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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

KRISSIA EVELINY CAVALCANTE MATOS


MARIA LUIZA DE LUNA FREIRE SILVA

ANÁLISE COMPARATIVA DE DIFERENTES TIPOS DE CONCRETO


PERMEÁVEL “MOLDADO IN LOCO” COM APLICAÇÃO DA TELA DE VIDRO E
SEIXO PARA USO EM PAVIMENTAÇÃO

TERESINA
2019
KRISSIA EVELINY CAVALCANTE MATOS
MARIA LUIZA DE LUNA FREIRE SILVA

ANÁLISE COMPARATIVA DE DIFERENTES TIPOS DE CONCRETO


PERMEÁVEL “MOLDADO IN LOCO” COM APLICAÇÃO DA TELA DE VIDRO E
SEIXO PARA USO EM PAVIMENTAÇÃO

Pré-Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de


Metodologia da Pesquisa do curso de Bacharelado em
Engenharia Civil ao Centro Universitário – Uninovafapi
como exigência parcial para obtenção da avaliação
normativa.

Orientador: MSc. Carol Chaves Mesquita


Co-Orientador: Ms. Wendel Melo Prudencio de Araujo

TERESINA
2019
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1 INTRODUÇÃO

A rapidez da assimilação de tecnologias em todas as áreas do conhecimento humano


(saúde, infraestrutura, educação, saneamento básico, etc), contribuiu para o aumento
significativo da população mundial. Um estudo realizado pela Organização das Nações
Unidas (ONU), revelou que a população do planeta Terra já ultrapassava, em 2017, (a quantia
de) 7,6 bilhões de pessoas e que este número deve crescer até 2050. Este crescimento
acelerado provoca inúmeras consequências devido à ausência de planejamento sobre o uso e
ocupação do solo (BOTTEON, 2017).
Define-se o uso e ocupação do solo, segundo o Art. 50 do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano Ambiental – PDDUA da Secretaria de Planejamento Municipal de
Porto Alegre (RS), como: “O Uso e Ocupação do Solo é definido em função das normas
relativas a densificação, regime de atividades, dispositivos de controle das edificações e
parcelamento do solo, que configuram o regime urbanístico”. (não há um cocneito semelhante
em alguma lei ou plano da prefeitura de Teresina?)
Ainda neste contexto, pode-se observar que o uso e ocupação do solo se baseia em três
vertentes: urbanização, desmatamento e impermeabilização. A primeira traz como
consequência o aumento das zonas conhecidas por “ilhas de calor”, um fenômeno climático
que provoca a elevação da temperatura de centros altamente urbanizados quando comparada à
de regiões rurais próximas. O segundo ocasiona problemas relacionados à ausência de camada
vegetal, redução da umidade relativa do ar, perda da biodiversidade de fauna e flora, aumento
do efeito estufa, entre outros. Já a terceira, traz implicações relacionadas às enchentes e
alagamentos.
De acordo Licco e Mac Dowell (2015):

Enchentes ou cheias são definidas como a elevação do nível d’água no canal de


drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, porém,
sem extravasar; alagamento seria o acúmulo momentâneo de águas em determinados
locais por deficiência no sistema de drenagem e enxurrada, o escoamento superficial
concentrado e com alta energia de transporte, que pode ou não estar associado a
áreas de domínio dos processos fluviais. (LICCO; MAC DOWELL, 2015)

