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ENCAMISAMENTO PARCIAL
Aprovada por:
____________________________________________
Prof. Ibrahim Abd El Malik Shehata, Ph.D.
____________________________________________
Profª. Lídia da Conceição Domingues Shehata, Ph.D.
____________________________________________
Prof. Giuseppe Barbosa Guimarães, Ph.D.
____________________________________________
Profª.Michèle Schubert Pfeil , D.Sc.
ii
Dedico esta conquista a meus
pais, Luiz Carlos e Dalila, exemplos
de vida, pelo apoio e carinho
sempre dedicados.
iii
“Vencer não é nada, se não se teve muito trabalho;
Fracassar não é nada se se fez o melhor possível.”
(Nadia Boulanger)
iv
AGRADECIMENTOS
v
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para
a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
vi
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements
for the degree of Master of Science (M.Sc.)
The demand for the reinforcement of structures appeared as answer to the deterioration
problems, inadequate projects, construction problems or additional loads on the structures. The
strengthening by jacketing is a system very used due to the employed materials and low cost.
The investigation of the efficiency of an alternative flexural strengthening of reinforced
concrete beams (partial jacketing) that presents smaller dimensions, that means lesser
consumption of concrete for the strengthening and reduction of its dead weight compared to
conventional jacketing, and the proposition of a theoretical model to calculate deflections are
presented in this work.
The experimental program comprised tests of four beams simply supported, with
150mm x 400mm rectangular cross section, 4500mm length and flexural reinforcement ratio
equal to 0,49%. One of these beams was taken as reference, not receiving any strengthening
type, while the others were strengthened in bending by partial jacketing, by addition of concrete
and steel reinforcement only in the zone of the beam under tensile stress. The strengthening
flexural reinforcement ratio varied between 0,53% and 1,28%. The structural behavior of those
beams was evaluated in terms of displacements, concrete and initial and strengthening
reinforcement strain, and ultimate load.
The experimental results showed the increase of the resistance and the stiffness of the
reinforced beams, that had ductile behavior, including those that did not have a bending failure,
but a longitudinal shear failure. The bending theory can be used to evaluate flexural resistance
of the strengthened beams, as long as the connection between the beam and the jacket is
assured.
vii
SUMÁRIO
viii
3.7.3 Fixação dos chumbadores ........................................................................................ 84
3.7.4 Colocação das armaduras do reforço ....................................................................... 85
3.7.5 Concretagem ........................................................................................................... 86
3.8 Instrumentação .................................................................................................................. 87
3.8.1 Medição das deformações específicas das armaduras .............................................. 87
3.8.2 Medição das deformações específicas do concreto .................................................. 89
3.8.3 Medição dos deslocamentos verticais ....................................................................... 91
3.8.4 Medição dos deslocamentos horizontais entre reforço e viga original ..................... 92
3.9 Procedimento de ensaio ..................................................................................................... 93
3.10 Resultados dos ensaios ..................................................................................................... 94
3.10.1 VREF ..................................................................................................................... 94
3.10.2 VR1 ........................................................................................................................ 97
3.10.3 VR2 ........................................................................................................................ 102
3.10.4 VR3 ........................................................................................................................ 107
3.10.5 Resumo dos resultados ........................................................................................... 111
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.3 - Diagrama tensão-deformação dos principais tipos de fibras e para os aços de
concreto armado e protendido.[BEBER,2003] ................................................. 10
Figura 2.4 - Modos de ruptura para reforço à flexão segundo TRIANTAFILLOU (1998).. 12
Figura 2.9 - Reforço com aumento da base com danos à laje [CÁNOVAS, 1988] .............
20
Figura 2.10 - Reforço de viga mediante “denteamento” [CÁNOVAS, 1988] ....................... 20
Figura 2.11 - Seção transversal das vigas e esquema do ensaio de ALEXANDRE et al.
(1988) ................................................................................................................ 21
Figura 2.12 - Fôrmas das vigas a serem ensaiadas antes do reforço FC1, FC2, FP1, FP2 e
DF) e da viga de referência após o reforço (RF) – SOUZA(1990) .................. 25
Figura 2.13 - Armadura das vigas ensaiadas antes do reforço (FC1, FC2, FP1, FP2 e DF)... 26
Figura 2.15 - Armadura de reforço das vigas FC1R, FC2R, FP1R e FP2R.- SOUZA
(1990) ............................................................................................................... 27
Figura 2.16 - Seção transversal das vigas ensaiadas por LEIW e CHEON (1991) ................ 30
Figura 2.17 - Detalhamento das vigas simplesmente apoiadas (a) e contínuas (b)
CHEONG e MacAlevey (2000). (Continua) .................................................... 33
Figura 2.18 - Esquema de ensaio das vigas simplesmente apoiadas e contínuas.CHEONG
e MacAlevey (2000).......................................................................................... 32
Figura 2.19 - Esquema de ensaio e detalhe da geometria e armação das vigas de BORJA
(2001), antes do reforço.................................................................................... 38
Figura 2.20 - Detalhe da geometria e armação das vigas de BORJA (2001), após o reforço. 40
Figura 2.23 - Características das vigas reforçadas por PIANCASTELLI (2002) ..................
44
Figura 2.24 - Esquema do ensaio das vigas de Fatih Altun (2004) ........................................ 47
Figura 2.25 - Barras de ligação em forma de Z das vigas de. ALTUN (2004)....................... 48
Figura 2.26 - Esquema de ensaio das vigas ensaiadas por SANTOS(2006) .......................... 50
x
Figura 2.27 - Características geométricas do reforço utilizado por SANTOS(2006) ............ 50
Figura 2.28 - Detalhamento das armaduras originais das vigas. SANTOS(2006) ................. 51
Figura 2.30 - Operação de fixação dos chumbadores nas vigas de SANTOS (2006)............. 53
Figura 3.2 - (a) Betoneira utilizada nos ensaios; (b) Ensaio de abatimento de tronco de
cone .................................................................................................................. 62
Figura 3.3 - Ensaios de resistência à compressão (a) e à tração indireta (b) dos corpos-de-
prova ................................................................................................................. 63
Figura 3.4 - (a) Adensamento, (b) desmoldagem e (c) cura dos corpos-de-prova .............. 63
Figura 3.8 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 8mm das vigas 67
originais ...........................................................................................................
Figura 3.9 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 10mm das vigas 67
originais ............................................................................................................
Figura 3.10 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 12,5mm das vigas 68
originais ............................................................................................................
Figura 3.11 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 5mm do reforço ......... 68
Figura 3.12 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 8mm do reforço ......... 69
Figura 3.13 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 16mm do reforço ....... 69
Figura 3.14 - (a) Pórtico de reação utilizado nos ensaios; (b) Esquema de ensaio.
(Continua) ......................................................................................................... 71
Figura 3.15 - Armação das vigas VREF e V1, V2 e V3 ........................................................ 73
Figura 3.17 - Detalhe da armação do reforço das vigas VR1, VR2 e VR3 ............................ 75
xi
Figura 3.21 - Distância mínima para a execução dos furos, segundo fabricante ................... 80
Figura 3.27 - Execução dos furos no concreto para fixação dos chumbadores....................... 84
Figura 3.34 - Posição dos extensômetros elétricos na armadura longitudinal das vigas
88
VREF, V1, V2 e V3...........................................................................................
Figura 3.35 - Posição dos extensômetros elétricos na armadura longitudinal do reforço
(continua)........................................................................................................... 88
Figura 3.36 - Posicionamento das bases de medição para o extensômetro mecânico............. 90
Figura 3.37 - Processo de colagem de chapas de cobre para medição com extensômetro
mecânico........................................................................................................... 90
Figura 3.38 - Posicionamento dos trandutores de deslocamento............................................ 91
Figura 3.40 Fixação dos transdutores para medição de deslocamento entre reforço e viga
original. ............................................................................................................. 93
Figura 3.41 - Aspecto da fissuração na região central da viga de referência, após os
primeiros carregamentos e após a ruptura......................................................... 95
Figura 3.42 - Curvas carga-deformação das armaduras longitudinais da VREF, na seção
do meio do vão e a 960 mm do meio do vão ................................................... 96
Figura 3.43 - Curva carga-flecha da VREF, na seção a 150 mm do meio do vão ................. 96
xii
Figura 3.48 - Curva carga-deslocamento relativo entre o reforço e o substrato para VR1 .... 100
Figura 3.49 - Curva carga-flecha da VR1, na seção a 150 mm do meio do vão .................... 101
Figura 3.50 - Deformação longitudinal na seção transversal do meio da VR1 ...................... 101
Figura 3.51 - Aspecto da viga VR2, após os carregamentos realizados antes do reforço....... 102
Figura 3.53 - Curvas carga-deformação das armaduras longitudinais da VR2, na seção do 104
meio do vão ......................................................................................................
Figura 3.54 - Curvas carga-deformação da armaduras longitudinais da VR2, na seção a 105
960 mm do meio do vão ..................................................................................
Figura 3.55 - Curva carga-deslocamento relativo entre o reforço e o substrato para VR2 ....
105
Figura 3.56 - Curva carga-flecha da VR2, na seção a 150 mm do meio do vão .................... 106
Figura 3.57 - Deformação longitudinal na seção transversal do meio da VR2 ...................... 106
Figura 3.58 - Fissuração da região central da V3, após os carregamentos iniciais................. 107
Figura 3.63 - Curva carga-flecha da VR3, na seção a 150 mm do meio do vão .................... 111
Figura 3.64 - Deformação longitudinal na seção transversal do meio da VR3 ...................... 111
Figura 3.65 - Mapeamento das fissuras das vigas ensaiadas .................................................. 113
Figura 4.7 - Curvas carga-flecha das vigas VREF, VR2 e REF2 (SANTOS)...................... 123
Figura 4.8 - Curvas carga-flecha das vigas VREF, VR3 e REF2 (SANTOS)...................... 123
xiii
Figura 4.9 - Curvas carga-flecha das vigas VREF, VR1, VR2, VR3 e REF2 (SANTOS)... 124
Figura 4.10 - Expressão utilizada para o cálculo teórico de flechas para vigas biapoiadas
com carregamento concentrado no meio do vão............................................... 126
Figura 4.11 - Curva carga-flecha da viga VREF, experimental e teórica segundo a
NBR6118:2003.................................................................................................. 127
Figura 4.12 Curva carga-flecha da viga VR1, experimental e teórica segundo a
NBR6118:2003.................................................................................................. 128
Figura 4.13 Curva carga-flecha da viga VR2, experimental e teórica segundo a
NBR6118:2003.................................................................................................. 128
Figura 4.14 - Curva carga-flecha da viga VR3, experimental e teórica segundo a
NBR6118:2003..................................................................................................
