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O GHS - Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação
e Rotulagem de Substâncias Químicas
São Paulo
Arline Sydneia Abel Arcuri
FUNDACENTRO
15 de setembro de 2017
Um pouco de história
Grande parte do esforço destinado a
enfrentar os problemas decorrentes
do uso crescente de produtos químicos
foi estimulado pela Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente, celebrada em Estocolmo,
em 1972. Várias organizações
principalmente da ONU,
desenvolveram atividades relacionadas
a Segurança Química desde então:
PNUMA, OMS, OIT, FAO, OECD
1
Um pouco de história
http://amaliagodoy.blogspot.com/2007/09/desenvolvimento-sustentvel-
evoluo_16.html
1972
Neste ano o Departamento de Estado norte-
americano elaborou um documento intitulado "Brasil -
Se o Desenvolvimento Traz Poluição, Que Assim Seja”
("Brazil -If Development Brings Pollution, so Be It").
2
Um pouco de história
Em 1989, a Assembléia Geral das Nações
Unidas havia decidido convocar uma
Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(CNUMAD) para:
-elaborar estratégias e medidas com o fim de
deter e inverter os efeitos da degradação do
meio ambiente.
-intensificar os esforços nacionais e
internacionais para promover o desenvolvimento
sustentável e ambientalmente racional em todos
os paises.
Um pouco de história
Em 6 de junho de 1990, em sua
septuagésima sétima reunião, a
Organização Internacional do Trabalho
elaborou e adotou a Convenção (170) e a
Recomendação (177) sobre Segurança no
Uso de Produtos Químicos no Trabalho.
3
Convenção 170
Segurança na utilização de produtos
químicos no trabalho
Convenção 170
Aplicação
Todos os ramos da atividade econômica nos quais os
produtos químicos são utilizados
Princípios
• Consultar organizações representativas de
trabalhadores e empregadores
• Revisar periodicamente
• Autoridade competente – se se justificar por
motivos de segurança e saúde, poderá de proibir ou
restringir o uso de substâncias perigosas ou exigir
notificação prévia e autorização para o uso de tais
substâncias.
4
Convenção 170
Utilização de produtos químicos no trabalho implica toda
atividade de trabalho que poderia expor um trabalhador a um
produto químico, e abrange:
I) a produção de produtos químicos;
II) o manuseio de produtos químicos;
III) o armazenamento de produtos químicos;
IV) o transporte de produtos químicos;
V) a eliminação e o tratamento dos resíduos de produtos
químicos;
VI) a emissão de produtos químicos resultantes do
trabalho;
VII) a manutenção, a reparação e a limpeza de
equipamentos e recipientes utilizados para os produtos
químicos;
Convenção 170
Obrigatoriedades
• Sistema de classificação
• Rotulagem – facilmente compreensível aos
trabalhadores e com informações
essenciais sobre a classificação do
produto, os danos que apresentam e as
medidas de precaução que devem ser
tomadas
• Fichas de informação de segurança de
produtos químicos (FISPQ)
10
5
Convenção 170
11
Um pouco de história
(cont.)
O comitê técnico da OIT também aprovou uma
resolução solicitando que a OIT estudasse as
etapas/tarefas que seriam necessárias para
se atingir a harmonização.
12
6
Um pouco de história
(cont.)
Sistemas Principais Existentes
• Recomendações da Nações Unidas para Transporte
de Produtos Perigosos (primeira recomendação
existente desde 1956)
• Diretrizes da União Européia sobre Substâncias e
Preparados Químicos (Diretiva 67/548/EEC (27 de Junho de 1967), relacionada
às disposições legislativas, regulamentares e administrativas de classificação, embalagem e
rotulagem de substâncias perigosas é a principal legislação da União Europeia sobre segurança
química)
13
Um pouco de história
Logo após, em 1992 no Brasil, de 3 a 14
de junho de 1992, foi realizada a
Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento -
CNUMAD (UNCED) que ficou conhecida
como ECO92 ou RIO92
14
7
Um pouco de história
Entre os textos sobre meio ambiente e
desenvolvimento aprovados na
conferência, destacam-se:
Agenda 21
15
Agenda 21
É um modelo para a ação em todas as
principais esferas que influenciam a
relação entre meio ambiente e
economia. Reflete um consenso
mundial e um compromisso político do
mais alto nível sobre a cooperação
mundial em relação ao
desenvolvimento e ao meio ambiente.