Buscar formas de amenizar os inconvenientes causados pela impermeabilidade tem


sido o foco de questionamento por vários anos, inclusive quais medidas podem ser adotadas
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para evita-los ou mitiga-los, dentre as quais destacam-se as medidas estruturas e não


estruturais. A busca de medidas a serem adotadas para evitar ou mitigar problemas
relacionados com a impermeabilidade tem sido o foco de pesquisas, com a aplicação de
medidas estruturais e não estruturais. As não estruturais são aquelas cujo propósito é reduzir
os prejuízos, permitindo uma boa convivência entre a população e as enchentes, entre as quais
estão: normas, regulamentos, programas de disciplinamento do uso do solo, implantação de
sistemas de alerta e conscientização da população. As chamadas estruturais são aquelas que
modificam o sistema fluvial, evitando os prejuízos, dentre elas pode-se citar: represas,
reservatórios, canais de drenagem, barragens, concreto permeável, entre outros (POLEZA;
MACHADO, 2017).
O concreto permeável, também chamado concreto poroso ou drenante, é um tipo de
concreto que possui altos índices de espaços vazios, consistindo em uma mistura de
aglomerante, agregado graúdo – brita (usualmente empregada no Brasil), granito (comumente
utilizado em países europeus) ou outros tipos – e água, podendo ter ou não o acréscimo de
agregado miúdo (BOTTEON, 2017). Em algumas regiões, principalmente as próximas a rios,
ainda há a alternativa da utilização de seixo em substituição à brita por este tipo de agregado
ser encontrado em fundos de rios, de superfície lisa e arredondada, além de poder ser rolado
artificialmente (STEUER, et al., 2013), não necessitando passar por processos de
beneficiamento. Este tipo de concreto pode ser, de acordo com a NBR 9781 (ABNT, ANO??),
produzido de duas formas: moldado in loco ou pré-moldado (blocos ou bloquetes), onde o
primeiro é moldado na própria localidade a qual será utilizado e o segundo é fabricado por
empresas e assentado no local posteriormente.
A praticidade do concreto permeável permite a utilização em sistemas de drenagem,
saneamento e pavimentação, aumentando os benefícios com relação ao combate de enchentes.
No primeiro caso, o concreto permeável vem como alternativa aos métodos tradicionais que
buscam direcionar a água captada o mais rapidamente para os cursos d’água, causando
problemas com erosão, assoreamento dos corpos de água, alteração na qualidade dos rios,
lagos ou lagoas, enchentes e necessidades de obras de contingência. Em contrapartida, com o
concreto permeável, esta água seria direcionada de modo mais eficiente e lenta, evitando tais
problemas. Com relação ao saneamento, o concreto permeável possibilita a filtragem de
substâncias, permitindo que apenas a água percole. Já com relação à pavimentação, tem como
há a finalidade de evitar o acúmulo de água na superfície, fazendo a recarga do lençol
freático, ou escoando-a através de dutos e drenos posicionados abaixo do pavimento.
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O grande empecilho deste tipo de material, além da sua fragilidade no que se diz
respeito a baixa capacidade de suporte ao tráfego intenso e repetitivo de veículos dos mais
variados tipos, é não poder ser utilizado em regiões enlameadas, acarretando assim o
entupimento de seus poros. A fragilidade do mesmo se dá pela existência dos poros que irá
provocar uma relação resistência versus permeabilidade inversamente proporcional, onde
quanto maior a quantidade de vazios, menor a resistência do material.
Devido a isto, buscam-se inúmeras alternativas que possam ajudar a melhorar
contribuir na melhoria da resistência do concreto permeável sem que haja perda significativa
da permeabilidade. Uma destas é a colocação de uma malha de ferro que aumentaria
gradualmente, de acordo com sua espessura, a resistência deste material. Porém, encontra-se
uma dificuldade no que se refere a corrosão do metal na presença de água (MARQUES
JÚNIOR, 2018). Como modo de evitar esse problema, pode-se utilizar uma tela de vidro ou
poliéster.
Este tipo de tela vem sendo amplamente utilizado na construção civil devido a sua alta
performance, agilidade, fácil aplicação, maleabilidade, proteção contra álcalis e boa
aderência. Em razão da sua versatilidade, vem sendo usada como reforço de pisos e rebocos,
laminados, estruturas de cimento e concreto por sua boa resistência à ruptura e contra o mofo.
Diante do exposto é notória a análise de verificação do comportamento adquirido pelo
concreto permeável ao se utilizar materiais alternativos – o seixo rolado (atuando como
agregado graúdo) e a tela de vidro – quanto a sua resistência, permeabilidade e viabilidade,
comparando os resultados encontrados aos do produto convencional.