129
Figura 4.15 - Comparação entre as curvas carga-flecha experimental e as calculadas
segundo procedimentos deste trabalho, para a viga VREF............................... 132
Figura 4.16 - Comparação entre as curvas carga-flecha experimental e as calculadas
segundo procedimentos deste trabalho, para a viga VR1.................................. 132
Figura 4.17 - Comparação entre as curvas carga-flecha experimental e as calculadas
segundo procedimentos deste trabalho, para a viga VR2.................................. 133
Figura 4.18 - Comparação entre as curvas carga-flecha experimental e as calculadas
segundo procedimentos deste trabalho, para a viga VR3.................................. 133
Figura 4.19 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VREF e a do
modelo teórico proposto.................................................................................... 134
Figura 4.20 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VREF e a do
modelo teórico proposto.................................................................................... 134
Figura 4.21 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR2 e do
modelo teórico proposto.................................................................................... 135
Figura 4.22 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR3 e do
modelo teórico proposto.................................................................................... 135
Figura 4.23 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga REF1, ensaiada
por SANTOS(2006), e a do modelo teórico proposto....................................... 136
Figura 4.24 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga REF2, ensaiada
por SANTOS(2006), e a do modelo teórico proposto....................................... 136
Figura 4.25 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR1, ensaiada
por SANTOS(2006), e a do modelo teórico proposto....................................... 137
Figura 4.26 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR2, ensaiada
por SANTOS(2006), e a do modelo teórico deste trabalho............................... 137
Figura 4.27 - Curva carga-deformação das barras de aço do reforço das vigas VREF,VR1,
VR2, VR3 e REF2(SANTOS), na seção do meio do vão................................. 138
Figura 4.28 - Curva carga-deformação do aço do reforço das vigas VREF,VR1, VR2 ,VR3
e REF2(SANTOS), na seção referente a 960 mm do meio do vão .................. 139
Figura 4.29 - Curvas carga-deformação da armadura longitudinal interna das vigas
originais VREF, V1, V2 e V3, na seção referente ao meio do vão................... 140
Figura 4.30 - Curvas carga-deformação da armadura longitudinal interna das vigas
originais VREF, V1, V2 e V3, na seção referente a 960 mm do meio do vão. 140
Figura 4.31 - Curvas carga-deformação específica do concreto, referentes à camada mais
comprimida do concreto, das vigas ensaiadas neste trabalho............................ 141
Figura 4.32 Evolução da tensão cisalhante no talão com o aumento do carregamento
aplicado: (a) para as vigas VR1 e V1R(SANTOS) e (b) para as vigas VR2 e
V2R(SANTOS)................................................................................................. 144
xiv
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.4 - Características das vigas ensaiadas por SOUZA (1990) ......................................... 24
Tabela 2.5 - Momentos de fissuração e de ruína das vigas ensaiadas por SOUZA (1990) ........ 28
Tabela 2.6 - Propriedades dos concretos utilizados por LIEW e CHEONG (1991) ................... 31
Tabela 2.7 - Características das amaduras das vigas. [CHEONG e MacALEVEY, 2000] ......... 34
Tabela 2.16 - Resultados teóricos e experimentais das vigas ensaiadas por SANTOS (2006)...... 53
Tabela 2.17 - Expressões propostas por pesquisadores e norma para o cálculo da resistência ao
cisalhamento [JÚDICE et al.,2004] ........................................................................ 57
Tabela 3.4 - Características das barras de aço utilizadas nas armaduras das vigas e do
reforço...................................................................................................................... 70
Tabela 3.5 - Características das vigas originais ......................................................................... 72
xv
Tabela 3.6 - Características das vigas reforçadas ........................................................................ 76
Tabela 3.9 - Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VREF ............................ 97
Tabela 3.10 - Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VR1 .............................. 101
Tabela 3.11 - Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VR2 .............................. 106
Tabela 3.12 - Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VR3 .............................. 111
Tabela 3.13 - Resumo dos resultados experimentais das vigas ensaiadas .................................... 112
Tabela 4.1 - Características e resistências teóricas e experimentais à flexão das vigas sem
reforço...................................................................................................................... 116
Tabela 4.2 - Características e resistências teóricas e experimentais à flexão das vigas
reforçadas................................................................................................................. 117
Tabela 4.3 - Cargas de ruptura teóricas e experimentais das vigas ensaiadas.............................. 118
Tabela 4.4 - Tensão cisalhante na ligação viga-reforço das vigas reforçadas VR1, VR2 e
VR3.......................................................................................................................... 119
Tabela 4.5 - Cargas limites de serviço e de ruptura das vigas ensaiadas.....................................
124
Tabela 4.6 - Valores de cargas de escoamento e de ruptura, deslocamentos verticais relativos
a essas cargas e índice de ductilidade das vigas ensaiadas...................................... 125
Tabela 4.7 Características das vigas V1R e V2R ensaiada por SANTOS(2006) e VR1 e VR2
ensaiadas neste trabalho........................................................................................... 142
Tabela 4.8 Comparações entre as vigas V1R e V2R ensaiadas por SANTOS(2006) e VR1
e VR2 ensaiadas neste trabalho............................................................................... 143
APÊNDICE
Tabela A.1 - Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga de referência
150
VREF.......................................................................................................................
Tabela A.2 - Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga VR1 .............. 151
Tabela A.3 - Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga VR2 .............. 152
Tabela A.4 - Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga VR3 .............. 153
xvi
Tabela B.2 Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pela NBR6118:2003
156
para a viga VR1.............................................................................................
Tabela B.3 Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pela NBR6118:2003
157
para a viga VR2 ............................................................................................
Tabela B.4 Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pela NBR6118:2003
158
para a viga VR3 ............................................................................................
Tabela B.5 Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
159
para a viga VREF..........................................................................................
Tabela B.6 Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
160
para a viga VR1.............................................................................................
Tabela B.7 Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
161
para a viga VR2.............................................................................................
Tabela B.8 Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
162
para a viga VR3.............................................................................................
xvii
LISTA DE SIMBOLOS
LETRAS ROMANAS:
b Largura da viga.
h Altura da viga.
xviii
Ifiss Inércia da seção fissurada da viga.
LETRAS GREGAS:
δ Deslocamento vertical.
δlim Deslocamento vertical relativo à flecha limite (item 13.3 da NBR 6118/2003)
xix
εyr Deformação específica de escoamento do aço do reforço.
xx
Capítulo 1 – Introdução
As’
CAPÍTULO 1
As INTRODUÇÃO
1
Capítulo 1 – Introdução
2
Capítulo 1 – Introdução
3
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
As’
CAPÍTULO 2
As REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1- INTRODUÇÃO
Quando uma estrutura não tem mais capacidade de resistir aos esforços a que
está sendo submetida ou quando há aumento do seu carregamento, é necessário
reabilitá-la ou reforçá-la.
4
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Devem ser utilizados materiais com boa durabilidade, baixa permeabilidade, boa
resistência, boa aderência ao concreto e ao aço, baixa retração, boa trabalhabilidade e
propriedades compatíveis com o concreto e o aço, visando garantir a eficiência do
processo de reforço.
5
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Desde meados dos anos 60, o reforço com chapas de aço coladas em vigas de
concreto armado tem sido utilizado na África do Sul, Japão e em vários países da
Europa (BEBER, 2003). A técnica é adequada nos casos onde há deficiência nas
armaduras existentes, sem haver deficiência nas dimensões dos elementos estruturais e
na qualidade do concreto.
A colagem das chapas metálicas pode ser feita com resinas de epóxi, de
poliéster, acrílicas, de poliuretanos e sintéticas. As resinas epóxi são as mais
empregadas, devido às suas excelentes propriedades adesivas com o concreto e o aço e
ausência quase que total de retração durante o processo de cura, garantindo a
integridade da superfície de ligação.
6
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
chapa chapa
Para evitar esses tipos de ruptura da viga reforçada com chapas de aço, o CEB
(1983) estabelece limites para o valor da tensão tangencial na interface reforço/substrato
(τ). Como a resistência de aderência depende mais da resistência do concreto à tração
7
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Outros métodos têm sido usados para tentar prevenir esses tipos de ruptura:
aumento na relação largura/espessura da chapa; término das chapas nas proximidades
dos apoios; utilização de chumbadores e outros dispositivos para ancoragem das chapas
(ver figura 2.2).
Figura 2.2 – Tipos de ancoragens estudadas por CAMPAGNOLO (1993) apud Reis,1998.
Morais (1997) verificou que os estribos formados por chapas em tiras coladas
foram efetivos como dispositivos de ancoragem para evitar o arrancamento da chapa de
aço do reforço à flexão.
Segundo Ripper e Souza (1998), para garantir uma melhor qualidade na ligação
entre concreto, resina e chapa é necessário que durante a cura da resina seja aplicada
uma leve e constante pressão na chapa contra o concreto por no mínimo 24 horas. O
tempo necessário vai depender do tipo da resina e da temperatura ambiente.
8
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Os polímeros reforçados com fibras (PRF) são compósitos que têm sido usados
no reforço de estruturas. A resistência e a rigidez dos compósitos de PRF depende,
basicamente, do tipo de fibra, da matriz polimérica e da interface entre estas duas. Cada
um destes componentes deve apresentar um conjunto de características que permita um
desempenho satisfatório do compósito [Hollaway, 1993, apud Beber, 2003 ].
9
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
De acordo com Hollaway & Leeming, 1999, apud Beber, 2003, em função da
orientação das fibras, os compósitos podem ser divididos em três grandes grupos:
unidirecionais (fibras alinhadas em uma única direção); bidirecionais (fibras alinhadas
perpendicularmente em duas direções) e multidirecionais (fibras distribuídas
aleatoriamente nas várias direções em um mesmo plano).
Figura 2.3 - Diagrama tensão-deformação dos principais tipos de fibras e para os aços de
concreto armado e protendido [BEBER, 2003].
10
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
11
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.4 – Modos de ruptura para reforço à flexão segundo TRIANTAFILLOU (1998).
12
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Onde:
Shehata et al. (2000) resumem estudo feito sobre reforço de vigas de concreto
armado utilizando lâminas de fibras de carbono. Segundo eles, a ruptura por
descolamento ocorre quando a deformação do compósito alcança valor em torno de 5‰,
devendo-se, portanto, considerar essa deformação limite da lâmina de carbono no
dimensionamento do reforço. Para evitar o destacamento do compósito, é sugerido que a
tensão de cisalhamento na ligação do compósito com o concreto não ultrapasse valor
igual à resistência à tração do concreto minorada por fator que leva em consideração a
menor qualidade do concreto do cobrimento e a possível existência de fissuras nesse
concreto.
13
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Desde 1950 a protensão externa vem sendo largamente utilizada para o reforço
de vigas. Este tipo de reforço é extremamente eficiente, possuindo uma flexibilidade de
adaptação às particularidades de cada estrutura existente, mantendo a geometria da viga.
A aplicação da protensão melhora o comportamento em serviço e aumenta a capacidade
portante das vigas. O aumento de rigidez proporcionado pela protensão, decorrente do
melhor controle da fissuração do concreto, pode reduzir as flechas e a vibração das
pontes, bem como reduzir a variação de tensões, aumentando a resistência à fadiga
[Almeida, 2001].
(a) Cabo reto, sem desviador, ancorado (c) Cabo poligonal, ancorado nos pilares,
nos pilares. com um desviador na face inferior da
viga.
(b) Cabo reto, sem desviador, ancorado (d) Cabo poligonal, ancorado na laje, com
na face inferior da viga. dois desviadores nas laterais da viga.
14
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
(conector)
(desviador)
15
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
• Nas vigas com cabos externos, os cabos não acompanham a deformação da viga
em todos os pontos, havendo uma variação da excentricidade do cabo (efeito de
segunda ordem). Se a viga for protendida com cabos retos e sem desviadores ao
longo do vão, esta variação é teoricamente igual à flecha da viga (figura 2.7).
16
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
17
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
O jateamento do concreto pode ser feito por via seca, quando a água, sob
pressão, é adicionada no instante em que o cimento e os agregados secos passam pela
pistola, ou por via úmida, quando o cimento, os agregados e a água são previamente
misturados e transportados sob pressão até a pistola, onde mais ar é injetado para o
lançamento.
Caso a concretagem seja dificultada pela existência de lajes que não podem ser
danificadas, faz-se o apicoamento da peça para retirar a camada superficial de concreto
nas faces laterais e inferior da viga, até encontrar os estribos. As novas armaduras
transversais podem ser fixadas ou não aos estribos existentes e devem ser
dimensionadas para suportar as tensões tangenciais entre o substrato e o material de
18
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Cânovas (1988) recomenda fazer furos para a passagem dos estribos com brocas
de 20 mm e dispor as armaduras do reforço o mais próximo possível das barras
existentes (ver figura 2.8). Para realizar a ancoragem das barras longitudinais que
chegam até os apoios, Petrucci, apud Cânovas (1988), recomenda furar o concreto e,
após a introdução das barras, preencher os vazios com argamassa epóxi ou com adesivo.
Furos de φ = 20mm
Apicoamento do
concreto
Concreto
Local de injeção
de furo
Forma
Armadura de reforço
fixada por estribos
Figura 2.8 - Reforço de viga com nova armadura adicionada [CÁNOVAS, 1988].
