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Bolsonaro decide demitir

Mandetta ainda nesta segunda-


feira
Ex-ministro da Cidadania Osmar Terra é o mais cotado para assumir o cargo

Gustavo Maia
06/04/2020 - 15:21 / Atualizado em 06/04/2020 - 15:38

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BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro deve demitir ainda nesta


segunda-feira o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , em
meio à crise do novo coronavírus . O ato oficial de exoneração de
Mandetta está sendo preparado nesta tarde no Palácio do Planalto.
A expectativa é que a decisão seja publicada em edição extra do
Diário Oficial da União após reunião do presidente com todos os
ministros, entre eles Mandetta, convocada para as 17h. A
informação sobre a exoneração de Mandetta foi confirmada ao
Globo por dois auxiliares do presidente da República.

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O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da


Cidadania, é o mais cotado para substituí-lo. Ele almoçou com
Bolsonaro e os quatro ministros que despacham do Palácio do
Planalto nesta segunda, Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz
Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-
Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)..

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O diagnóstico entre auxiliares do presidente é que a permanência


de Mandetta no cargo se tornou insustentável após uma série de
críticas do presidente à sua atuação no enfrentamento à Covid-19.
Ele foi acusado por Bolsonaro de falta de humildade , em entrevista
na última quinta-feira, e contrariou o presidente ao defender o
isolamento e o distanciamento social para combater a disseminação
da Covid-19.

No domingo, Bolsonaro havia dito, sem citar nomes, que "algumas


pessoas" do seu governo "de repente viraram estrelas e falam pelos
cotovelos" e que ele não teria medo nem "pavor" de usar a caneta
contra eles.

Mandetta vem negando que pediria demissão e disse que só sairia


do governo por decisão do presidente. Na sexta-feira, após as
críticas de Bolsonaro, afirmou que não iria "abandonar o paciente" .

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Terra, que é médico, manteve sua posição de apoio ao governo e
pela flexibilização do isolamento, o que agradou Bolsonaro.

Na última quarta-feira, o presidente teve três audiências com a


participação de Terra no Palácio do Planalto, a primeira com o
ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e as outras duas
com dez médicos, para discutir o uso da hidroxicloriquina no
tratamento de infectados com a Covid-19. Mandetta, por sua vez,
não foi convidado para as reuniões com os médicos.

Também na semana passada, o ministro da Saúde chamou Terra de


"Osmar Trevas" em um grupo de WhatsApp do DEM, seu partido,
após o compartilhamento de uma notícia sobre a reunião com os
médicos. Foi a única vez que ele se pronunciou no grupo da sigla em
toda a crise.

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