É constituída de 40 capítulos
16
8
Capítulo 19 da Agenda 21
Capítulo 19 da Agenda 21 Manejo
Ecologicamente Saudável das Substâncias
Químicas Tóxicas, incluída a Prevenção
do Tráfico Internacional Ilegal dos
Produtos Tóxicos e Perigosos.
– Incorpora as propostas destinadas a reforçar
a cooperação internacional com relação à
segurança química e a necessidade de maior
coordenação.
– No artigo 19.75 recomenda "criação de foro
intergovernamental para o manejo e a avaliação de
riscos ligados aos produtos químicos”
17
Capítulo 19 da Agenda 21
seis áreas programáticas:
A - Expansão e aceleração da avaliação internacional dos
riscos dos produtos químicos
B - Harmonização da classificação e da rotulagem dos
produtos químicos
C - Intercâmbio de informação sobre produtos químicos
tóxicos e riscos devido aos produtos químicos
D - Organização de programas de redução de riscos
E - Fortalecimento da capacidade e dos meios nacionais
para a gestão dos produtos químicos
F - Prevenção do tráfico internacional de produtos tóxicos
e perigosos
18
9
Capítulo 19 da Agenda 21
19
Capítulo 19 da Agenda 21
Como resultado, e seguindo as
recomendações constantes do capítulo
19, em 1992 grupo de coordenação
sobre a harmonização dos sistemas de
classificação dos produtos químicos
(CG/HCCS – sigla em inglês –
Coordinating Group for the
Harmonization of Chemical Classification
Systems), sob os auspícios do Programa
Internacional de Segurança Química –
PISQ (IPCS – sigla em inglês –
International Program on Chemical
Safety).
20
10
Fórum Intergovernamental de
Segurança Química
As agências da ONU PNUMA, OIT, e OMS
convocaram a Conferência Internacional sobre
Segurança Química, realizada em Estocolmo, Suécia, de
25 a 29 de abril de 1994, Fórum Intergovernamental
de Segurança Química.
21
Fórum Intergovernamental de
Segurança Química
Em 1995, já sob os auspícios do FISQ o
CG/HCCS que era secretariado pela OIT,
passou a fazer parte das atividades do
“Inter-organization Programme for the Sound
Management of Chemicals” (IOMC).
IOMC criado implementação das recomendações da CNUMAD
(ECO 92) relativas à segurança química.
22
11
Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos no Brasil
Set/1995 – “Jornadas de trabalho sobre
sistemas harmonizados de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos”
Projeto Interdepartamental sobre Meio
Ambiente e o Mundo do Trabalho/OIT
Realização:
– OIT
– FUNDACENTRO
– SSST/MTb
23
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Deste evento
“ Documento nacional sobre os meios e
Formas de Apoio para por em Prática
Sistemas Harmonizados de Classificação
e Rotulagem de Produtos Químicos a
Nível Nacional”
Feito levantamento da situação nacional
Inicio das ações no Brasil voltadas a
questão
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12
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
25
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Senado Federal, através do Decreto Legislativo nº
67 de 1995 e a Presidência da República,
através do Decreto-Lei nº 2657, publicado no
Diário Oficial da União em 6/7/98 ratificam a
Convenção nº 170 da OIT, sobre “Segurança na
Utilização de Produtos Químicos no Trabalho”,
adotada na 77a Reunião da Conferência
Internacional do Trabalho (Genebra 1990).
26
13
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
1995/1996 – ações da equipe do programa
de saúde do trabalhador da PMSP
rotulagem de produtos químicos em
empresas paulistas, principalmente no
inicio na área gráfica
27
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
MP encaminha 1º processo para parecer da
FUNDACENTRO
FUNDACENTRO sugestão de rotulagem
baseada na “Proposta de Diretiva do
Parlamento Europeu e do Conselho Relativa
a Classificação, Embalagem e Rotulagem de
Substâncias Perigosas” (CCE, 1993)
apresenta as normas a serem aplicadas na
Comunidade Européia sobre rotulagem de
substâncias perigosas.
28
14
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Aumento significativo de processos sobre
rotulagem
MP cria grupo de trabalho multidisciplinar com a
responsabilidade de propor inicialmente modelo
de rotulagem que possibilitasse a manipulação
segura de substâncias químicas, complementado
posteriormente com modelo de ficha de
informação de segurança. Inicialmente a
solicitação visava apenas as misturas contendo
solventes orgânicos e foi posteriormente
ampliada para outros tipos de produtos
químicos.
