ÍNDICE
TEMA PÁG
LUCRO PRESUMIDO
SIMPLES NACIONAL
Conceitos 08
Tributos alcançados 09
Abrangência 10
Opção 11
Cálculo do simples 12
Alíquotas 12
Cálculo Fator “R” 17
LUCRO REAL
Conceito 22
Adições e exclusões 24
Lucro real trimestral 33
Lucro Real Estimativa 35
Pode optar pelo Lucro Presumido toda pessoa jurídica que não esteja obrigada a tributação
pelo lucro real.
1
b - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
Exceções
As pessoas jurídicas que aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal -REFIS, de que trata a
Lei 9.964/2000, e estejam nas condições das letras "a", "c", "d" e "e", referidas no item 1,
poderão optar pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido enquanto estiverem
submetidas ao REFIS.
2. OPÇÃO
A pessoa jurídica que iniciar atividades no correr do ano poderá manifestar a sua opção pelo
pagamento da primeira quota ou quota única do imposto apurado no trimestre em que as
iniciar.
3. TRIMESTRES
2
2º trimestre - os meses de abril, maio e junho;
Se a empresa iniciar as suas atividades em qualquer dos meses desses trimestres, deverá
apurar o Lucro Presumido relativo a esse trimestre, mesmo que abranja apenas um mês.
Assim, se a empresa iniciar as suas atividades em junho, apurará o Lucro Presumido, relativo
ao 2º trimestre, apenas do mês de junho.
a - às vendas canceladas;
Nas empresas que tenham por objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra
e a venda de veículos automotores, nas vendas de veículos usados, adquiridos para revenda
ou recebidos como parte do preço de venda de veículos novos ou usados, será computada
como receita a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado for alienado, constante da
nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada, o qual
deve corresponder ao preço ajustado entre as partes.
A pessoa jurídica, optante pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, poderá
adotar o regime de caixa, para o reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou de
prestação de serviços, com pagamento a prazo ou em parcelas.
Esse reconhecimento se fará pelo recebimento desses valores, devendo a pessoa jurídica:
3
- indicar, no Livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada
recebimento; ou
RECEITA
ANUAL ATÉ
ATIVIDADE %
R$
120.000,00
Serviços de transporte de cargas 8,0 -
Sobre a receita bruta dos serviços 8,0 -
hospitalares e de auxílio diagnóstico e
terapia, patologia clínica,
imagenologia, anatomia patológica e
citopatologia, medicina nuclear e
análises e patologias clínicas, desde
que a prestadora destes serviços seja
organizada sob a forma de sociedade
empresária e atenda às normas da
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - Anvisa
Sobre a receita bruta de construção 8,0 -
por empreitada, quando houver
emprego de materiais em qualquer
quantidade (AD Normativo COSIT nº
06/97).
Loteamento de terrenos, incorporação 8,0 -
imobiliária e venda de imóveis
construídos ou adquiridos para
revenda
Serviços de transporte de passageiros 16,0 -
Revenda de combustíveis derivados de 1,6 -
petróleo e álcool, inclusive gás
Prestadoras de serviços relativos ao 32,0 -
exercício de profissões legalmente
regulamentada, inclusive escolas
Intermediação de negócios, inclusive 32,0 16,0
corretagem (seguros, imóveis, dentre
outros) e as de representação
comercial
Administração, locação ou cessão de 32,0 16,0
bens imóveis, e móveis.
Construção por administração ou por 32,0 16,0
empreitada unicamente de mão de
obra
Venda de Mercadorias 8,0 -
Prestação de serviços de gráfica, com 32,0 16,0
ou sem fornecimento de material, em
relação à receita bruta que não
4
decorra de atividade comercial ou
industrial
Prestação de serviços de suprimento 32,0 16,0
de água tratada e coleta de esgoto e
exploração de rodovia mediante
cobrança de pedágio (AD COSIT nº
16/2000)
Atividade Rural 8,0 -
No caso da pessoa jurídica possuir várias atividades, será aplicado sobre a receita bruta de
cada atividade o respectivo percentual de presunção do lucro.
Para fins da apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica, considera-se prestação
de serviço as operações de industrialização por encomenda para uso do encomendante,
caso em que o lucro presumido será obtido pelo percentual de 32%. Se a industrialização for
como etapa de industrialização ou para comercialização, o percentual de presunção será 8%.
Essas diferenças deverão ser recolhidas até o último dia útil do mês subseqüente ao
trimestre em que ocorrer o excesso.
