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1- CONCEITOS DE CRIMES
B) CONCEITO MATERIAL – CRIME É TODA CONDUTA LESIVA AOS BENS JURÍDICOS MAIS RELEVANTES.
C) CONCEITO ANALÍTICO – VAI DIVIDIR O CRIME EM ELEMENTOS. CRIME É O FATO TÍPICO, ILÍCITO E CULPÁVEL.
TIPO
CRIME
ANTIJURIDICIDADE
CULPABILIDADE
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FATO TÍPICO
CRIME
ILICITUDE
CULPABILIDADE
Fato típico – conceito: é a conduta (positiva ou negativa) que provoca um resultado (em regra) que se amolda
perfeitamente aos elementos constantes do modelo previsto na lei penal
O fato típico é composto dos seguintes elementos: conduta, resultado naturalístico, nexo de causalidade e tipicidade
FATO TÍPICO
CONDUTA
RESULTADO
NATURALÍSTICO
NEXO DE
CAUSALIDADE
TIPICIDADE
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3.1-CONDUTA
B) voluntariedade
3.1.1-FORMAS DE CONDUTA
A) Ação: O termo ação, em sentido amplo, as abarca, embora seja mais interessante seguir os exemplos do Código,
e usar a palavra ação como sinônimo de ação positiva.
O crime comissivo — praticado por ação — é o mais fácil de conceituar. Corresponde a um movimento corpóreo do
indivíduo. Uma alteração da posição dos músculos, determinada pelo cérebro de acordo com a vontade do
indivíduo. Faz-se o que não se poderia fazer.
B) omissão: termo omissão para designar a ação negativa. Conduta seria a palavra mais apropriada como
denominador comum.
Os omissivos próprios contém, na definição do tipo penal, um verbo que indica a falta de ação, normalmente o
verbo deixar. A descrição típica alude a um não-fazer (omissão de socorro, abandono intelectual, omissão de
notificação de doença etc.).
Já os omissivos impróprios são crimes comissivos praticados mediante uma omissão. Um exemplo: quem deixa
de alimentar uma criança, e causa-lhe a morte, pratica um homicídio por omissão. O tipo penal descreve uma ação,
mas o resultado é obtido por uma inação.
3.1.2-Ausência de conduta
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C) Atos reflexos
3.2- RESULTADO
Resultado é uma modificação no mundo exterior que se segue, como conseqüência, à primeira modificação, que é a
conduta.
O resultado é, dentre os efeitos da prática da conduta, o que a lei penal entende como suficiente à configuração do
crime. Há, no entanto, delitos sem resultado, nos quais o legislador procurou antecipar a punição, recaindo esta,
unicamente, sobre a prática da conduta.
A) Crime material: também chamados “crimes de ação e resultado”, pois o tipo penal descreve tanto a conduta
quanto seu efeito. Se este não ocorrer, por circunstâncias alheias à vontade do agente, haverá tentativa. Ex.:
homicídio (o resultado é a morte); furto (subtração); peculato (apropriação); estupro (conjunção carnal).
B) Crime Formal: existe um resultado possível e desejado pelo agente, mas o tipo penal não exige sua ocorrência,
punindo a simples prática da conduta. Ex.: corrupção ativa (basta prometer a vantagem, ainda que esta não seja
aceita); extorsão (consuma-se somente com a prática da violência ou grave ameaça); calúnia (não é necessário
comprovar que a honra foi lesionada, bastando o ato de ofender).
C) Crime de mera conduta: o tipo descreve apenas a conduta, sem se referir a qualquer resultado. Ex.: violação de
domicílio, desobediência, porte de arma etc
Refere-se à própria lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado (ex.: a incolumidade e a saúde
públicas, nos crimes contra a saúde pública; a fé pública, nos crimes de falsidade documental; a vida, no crime de
homicídio; o patrimônio, no crime de furto). Pode-se dizer, portanto, que nem todo crime acarreta resultado
naturalístico, mas todo crime exige resultado jurídico ou normativo, como afirma SANTIAGO MIR PUIG, não
responde à questão do porque ser este ou aquele fato contrário ao direito, surgindo, como resposta a essa
indagação, o conceito de antijuridicidade ou ilicitude material, ou seja, o próprio conteúdo do injusto.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984).