19
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Forma
Figura 2.9 - Reforço com aumento da base com danos à laje [CÁNOVAS, 1988]
Laje
Armadura existente
Chaves de Armadura de reforço
cisalhamento
20
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
A figura 2.11 mostra as seções transversais das vigas das quatro séries e o
esquema do ensaio. O concreto das vigas originais e monolíticas possuía uma
resistência média em torno de 25 MPa quando da realização dos ensaios (idade de 77 a
100 dias). A argamassa de cimento e areia utilizada no reforço possuía resistência média
de 31 MPa e o concreto projetado tinha resistência de cerca de 20 MPa aos 28 dias. Na
data dos ensaios a argamassa e o concreto projetado tinham idades que variavam de 67 a
97 dias.
3cm
Figura 2.11 – Seção transversal das vigas e esquema do ensaio de ALEXANDRE et al. (1988).
Continua.
21
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.11 – Seção transversal das vigas e esquema do ensaio de ALEXANDRE et al. (1988).
Continuação.
Antes da execução do reforço, uma das três vigas originais das séries 2 e 3 foi
submetida a ensaio preliminar, atingindo uma carga correspondente à de serviço
(26 kN). As outras duas vigas originais de cada uma dessas séries estavam íntegras
quando foram reforçadas. O concreto das vigas originais que entraria em contato com o
concreto projetado ou argamassa de reforço foi apicoado (superfície inferior e 15 cm
nas laterais, a partir da face inferior da viga).
Já nas vigas reforçadas com argamassa, com a mesma armadura de reforço que
as outras, as superfícies laterais e inferior apicoadas foram limpas com escova de aço e,
posteriormente, umedecidas com estopa, visando melhorar a aderência da resina epóxi
aplicada antes da fixação e colocação das armaduras de reforço.
22
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
A tabela 2.3 mostra, para cada série, a média dos resultados obtidos para a carga
de ruptura teórica (obtida considerando os valores de resistência dos materiais
experimentais) e carga de ruptura experimental, assim como a relação entre elas.
Tabela 2.3 – Cargas de ruptura das vigas ensaiadas por ALEXANDRE et al. (1988).
Com base nos resultados obtidos, os autores concluíram que o método de reforço
em concreto projetado foi o que apresentou resultados mais satisfatórios tecnicamente,
23
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
isto é, a carga de ruptura é elevada e atende à carga de ruptura teórica. O reforço com
colagem epóxi e argamassa mostrou-se eficiente, pois apesar de não ter atendido a carga
de ruptura teórica, atendeu perfeitamente a carga de projeto. Vale ressaltar que no
cálculo da carga de ruptura teórica foram considerados os valores de fc e fy obtidos
experimentalmente, enquanto que no cálculo da carga de projeto foram utilizados
valores nominais de resistência dos materiais além dos coeficientes de segurança
(γc=1,4 e γs=1,15).
Duas vigas foram tomadas como de referência, uma igual às reforçadas antes de
realização do reforço e outra com as características das com reforço mas monolítica.
Dados das vigas ensaiadas estão na tabela 2.4 e nas figuras 2.12 a 2.15.
24
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
As vigas que receberiam reforço foram inicialmente ensaiadas até atingir uma
carga correspondente à carga de serviço. Depois, foi feito o reforço com adição de
armaduras envolvidas por concreto projetado ou argamassa especial à base de resinas
acrílicas, com as vigas descarregadas. Feito isso, as vigas foram reensaiadas até
atingirem a ruptura.
Figura 2.12 - Fôrmas das vigas de SOUZA(1990) antes do reforço FC1, FC2, FP1, FP2 e DF) e
da viga de referência após o reforço (RF).
25
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.13 - Armadura das vigas de SOUZA(1990) antes do reforço (FC1, FC2, FP1, FP2 e
DF).
26
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.15 - Armadura de reforço das vigas FC1R, FC2R, FP1R e FP2R.de SOUZA (1990).
A ruptura das vigas reforçadas se deu por flexão, com grandes flechas e
esmagamento do banzo comprimido. Independentemente do material de reforço, as
vigas reforçadas apresentaram um comportamento monolítico, com deformações na
armadura longitudinal do reforço praticamente coincidentes com os valores teóricos
previstos.
27
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Tabela 2.5 - Momentos de fissuração e de ruína das vigas ensaiadas por SOUZA (1990).
28
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
29
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.16 – Seção transversal das vigas ensaiadas por LEIW e CHEON (1991).
30
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Tabela 2.6 – Propriedades dos concretos utilizados por LIEW e CHEONG (1991).
Resistência do concreto*(MPa)
Viga concreto com agregado
concreto simples
pré-colocado
A1 25,92 25,52
B1 29,92 29,6
C1 29,68 -
A2 27,6 28,88
B2 26,24 30,16
C2 23,68 -
* os valores de resistência cúbica do concreto apresentada no trabalho
foram convertidas para resistência cilíndrica segundo a relação:
fccilíndrica = 0,8 fccúbica
• A resistência à flexão atingida pelas vigas reforçadas foi menor do que as das
vigas monolíticas, conforme esperado, com seção transversal semelhante.
Para as vigas testadas, a faixa de redução foi de 3 a 12%;
• Sob carga de serviço, as vigas reforçadas apresentaram menores flechas e
fissuras menos espaçadas e de menor abertura em comparação com as vigas
monolíticas de referência;
• Em estágios avançados de carregamento, todas as vigas reforçadas fletiram
de forma dúctil e comportaram-se adequadamente quanto ao cisalhamento,
confirmando a eficiência dos métodos de ancoragem dos estribos; e
• O concreto do reforço apresentou uma substancial quantidade de fissuras de
retração, as quais podem dar origem a problemas de durabilidade e estética.
31
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Reforço
ultrapassando
região de apoio.
(a) Reforço
ultrapassando
região do apoio.
(b)
32
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
2, 8 e 9
Figura 2.17 – Detalhamento das vigas simplesmente apoiadas (a) e contínuas (b) de CHEONG
E MACALEVEY (2000) (Continua).
33
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
* ** ***
* vigas com estribos de reforço fixados, no topo da viga, por meio de porca e arruela.
** viga com estribos de reforço fixados, na região da mesa, com colagem de resina epóxi.
*** viga sem estribos de reforço.
Figura 2.17 – Detalhamento das vigas simplesmente apoiadas (a) e contínuas (b) de CHEONG
E MACALEVEY (2000) (Continuação).
Tabela 2.7 – Características das amaduras das vigas de CHEONG E MACALEVEY (2000).
Viga A1(a) A2(b) A3(c) (mm) A4(c) (mm) A5(c) A6(d) (mm) A7(c) A8(b)
34
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Resist. do concreto
Preparação da interfacec
(MPa)b Carga de
Viga Tipo ruptura Modo de ruptura
Parcialm. Totalm. (kN)
Pintada Original Reforço
Apicoada Apicoada
2-1 Monolítica - - - 36 - 404 Flexão
2-2 1, 2, 3 36 44 393 Flexão
2-3 1, 2, 3 36 44 433 Flexão
2-4 1, 2 3 24 56 430 Flexão
2-5 2, 3 1 40 56 422 Flexão
2-6 2 1,3 24 56 410 Cisalhamento
Escoamento na
2-8 Reforçada 1, 2, 3 zona de
40 44 351 ancoragem
2-9 1, 2, 3 40 44 418 Flexão
Escoamento na
2-10 1, 2, 3 zona de
40 44 376 ancoragem
4-1 1, 2, 3 40 48 135 Interface
6-1 a Monolítica - - - 24 - 309 Esmagamento
a do concreto
6-2 Reforçada 1, 2, 3 24 48 374 sobre o apoio
(a)
Vigas contínuas
(b)
Valores alterados de resistência cúbica para cilíndrica.
(c)
Ver Figura 2.17
Nos ensaios das vigas 2-4, 2-5 e 2-6, nas quais algumas interfaces entre os
concretos original e de reforço foram pintadas com tinta à prova d’água a fim de
investigar o efeito da perda de aderência da ligação entre os dois concretos, a eficiência
dessa pintura foi comprovada pelo fato de, após o rompimento das vigas reforçadas, a
interface pintada permanecer íntegra e poder-se separar facilmente os dois
concretos.Todas as 3 vigas atingiram a carga de ruptura prevista.
35
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Na viga onde foi executado reforço apenas com armadura longitudinal, 4-1,
surgiram fissuras na ligação entre os concretos, ao longo do vão de cisalhamento, ao se
atingir 2/3 de sua capacidade resistente à flexão.
As viga 2-8 e 2-10 romperam antes de atingirem sua resistência à flexão. Elas
diferiam apenas pela quantidade e detalhamento da ancoragem dos estribos de reforço,
conforme tabela 2.7 e figura 2.21. Na viga 2-8, a escassa quantidade de estribos
contribuiu para a propagação de fissuras na região entre a armadura longitudinal de
reforço e o concreto envolvente, fazendo com que a força na zona ancoragem dos
estribos crescesse rapidamente conduzindo à ruptura entre os dois concretos. Na viga 2-
10 a ruptura se deu por escoamento na zona de ancoragem dos estribos do reforço
colados com epóxi na região da mesa, mas não foi identificada nenhuma evidência de
ruptura entre os dois concretos. Medições mostraram que a força desenvolvida nos
estribos do reforço alcançou apenas 60% da de escoamento.
As duas vigas contínuas, 6-1 e 6-2, foram ensaiadas para verificar se o modelo
simplesmente apoiado é representativo do trecho entre as duas seções de momento nulo
das vigas contínuas, além de examinar o efeito de placas estreitas no apoio interno das
vigas. Nas duas vigas, a ruptura ocorreu de forma frágil, provavelmente resultado das
pequenas dimensões do apoio interno. As deformações medidas nas armaduras
longitudinais de reforço e a distribuição de fissuras mostraram a similaridade do
comportamento das vigas simplesmente apoiadas e do trecho entre seções de momento
nulo.
36
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Tabela 2.9 – Vigas de CHEONG E MACALEVEY (2000) ensaiadas sob carregamento cíclico.
Resist. do concreto
Preparação da interface
(MPa)a Carga de ruptura Modo de
Viga Tipo
Parcialm. Totalm. (kN)b ruptura
Original Reforço
Apicoada Apicoada
8-1 Monolítica - - 40 - 411 Cisalhamento
8-2 1, 2, 3 36 44 407 Flexão
Reforçada
8-3 1, 2, 3 36 44 393 Flexão
nº de ciclos até a
ruptura
9-1 Monolítica - - 40 - 608.738 ciclos Fadiga
9-2 Reforçada 1, 2, 3 24 48 436.139 ciclos Fadiga
(a)
Valores alterados de resistência cúbica para cilíndrica.
(b)
Carga obtida através do carregamento estático após execução do carregamento dinâmico
Nas vigas 9-1 e 9-2, a grande quantidade de ciclos de carga dinâmica não causou
ruptura na interface entre a viga e o reforço.
37
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
• Não houve uma diferença significativa entre os dois tipos de interface de contato
adotados nesse trabalho (totalmente ou parcialmente apicoadas), pois as vigas 2-
2 e 2-3 apresentaram comportamentos semelhantes.
Figura 2.19 – Esquema de ensaio e detalhe da geometria e armação das vigas de BORJA
(2001), antes do reforço. Continua.
38
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.19 – Esquema de ensaio e detalhe da geometria e armação das vigas de BORJA
(2001), antes do reforço. Continuação.
Quanto ao reforço de flexão, a viga V-4 se diferenciava das demais apenas pela
profundidade aproximada da camada retirada do concreto existente, 2,5 cm contra 5,0
cm das demais. O reforço ao cisalhamento das vigas V-2 e V-4 se diferenciava do das
vigas V-3 e V-5 somente pelo posicionamento das chapas de aço, conforme mostrado na
figura 2.20. A tabela 2.10 apresenta as características das vigas antes e após o reforço.
Tabela 2.10 - Características das vigas de BORJA (2001) antes e após o reforço.
Vigas As b d ρ
(mm2) (mm) (mm) (%)
Sem reforço 369 150 373 0,66
Com reforço 971 150 398 1,63
39
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
REFORÇO À FLEXÃO
REFORÇO AO CISALHAMENTO
V-2 e V-4
V-3 e V-5
Figura 2.20 - Detalhe da geometria e armação das vigas de BORJA (2001), após o reforço.