Paga dentro desse prazo, a diferença apurada será recolhida sem acréscimo.
4.4. Adições
a - os ganhos de capital;
5
e - os valores recuperados, correspondentes a custos, despesas ou perdas no recebimento
de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar que não os tenha deduzido anteriormente,
em período em que tenha sido tributada pelo lucro real, ou que se refiram a período em que
tenha sido tributada pelo lucro presumido ou arbitrado; e
5. ALÍQUOTA
Sobre a base de cálculo, encontrada pelo lucro presumido com as suas adições, aplica-se a
alíquota de 15%.
5.1. Adicional
6. DEDUÇÕES DO IMPOSTO
a - o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de
cálculo do imposto devido; e
6
7. PRAZO DE PAGAMENTO
8. PARCELAMENTO DO IMPOSTO
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais,
iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do
encerramento do período de apuração a que corresponder.
Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto de valor inferior a R$
2.000,00 será pago, em quota única, até o último dia do mês subseqüente ao do
encerramento do período de apuração.
8.2. Acréscimos
A terceira quota terá um acréscimo referente à Selic do mês anterior mais 1%.
Se o valor do Imposto de Renda for inferior a R$ 10,00, ela deverá ser somada ao valor do
Imposto de Renda dos períodos seguintes até que atinja esse valor, quando então será
recolhido juntamente com esse, sem nenhum acréscimo por essa acumulação.
9. CÓDIGO DE RECEITA
no campo 02 do Darf (período de apuração) deve ser colocado o último dia do trimestre de
apuração; e
no campo 06 do Darf (data de vencimento) deve ser colocado o último dia útil do mês
subseqüente ao de encerramento do trimestre de apuração.
7
11. ESCRITURAÇÃO
A pessoa jurídica que optar pela tributação com base no lucro presumido, para efeitos da
fiscalização da Receita Federal, deverá manter:
a - escrituração contábil, nos termos da legislação comercial, ou Livro Caixa, no qual deverá
ser escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária;
c - em boa guarda toda a documentação relativa aos atos negociais praticados, os papéis e
documentos que serviram para escrituração fiscal e comercial, bem como os livros de
escrituração obrigatória, estabelecidos por legislação específica de tributos dos quais a
pessoa jurídica seja contribuinte.
Não estão sujeitos ao imposto de renda retido na fonte os lucros e dividendos pagos ou
creditados a sócios, acionistas ou titular de firma individual.
No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, poderá ser distribuído,
sem incidência do imposto, na fonte e na declaração do beneficiário, o valor da base de
cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a
pessoa jurídica.
Fund.Legal: RIR, artigos 519, 521 e 536;Lei Nº 9.249/95; Lei Nº 9.718/98; Lei Nº
10.637/2002; MEDIDA PROVISÓRIA Nº 472, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2009; Decreto Nº
3.431/2000; Instruções Normativas SRF Nºs 93/97, 104/98, 152/98, 25/99 e 31/2001, e Ato
Declaratório Interpretativo RFB nº 20, de 13 de dezembro de 2007.
SIMPLES NACIONAL
1. INTRODUÇÃO
8
2 TRIBUTOS ALCANÇADOS PELO SIMPLES
f) Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que tratam a Lei
Complementar 84/1996 (contribuição patronal sobre autônomos, e pró-labore), os artigos 22
e 22A da Lei 8.212/1991 (contribuição patronal – incluindo SAT - sobre remunerações de
empregados e contratação de cooperativas de serviços) e o art. 25 da Lei 8.870/1994
(produção rural) (redação dada pela Lei nº 10.256, de 9.10.2001).
O SIMPLES poderá incluir o ICMS e o ISS, desde que a unidade Federada ou o Município em
que esteja estabelecida a empresa venha a ele aderir mediante convênio.
d) Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica e
aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável, bem
assim relativo aos ganhos de capital obtidos na alienação de ativos (o IR Fonte será
considerado de tributação exclusiva).
9
4 EMPRESAS ENQUADRADAS NO SIMPLES
Microempresa
A Partir de 01.01.2012
A Partir de 01.01.2006
A partir de 01.01.2006, considera-se microempresa (sigla ME), a pessoa jurídica que tenha
auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta igual ou inferior a R$
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).
