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• Cobrança em carteira;
• Enviar para cobrança simples;
• Desconto de duplicatas.
Ocorre quando a empresa mantém as duplicatas em tesouraria, não as enviando para nenhuma
instituição financeira.
Segundo Ribeiro (2013, p. 334), a cobrança simples de duplicatas “consiste na remessa de títulos aos
estabelecimentos bancários, os quais prestam serviços à empresa, cobrando-os dos respectivos
devedores”. A remessa dos títulos ao banco é feita relacionando os títulos em um documento
conhecido por borderô.
Embora o título seja cobrado pelo banco, a propriedade continua sendo da empresa emitente. Montoto
(2015) afirma que os estabelecimentos bancários cobram pelo serviço prestado. Assim, a empresa
emitente da duplicata deve arcar com a despesa bancária referente à cobrança dos títulos.
Ferrari (2015) e Ribeiro (2013) definem algumas etapas a serem seguidas nas operações de duplicatas
para cobrança simples. Vejamos:
A empresa deve registrar este fato em conta de compensação, visto que a propriedade das duplicatas
continua sendo da empresa emitente.
Deverá registrar o fato debitando a conta Banco (ativo circulante) e creditando Endosso para Cobrança
(compensação).
A empresa deverá registrar o recebimento do título debitando a conta Banco e creditando a conta
Duplicatas a Receber.
O desconto de duplicatas é uma das formas de uma companhia captar recursos em instituições
financeiras. Nesse sistema, o banco “compra” a duplicata da companhia, paga à vista e desconta
encargos financeiros antecipadamente, referentes ao período compreendido entre a data de desconto e
a data do vencimento da duplicata.
Assim, o desconto de duplicatas consiste na transferência dos títulos ao banco mediante endosso ao
portador. No desconto, a empresa transfere ao banco o direito de recebimento dos títulos. O valor do
desconto é definido em função do número de dias que faltam para liquidação dos títulos.
Essa compra (ou desconto) está sujeita à anulação, na hipótese de o cliente não pagar a duplicata ao
banco na data do vencimento. Nesse caso, a companhia terá de pagar a duplicata ao banco.
Logo, devido ao fato da companhia continuar assumindo todos os riscos de crédito do ativo de
duplicata, de acordo com o CPC 38 — Instrumentos Financeiros, os recursos capitados pela
empresa junto ao banco devem ser tratados como uma dívida no passivo circulante.
Nessa operação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação dos títulos
descontados. Ocorrendo o não pagamento da duplicada pelo devedor no prazo acordado, fica a
empresa, que descontou a duplicata, obrigada a reembolsar o banco pelo valor do título, acrescido de
novos encargos financeiros.
Assim, a conta Duplicatas Descontadas é classificada como uma conta do Passivo Circulante e os
juros da operação serão calculados de forma exponencial (juros compostos).
D – Caixa...............................R$ 15.000,00
C – Duplicatas a receber................R$ 15.000,00
Lançamento Contábil (Remessa dos títulos para o banco por meio de borderô)
Observe que os encargos financeiros não são contabilizados imediatamente como despesas, pois
só o serão à medida que transcorrer o tempo entre o desconto e o vencimento ( Princípio da
Competência).
Assim, a conta Encargos Financeiros a Apropriar fica como conta Retificadora do Passivo,
da conta de Duplicatas Descontadas.
Pelo fato de a empresa que desconta duplicatas ser responsável pelo pagamento das duplicatas
ao banco, na hipótese de seu cliente não liquidar no vencimento, não se pode dar baixa nas
duplicatas negociadas ao banco por ocasião do desconto, devendo, portanto, ser evidenciadas no
balanço.
Caso o banco não receba o valor da duplicata no vencimento, fica a empresa emitente
responsável pelo pagamento. Desta forma:
Benfeitorias com prazo de vida útil superior a 1 ano são classificadas no ativo imobilizado. Exemplo: obra
para ampliação do imóvel.
O RIR/99, em seu artigo 301, trata com mais detalhes este tipo de benfeitoria.
Art. 301. O custo de aquisição de bens do ativo permanente não poderá ser deduzido como despesa
operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a trezentos e vinte e seis reais e
sessenta e um centavos, ou prazo de vida útil que não ultrapasse um ano. (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977,
art. 15, Lei nº 8.218, de 1991, art. 20, Lei nº 8.383, de 1991, art. 3º, inciso II, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 30)
§ 2º Salvo disposições especiais, o custo dos bens adquiridos ou das melhorias realizadas, cuja vida útil
ultrapasse o período de um ano, deverá ser ativado para ser depreciado ou amortizado. (Lei nº 4.506, de
1964, art. 45, § 1º)
Benfeitorias com prazo de vida útil igual ou inferior a 1 ano são classificadas como despesas do período.
Exemplo: pintura ou reparos para conservação do imóvel.
Devido ao uso e desgaste, desses ativos imobilizados, devem ter sua redução reconhecida contabilmente.
Nos termos do artigo 183, §3º, da Lei das S/A, alterado pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, a entidade deverá
efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos ativos registrados no imobilizado e no intangível, a fim de
que sejam “revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para
cálculo da depreciação, exaustão e amortização”.
D
Depreciação
Em relação ao subgrupo Investimento, pode-se aplicar o teste de recuperabilidade, por exemplo, em participações
societárias avaliadas pelo método de equivalência patrimonial.
Já em relação aos itens do Ativo Circulante e Ativo Realizável a longo prazo, podemos fazer o teste em Instrumentos
Financeiros não avaliados ao valor justo.
Segundo Montoto (2015), o teste de recuperabilidade deve ser feito se e quando a empresa avaliar a existência de
indícios de perda dos ativos citados anteriormente. Porém, existem três tipos de ativos os quais as empresas devem
fazer o teste de recuperabilidade independente de existir indícios de perda de valor. Vejamos:
Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve:
(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de
um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse
teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja
executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em
períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente,
devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; e
(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios, de
acordo com os itens 80 a 99. (NBC TG 01, item 10)
É necessário conhecer alguns conceitos importantes trazidos pela NBC TG 01. Vamos lá?