29
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
30
15
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Composição do grupo de trabalho instituído em 1997
Arline Sydneia Abel Arcuri1; Cleide Lopes2; Esther M.O. Archer
Camargo Andrade3; Luíza Maria Nunes Cardoso 4; Magda Andreotti5;
Neli Pires Magnanelli6
31
Participação em encontros
internacionais
Entre 1998 e 2001
Participação brasileira
(FUNDACENTRO e MTE) em reuniões
do Grupo de Trabalho de
Comunicações de Risco / GHS (WGHS
– Working Group Hazard
Comunication) coordenado pela OIT
32
16
Norma ABNT 14725 jul 2001
ABNT elabora “Ficha de informações de
segurança de produtos químicos – FISPQ”
Para atender demanda das indústrias
pressionadas pelo Ministério Público para
elaboração de fichas e rótulo.
Norma sofreu algumas revisões
Conteúdo do GHS foi traduzido, adaptado e
está distribuído em 5 normas
Disponível pelo convenio entre ABIQUIM e
ABNT
http://www.abntcatalogo.com.br/abiquim/ 33
34
17
GHS
aprovação
O GHS foi formalmente aprovado pelo
Comitê Econômico e Social da
Organização das Nações
Unidas, em 2003
35
O que é o GHS ?
Globally Harmonized System for Classification
and Labeling of Chemicals
36
18
O que é o GHS ?
Uma abordagem de fácil
compreensão e sistematizada para
definição e Classificação de perigos
de produtos químicos e para
Comunicação desses, através de
Rótulos e Fichas de dados de
segurança (SDS).
37
O que é o GHS ?
Fornece ainda a
infraestrutura básica para
o estabelecimento de
programas nacionais de
segurança química
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19
Porque o GHS é necessário?
Nenhum país tem a capacidade de
identificar e regular detalhadamente
o risco de cada produto químico
39
Porque? (cont.)
40
20
Porque? (cont.)
Países que possuem sistemas nacionais
tinham exigências diferentes para a
classificação de risco, bem como as
informações a serem incluídas no
rótulo ou na ficha de informações de
segurança.
41
42
21
Exemplo das Diferenças
Exemplo de Classificações para Toxicidade
Substância com Toxicidade Oral Aguda LD50 = 257 mg/kg
Porque? (cont.)
Estas diferenças impactam tanto na
proteção como no comércio.
44
22
Porque? (cont.)
Na área do comércio, a necessidade de
cumprir com múltiplos regulamentos
referentes à classificação e rotulagem é
onerosa
45
Objetivo do GHS
O objetivo principal do sistema
de classificação e comunicação
dos perigos (hazards) é fornecer
informações para proteção da
saúde humana e do meio
ambiente.
46
23
Públicos Alvo
Os públicos-alvo abrangem,
especialmente:
trabalhadores nos locais de
trabalho,
consumidores,
trabalhadores no transporte, e
pessoal de emergência.
47
Benefícios da Harmonização
– Países, organismos internacionais, fabricantes de
produtos químicos e usuários se beneficiarão deste
sistema harmonizado
• Aumento da proteção para os seres humanos e ao meio
ambiente.
• Facilitação para o comércio internacional de produtos
químicos.
• Redução da necessidade de testes e avaliações.
• Serve de plataforma aos países e aos organismos
internacionais na garantia da gestão segura de
produtos químicos.
24
Princípios da Harmonização
As proteções não foram reduzidas;
• O entendimento (comprehensibility) é uma questão
essencial.
49
GHS : aplicação
Aplicação: Produtos químicos (substâncias químicas
puras, suas soluções diluídas ou misturas de
substâncias químicas elaborados por processos
químicos em laboratório ou indústria)
Não se aplica a:
• Minerais e biomassa não processados quimicamente.
• Substâncias intermediárias não isoladas.
• Produtos destinadas ao utilizador final (exposição
intencional)
– Medicamentos
– Medicamentos veterinários
– Produtos cosméticos e higiene pessoal
– Dispositivos médicos (contendo produtos químicos)
– Gêneros alimentícios
– Aditivos alimentares
• Substâncias ou produtos radioativos
50
25
GHS : aplicação
Fármacos, aditivos em alimentos,
cosméticos e resíduos de pesticidas em
alimentos não estão abrangidos em
termos de rotulagem do ponto de vista
de ingestão intencional, mas podem ser
abrangidos onde trabalhadores
estejam expostos nos locais de
trabalho e no transporte.