A Partir de 01.01.2012
A Partir de 01.01.2006
5 LIMITES PROPORCIONAIS
Até 31.12.2005, para as pessoas jurídicas que iniciarem suas atividades no mês de
dezembro do ano-calendário será considerado como limite proporcional o valor equivalente a
10
R$ 10.000,00 e 100.000,00, respectivamente, para a microempresa e para a empresa de
pequeno porte.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
A opção pelo Simples Nacional dar-se-á por meio da internet, sendo irretratável para todo o
ano-calendário.
a) Anexo I - comércio;
11
b) Anexo II - indústria;
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS
Anexo II da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 25, inciso II)
(vigência: 01/01/2012)
12
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%
De 1.080.000,01 a
8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%
1.260.000,00
De 1.260.000,01 a
8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%
1.440.000,00
De 1.440.000,01 a
9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%
1.620.000,00
De 1.620.000,01 a
9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%
1.800.000,00
De 1.800.000,01 a
10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%
1.980.000,00
De 1.980.000,01 a
10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%
2.160.000,00
De 2.160.000,01 a
10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%
2.340.000,00
De 2.340.000,01 a
10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%
2.520.000,00
De 2.520.000,01 a
10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%
2.700.000,00
De 2.700.000,01 a
11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%
2.880.000,00
De 2.880.000,01 a
11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%
3.060.000,00
De 3.060.000,01 a
11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%
3.240.000,00
De 3.240.000,01 a
12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%
3.420.000,00
De 3.420.000,01 a
12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%
3.600.000,00
13
Anexo III da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 25, inciso III)
(vigência: 01/01/2012)
14
Anexo IV da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 25, inciso IV)
(vigência: 01/01/2012)
15
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%
Ressalta-se que umas das características que difere a tabela do Anexo V das tabelas dos
Anexos III e IV (que também são tabelas para receitas de prestação de serviço) é o fator “r”.
Fator “r” é a relação entre a folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses
anteriores ao período de apuração, e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses
anteriores ao período de apuração (“r”), ou seja, é cálculo desta relação (r).
16
11. RECEITAS ENQUADRADAS NO ANEXO V
Como já foi visto, ressaltam-se, que as empresas optantes pelo Simples Nacional que
obtiverem receitas sujeitas ao Anexo V, devem calcular (mensalmente) a relação entre a
folha de salários incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração
e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração
(r).
Nas receitas sujeitas à aplicação de alíquotas do Anexo V, o fator “r” deverá ser apurado pela
relação entre a folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao
período de apuração e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao
período de apuração.
“Art. 26. Na hipótese de a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional obter receitas
decorrentes da prestação de serviços previstas no inciso V do art. 25, deverá apurar o fator
(r), que é a relação entre a: (Lei Complementar nº 123, de 2006, Anexo V)
II - receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração.
17
§ 1º Para efeito do disposto no inciso I do caput, considera-se folha de salários, incluídos
encargos, o montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a
título de salários, retiradas de pró-labore, acrescidos do montante efetivamente recolhido a
título de contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social e para o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 24).
As Resoluções CGSN determinam que para o cálculo do fator “r” devemos considerar o valor
da folha de pagamento, como já vimos anteriormente.
Ressaltamos que não deverá ser considerado para calcular o fator “r”, como dispõe o Decreto
nº 3.408/1999, artigo 214, § 9º, ou seja, deverá ser excluído o que não integra ao salário-
de-contribuição.
Importante: Ressaltamos que as parcelas citadas acima, conforme o decreto, quando pagas
ou creditadas em desacordo com a Legislação pertinente, integra o salário-de-contribuição
para todos os efeitos legais.
15 - Encargos
Conforme citado no item acima, os encargos também integram para o cálculo do fator “r”
juntamente com a folha de salários, conforme abaixo:
16 - Empregado Afastado
18
Conforme a Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de novembro de
2011, artigo 26, § 4°, na hipótese de a ME ou EPP ter menos de 13 (treze) meses de
atividade, adotar-se-ão, para a determinação da folha de salários anualizada, incluídos
encargos, os mesmos critérios para a determinação da receita bruta total acumulada,
estabelecidos no art. 21, no que couber. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso
I e § 6º)
Exemplo:
Empresa com início de sua atividade de junho de 2011, com os valores da folha de salário
mais encargos, o cálculo do fator “r” será junho de 2011 a dezembro de 2011, o período de
apuração janeiro de 2012 e o recolhimento no DAS no dia 20 do mês subseqüente, ou seja,
fevereiro de 2012, conforme demonstração a seguir:
- Junho/2011: R$ 30.000,00
- Julho/2011: R$ 15.000,00
- Agosto/2011: R$ 15.000,00
- Setembro/2011: R$ 15.000,00
- Outubro/2011: R$ 10.000,00
- Novembro/2011: R$ 10.000,00
- Dezembro/2011: R$ 15.000,00
- Total: R$ 110.000,00
Para o cálculo do fator “r”, com recolhimento em fevereiro de 2012, devemos considerar os
valores de junho de 2011 a dezembro de 2011, conforme o exemplo acima, ou seja, os 7
(sete) meses, no total de R$ 110.000,00.