40
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
41
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Pu,V-4=94,6kN
Pu,V-2=90,3kN
Pu,V-5=82,8kN
Pu,V-3=87,2kN
Pu,V-1=57,3kN
42
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
concreto armado, divididas em 4 séries de 2 peças cada uma. As peças foram reforçadas
aumentando as seções de concreto e de aço.
As 6 vigas das séries 1 a 3 (duas vigas iguais por série) foram concretadas
originalmente com as mesmas características (vigas originais). Na série 1 as vigas não
foram reforçadas e tinham as mesmas seções e características, conforme figura 2.22,
sendo chamadas de vigas originais de referência. Na série 4 as vigas apresentaram as
mesmas características das séries 2 e 3 depois de reforçadas, conforme figura 2.23,
sendo denominadas de vigas monolíticas de referência. As séries 2 e 3 se diferenciavam
entre si apenas pela ação atuante no instante do reforço. As vigas da série 2 foram
reforçadas sob a ação apenas do peso próprio, enquanto as da série 3 estavam
submetidas a um carregamento correspondente a 91% da carga de serviço, além do peso
próprio.
43
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
44
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
substrato foram utilizadas chapas de isopor entre estes materiais, nas extremidades do
reforço (ver Figura 2.22).
Na data dos ensaios das vigas, o concreto das vigas originais tinha idade mínima
de 10 meses. O traço do concreto do reforço e a idade de sua solicitação (4 dias) foram
selecionados com o intuito de se obter, na data dos ensaios, características mecânicas
próximas das apresentadas pelo concreto das vigas originais. A tabela 2.11 mostra as
propriedades dos concretos.
Tabela 2.11 – Propriedades mecânicas dos concretos das vigas de PIANCASTELLE (2002).
Os resultados teóricos de carga última que constam na tabela 2.12 foram obtidos
com as premissas básicas do cálculo de seções de concreto armado, e considerando-se
45
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Na tabela 2.13 são dados os valores médios das cargas de ruptura e de serviço
das vigas de cada série. Nela constam também os ganhos obtidos com o reforço, isto é,
as relações entre as cargas de ruptura das vigas reforçadas e as da viga da série 1. Para o
cálculo do ganho em serviço consideraram-se, nas vigas da série 2, as cargas
correspondentes à flecha de 9,7mm (vão/300). No caso da série 3, as cargas se referem à
flecha de 14,7mm (vão/200), pois no instante do reforço as vigas dessa série
apresentaram uma flecha, em média, igual a 11,2 mm ( vão/259).
Tabela 2.13 – Resultados dos ensaios e ganhos obtidos com reforço por PIANCASTELLE
(2002).
A carga média de ruptura das vigas da série 2 (100,2 kN) foi 7,5% menor do que
aquela das vigas da série 4 (108,3 kN). A carga média de ruptura das vigas da série 3
(109,2 kN) foi praticamente igual à das vigas da série 4 (108,3 kN). Apesar das
46
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
P P
Encamisamento
Viga original
10 60 60 60 10 Medidas em centímetro.
47
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.25 - Barras de ligação em forma de Z das vigas de. ALTUN (2004).
Vale ressaltar que o encamisamento de toda a seção não configura uma situação
usual na prática.
48
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Todas as vigas foram bi-apoiadas e carregadas com uma carga no meio do vão
de acordo com o esquema de ensaio da figura 2.26.
Duas dessas vigas foram reforçadas à flexão tendo diferentes taxas de armadura
de reforço, por encamisamento parcial (V1R e V2R), enquanto que as outras duas
serviram como referência (REF1 e REF2). A REF2 tinha armadura de flexão próxima à
armadura balanceada, já a REF1 tinha armadura de flexão aproximadamente igual à
metade da REF2. Todas as vigas foram dimensionadas para romperem à flexão. Na
49
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Corte A-A’
50
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
4470mm 4470mm
2Ø20 - N5
300mm
250
250
300mm
250
250
4470mm
r=40mm 2Ø16 - N3
1Ø16 - N2 4360
4470mm 4470mm
1Ø16 - N2
4470mm
80 80
370
1Ø16 -N2
2Ø16 -N3 Ø8 c.150 - N4 Ø8 c.150 - N4
C=1140mm C=1140mm
2Ø16 -N3
120 120
Viga REF1, V1R e V2R Viga REF2
51
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
26Ø5 c.150 - N8
CHUMBADORES
3/8" x 110mm
N6 2N6 2N6
3810mm
N7 2N7
3810mm
70 70
80 80
Viga N6 N7 Chumbadores
120
V1R 4ø8 2ø8 Ø9,5c.150mm
120
V2R 4ø8 2ø16 Ø9,5c.150mm
Ø5 c.150 - N8
C=715mm
Figura 2.29 - Detalhamento das armaduras do reforço, SANTOS (2006).
52
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Figura 2.30 – Operação de fixação dos chumbadores nas vigas de SANTOS (2006).
Tabela 2.16 – Resultados teóricos e experimentais das vigas ensaiadas por SANTOS (2006).
ρ d Pu Pu,exp R
Viga Pu,exp/Pu
(%) (mm) (kN) (kN) REF1 REF2
REF1 1,08 369 112 129.5 1.16
V1R 1,66 360 156 186.4 1.19 1.44 -
V2R 2,12 377 212 234.9 1.11 1.81 1.07
REF2 2,33 351 197 219.3 1.11
53
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Houve redução nas deformações das barras longitudinais originais das vigas
reforçadas em relação à de referência indicando que houve ação conjunta entre as
armaduras da viga e do reforço.
Foi constatado que uma eficiente aderência pode ser obtida na ligação entre os
concretos da viga e do reforço sem o uso de adesivo, estando a superfície do concreto da
viga devidamente apicoada e apenas umedecida.
54
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
55
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Para baixas solicitações, os esforços são resistidos pela adesão entre as partículas
internas do aglomerante. Esse fenômeno, isoladamente, não é suficiente para uma boa
transferência pois é destruído no caso de pequenos deslocamentos.
56
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Na tabela 2.17, onde são dados exemplos desse tipo de expressão para cálculo de
τR, constata-se que diferentes valores têm sido propostos para c, K e τlim. Segundo
Judice, Shehata e Shehata (2004), dentre várias, as expressões dessa tabela são as que
levam a resultados de resistência mais próximos dos verificados em ensaios de prismas
e vigas.
Tabela 2.17 – Expressões propostas por pesquisadores e norma para o cálculo da resistência ao
cisalhamento [JÚDICE et al.,2004] (Continua).
(*)
Expressões propostas para o cálculo da Resistência ao
Pesquisador ou norma
Cisalhamento
MATTOCK (a)
(1974)
MATTOCK (a)
(1976)
MENDONÇA (b)
(2002)
PATNAIK (c)
(1994)
NS 3473 (d)
(1992)
57
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Tabela 2.17 – Expressões propostas por pesquisadores e norma para o cálculo da resistência ao
cisalhamento [JÚDICE et al.,2004] (Continuação).
(d) -
Neste capítulo foram abordadas algumas das diversas técnicas de reforço que
podem ser usadas. O projeto de reforço depende da peculiaridade de cada situação e a
escolha de uma determinada técnica depende de vários fatores: custo, desempenho e
durabilidade do reforço, além da facilidade e rapidez de execução.
58
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
elementos reforçados é uma de suas desvantagens; entretanto, ela já provê proteção das
armaduras do reforço à ação do fogo e atos de vandalismo.
59
Capítulo 3 – Programa Experimental
As’
CAPÍTULO 3
As PROGRAMA EXPERIMENTAL
3.1- INTRODUÇÃO
60
Capítulo 3 – Programa Experimental
3.2- MATERIAIS
3.2.1- CONCRETO
Para a confecção das vigas originais e do reforço foram utilizados concretos com
traço, em massa, de 1:2,71:3,58, relação água cimento a/c=0,6 e consumo de cimento de
300 kg/m3. Esses concretos foram definidos a partir de estudo feito por
EVANGELISTA(2002), de forma que, aos 14 dias, tivessem uma resistência média à
compressão em torno de 30MPa. O consumo dos materiais por m3 é apresentado na
tabela 3.1.
VIGA REFORÇO
Material Consumo Material Consumo
Cimento CPV - ARI 300 kg Cimento CPV - ARI 300 kg
Brita 1 (19 mm) 1074 kg Brita 0 (9,5 mm) 1074 kg
Areia 814 kg Areia 814 kg
Água 180 litros Água 180 litros
61
Capítulo 3 – Programa Experimental
(a) (b)
Figura 3.2 – (a) Betoneira utilizada; (b) Ensaio de abatimento de tronco de cone.
62
Capítulo 3 – Programa Experimental
(a) (b)
Figura 3.3 – Ensaios de resistências à compressão (a) e à tração indireta (b) dos concretos.
63
Capítulo 3 – Programa Experimental
O capeamento foi feito com uma mistura de enxofre e cinza de casca de arroz
(Figura 3.5).
* Concreto do reforço
fcm – resistência média do concreto à compressão
64
Capítulo 3 – Programa Experimental
Idade do *fctm
Nº de CP Tipo de ensaio fctm
Viga concreto NBR6118:2003
ensaiados da viga (MPa)
(dias) (MPa)
2 Pré-fissuração 42 3,21
VREF 3,28
2 Ruptura 59 3,02
2 Pré-fissuração 16 3,64
V1 3,60
2 Ruptura 96 3,10
2 Pré-fissuração 23 3,23
V2 3,43
2 Ruptura 78 3,14
2 Pré-fissuração 24 3,39
V3 3,46
2 Ruptura 101 2,93
R1* 2 Ruptura 26 2,20 2,75
R2* 2 Ruptura 16 2,64 2,84
R3* 2 Ruptura 24 2,71 2,76
* Concreto do reforço
fctm – resistência média do concreto à tração direta obtida experimentalmente.
*fctm - resistência média do concreto à tração direta segundo a NBR6118:2003
3.2.2- AÇO
Duas amostras de cada tipo das barras de aço CA-50 e CA-60 empregadas nas
vigas originais e nos reforços foram ensaiadas à tração para a determinação das tensões
de escoamento e de ruptura. Os ensaios foram feitos, conforme a NBR ISO 6892
(2002), em prensa universal AMSLER com capacidade de 1000kN (Figura 3.6). A
figura 3.7 mostra o aspecto das barras de aço ensaiadas, após a ruptura, na região de
estricção.
65
Capítulo 3 – Programa Experimental
(VIGA ORIGINAL)
(REFORÇO)
66
Capítulo 3 – Programa Experimental
φ 8 mm (viga)
700
fy
600
Tensão(MPa)
500
100
0
0 2 εy 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Deformação (‰ )
Figura 3.8 – Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 8mm das vigas originais.
φ 10 mm (viga)
900
800
700
fy
Tensão(MPa)
600
500 fy =630MPa
fst =850MPa
400
εy = 2.98‰
300 Es =210GPa
200
100
0
0 2 εy 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Deformação (‰ )
Figura 3.9 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 10mm das vigas originais.
67
Capítulo 3 – Programa Experimental
φ 12,5 mm (viga)
700
fy
600
Tensão(MPa)
500
fy =593 MPa
400 fst =733MPa
300 εy =3,21‰
Es =184GPa
200
100
0
0 2 εy 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Deformação (‰ )
Figura 3.10 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 12,5mm das vigas
originais.
φ 5 mm (reforço)
800
700
fy
600
Tensão(MPa)
500
fy=710 MPa
400 fst=754MPa
300 εy = 3,41‰
Es=208GPa
200
100
0
0.00 2.00 εy 4.00 6.00 8.00 10.00
Deformação (‰)
Figura 3.11 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 5mm dos reforços.
68
Capítulo 3 – Programa Experimental
φ 8 mm (reforço)
800
700
fy
600
Tensão(MPa)
500
fy =644MPa
400 fst =857MPa
300 εy = 3,25‰
Es =198GPa
200
100
0
0 2 εy 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Deformação (‰ )
Figura 3.12 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 8mm dos reforços.