51
Texto final
O Documento do GHS junta o
trabalho técnico elaborado
com informações explicativas
no chamado
“Livro Púrpura”
1ª edição em 2005
Revisões a cada 2 anos (2007,
2009, 2011, 2013, 2015 e 2017)
52
26
GHS
Revisão 7
2017
53
7ª edição
Revisão dos critérios para classificação de Gases
Inflamáveis na categoria 1;
Alteração nas definições de algumas classes de risco para a
saúde a fim de melhor clareza em tais interpretações;
Orientação adicional para ampliar a cobertura da seção 14
das SDS/FISPQ para todas as cargas a granel
transportadas sob instrumentos da International Maritime
Organisation (IMO), independentemente do seu estado
físico;
Frases de precaução (Frases P) revisadas no Anexo 3;
E um novo exemplo para a rotulagem de pequenas
embalagens com rótulos dobráveis, no Anexo 7.
27
Documento GHS (Livro Púrpura)
Parte 1 Introdução e 5 Cap.
Comunicação de Perigos
(Símbolos e ficha de dados de segurança)
Anexos
Anexo 1 – Tabela resumo sobre a classificação e rotulagem
Anexo 2 – Reservado
Anexo 3 – Codificação das Frases de Perigo; codificação e uso
das frases de Precaução; codificação dos pictogramas de perigo
e exemplos de pictogramas de precaução
Anexo 4 - Diretrizes sobre a preparação de Ficha de Dados
de Segurança de Produto Químico (FDS)
Anexo 5 - Rotulagem de produtos para o consumidor
baseada na probabilidade de danos à saúde.
Anexo 6 - Metodologia de avaliação de compreensibilidade dos
instrumentos de comunicação de perigo
Anexo 7 - Exemplos de distribuição dos elementos do GHS
nos rótulos
Anexo 8 - Exemplo de classificação segundo o Sistema
Globalmente Harmonizado
Anexo 9 - Diretrizes sobre os perigos para o ambiente
aquático
Anexo 10 - Diretrizes sobre a transformação/dissolução de
metais e compostos metálicos em meio aquoso
56
28
Elementos do GHS
Sistema de Classificação quanto aos perigos
- físicos (incêndio, explosão, reatividade)
- à saúde humana
- ao meio ambiente
57
58
29
Classificação segundo o GHS
1.3.2.2.2 A classificação de perigos inclui apenas
3 etapas, ou seja
(a)identificação de dados relevantes sobre os
perigos de uma substância ou mistura;
(b)subseqüente revisão de tais dados para
comprovar os perigos associados com as
substâncias ou misturas
(c) decisão sobre se a substância ou mistura
será classificada como substância ou
mistura perigosa e o grau de perigo, sempre
que apropriado, por comparação dos dados com
os critérios de classificação de perigo acordados.
59
30
O QUE É PRODUTO QUÍMICO
PERIGOSO?
Produto químico quem tem o potencial de
causar danos e que tenha sido classificado
como tal a partir de critérios previamente
definidos e dados obtidos em ensaios
específicos.
61
Gases oxidantes 1
Líquidos inflamáveis 1 2 3 4
Sólidos inflamáveis 1 2
31
GHS: Perigos físicos
CLASSES CATEGORIAS
Líquidos pirofóricos 1
Sólidos pirofóricos 1 2
Sólidos oxidantes 1 2 3 4
Peróxidos orgânicos A B CD E G
F
Corrosivos para metais 1
Explosivos “desensitized”
Exemplo:
Picrato de amônio seco ou com menos de
10% de água explosivo classe 1
Picrato de amônio molhado com pelo
menos 10% de água, em massa
explosivo “desensitized”
64
32
GHS - Perigos à saúde humana
CLASSES CATEGORIAS
Toxicidade aguda 1 2 3 4 5
65
CLASSES CATEGORIAS
66
33
GHS - Perigos ao meio
ambiente
Classificação: Perigos ao meio ambiente
CLASSES CATEGORIAS
67
Contaminantes ou impurezas
68
34
Limites de concentração de contaminantes
para classes de perigo à saúde [cut off
values]
Classe de perigo Concentração
Toxicidade aguda ≥1%
Corrosão / irritação da pele ≥1%
Lesões oculares grave s/ irritação ocular ≥1%
Sensibilizante respiratório ≥ 0,1 %
Sensibilizante da pele ≥ 0,1 %
Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 1 ≥ 0,1 %
Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 2 ≥1%
Carcinogenicidade ≥ 0,1 %
Toxicidade à reprodução ≥ 0,1 %
Toxicidade para órgãos-alvo específicos- ≥1%
Exposição única
Toxicidade para órgãos-alvo específicos- ≥1%
Exposição repetida
69
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos
ingredientes da mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal
words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary statement)
e pictogramas de precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS)
corresponde ao FISPQ
70
35
Identificação do Produto ou Identidade
Química
A identificação do produto utilizada no rótulo deve coincidir com a
usada na SDS
71
Declaração de ingredientes
Substâncias:
– Identidade química (conforme determinado pela
IUPAC, ISO, CAS ou nome técnico)
Misturas
– Identidades químicas de todos os ingredientes que
contribuem para:
• Toxicidade aguda,
• Corrosão da pele ou dos olhos,
• Mutagenicidade,
• Carcinogenicidade
• Toxicidade reprodutiva,
• Sensibilização da pele ou respiratória,
• Toxicidade sistêmica em órgãos específicos.