R$ 15.714,28 x 12 = R$ 188.571,36
Exemplo 1:
a) folha de salários, mais encargos e receita bruta dos últimos 7 (sete) meses à apuração do
fator “r”:
19
c) receita bruta mensal = R$ 500.000,00
Exemplo 2:
Dados da empresa:
a) folha de salários, mais encargos e receita bruta dos últimos 12 (doze) meses à apuração
do fator “r”:
Conforme o cálculo do exemplo 2 acima citado, o fator “r” corresponde a 0,16, conforme
apuração do Anexo V da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, com vigência a
partir de 01.01.2012 (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de
2011).
Além da alíquota apurada no item acima, deve-se incluir, conforme a atividade, também a
apuração do percentual do ISS devido ao próprio Município.
20
Anexo V da Lei Complementar n° 123, de 14 de Dezembro de 2006 (vigência:
01/01/2012)
Segue abaixo, informações e a tabela completa, referente à apuração do fator “r”, conforme
estabelece a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos centesimais da Tabela V-A, onde “<“
significa menor que, “>” significa maior que, “d”” significa igual ou menor que e “e”” significa
maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,
Cofins e CPP corresponderão ao seguinte:
TABELA V-A
21
1.440.000,01
a
1.620.000,00
De 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%
1.620.000,01
a
1.800.000,00
De 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%
1.800.000,01
a
1.980.000,00
De 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%
1.980.000,01
a
2.160.000,00
De 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%
2.160.000,01
a
2.340.000,00
De 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%
2.340.000,01
a
2.520.000,00
De 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%
2.520.000,01
a
2.700.000,00
De 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%
2.700.000,01
a
2.880.000,00
De 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%
2.880.000,01
a
3.060.000,00
De 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%
3.060.000,01
a
3.240.000,00
De 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%
3.240.000,01
a
3.420.000,00
De 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%
3.420.000,01
a
3.600.000,00
22
Lucro real:
1 Conceito:
O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de apuração obtido na
escrituração comercial (antes da provisão para o imposto de renda) e demonstrado no Lalur,
observando-se que:
a. os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido
computados na apuração do lucro líquido do período de apuração (exemplo: depreciação
acelerada incentivada);
Portanto, Lucro real é o lucro líquido apurado na escrituração contábil, com observância das
normas da legislação comercial, ajustado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, pelas
adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (arts.
247, 249 e 250 do RIR/99).
2 Finalidade:
A finalidade do lucro real é apurar a base de cálculo do imposto de renda das pessoas
jurídicas que optarem por esse tipo de apuração.
23
O Lucro real é demonstrado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR. Lembramos que
em 2014 o Lalur será extinto.
3 Lalur:
O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) é um livro fiscal exigido pela legislação do
imposto de renda (art. 262 do RIR/99).
Conforme o modelo aprovado pela IN SRF nº 28/78, o LALUR, é dividido em duas partes
distintas (cada uma delas deve conter 50% das folhas) reunidas em um só volume
encadernado, a saber:
Adições:
Não superior a R$ 326,61, ou cujo prazo de vida útil não supere a um ano. Deve ser
considerada como despesa, na ocasião da aquisição do bem, sendo inadmissível reverter
para despesa o custo de bem anteriormente ativado.
O bem por si só deve ter condições de prestar utilidade: ex. grampeador, cadeira, mesa, etc.
Tijolo e telha não tem condições de gerar utilidade à empresa.
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Não é o caso de vasilhames, engradados que não podem ser jogados como despesa pois não
podem ser analisados senão em conjunto, devendo ser jogados na contabilidade como ativo
imobilizado. (Art. 301 RIR/1999).
Podem ser lançados como despesa, desde que destinadas a manter a eficiência do bem e
estes estejam relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização.
Se resultar em aumento de vida útil do bem em mais de um ano, deve o valor ser ativado
para servir de depreciações futuras.
