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1.2.

As receitas patrimoniais

a) Noção Preliminar

Designamos por receitas patrimoniais as receitas que resultam da administração do


património do Estado ou da disposição de elementos do seu activo e que não tenham carácter
tributário.
(FRANCO, 2012:51)

b) Modalidades
A modalidade principal de receita patrimonial é constituída pelos rendimentos do património,
isto é, as receitas que resultam da normal administração do património. Importa distinguir
delas as receitas de disposição (incluindo oneração) patrimonial, que resultam da alienação
(ou oneração) de bens de activo patrimonial. Em certos momentos de descongestionamento
patrimonial ou de liberalização da estrutura financeira, elas podem ser importantes (venda de
bens nacionais; alienação de participações e prédios do estado, no inicio dos anos oitenta).
Delas se distinguem as receitas creditícias, que, embora representem oneração geral do
património por via do passivo creditício, têm autonomia clara, como já se viu. (FRANCO,
2012:52)

1.3.Receitas do património imobiliário

a) Património Rural

Raras foram e são as explorações directas ou as explorações públicas autónomas (empresas


publicas agrícolas ou agro-industriais), suscitando-se aqui os problemas da opção pela
exploração directa ou indirecta, em monopólio ou concorrência, que estão longe de ter
encontrado respostas claras. Em regime de exploração directa, as receitas -que devem ser
confrontadas com os custos, por se tratar de uma actividade empresarial -podem ser
entendidas em termos brutos (benefícios ou lucros de exploração empresarial do Estado). Em
termos unitários, as componentes da receita serão preços dos bens.

Em exploração indirecta, a forma típica da receita estadual será a renda. A integrar na


contabilidade da entidade exploradora (pública ou controlada; privada, social ou cooperativa)
como custo. (FRANCO, 2012:52)

b) Património predial urbano


Em muitos ultrapassam a dezena de milhar os prédios do Estado. Uns estão afectos ao
funcionamento dos serviços ou ao uso dos cidadãos (museus, centros de cultura) -são
património de uso, cujo rendimento - utilidade se não exprimi numa receita (embora o seu
valor locativo possa ser elevado); é por vezes mal administrado e pode ter utilidades
acessórias, (residência de funcionários).

O património de rendimento está normalmente arrendado e, salvo nos casos de utilidades em


regime de direito público, tem baixas taxas de rendimento gerando uma menor utilidade
social que o património de uso. (FRANCO, 2012:53)

c) Património de uso colectivo

Outros bens de património imobiliário têm finalidades principais de uso comum: devido a sua
natureza são bens colectivos e não bens de utilização privada de que o Estado é titular. Em tal
caso, não proporcionam rendimentos, ou são fonte geradora de obrigações tributárias. Em
certos casos, a concessão a entidades exploradoras pode dar origem, da parte destas, ao
pagamento de rendas de concessionário (que não serão rendimentos patrimoniais não caso da
concessão de serviço publico, mas apenas no da concessão de bens dominiais). (FRANCO,
2012:53)

1.4.Receitas do património mobiliário

a) Património Financial

O património financial dá rendimentos financeiros: juros, no caso de empréstimos concedidos


pelo Estado; dividendos ou outras formas de participação nos lucros, no caso das
participações financeiras ou cambiais, que podem ser consideradas rendimentos de uma
carteira ou fundo globalmente encarado, no caso da respectiva realização (nem sempre,
quando realizadas pelo Tesouro, tais receitas serão orçamentadas e contabilizadas; podem ser
meras receitas de tesouraria). (FRANCO, 2012:54).

b) Património empresarial

As participações financeiras directas em empresas - isto é, com fins de controlo ou


intervenção na gestão como sócio da empresa participativa - dão rendimentos de tipo
empresarial: dividendos ou lucros (e, claro, quando alienadas, dão receitas de disposição que
não são rendimentos). As participações empresariais públicas dão igualmente remunerações
de capital. (FRANCO, 2012:54).

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