOVIMENTO DE JESUS

- O Movimento iniciou e foi construído por

Jesus. Totalmente independente das
instituições e poderes da época ganhava
credibilidade pela forma com que agia e
também de como interpretava aspectos
críticos das leis.

O MOVIMENTO DE JESUS
- No início de seu ministério, Jesus rompeu
com sua família (Mt 12:46-50). Eles não
entendiam o que estava acontecendo (Mc
3:21 e 31-35).
- Com os milagres realizados na periferia
Jesus rompeu com o Templo. A comparação
entre os partidos religiosos da época e o
Movimento de Jesus era inevitável.

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O MOVIMENTO DE JESUS
- A multiplicação dos pães atingiu o
problema da fome. O método da partilha
denunciava uma sociedade acomodada no
direito de ter.
- Jesus instituiu a mesa de refeições comum
como o local de pregação do Reino e de
inclusão de seus amigos e discípulos.

O MOVIMENTO DE JESUS
- A entrada triunfal em Jerusalém, no lombo de
um jumento, e a aclamação pelas massas
tornou-se um claro sinal de contestação ao
sistema religioso vigente.
- O Templo e Herodes foram desafiados pela
ação de Jesus, era necessário dar resposta e
destruir Movimento.

O MOVIMENTO DE JESUS
- O Movimento sofreu forte impacto por
ocasião da morte e ressurreição de Jesus,
tempo de reinício de repensar a missão.
- As marcas do Movimento são expressas
no evangelho, que radicalizava a torá escrita
e oral, priorizando os pobres e os oprimidos.

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O MOVIMENTO DE JESUS

- O Movimento de Jesus propunha a

conversão do indivíduo e da sociedade, a
dessacralização das instituições e a
valorização da vida e do cotidiano.

História dos Cristianismos Antigos 1

3ª Parte - Avaliar as perseguições

judaicas ao cristianismo

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AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
O cristianismo nasceu como um
movimento interno do judaísmo,
provocando por suas propostas
diferenciadas insatisfação por parte do
Sinédrio e de religiosos judaicos de seu
tempo.

AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- O livro de Atos dos Apóstolos apresenta
diversas narrativas dos embates entre
cristãos e líderes judaicos.
- Descreve também perseguições, prisões
e martírios impostos aos cristãos pelos
judeus.

AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- O cristianismo nascente não apresentava
identidade própria, antes se considerava o
“verdadeiro Israel de Deus”.

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AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- No período paulino, quando se expande
aos gentios fica patente a tensão entre
cristãos judaizantes e não judaizantes.

AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- O Concílio de Jerusalém, registrado no
capítulo 15 do livro de Atos dos Apóstolos
apresenta o desenvolvimento desta disputa
teológica interna.

AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- A perseguição judaica seguiu até o ano
64, quando os cristãos foram acusados
pelo imperador romano Nero.

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AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- Com a sentença de extinção e
proibição da existência do movimento,
os judeus não necessitavam mais
perseguir cristãos, bastava denunciá-los
ao Império Romano.

AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- A perseguição romana obrigou o
reconhecimento da diferença entre
judeus e cristãos, para evitar aplicação
da sentença de forma equivocada.

AS PERSEGUIÇÕES AO CRISTIANISMO

A PERSEGUIÇÃO JUDAICA
- O processo de formação da identidade
cristã autônoma do judaísmo ocorreu,
portanto, sob o rigor da perseguição
romana.

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REFERÊNCIAS:
GONZÁLEZ, Justo L. História ilustrada do cristianismo: a era dos
mártires até a era dos sonhos frustrados. 2ª ed., São Paulo: Vida
Nova, 2012.

HOORNAERT, Eduardo. O Movimento de Jesus. Petrópolis: Vozes,

1994.

Bons Estudos!

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