φ 16 mm (reforço)
700
fy
600
Tensão(MPa)
500
fy =598MPa
400 fst =716MPa
300 εy = 3,04‰
Es =197GPa
200
100
0
0 2 εy 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Deformação (‰ )
Figura 3.13 - Diagrama tensão-deformação das barras de aço de φ = 16mm dos reforços.
69
Capítulo 3 – Programa Experimental
Tabela 3.4 – Características das barras de aço utilizadas nas armaduras das vigas originais e dos
reforços.
Diâmetro fy fst εy Es
fst/fy
(mm) (MPa) (MPa) (‰) (GPa)
70
Capítulo 3 – Programa Experimental
MACACO
HIDRÁULICO
VIGA
APOIO APOIO
FIXO MÓVEL
PLACA DE REAÇÃO
P
2000
150
400
4000
4500
Figura 3.14 - (a) – Pórtico de reação utilizado nos ensaios; (b) – Esquema de ensaio (dimensões
em mm).
71
Capítulo 3 – Programa Experimental
72
Capítulo 3 – Programa Experimental
N1 - 2Ø8 - 4450mm
75 A 75
A N4 - 30Ø8 c.150mm
300
240
r = 60 N2 - 2Ø10 -5140mm r = 60
4470
N3 - 1Ø12,5 - 4470mm
4000mm
250mm 250mm
Seção A-A
150
80
2Ø8 mm
80
400
380
Ø12.5mm
120
2Ø10mm
Ø8 c.150mm
L= 1160mm
73
Capítulo 3 – Programa Experimental
TALÃO DE CONCRETO
A
80 80
A
3840
4500
SEÇÃO A-A
VIGA ORIGINAL
TALÃO DE CONCRETO
100 100
470
70
OBS: TODAS AS MEDIDAS
150
ESTÃO EM MILÍMETROS.
150
74
Capítulo 3 – Programa Experimental
SEÇÃO A-A
REFORÇO DA VIGA - VR1
N1 - 4Ø8 - 3810mm
A
344
386
4Ø8
446
A CHUMBADOR
Ø9,5 c.150mm
N3-26Ø5 c.150mm (ver detalhe) 2Ø8
N2 - 2Ø8 - 3810mm
SEÇÃO B-B
REFORÇO DA VIGA - VR2
N1 - 4Ø8 - 3810mm
B
344
386
4Ø8
442
B
N1 - 4Ø8 - 3810mm
C
344
386
4Ø8
442
C
N3-26Ø5 c.150mm (ver detalhe)
3Ø16
N4 - 3Ø16 - 3810mm
DETALHE - N3
70 70
OBS: TODAS AS MEDIDAS
180 ESTÃO EM MILÍMETROS.
80
120
120
N3 - 78Ø5.0 - 715
75
Capítulo 3 – Programa Experimental
A figura 3.18 mostra a área de interface entre a viga original e o reforço, que foi
a mesma adotada nas vigas de SANTOS (2006), de mesma geometria que as deste
trabalho.
τ R Ai
A sr f y ≤ (3.1)
γ 2
onde:
76
Capítulo 3 – Programa Experimental
VIGA
A
REFORÇO
A
Lr = 3840mm
Lv = 4500 mm
SEÇÃO A-A
dr
F = Asr . fy
Lcis = Lr/2
Lv/2
m
92 0m F
s =1
L ci Região Perímetro transversal da
apicoada interface = 280 mm
τ 80 80
120
77
Capítulo 3 – Programa Experimental
4A sr f y
Ai ≥ (3.2)
τR
Tabela 3.7 – Valores de Ai calculados a partir de diferentes expressões propostas para o cálculo
da resistência ao cisalhamento (continua).
Ai Ai
Expressões propostas para o cálculo da
Autor necessário adotado
Resistência ao Cisalhamento τR (MPa)
Eq. (3.2)
τR (MPa)
(mm2) (mm2)
MATTOCK
2,8 541.400
(1974)
MATTOCK
2,98 536.900
(1976)
MENDONÇA
1,93 829.000
(2002)
PATNAIK 1.075.000
0,86 1.860.000
(1994)
NS 3473
1,13 1.416.000
(1992)
78
Capítulo 3 – Programa Experimental
3.5.2 – CHUMBADORES
(e)
(a) parafuso cônico;
(b) jaqueta;
(a)
(c) prolongador;
(d) porca e
(e) arruela.
79
Capítulo 3 – Programa Experimental
Figura 3.21- Distâncias mínimas para a execução dos furos, segundo o fabricante.
80
Capítulo 3 – Programa Experimental
SEÇÃO A-A
50mm
65 65
120
40mm
70
Figura 3.22 – Posicionamento dos chumbadores.
3.6.1 – FÔRMAS
81
Capítulo 3 – Programa Experimental
Para o preparo do concreto das vigas, utilizou-se uma betoneira de 300 litros de
capacidade, sendo necessárias duas betonadas por viga. Em cada dia de concretagem
foram confeccionadas duas vigas.
3.7.1 – FÔRMAS
82
Capítulo 3 – Programa Experimental
O apicoamento nas faces laterais das vigas foi realizado com o auxílio de
ponteira num comprimento central de 3840 mm e altura de 80 mm a partir do fundo da
viga. A profundidade do apicoamento foi de aproximadamente 15mm, possibilitando
tanto a visualização das armaduras internas, longitudinais e transversais, quanto dos
agregados graúdos (figura 3.25). Na face inferior das vigas, o apicoamento foi feito com
auxílio de um martelete apenas para tornar a superfície rugosa (figura 3.26). Isto foi
feito para evitar que as armaduras longitudinais originais ficassem totalmente expostas e
que, se o concreto novo não as envolvesse adequadamente, a aderência ficasse
prejudicada.
83
Capítulo 3 – Programa Experimental
Para a fixação dos chumbadores foram realizados furos nas posições mostradas
na figura 3.27. Em cada viga foram utilizados 25 chumbadores por face.
150 mm 150 mm
50 mm
Figura 3.27– Execução dos furos no concreto para fixação dos chumbadores.
1- Com o auxílio de ferramentas, 2- Pelo menos metade do 3- Aperto da porca até haver uma
introdução do chumbador no furo. comprimento do chumbador fica pequena resistência, evitando a
dentro do furo. penetração do prolongador na jaqueta.
84
Capítulo 3 – Programa Experimental
Expansão
da
Jaqueta
85
Capítulo 3 – Programa Experimental
3.7.5 – CONCRETAGEM
Os concretos dos reforços foram preparados da mesma maneira que os das vigas
originais, fazendo-se uma betonada por reforço. Foram executados dois reforços por dia
de concretagem.
Assim como nas vigas originais, o concreto foi adensado com vibrador de
imersão (figura 3.32). O processo de cura e armazenamento das vigas originais foi
repetido para o reforço (ver item 3.6.2).
86
Capítulo 3 – Programa Experimental
3.8 – INSTRUMENTAÇÃO
O comportamento estrutural das vigas sem e com reforço foi monitorado durante
os ensaios, por meio de medições de deformações específicas das armaduras
longitudinais de tração, deformações específicas do concreto na região comprimida e
deslocamentos verticais em seções a 150 mm do meio do vão. Nas vigas reforçadas,
foram também medidos deslocamentos horizontais do talão de reforço em relação à viga
original.
87
Capítulo 3 – Programa Experimental
960 mm 2250 mm
A
EXTENSÔMETROS
ELÉTRICOS
Seção A-A
2Ø8.0mm
2Ø10mm
Figura 3.34 – Posição dos extensômetros elétricos na armadura longitudinal das vigas
VREF, V1, V2 e V3.
960mm 2250mm
A
EXTENSÔMETROS
ELÉTRICOS
Seção A-A
88
Capítulo 3 – Programa Experimental
Instrumentação Instrumentação
na barra extrema na barra central
Para a realização das medições com esse extensômetro, foram coladas chapas de
cobre numa das faces laterais da viga, segundo procedimento ilustrado na figura 3.37.
89
Capítulo 3 – Programa Experimental
CHAPA METÁLICA
(150mm x 200mm x 20mm)
20mm
150mm CHAPAS DE COBRE
(15mm x 15mm)
20mm
Nivel 1
20mm
Nivel 2
20mm
Nivel 3
20mm
Nivel 4
100mm
130mm
2000 mm
Figura 3.37– Processo de colagem de chapas de cobre para medição com extensômetro
mecânico.
90
Capítulo 3 – Programa Experimental
Para a medição dos deslocamentos verticais (flechas) das vigas, foram utilizados
dois transdutores de deslocamento à base de extensômetros elétricos de resistência
(constantes de calibração de 0,0324 mm/10-6 e 0,0319 mm/10-6) e com curso de 100
mm. Eles foram fixados em suportes de aço e posicionados em seções a 150 mm do
meio do vão, sendo conectados a um sistema automático de aquisição de dados (figura
3.38).
TRANSDUTORES DE DESLOCAMENTO
DEFLECTÔMETROS
Ligado
Sistema de aquisição Ligado de aquisição
Sistema
ao Dataloger ao Dataloger
automática de dados automática de dados
150 150
1850 mm
2000 mm
91
Capítulo 3 – Programa Experimental
S1 S2 S3 S4
960 mm
1920 mm
S1 S2
92
Capítulo 3 – Programa Experimental
Figura 3.40– Fixação dos transdutores para medição de deslocamento entre reforço e viga
original.
93
Capítulo 3 – Programa Experimental
3.10.1 – VREF
94
Capítulo 3 – Programa Experimental
Marcação
das 1as
fissuras
Fissura com
maior abertura
Figura 3.41 – Aspecto da fissuração na região central da viga de referência, após os primeiros
carregamentos e após a ruptura.
95
Capítulo 3 – Programa Experimental
VREF
Pu,exp=72kN
80
60
CARGA (kN)
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
DEFORMAÇÃO (‰)
Figura 3.42 – Curvas carga-deformação das armaduras longitudinais da VREF, nas seções do
meio do vão e a 960 mm do meio do vão.
VREF
Pu,exp=72kN
80
60
C A R G A (kN )
40
150mm 150mm
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70
FLECHA (mm)
96
Capítulo 3 – Programa Experimental
VREF
0
Nivel 1
50 Nivel 2
Nivel 3
Nivel 4
100
Altura da viga (mm)
150
200 As,viga
250
300
350
400
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2
Deform ação da seção (‰)
Tabela 3.9 – Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VREF.
45 93,2
60 91,5
65* 71,7
* (90% da de ruptura)
3.10.2 – VR1
97
Capítulo 3 – Programa Experimental
Pode-se observar nas figuras 3.46 e 3.47 que a presença do reforço conduziu a
uma redução nas deformações específicas da armadura da viga original e que a
deformação da armadura do reforço, inicialmente menor que a da armadura da viga
original, passa, depois, a ser igual ou maior.
Marcação da
1ª fissura
Figura 3.45 – Aspecto da fissuração da região central após os carregamentos da viga original e
após ruptura da viga VR1.Continua.
98
Capítulo 3 – Programa Experimental
Esmagamento
do concreto
Figura 3.45 – Aspecto da fissuração da região central após os carregamentos da viga original e
após ruptura da viga VR1.Continuação.
VR1
Pu,exp=150kN
150
CARGA (kN)
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
DEFORMAÇÃO (‰)
Figura 3.46 – Curvas carga-deformação das armaduras longitudinais da VR1, na seção do meio
do vão.
99
Capítulo 3 – Programa Experimental
VR1
Pu,exp=150kN
150
CARGA (kN)
100
50
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
DEFORMAÇÃO (‰)
200
Pu,exp=150kN
150
CARGA (kN)
100
D4 D3 D1 D2
50
0
-0,01 0,02 0,05 0,08 0,11 0,14 0,17 0,2
DESLOCAMENTO RELATIVO (m m )
Figura 3.48 – Curva carga-deslocamento relativo entre o reforço e o substrato da viga VR1.
100
Capítulo 3 – Programa Experimental
VR1 Pu,exp=150kN
160
140
120
C A R G A (kN )
100
80
60
150mm 150mm
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70
FLECHA (mm)
VR1
0 Nivel 1
Nivel 2
50 Nivel 3
Altura da viga (mm)
Nivel 4
100
150
200
250 As,viga
300 As,reforço
350
400
450
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
Deformação da seção (‰)
Tabela 3.10 – Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VR1.