Exemplo:
O 1º Conselho de contribuintes já decidiu que cabe ao Fisco demonstrar que houve aumento
de mais de um ano na vida útil do bem Acórdão 101-77955/88.
De acordo com o artigo 324 do RIR/1999, as pessoas jurídicas podem apropriar como custo
de produção ou despesa operacional, a titulo de amortização, importância correspondente à
recuperação de capitais (classificados no ativo imobilizado) aplicados, com o objetivo de
manutenção das atividades da empresa, em :
b)bens materiais cujo prazo de utilização, por disposição legal ou contratual, tenha duração
inferior ao prazo de vida útil dos bens.
Capitais amortizáveis
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Pode ser amortizado o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício
tenha duração limitada, ou bens cuja utilização pelo contribuinte tenha prazo legal ou
contratualmente limitado (art. 325 RIR/99), tais como:
b)Investimentos em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de
serviço publico, devam reverter ao poder publico concedente, ao fim do prazo da concessão,
sem indenização;
Não poderá ser amortizado (nem depreciados) os recursos aplicados em direitos cujo
exercício ou duração não tenha prazo determinado, como por exemplo a linha telefônica.
Não é admitida a amortização para os quais haja registrada quota de exaustão, exemplo
recursos minerais, empreendimentos florestais destinados ao corte para industrialização,
comercialização ou consumo.
Não podem também ser amortizados cujo contrato de locação de bens ou arrendamento não
tiver prazo de duração. Ou que não vede a empresa arrendatária o direito de ser indenizada
pelas benfeitorias realizadas.
Caso sejam feitas benfeitorias em bens dos sócios não podem ser amortizadas, sob pena de
se caracterizar distribuição disfarçada de lucro. (Art. 464 do RIR/99).
As prestações podem ser deduzidas como o custo ou despesa operacional se o bem estiver
ligado intrinsecamente a atividade de produção de bens e serviços ( Art. 356, RIR/99).
O bem tem que ter sido lançado na contabilidade como despesa. Caso seja lançado como
ativo, vai ter que seguir as regras da depreciação.
São também dedutíveis os gastos necessários para manter em bom estado o bem, desde
que não lhe aumente a vida útil em mais de um ano. Seguros, também podem ser
deduzidos como despesa.
Leasing back
A perda pela venda do bem para a arrendadora a arrendante não poderá ser deduzida na
determinação do lucro real da alienante.
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Prazo mínimo do contrato de leasing:
Leasing financeiro – 2 anos, quando se tratar de bens com vida útil igual ou inferior a cinco
anos; três anos para os demais bens
Não pode ser deduzido por não se considerar arrendamento mercantil PN CST 24/1982.
até o limite máximo de 5% da receita liquida da receita liquida das vendas dos produtos
fabricados ou vendidos;
Somente será admitida a despesa se esta for necessária para que o contribuinte mantenha a
posse, o uso ou a fruição do bem ou direito que produz o rendimento.
g) Franquia
De acordo com a ADI do SRF 2/2002 a remuneração paga pelo franqueado ao franqueador é
dedutível da base de calculo do imposto aplicando-se o mesmo percentual de 5% .
Não são dedutíveis os royalties pago aos sócios, pessoas físicas ou jurídicas, dirigentes de
empresas, bem como parentes ou dependentes. Bem como não são dedutíveis o que é pago
pela filial de empresa com sede no exterior em beneficio de sua matriz.
h) Software
Se for software de base que compõe o hardware, os dispêndios devem compor o ativo
imobilizado.
Se for software aplicativos, cuja remuneração tem a natureza de direito autoral, podem ser
deduzidos como despesa, observando-se sempre a necessidade e a normalidade.
i) Propaganda
Podem ser deduzidas, observados os requisitos do citado artigo desde que relaciona-se
diretamente com a atividade da empresa e que se difunda o nome da empresa, seus
produtos, etc. Deve-se observar o regime de competência e a empresa beneficiaria tenha
CNPJ e mantenha escrituração regular (pedir declaração e cartão CNPJ). As despesas de
propaganda devem ser lançadas em conta própria na contabilidade.
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j) Amostra grátis
Emissão de NF;
Não pode ultrapassar 5% da receita obtida na venda dos produtos. Cosméticos, perfumes e
toucador 1%.
IN SRF 2/1969 .