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3.3-NEXO DE CAUSALIDADE (entre a conduta e o resultado, salvo nos crimes de mera conduta e formais)
3.3.1-Conceito: É a relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado. Adotou o CP a teoria da equivalência dos
antecedentes, que considera causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
3.3.2- Teoria da equivalência dos antecedentes causais: É a adotada pelo art.13 do Código Penal
*procedimento hipotético de eliminação de Thyrén - Para saber se determinado fato é ou não causa do
resultado, utiliza-se o método hipotético de Thyrén: se não houvesse o fato, o resultado teria ocorrido? Se se concluir
que não, é porque o fato foi causador do resultado.
*Análise de dolo ou culpa - Depois de se estabelecer o nexo de causalidade, atenta-se para a culpa (lato sensu) do
agente. Assim, a responsabilidade penal só se dará com a presença do aspecto objetivo (nexo causal) e do aspecto
subjetivo (culpa). Não há lugar, no Direito Penal, para a responsabilidade objetiva
NAS TRÊS HIPÓTESES ABAIXO, A CONDUTA DO AGENTE NÃO POSSUI RELAÇÃO COM O RESULTADO.
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3.4.2.3- CAUSA SUPERVINIENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE QUE NÃO CAUSA,POR SI SÓ, O RESULTADO.
3.4.2.4- CAUSA SUPERVINIENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE QUE CAUSA, POR SI SÓ, O RESULTADO (ART.13,
§1º DO CP).
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
ILICITUDE
SLIDE EM BRANCO
*Teoria da indiciariedade ou da “ratio cognoscendi”: Isso significa que a tipicidade gera suspeita de ilicitude. É o
mesmo que dizer: presume relativamente a ilicitude. Gera indícios, suspeita. Sabe-se que crime é fato típico,
ilicitude e culpabilidade. O fato típico desperta indícios de ilicitude. Mas presta atenção: se eventualmente, os
indícios desaparecerem, o fato típico persiste. Será um fato típico não ilícito. Desaparecendo a ilicitude, o fato típico
permanece, só não gera mais ilícito.
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art.128 Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que
não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se
A) PERIGO ATUAL -
B) QUE A SITUAÇÃO DE PERIGO NÃO TENHA SIDO CAUSADA VOLUNTARIAMENTE PELO AGENTE
ART.24,§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
I) TEORIA UNITÁRIA - Não importa se o bem protegido pelo agente é de valor superior ou igual àquela que está
sofrendo a ofensa. É a teoria adotada pelo CP.
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24, § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de
um a dois terços.
G) CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO DE FATO JUSTIFICANTE- O agente tem que saber que está sendo beneficiado
com a causa excludente de ilicitude.
Agressivo – Quando para salvar seu bem jurídico o agente sacrifica bem jurídico de um terceiro que não provocou
a situação de perigo;
Defensivo – Quando o agente sacrifica um bem jurídico de quem ocasionou a situação de perigo.
Real –
Putativo –
1- LEGÍTIMA DEFESA
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
A) AGRESSÃO INJUSTA –
B) ATUAL OU IMINENTE -
Erro na execução
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CP- Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa
que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela,
atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Agressiva –
Defensiva –
Real –
Putativa –
Age acobertado por esta excludente aquele que pratica fato típico, mas o faz em cumprimento a um dever previsto
em lei.
Dessa forma, quem age no legítimo exercício de um direito seu, não poderá estar cometendo crime, pois a ordem
jurídica deve ser harmônica, de forma que uma conduta que é considerada um direito da pessoa, não pode ser
considerada crime, por questões lógicas. Trata-se de preservar a coerência do sistema.
Mas o direito deve estar previsto em lei? Sim! A Doutrina majoritária entende que os direitos derivados dos
costumes locais não podem ser invocados como causas de exclusão da ilicitude
3.1 OFENDÍCULO
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Ofendículos (ou ofendículas, offendicula, offensacula, offendiculum) são obstáculos, colocados pelo
proprietário, que impedem a penetração de alguém numa propriedade. Dessa forma eles dificultam que uma pessoa
invada um domicílio, bem jurídico protegido pelo art. 150 do CP. Nas palavras de Fernando Capez:
23, Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso
doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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