40 178
80 160
120* 120
* 80% da de ruptura
101
Capítulo 3 – Programa Experimental
3.10.3 – VR2
Marcação das
1as fissuras
Figura 3.51 - Aspecto da viga VR2, após os carregamentos realizados antes do reforço.
102
Capítulo 3 – Programa Experimental
103
Capítulo 3 – Programa Experimental
Na figura 3.56, nota-se que o tipo de ruptura dessa viga levou-a a apresentar
flecha de aproximadamente 32 mm para a carga de ruptura, menor que as das vigas
VREF e VR1 para as cargas de ruptura, que foram maiores que a carga de ruptura de
VR2.
VR2
Pu,exp=205kN
Problemas com o
250
extensômetro
200
CARGA (kN)
150
100
50
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
DEFORMAÇÃO (‰)
Armadura da Viga - meio do vão
Armadura do Reforço - meio do vão
Figura 3.53 - Curvas carga-deformação das armaduras longitudinais da VR2, na seção do meio
do vão.
104
Capítulo 3 – Programa Experimental
VR2
Pu,exp=205kN
250
200
CARGA (kN)
150
100
50
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
DEFORMAÇÃO (‰)
Armadura da Viga - 960 mm do meio do vão
Armadura do Reforço - 960 mm do meio do vão
200
CARGA (kN)
150
D4 D3 D1 D2
100
50
0
-0,01 0,09 0,19 0,29 0,39 0,49 0,59 0,69 0,79 0,89 0,99
DESLOCAMENTO RELATIVO (mm)
Figura 3.55 – Curva carga-deslocamento relativo entre o reforço e o substrato para VR2.
105
Capítulo 3 – Programa Experimental
VR2 Pu,exp=205kN
220
200
180
160
CARGA (kN)
140
120
100
150mm 150mm
80
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50
FLECHA (mm)
VR2
0
Nivel 1
50 Nivel 2
Nivel 3
100 Nivel 4
Altura da viga (mm)
150
200 As,viga
As,reforço
250
300
350
400
450
-4 -3 -2 -1 0 1 2
Deformação da seção (‰)
Tabela 3.11 – Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VR2.
40 163
130 146
170* 146
* 83% da de ruptura
106
Capítulo 3 – Programa Experimental
3.10.4 – VR3
Marcação das
1as fissuras
107
Capítulo 3 – Programa Experimental
108
Capítulo 3 – Programa Experimental
VR3
Pu,exp=229kN
250
200
CARGA (kN)
150
100
50
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
DEFORMAÇÃO (‰)
Figura 3.60 – Curvas carga-deformação das armaduras longitudinais da VR3, na seção do meio
do vão.
109
Capítulo 3 – Programa Experimental
VR3
Pu,exp=229kN
250
200
CARGA (kN)
150
100
50
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
DEFORMAÇÃO (‰)
Figura 3.61 – Curvas carga-deformação das armaduras longitudinais da VR3, na seção a 960
mm do meio do vão.
200
CARGA (kN)
150
D4 D3 D1 D2
100
50
0
-0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
DESLOCAMENTO RELATIVO (m m )
D1 - 1/4 D2 - EXTREMIDADE
D3 - 1/4 D4 - EXTREMIDADE
110
Capítulo 3 – Programa Experimental
VR3
Pu,exp=229kN
240
220
200
180
CARGA (kN) 160
140
120
100
80
60 150mm 150mm
40
20
0
0 10 20 30 40 50
FLECHA (mm)
Nivel 1
VR3
Nivel 2
Nivel 3
Nivel 4
0
Altura da viga (mm)
100
As,viga
200 As,reforço
300
400
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
Deform ação da seção (‰)
Tabela 3.12 – Altura da linha neutra para diferentes etapas de carga da VR3.
60 165
160 197
200* 203
* 87% da de ruptura
111
PRÉ-FISSURAÇÃO RUPTURA
Pfiss Mfiss fmáx εmáx (‰) Pu,exp Mu,exp f máx δmáx εmáx (‰) - 1/2 do vão εmáx (‰) - 1/4 do talão
Viga Modo de Ruptura
(kN) (kN.m) (mm) 1/2 do vão 1/4 do talão (kN) (kN.m) (mm) (mm) viga reforço viga reforço
112
Capítulo 3 – Programa Experimental
Capítulo 3 – Programa Experimental
esmagamento
do concreto VREF (RUPTURA)
V1 ( PRÉ- FISSURAÇÃO)
esmagamento
do concreto
VR1 (RUPTURA)
V2 ( PRÉ- FISSURAÇÃO)
fissuras fissuras
horizontais horizontais
VR2 (RUPTURA)
V3 ( PRÉ- FISSURAÇÃO)
fissuras fissuras
horizontais horizontais
VR3 (RUPTURA)
113
Capítulo 4 – Análise dos resultados
As’
CAPÍTULO 4
As ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1- INTRODUÇÃO
É feito o cálculo das resistências à flexão teóricas das vigas sem e com o reforço,
de acordo com a NBR-6118:20003, usando o diagrama retangular de tensões de
compressão no concreto e também o parábola-retângulo, que são comparadas com as
experimentais.
114
Capítulo 4 – Análise dos resultados
O cálculo da resistência à flexão teórica das vigas originais foi feito adotando
diagrama retangular de tensões de compressão no concreto (figura 4.1) e também o
diagrama parábola retângulo da NBR-6118 (2003), considerando-se as resistências dos
materiais experimentais e coeficientes de minoração de resistência dos materiais (γc e γs)
iguais a 1. Para os cálculos referentes à adoção do diagrama de tensões de compressão
no concreto parábola-retângulo, usou-se o programa CONSEC95, desenvolvido na
COPPE pelo professor Ibrahim Shehata.
4M u
Pu = (4.1)
L
sendo:
L = vão entre os centros dos apoios (4000 mm).
b 0.85fc
εc
d' Cs ε's
As' Cc
0.8x
x
d
h
Z
As
T εs
Figura 4.1 – Diagrama simplificado retangular de tensões de compressão no concreto e
diagrama de deformações da seção da viga.
115
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Tabela 4.1 – Características e resistências teóricas e experimentais à flexão das vigas sem
reforço.
Camada Área da
fy d b h fcm
Viga de seção
armadura (mm2) (MPa) (mm) (mm) (mm) (MPa)
As’ 100 585 27
VREF 125 593 386 36,2
As
160 630 387
As’ 100 585 27
V1 125 593 386 41,6
As
160 630 387
As’ 100 585 27 150 400
V2 125 593 386 38,6
As
160 630 387
As’ 100 585 27
V3 125 593 386 39,2
As
160 630 387
NBR 6118/2003
R* PR** R* PR** R* PR** Pu,exp
Viga
Mu Mu
x (mm) x (mm) Pu (kN) Pu (kN) (kN)
(N.mm) (N.mm)
116
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Área da
Camada de fy di b h fcm
Viga seção
armadura
(mm2) (MPa) (mm) (mm) (mm) (MPa)
As’ 100 585 27
125 593 386
As
VR1 160 630 387 150 470 41,6
Asr,1 200 644 344
Asr,2 100 644 446
As’ 100 585 27
125 593 386
As
VR2 160 630 387 150 470 38,6
Asr,1 200 644 344
Asr,2 400 598 442
As’ 100 585 27
125 593 386
As
VR3 160 630 387 150 470 39,2
Asr,1 200 644 344
Asr,2 600 598 442
NBR6118:2003
R* PR** R* PR** R* PR** Pu,exp
Viga
Mu Mu
x (mm) x (mm) Pu (kN) Pu (kN) (kN)
(N.mm) (N.mm)
VR1 76,0 91,6 1,30E+08 1,27E+08 129,63 127,00 150,0
VR2 124,4 124,6 1,92E+08 1,91E+08 192,43 191,00 205,0
VR3 165,6 147,3 2,30E+08 2,31E+08 229,53 231,00 229,0
b 0.85fc
εc
d' Cs ε's
As' 0.8x Cc
x,r
d1
d2
h d3
As
Asr,1
T1 ε s1
T2 ε s2
Asr,2
T3 ε s3
117
Capítulo 4 – Análise dos resultados
118
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Tabela 4.4 – Tensão cisalhante na ligação viga-reforço das vigas reforçadas VR1, VR2 e VR3.
VIGA εy,r E Asr
(‰) (GPa) (mm2)
VR1 3,25 198 300
VR2 600
3,04 197
VR3 800
εsr (‰) σsr (MPa)
Ai/2 τ (MPa)
CARGA
VR1 VR2 VR3 VR1 VR2 VR3 (mm2) VR1 VR2 VR3
20 0,68 0,11 0,16 169 20 25 0,08 0,02 0,05
40 1,33 0,49 0,53 277 100 110 0,15 0,11 0,16
60 2,05 0,89 0,84 416 190 180 0,23 0,20 0,25
80 2,83 1,30 1,16 537 250 240 0,31 0,29 0,34
100 3,95 1,73 1,47 605 340 300 0,33 0,38 0,43
110 4,88 1,92 1,63 631 380 320 0,35 0,42 0,48
120 7,37 2,11 1,77 666 420 360 0,37 0,46 0,52
a
130 16,30 2,30 1,94 732 460 390 0,41 0,51 0,57
537600
140 - 2,502 2,093 500 440 0,55 0,61
150 - 2,69 2,27 520 460 0,59 0,66
160 - 3,04 2,42 545 510 0,60 0,71
170 - 3,33 2,60 598 520 0,63 0,76
180 - 3,66 2,76 598 560 0,67 0,81
190 - 4,10 3,14 598 598 0,67 0,83
b
200 4,26 3,39 598 600 0,67 0,87
c
229 - - 8,62 600 0,87
Αi/2 = área de interface da ligação no vão de cisalhamento
εy,r = deformação específica de escoamento das armaduras do reforço
εsr = deformação específica das armaduras do reforço
a
(P = 0,86Pu,exp); b (P = 0,97Pu,exp); c (P = Pu,exp) = carga referente à deformação máxima registrada
τ = {Asr. σsr }/(Ai/2)
σsr = tensão obtida do gráfico tensão x deformação das armaduras do reforço (item 3.2.2)
119
Capítulo 4 – Análise dos resultados
1,00
0,90
0,80
0,70
τ (MPa) 0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
Carga (kN)
Figura 4.3 – Tensão cisalhante atuante na ligação viga reforço ao longo do carregamento.
Critério de ruptura de
Mohr-Coulomb
τ
Linha de ruptura
da interface
τ1
σ1
τ2 c τ2
τ1
σ1
σ2 σ2 φ
σ2 σ1
σ
τ1 τ2
tração compressão
Estado combinado Estado combinado
(τ e σcompressão) (τ e σtração)
120
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
200
Carga (kN)
150 D4 D2
100
50
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
Deslocamento relativo( mm )
VR1 EXT. VR2 EXT. VR3 EXT.
Figura 4.5 - Curvas carga-deslocamento relativo entre o reforço e o substrato para as vigas
reforçadas, VR1, VR2 e VR3, na seção extrema do talão.
121
Capítulo 4 – Análise dos resultados
150
100
50
0
L
0 10 20 30 40 50 60 70 80
250
Flecha ( mm )
Figura 4.6 – Curvas carga-flecha das vigas VREF, VR1 e REF2 (SANTOS).
122
Capítulo 4 – Análise dos resultados
150
100
50
0
L
0 10 250 20 30 40 50 60 70 80
Flecha ( mm )
Figura 4.7 – Curvas carga-flecha das vigas VREF, VR2 e REF2 (SANTOS).
150
100
50
0
0 10 L 20 30 40 50 60 70 80
250
Flecha ( mm )
Figura 4.8 - Curvas carga-flecha das vigas VREF, VR3 e REF2 (SANTOS).
123
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
Viga Pu (kN)
VREF 72
VR1 150
200 VR2 205
VR3 229
REF2
219
(SANTOS)
150
Carga (kN)
100
50
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Flecha ( mm )
Figura 4.9 - Curvas carga-flecha das vigas VREF, VR1, VR2, VR3 e REF2 (SANTOS).