Pode ultrapassar o limite se houver planos especiais de divulgação aprovados pelo Delegado
da Receita Federal. (item 96, IN SRF 2/1969. ART. 366, parágrafo 1º do RIR/99.
Podem ser lançadas como despesas de propaganda e podem ser deduzidas do lucro real (ex.
placas).
l) brindes
Não podem ser deduzidos, exceto de for de diminuto valor e relacionados diretamente com a
atividade da empresa.( Lei 9249/1995, art. 13).
Bens ativados com via útil superior a um ano, ainda que sejam empregados na propaganda
devem ser registrados em conta própria do ativo.
Podem ser deduzidas como despesa do Lucro Real – Art. 367 RIR/1999.
n) Patrocínio de Evento
o) Tributos e contribuições
Podem ser deduzidos tributos estaduais, municipais e federais pelo regime de competência.
Não podem ser deduzidos se estiverem com a exigibilidade suspensa. (art. 151 do CTN).
ICMS e IPI não podem. Podem ser deduzidos o ITBI e o diferencial de alíquota.
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A dedutibilidade como custo ou despesa abrange o imposto sobre os rendimentos que o
contribuinte, como fonte pagadora, tiver o dever legal de reter e recolher, ainda que assuma
o ônus do imposto.
Não são dedutíveis PN CST 61/1979, nas transgressões de leis que regem os tributos.
Somente as de natureza compensatórias e as impostas por infrações das quais não tenha
falta ou insuficiência de pagamentos de tributos Art. 344, parágrafo 5º do RIR/1999.
s) Multas FGTS
Tendo natureza indenizatória, e o FGTS não tendo natureza de tributo podem ser deduzidas.
t) Multas de trânsito
u) Juros de Mora
v) Correção monetária
Podem ser deduzidas se o imposto puder ser deduzido. Lembramos que os imposto desde
1995 não sofrem correção.
x) Diárias
Pagamentos por viagens eventuais para atender serviços da empresa fora da sede do
trabalho
Requisitos:
y) Ajuda de custo
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Podem ser deduzidas PN CT 582/1979.
Gastos com alimentação desde que não ultrapassem o valor de R$ 16,57 por dia,
independentemente de comprovação.
ADIÇÕES
30
10 Lucro Inflacionário Realizado X Art. 448 RIR/99
DEDUÇÕES
31
Assim, despesa operacional dedutível é toda aquela que é necessária, normal ou
usual.
Basicamente, são três os requisitos que habilitam um determinado gasto a ser considerado
como despesa operacional dedutível:
1. É necessário que o gasto seja incorrido, ou seja, é indispensável que a empresa já tenha
usufruído dos bens e serviços adquiridos;
2. O gasto deve ser necessário para a manutenção da atividade da empresa e, além disso,
deve ser normal e usual ou relacionado com a atividade explorada; e
Provisões:
Diferente tratamento ocorre com as provisões; os valores debitados nos resultados pela
formação de provisões não são, em princípio, dedutíveis: a dedução só poderá ser feita se
houver autorização legal. De acordo com o artigo 335 do RIR/99:
a) Provisão é um valor estimado no resultado do exercício. O valor não está definido (por
exemplo: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa; Provisão de Contingências etc.)
II – Exclusões:
b) Valores cuja dedução seja autorizada pela legislação do Imposto de Renda e que, pela sua
natureza exclusivamente fiscal, não tenham sido computados na apuração do lucro líquido.
- Principais Exclusões:
• Ajustes de RTT; e
• Outras exclusões.
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III – Compensação de prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, respeitado o
limite de 30% do lucro ajustado.
a) As pessoas jurídicas que auferiram receita total no ano a imediatamente anterior superior
a R$ 48.000.000,00; A partir de janeiro 2014 R$ 78.000.000,00;
f) Factoring;
Se a pessoa jurídica não estiver obrigada à apuração ao lucro real poderá optar por essa
forma de apuração, como pessoa jurídica optante.
5. Período de Apuração:
A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pelo regime anual
de tributação. Nesse caso, a empresa deverá antecipar o imposto devido em 31 de dezembro
pelo pagamento, em cada mês, por estimativa.
Essa estimativa poderá ser calculada com base nas receitas brutas e demais receitas ou com
base no levantamento de balanço ou balancete de verificação para suspender ou reduzir o
pagamento do imposto.
A opção pelo regime trimestral ou anual do imposto será efetuada no primeiro pagamento do
imposto no ano-calendário e será irretratável para todo o ano calendário (art. 17 da IN SRF
n° 93/1997).