1.1 PROBLEMÁTICA

“Qual seria a melhor e mais viável opção, quanto a resistência e permeabilidade, ao


comparar-se diferentes tipos de concretos permeáveis moldados in loco para pavimentos?”.

1.2 HIPÓTESE/PROPOSIÇÃO

H1: A inserção da tela de vidro e o uso do seixo contribuem, em conjunto, para o


aumento da resistência e manutenção da permeabilidade em comparação ao concreto
permeável convencional para o uso em pavimentações.
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H2: O seixo como agregado graúdo contribui para uma melhora na permeabilidade do
concreto permeável, mas gera uma redução na resistência mecânica, em comparação ao uso
da brita... (tentem fazer hipóteses que tragam a ideia do que vocês acham que são possiveis
cenarios para encontrar, acho que esta segunda ainda está incompleta)

1.3 OBJETIVOS
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1.3.1 Geral

Analisar e comparar as propriedades mecânicas de vários tipos de concretos


permeáveis moldados in loco com a utilização de tela de vidro e seixo rolado para
pavimentação.

1.3.2 Específicos
 Caracterizar os materiais; (acho que já faz parte do processo de estudo, e não seria um
objetivo específico)
 Examinar Mensurar as propriedades mecânicas do concreto permeável convencional
com o uso de brita como agregado graúdo;
 Averiguar as propriedades mecânicas do concreto permeável com a aplicação de seixo
rolado;
 Verificar a resistência mecânica à tração na flexão do concreto permeável
convencional com a aplicação de diferentes espessuras de telas de fibra de vidro;
 Comparar o comportamento estrutural do uso desses dois elementos de seixo em
conjunto com a tela de vidro e analisar o desempenho do concreto permeável em
relação a resistência mecânica à tração na flexão para este outro cenário; contribuições
para o concreto permeável;
 Avaliar a permeabilidade de todos os tipos utilizados moldados in loco.

1.4 JUSTIFICATIVA

O artigo A comprehensive analysis of trends in extreme precipitation over


southeastern coast of Brazil traz um estudo detalhado sobre as mudanças na intensidade e
duração de chuvas em toda a região sudeste do Brasil. Em tal estudo, Carvalho et al. (2016)
evidencia que “[...] sobre SP há um aumento no número de dias chuvosos e na frequência e
intensidade de eventos extremos. Sobre RJ e ES observamos uma tendência negativa na
frequência de dias chuvosos, com a precipitação concentrada em menos eventos e mais
intensos [...]1. Tomando como base tal afirmação, é possível associar este evento aos
problemas envolvendo enchentes que atingiram várias cidades nos últimos anos. Atrelado a
1
while over SP there is an increase in the number of rainy days and in the frequency and intensity of extreme
events, over RJ and ES we observe a negative trend in the frequency of rainy days, with precipitation
concentrated in fewer and more intense events.
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estas mudanças climáticas está o déficit da gestão pública com relação aos planejamentos
envolvendo questões de drenagem, infraestrutura e mobilização social. (onde fecha as aspas?)
Mediante ao exposto, o estudo é realizado visando a necessidade dos grandes centros
urbanos em resolverem seus problemas de drenagem utilizando-se de materiais pouco usuais e
que,
ainda assim estão disponíveis para uso, a fim de confrontar as características do concreto
permeável moldado in loco convencional e aquele utilizando-se telas de vidro e seixo rolado.

Melhorar a justificativa tomando por base aqueles pontos que citei no whats app. Ficou meio
confuso também essa questão de ‘materiais pouco usuais ainda assim disponiveis para uso’,
reescrever.

1
while over SP there is an increase in the number of rainy days and in the frequency and intensity of extreme
events, over RJ and ES we observe a negative trend in the frequency of rainy days, with precipitation
concentrated in fewer and more intense events.

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