124
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Constata-se pelas relações entre a flecha para a carga de ruptura (δu) e a flecha
para a carga de escoamento (δy), δu/δy, mostradas na tabela 4.6, que as vigas VREF e
VR1, com menores taxas de armadura longitudinal, apresentaram maior ductilidade que
as demais.
VR2 1,47 611 38,6 22,80 170 205 18,79 31,66 1,68
VR3 1,77 608 39,2 28,25 200 229 20,69 31,32 1,51
REF2
(SANTOS)
2,35 555 41,4 31,69 213 219 25,50 27,80 1,09
Para a determinação das flechas teóricas das vigas ensaiadas, foi utilizada a
expressão obtida a partir da equação diferencial da linha elástica (figura 4.10), para uma
viga biapoiada com carga concentrada aplicada no meio do vão. O cálculo foi efetuado
para a seção onde foram efetuadas as medições das flechas, ou seja, aquela distante
150 mm do meio do vão.
125
Capítulo 4 – Análise dos resultados
x S P
L/2
v=
Px
48Ecs I
(
3.L2 − 4 x 2 ) 0≤ x≤
L
2
(4.2)
Figura 4.10 – Expressão utilizada para o cálculo teórico de flechas para vigas biapoiadas com
carregamento concentrado no meio do vão.
⎧⎪⎛ M ⎞3 ⎡ ⎛ M fiss ⎞3 ⎤ ⎫⎪
(EI )eq = Ecs ⎨⎜⎜ fiss
⎟⎟ I g + ⎢1 − ⎜⎜ ⎟⎟ ⎥ I fiss ⎬ ≤ Ecs I g (4.3)
⎪⎩⎝ M ⎠ ⎢⎣ ⎝ M ⎠ ⎥⎦ ⎪⎭
(
E cs = 0,85 5600 f ck
1/ 2
) (4.4)
⎛ bh 2 ⎞
M fiss = 1,5⎜⎜ ⎟⎟ f ctm (4.5)
⎝ 6 ⎠
2/3
f ctm = 0,3 f ck (4.6)
onde
Ig – momento de inércia da seção bruta de concreto;
Ifiss – momento de inércia da seção fissurada de concreto no estádio II;
M – momento máximo no vão considerado;
Mfiss – momento de fissuração da viga;
Ecs – módulo de elasticidade secante do concreto.
⎧ 1
⎫
Ecs = 0,85⎨4550( f cm )2 ⎬ em MPa (4.7)
⎩ ⎭
126
Capítulo 4 – Análise dos resultados
VREF
70
60
50
Carga (kN)
40
30 Pδlim,exp.=62kN
20
10
0
0 5 10 15 20
Flecha (mm)
127
Capítulo 4 – Análise dos resultados
VR1
140
120
100
Carga (kN)
80
60 Pδlim,exp.=115kN
40
20
0
0 5 10 15 20 25
Flecha (mm)
VR2
160
140
120
Carga (kN)
100
80 Pδlim,exp.=150kN
60
40
20
0
0 5 10 15 20
Flecha (mm)
128
Capítulo 4 – Análise dos resultados
VR3
180
160
140
120
Carga (kN)
100
Pδlim,exp.=165kN
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20
Flecha (mm)
Nessas figuras e nas tabelas B.1 a B.4, verifica-se que, para o primeiro ciclo de
carregamento, as flechas calculadas são menores que as experimentais, ficando as
determinadas adotando o módulo de elasticidade da expressão de Nunes (2005) mais
próximas das experimentais. Já no último ciclo de carregamento, os valores das teóricas
adicionados dos residuais são maiores que os das experimentais, sendo os obtidos
usando o módulo de elasticidade da expressão de Nunes (2005) mais conservadores.
129
Capítulo 4 – Análise dos resultados
⎛ My −M ⎞
3
⎡ ⎛ M −M ⎞
3
⎤ (4.8)
I =⎜ ⎟ .I g + ⎢1 − ⎜ ⎟ ⎥ I fiss
y
⎜M −M ⎟ ⎜
⎢ ⎝ M y − M fiss ⎟ ⎥
⎝ y fiss ⎠ ⎣ ⎠ ⎦
xe
d
I
n.As
Ig
xe
Ifiss
d1
d2
d3 n.As1
Mfiss My M n.As2
n.As3
3
bx e (4.9)
I fiss = + n. As.(d − x e ) 2 M fiss < M ≤ M y ⇒ viga de referência
3
3
bx
I fiss = e + n. As1 .(d 1 − x e ) 2 + n. As 2 .(d 2 − x e ) 2 + n. As 3 .(d 3 − x e ) 2 ⇒ vigas reforçada (4.10)
3
Es
n= (4.11)
E cs
130
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Ecs,fiss
⎧⎪ ⎛ M − M ⎞⎫⎪
Ecs , fiss = Ecs , min + ⎨ Ecs − Ecs , min ⎜ u ⎟
⎜ M − M ⎟⎬⎪ Ecs (4.12)
⎪⎩ ⎝ u y ⎠⎭
E
cs,min
My Mu M
onde
Ecs,min
1 ρ
Ecs , mim = Ecs para ≤ 0, 2
3 ρb 0,86Ecs
131
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250 ρ ρb ρ
Viga
(%) (%) ρb
ESTÁDIO III
Carga (kN)
150
100
50 ESTÁDIO II
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (mm)
250
ρ ρb ρ
Viga
200 (%) (%) ρb
VR1 1,02 2,38 0,43
ESTÁDIO III
150
Carga (kN)
100
50 ESTÁDIO II
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (m m )
132
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
ESTÁDIO III
200
150
Carga (kN)
ρ ρb ρ
Viga
100 (%) (%) ρb
ESTÁDIO II
VR2 1,47 2,38 0,62
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (m m )
250
ESTÁDIO III
200
150 ρ ρb ρ
Carga (kN)
Viga
(%) (%) ρb
VR3 1,77 2,38 0,74
100 ESTÁDIO II
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60
Flecha (mm)
133
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Nas figuras 4.19 a 4.26 pode ser observado que, em geral, há razoável
concordância entre os resultados experimentais deste trabalho e de Santos(2006) e os
obtidos pelo modelo teórico proposto.
250
200
ρ ρb ρ
Viga
(%) (%) ρb
150
Carga (kN)
100
ESTÁDIO III
50
ESTÁDIO I ESTÁDIO II
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (mm)
134
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
ρ ρb ρ
Viga
(%) (%) ρb
200
VR1 1,02 2,38 0,43
ESTÁDIO III
150
Carga (kN)
100
50
ESTÁDIO II
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (m m )
Figura 4.20 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR1 e do modelo
teórico proposto.
250
ESTÁDIO III
200
150
Carga (kN)
ρ ρb ρ
Viga
(%) (%) ρb
100 ESTÁDIO II
VR2 1,47 2,38 0,62
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (m m )
Figura 4.21 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR2 e do modelo
teórico proposto.
135
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
ESTÁDIO III
200
ρ ρb ρ
150 Viga
Carga (kN)
(%) (%) ρb
VR3 1,77 2,38 0,74
100
ESTÁDIO II
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (m m )
Figura 4.22 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR3 e do modelo
teórico proposto.
250
200 ρ ρb ρ
Viga
(%) (%) ρb
150
Carga (kN)
100
ESTÁDIO II
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (mm)
Figura 4.23- Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga REF1, ensaiada por
SANTOS(2006), e a do modelo teórico proposto.
136
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
200
ESTÁDIO III
Carga (kN)
150
ρ ρb ρ
Viga
(%) (%) ρb
REF2 2,34 2,38 0,98
100
ESTÁDIO II
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (mm)
Experimental Modelo Proposto
Figura 4.24 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga REF2, ensaiada por
SANTOS(2006), e a do modelo teórico proposto.
250
ρ ρb ρ
Viga
(%) (%) ρb
200
VR1 1,49 2,38 0,63
ESTÁDIO III
150
Carga (kN)
100
ESTÁDIO II
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (mm)
Figura 4.25 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR1, ensaiada por
SANTOS(2006), e a do modelo teórico proposto.
137
Capítulo 4 – Análise dos resultados
150
ESTÁDIO II
100
50
ESTÁDIO I
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flecha (mm)
Experimental Modelo Proposto
Figura 4.26 - Comparação entre a curva carga-flecha experimental da viga VR2, ensaiada por
SANTOS(2006), e a do modelo teórico deste trabalho.
138
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
200
Carga (kN)
0
0 5 10 15 20 25 30
Deformação (‰ )
Figura 4.27 – Curva carga-deformação das barras de aço do reforço das vigas VREF,VR1,
VR2, VR3 e REF2(SANTOS), na seção do meio do vão.
250
200
Carga (kN)
150
Viga Pu (kN)
100 VREF 72
VR1 150
VR2 205
VR3 229
50 REF2
219
(SANTOS)
0
0 1 2 3 4
Deformação (‰ )
Figura 4.28 - Curva carga-deformação do aço do reforço das vigas VREF,VR1, VR2 ,VR3 e
REF2(SANTOS), na seção referente a 960 mm do meio do vão.
139
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Quanto às deformações das armaduras das vigas originais (figuras 4.29 e 4.30),
constata-se a redução das deformações nas barras das vigas originais, V1, V2 e V3, para
um mesmo nível de carga, em relação às da viga VREF, indicando que houve uma ação
conjunta entre as armaduras da viga original e do reforço.
250
200
Carga (kN)
150
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Deformação (‰ )
Figura 4.29 – Curvas carga-deformação da armadura longitudinal interna das vigas originais
VREF, V1, V2 e V3, na seção referente ao meio do vão.
140
Capítulo 4 – Análise dos resultados
250
200
Carga (kN)
150
Viga Pu (kN)
VREF 72
100 VR1 150
VR2 205
VR3 229
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Deformação (‰ )
VR1 VR2 VR3 VREF
Figura 4.30– Curvas carga-deformação da armadura longitudinal interna das vigas originais
VREF, V1, V2 e V3, na seção referente a 960 mm do meio do vão.
250
VR1 150
150 VR2 205
VR3 229
100
50
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Deformação específica do concreto (‰ )
141
Capítulo 4 – Análise dos resultados
Tabela 4.7– Características das vigas V1R e V2R ensaiada por SANTOS(2006) e VR1 e VR2
ensaiadas neste trabalho.
V1R V2R
VR1 (SANTOS) VR2 (SANTOS)
ρv = 0.49%
ρv = 1.08%
ρv = 0.49%
ρv = 1.08%
2Ø8.0 2Ø8.0 2Ø8.0 2Ø8.0 2Ø8.0 2Ø8.0 2Ø8.0 2Ø8.0
142
Capítulo 4 – Análise dos resultados
As tensões cisalhantes na ligação das vigas VR1 e VR2 foram maiores (em torno
de 60% para a viga VR1 e 20% para a viga VR2) do que as das vigas ensaiadas por
SANTOS(2006), com exceção das da viga VR2 para valores de carga até 60kN. Devido
à menor taxa de armadura interna, as vigas VR1 e VR2, para um mesmo carregamento,
tiveram maiores deformações gerando uma maior fissuração na região de ligação entre
os dois concretos.
Tabela 4.8 – Comparações entre as vigas V1R e V2R ensaiadas por SANTOS(2006) e VR1
e VR2 ensaiadas neste trabalho.
143
Capítulo 4 – Análise dos resultados
1,00
0,80
τ (MPa)
0,60
0,40
0,20
0,00
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Carga (kN)
VR1 V1R(SANTOS)
(a)
1,00
0,80
τ (MPa)
0,60
0,40
0,20
0,00
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Carga (kN)
VR2 V2R(SANTOS)
(b)
Figura 4.32 – Evolução da tensão cisalhante no talão com o aumento do carregamento aplicado:
(a) para as vigas VR1 e V1R(SANTOS) e (b) para as vigas VR2 e V2R(SANTOS).