Se a empresa optar pelo período trimestral deverá, apurar a base de cálculo do imposto de
renda e da contribuição sobre o lucro líquido nos resultados apurados em 31 de março, 30 de
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, da seguinte maneira:
33
a) com base no levantamento de balanço patrimonial ou balancete de verificação; e
Deverá, ainda:
O balanço ou balancete deverá ser efetuado com observância das disposições contidas nas
leis comerciais e fiscais e ser transcrito no livro Diário até a data fixada para pagamento do
imposto do respectivo trimestre, caso não esteja tendo a ECD.
(+) Adições
(-) Exclusões
Cálculo:
a) Alíquota normal:
Lucro Real
c) A + B = Imposto Total
Do imposto normal devido (alíquota normal de 15%), poderão ser deduzidos os seguintes
incentivos fiscais, observados os limites e condições aplicáveis, tais como:
DEDUÇÕES
Individual a partir de
Global a partir de 1º.01.98
1º.01.98
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1) Programa Alimentação do
4%
Trabalhador (PAT)
4%
2) PDTA/PDTI após 4%
03.06.93
3) Fundos da Criança
1% Não tem
4) Operações de
Caráter Cultural e
4%
Artístico 4%
5) Atividade Audiovisual 3%
Deduções Permitidas:
Poderão ser deduzidos do imposto devido (imposto total – incentivos fiscais), no trimestre:
7 Pagamento
O imposto de renda, apurado no final do trimestre (IRPJ devido – Deduções), será pago em
quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração (art. 19 da IN SRF n° 93/1997).
O referido imposto poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,
vencíveis no último dos três meses subsequentes ao do encerramento do período de
apuração.
35
O valor de cada quota não poderá ser inferior a R$ 1.000,00.
Se for apurado imposto a compensar, este valor poderá ser compensado com os impostos
administrados pela Fazenda Nacional, a partir do trimestre seguinte.
Nesse caso, o valor do crédito deverá ser acrescido da taxa SELIC acumulada, mensalmente,
a partir do 1º dia do mês seguinte ao encerramento do período base (trimestral).
8. Estimativa:
No regime de tributação pelo lucro real, a empresa pode, a seu critério optar pelo
pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 2° da Lei n° 9.430/1996).
encerramento de atividades;
Base de cálculo do imposto mensal por estimativa, com base nas receitas brutas e
acréscimos:
No regime de pagamento por estimativa com base nas receitas brutas e demais acréscimos,
a base de cálculo do Imposto de Renda mensal é o somatório dos seguintes valores:
a) resultado da aplicação dos percentuais abaixo mencionados sobre a receita bruta mensal
proveniente das vendas de mercadorias ou produtos, da prestação de serviços e de outras
atividades compreendidas no objeto da empresa;
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b) ganhos de capital e outras receitas ou resultados auferidos no mês, não compreendidos
na receita bruta proveniente das atividades referidas na letra “a”.
hospitalares
ao exercício de profissões
legalmente regulamentada,
37
representação comercial.
de obra
comercial ou industrial.
16/2000).
A pessoa jurídica prestadora de serviços, que houver utilizado a alíquota reduzida de 16%,
cuja receita bruta acumulada até um determinado mês do ano-calendário exceder o limite de
R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença de estimativa não recolhida,
apurada em relação a cada mês transcorrido, até o último dia útil do mês subseqüente
àquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos legais. O não recolhimento da diferença
equipara-se a estimativa não recolhida, sujeitando-se à multa de ofício de 50%, lançada
isoladamente pelo Fisco.
Receita Bruta compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o
preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia
(comissões auferidas na venda de bens ou serviços por conta de terceiros).
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a) as vendas canceladas e as devolvidas;
e) Os juros sobre o capital próprios pagos ou creditados por outra pessoa jurídica.
a) Alíquota normal:
Lucro Estimado
Deduções:
Poderão ser deduzidos do imposto mensal devido, desde que os rendimentos tenham
integrado a base de cálculo do imposto mensal:
a) Incentivos fiscais, respeitados os limites máximos admitidos pela legislação (PAT, Projetos
Culturais, Audiovisuais, Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente);
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d) IR Fonte sobre remuneração de serviços profissionais;
Pagamento:
O imposto de renda devido em cada mês será pago até o último dia útil do mês subsequente
ao mês de apuração (art. 858 do RIR/99).
As pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa podem,
mediante levantamento de balanços e balancetes periódicos:
Período
Isso significa que, por ocasião do levantamento de cada balanço ou balancete, deve ser
apurado o resultado acumulado do ano em curso e não apenas o resultado do mês cujo
imposto se deseja suspender ou reduzir.
Características
Esses balanços ou balancetes devem ser transcritos no livro Diário, até a data fixada para o
pagamento do imposto do respectivo mês, caso não tenham ECD.
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Para fins de determinação de resultado, é necessário o levantamento dos estoques
existentes na data dos balanços ou balancetes de suspensão ou redução do imposto, os
quais deverão ser avaliados de acordo com os critérios tratados nos arts. 292 a 298 do
RIR/99.
Registro no LALUR
a) a cada balanço ou balancete levantado, deverá ser determinado um novo lucro real para o
período em curso, desconsiderando as apurações efetuadas em meses anteriores do mesmo
ano-calendário;
Nota:
A não escrituração do livro Diário e do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), até a data
fixada para pagamento do imposto do respectivo mês, implicará a desconsideração do
balanço ou balancete para efeito da suspensão ou redução dos recolhimentos por estimativa.
Poderão ser compensados com o lucro real apurado por ocasião do levantamento de
balanços ou balancetes de suspensão ou redução do imposto, os prejuízos fiscais existentes
em anos-calendários anteriores, registrados na parte B do Lalur, respeitados o limite de 30%
do lucro ajustado (art. 510 do RIR/99).
O referido limite não se aplica quando for compensado prejuízo fiscal apurado no mesmo
ano-calendário, tendo em vista que os prejuízos de um mês são automaticamente absorvidos
pelos lucros de outro.
Determinação do IRPJ
(+) Adições
(-) Exclusões
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Cálculo:
Deduções:
Do imposto calculado sobre o lucro real do período em curso poderão ser deduzidos:
d) IRRF sobre os serviços prestados para outras pessoas jurídicas do direito privado;
As pessoas jurídicas que optaram pelos recolhimentos mensais por estimativa ou com base
em balanço ou balancete de suspensão ou redução deverão em 31 de dezembro do ano-
calendário:
IMPOSTO DE RENDA:
(+) Adições
(-) Exclusões
Cálculo:
O imposto devido anualmente será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre
o lucro real apurado em 31 de dezembro.
A parcela do lucro real que exceder a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) se
sujeita à incidência do adicional do imposto de renda à alíquota de 10%.
Deduções:
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a) os incentivos fiscais de dedução do imposto relativos ao Programa de Alimentação do
Trabalhador, às Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, às Atividades
Culturais ou Artísticas, à Atividade Audiovisual, ao Programa de Desenvolvimento
Tecnológico Industrial (PDTI), ao Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário
(PDTA), aos Incentivos Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto e à Redução por
Reinvestimento, observados os limites previstos pela legislação;
b) do imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a base de
cálculo do imposto apurado, desde que não tenha sido deduzido em períodos anteriores;
Saldo do imposto:
- Vantagens:
a) Para as empresas que estão apurando prejuízo fiscal em todos os trimestres do ano-
calendário;
b) Para as empresas que mantém uma regularidade de lucro em relação ao seu faturamento;
- Desvantagens:
a) Se apurar valor do imposto e contribuição a maior que o estimado, terá que recolher o
valor apurado, pois foi essa a opção da empresa;
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b) Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL poderão ser compensados nos
trimestres subsequentes com a limitação dos 30% sobre o lucro ajustado. Nesse caso, os
impostos e contribuições devem ser recolhidos com base nos 70% dos lucros
remanescentes;
- Vantagens:
a) Se o valor contábil for MAIOR que o apurado com base nas receitas brutas e acréscimos, o
imposto e a contribuição serão recolhidos com base nas receitas brutas e acréscimos. Se o
valor contábil for MENOR que o apurado com base nas receitas e acréscimos, o imposto e a
contribuição serão recolhidos com base no resultado contábil. Ou seja, a empresa antecipa
os tributos pelo menor valor apurado;
b) Prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da CSLL apurados durante o anocalendário são
absorvidos com os lucros apurados no mesmo ano-calendário integralmente, isto é, não
existe a limitação dos 30% sobre o lucro ajustado;
- Desvantagens:
Opção:
Como regra geral, a melhor opção é o período anual do lucro real, tendo em vista que a
empresa tem maior flexibilidade no pagamento do imposto de renda e da contribuição social
sobre o lucro líquido.
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