144
As’
CAPÍTULO 5
As CONCLUSÕES E SUGESTÕES
As principais conclusões que podem ser tiradas, com base na análise dos
resultados obtidos, são:
145
9 Os valores desprezíveis dos deslocamentos horizontais, no estado limite de
utilização, juntamente com a constatação de que não houve uma queda brusca da
resistência das vigas reforçadas no momento em que ocorreu o rompimento da
adesão, permitem comprovar, embora não quantitativamente, a eficiência dos
chumbadores de expansão utilizados na ligação viga original-reforço;
9 A teoria da flexão simples pode ser utilizada para avaliar a capacidade resistente
das vigas reforçadas por encamisamento parcial, desde que se tome os cuidados
necessários para garantir uma adequada ligação viga-reforço. Dentre eles
destacam-se: preparação adequada das superfícies de contato e corretos
posicionamento das armaduras do reforço e adensamento do concreto;
146
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, T. G. M., 2001, Reforço de vigas de concreto armado por meio de cabos
externos protendidos. Tese de M.Sc., Escola de Engenharia de São Carlos, São Paulo, Brasil.
ALTUN, F., 2004, “An Experimental Study of the jacketed reinforced-concrete beams
under bending”, Construction and Building Materials, v.18, June, p. 611-618.
CÁNOVAS, M.F., 1988. Patologia e Terapia do Concreto Armado. São Paulo, Pini.
147
EVANGELISTA, A. C. J., 2002, “Avaliação da resistência do concreto usando
diferentes ensaios não-destrutivos”, Tese de Doutorado, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil.
JONES, R.; SWAMY, R. N., 1995, “Plate bonding – What can it do to your beam?”.
Construction Repair, May-June, pg 43-47.
REIS, A.P.A., 1998, Reforço de vigas de concreto armado por meio de barras de aço
adicionais ou chapas de aço e argamassa de alto desempenho. Tese de M.Sc., Escola de
Engenharia de São Carlos, São Paulo, Brasil.
RIPPER, T., 1998, “Plásticos Armados com Fibras como Solução para o Reforço de
Estruturas”. Seminário sobre Estruturas Reforçadas com Fibras - UFF, Niterói, Rio de Janeiro,
Brasil.
148
APÊNDICE A
RESULTADOS DOS ENSAIOS
149
Tabela A.1 - Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga de referência
VREF.
150
Tabela A.2 – Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga VR1.
70 -1,56 -1,19 -0,81 -0,74 2,22 1,00 2,43 0,95 8,21 -0,0003 -0,0043 0,0158 0,0037
1 80 -1,62 -1,30 -0,88 -0,80 2,53 1,14 2,83 1,10 8,80 -0,0003 -0,0023 0,0178 0,0037
90 -1,77 -1,38 -0,92 -0,81 2,86 1,31 3,33 1,30 11,28 0,0017 -0,0023 0,0238 0,0057
100 -1,95 -1,54 -1,03 -0,91 3,24 1,50 3,95 1,53 12,84 0,0017 -0,0023 0,0318 0,0077
110 -2,10 -1,58 -1,08 -0,95 3,82 1,71 4,88 1,78 14,87 0,0055 -0,0026 0,0476 0,0073
120 -2,25 -1,67 -1,10 -0,96 5,36 1,92 7,37 2,03 17,37 0,0138 -0,0023 0,0659 0,0097
130 - - - - 7,97 2,12 16,30 2,29 20,97 0,0238 -0,0023 0,0980 0,0077
140 - - - - 12,47 2,32 - 2,54 28,35 0,0378 -0,0023 0,1281 0,0097
145 - - - - 18,96 2,44 - 2,68 35,81 0,0499 -0,0023 0,1421 0,0077
148 - - - - - 2,54 - 2,80 49,57 0,0642 -0,0010 0,1574 0,0072
150 - - - - - 2,57 - 2,85 55,57 0,0662 -0,0030 0,1634 0,0072
151
Tabela A.3 – Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga VR2.
90 -0,81 -0,72 -0,56 -0,51 1,83 1,05 1,53 0,91 9,49 0,0219 -0,0024 0,0178 0,0042
1
100 -0,90 -0,74 -0,58 -0,53 1,99 1,16 1,72 1,02 10,65 0,0421 0,0000 0,0240 0,0046
110 -0,95 -0,78 -0,58 -0,53 2,15 1,27 1,92 1,13 11,73 0,0538 -0,0008 0,0337 0,0018
120 -1,05 -0,86 -0,70 -0,58 2,30 1,26 2,11 1,26 12,79 0,0665 0,0027 0,0424 0,0015
130 -1,14 -0,95 -0,74 -0,61 2,46 1,36 2,30 1,38 13,92 0,0886 -0,0033 0,0484 0,0055
140 -1,20 -1,00 -0,80 -0,64 2,62 1,47 2,50 1,56 15,18 0,1026 0,0026 0,0603 0,0141
150 -1,33 -1,12 -0,88 -0,70 2,77 1,59 2,69 1,69 16,20 0,1187 0,0067 0,0865 0,0155
160 -1,48 -1,27 -0,99 -0,77 2,99 1,56 3,04 1,84 17,54 0,1430 0,0974 0,1008 0,2402
170 -1,60 -1,36 -1,04 -0,84 3,24 1,67 3,33 1,97 18,79 0,1591 0,1234 0,1309 0,2883
180 - - - - 3,54 1,80 3,66 2,12 20,29 0,1747 0,1447 0,1625 0,3201
190 - - - - 4,07 1,94 4,10 2,29 22,37 0,1906 0,1605 0,2066 0,3313
200 - - - - 8,56 2,30 4,19 2,43 27,36 0,2629 0,3011 0,2606 0,6717
205 - - - - 11,30 2,47 4,26 2,48 31,66 0,3459 0,3127 0,3737 0,9557
152
Tabela A.4 – Resultados obtidos nos ensaios de pré-fissuração e ruptura da viga VR3.
130 -1,27 -1,20 -0,90 -0,83 1,54 1,02 1,94 1,03 12,20 0,1272 0,0148 0,1371 0,0187
1 140 -1,38 -1,31 -1,05 -0,93 1,63 1,10 2,09 1,13 13,04 0,1549 0,0164 0,1469 0,0224
150 -1,63 -1,44 -1,15 -1,06 1,73 1,18 2,26 1,24 14,32 0,1890 0,0205 0,1629 0,0264
160 -1,76 -1,64 -1,29 -1,16 1,84 1,26 2,42 1,33 15,35 0,2091 0,0245 0,1749 0,2190
170 -2,02 -1,83 -1,45 -1,30 1,95 1,35 2,60 1,46 16,66 0,2329 0,0402 0,1947 0,2508
180 -2,18 -2,00 -1,55 -1,41 2,05 1,42 2,76 1,56 17,94 0,2429 0,3309 0,2067 0,2648
190 -2,31 -2,10 -1,65 -1,52 2,11 1,49 3,14 1,67 18,94 0,2569 0,3790 0,2107 0,2849
200 -2,59 -2,30 -1,77 -1,64 2,22 1,58 3,39 1,80 20,69 0,2649 0,6034 0,2167 0,3170
210 - - - - 2,35 1,68 3,65 1,92 22,16 0,2830 0,6736 0,2268 0,3732
220 - - - - 2,47 2,04 4,21 2,09 25,76 0,4394 0,8739 0,2408 0,6079
229 - - - - 2,53 18,31 8,62 1,64 31,32 0,9867 17,4749 0,2488 0,6801
153
APÊNDICE B
RESULTADOS OBTIDOS NO CÁLCULO TEÓRICO DE FLECHAS
154
Tabela B.1 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pela NBR6118:2003 para
a viga VREF.
Flechas (mm)
f,NBR6118:2003 f,exp/fNBR,Ec(NBR) fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp
Ec(NBR) Ec (NUNES) % %
155
Tabela B.2 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pela NBR6118:2003 para
a viga VR1.
Flechas (mm)
f,NBR6118:2003 f,exp/fNBR,Ec(NBR) fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp
Ec(NBR) Ec (NUNES) % %
0 0,017 0,000 0,000 0 0
5 0,293 0,271 0,334 8 12
PRÉ-FISSURAÇÃO
156
Tabela B.3 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pela NBR6118:2003 para
a viga VR2.
Flechas (mm)
f,NBR6118:2003 f,exp/fNBR,Ec(NBR) fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp
Ec(NBR) Ec (NUNES) % %
0 0,000 0,000 0,000 0 0
5 0,222 0,282 0,347 21 36
PRÉ-FISSURAÇÃO
157
Tabela B.4 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pela NBR6118:2003 para
a viga VR3.
Flechas (mm)
f,NBR6118:2003 f,exp/fNBR,Ec(NBR) fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp
Ec(NBR) Ec (NUNES) % %
0 0,016 0,000 0,000 0 0
5 0,360 0,280 0,344 29 5
PRÉ-FISSURAÇÃO
158
Tabela B.5 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
para a viga VREF.
Fechas (mm)
fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp fNBR,Ec(NUNES)
%
0 0,03 0,00 0
5 0,29 0,36 18
10 0,59 0,71 18
Pré-fissuração
15 0,88 1,07 18
20 1,56 1,81 14
25 3,29 2,88 14
30 4,72 4,35 8
35 6,35 6,23 2
40 7,84 8,40 7
45 9,34 10,61 12
Diferença média= 11
0 2,60 0,00 0
45 10,72 10,61 1
0 3,28 0,00 0
45 10,86 10,61 2
Ruptura
50 11,98 12,58 5
55 13,20 14,19 7
60 14,55 15,53 6
65 19,00 25,68 26
70 27,90 58,31 52
70 32,73 58,31 44
72 47,44 59,98 21
Diferença média= 15
159
Tabela B.6 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
para a viga VR1.
Fechas (mm)
fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp fNBR,Ec(NUNES)
%
0 0,02 0,00 0
5 0,29 0,36 17
10 0,58 0,71 18
Pré-fissuração
15 0,99 1,07 8
20 1,98 1,81 10
25 3,32 2,88 15
30 4,77 4,35 9
35 6,38 6,23 2
40 7,94 8,40 6
45 9,31 10,61 12
Diferença média= 10
0 2,49 2,49 0
10 2,49 2,86 13
20 3,08 3,23 5
30 4,27 4,02 6
40 5,61 5,31 6
50 6,68 7,22 8
60 7,55 9,66 22
70 8,21 12,15 32
Ruptura
80 8,80 14,21 38
90 11,28 15,79 29
100 12,84 18,81 32
110 14,87 22,53 34
120 17,37 27,23 36
130 20,97 33,35 37
140 28,35 41,67 32
145 35,81 47,05 24
148 49,57 50,82 2
150 55,57 53,61 4
Diferença média= 20
160
Tabela B.7 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
para a viga VR2.
Fechas (mm)
fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp fNBR,Ec(NUNES)
%
0 0,00 0,00 0
5 0,22 0,34 35
10 0,55 0,69 20
Pré-fissuração
15 0,84 1,03 19
20 1,65 1,76 6
25 3,19 2,81 13
30 4,60 4,26 8
35 6,14 6,13 0
40 7,60 8,30 8
45 8,94 10,52 15
Diferença média= 13
0 2,30 2,30 0
10 2,21 2,66 17
20 2,55 3,02 15
30 3,43 3,51 2
40 4,28 4,13 4
50 5,24 4,87 8
60 6,30 5,75 9
70 7,35 6,77 8
80 8,38 7,92 6
90 9,49 9,16 4
Ruptura
161
Tabela B.8 – Resultados obtidos no calculo teórico de flechas pelo modelo proposto
para a viga VR3.
Fechas (mm)
fexp/fNBR,Ec(NUNES)
Carga fexp fNBR,Ec(NUNES)
%
0 0,02 0,00 0
5 0,36 0,34 5
10 0,71 0,68 5
Pré-fissuração
15 1,18 1,02 15
20 2,25 1,75 29
25 3,81 2,79 37
30 5,38 4,24 27
35 6,88 6,10 13
40 8,36 8,28 1
45 9,84 10,50 6
Diferença média= 14
0 2,69 2,69 0
20 3,87 3,40 14
40 5,30 4,39 21
60 6,74 5,69 18
80 8,27 7,33 13
100 9,74 9,22 6
110 10,64 10,24 4
120 11,39 11,26 1
Ruptura
162