72
36
Informações confidenciais
As autoridades nacionais competentes devem
criar mecanismos apropriados para
Confidencialidade das Informações”
Confidential Business Information - CBI)
As regras das autoridades competentes para
CBI têm precedência em relação ao GHS
para declaração de ingredientes
73
Informações confidenciais
(Confidential Business Information (CBI))
GHS 1.4.8.3
A proteção das informações confidenciais devem ser
consistentes com os seguintes princípios gerais:
(a) As informações confidencias devem se limitar aos
nomes das substâncias químicas e suas concentrações
nas misturas. Todas as outras informações devem ser
disponibilizadas conforme requeridas;
(b) O rótulo ou ficha de informação de segurança deve
indicar se há informação confidencial;
(c) As CBI devem ser disponibilizadas às autoridades
competentes se requeridas. A autoridade competente
deve proteger a confidencialidade da informação de
acordo com a lei e a prática aplicável;
74
37
Informações confidenciais
(Confidential Business Information (CBI))
(d) Em uma emergência médica a informação
deve ser fornecida
(e) Em situações de não emergência as
informações devem ser dadas aos
profissionais de SST, se forem dadas
justificativas convincentes
(f) Se a informação for negada os produtores
ou empregadores devem justificar muito bem
o motivo da negação
75
76
38
Pictogramas do Transporte utilizados no GHS
77
Pictogramas do GHS
Meio ambiente
Corrosão
Ponto de
Chama exclamação
78
39
Pictogramas do GHS
Toxicidade aguda
(severa)
•Carcinogênico •Perigoso ao meio ambiente
•Mutagênico
•Tóxico à
reprodução
•Inflamáveis •Sensibilizante
•Autorreagentes respiratório
•Pirofóricos •Tóxico sistêmico
•Combustão para certos
•Toxicidade aguda
espontânea órgãos alvos •Corrosivos
(moderada)
•Emitem gases •Irritante
inflamáveis •Sensibilizante à
pele
•Explosivos
•Autorreagentes •Gases sob pressão
•Peróxidos orgânicos
•Oxidantes
•Peróxidos orgânicos
79
Pictograma
Borda
Cor
Símbolo
Fundo
80
40
Classificação para líquidos
inflamáveis
Categoria Critério
1 Ponto de fulgor < 23°C (73°F) e ponto inicial de ebulição ≤ 35°C (95°F)
81
82
41
Pictogramas para diferentes classes de perigos á saúde
Atenção
Perigo
3 Irritação/Graves Danos Oculares 1 2A 2B
Atenção
Perigo Atenção
4 Sensibilização Respiratória 1
Perigo
5 Sensibilização cutânea 1
Atenção
83
Perigo Atenção
42
Classificação para toxicidade aguda
Toxicidade Categoria Categoria Categoria Categoria Categoria
aguda 1 2 3 4 5
Oral ≤5 >5 > 50 > 300 Critério:
• DL 50
(mg/kg) ≤ 50 ≤ 300 ≤ 2000 antecipada entre
2000 e 5000
Dermal ≤ 50 > 50 > 200 > 1000 mg/kg;
(mg/kg) ≤ 200 ≤ 1000 ≤ 2000 • Indicação de
efeito
Gases ≤ 100 > 100 > 500 > 2500 significante em
humanos;*
(ppm) ≤ 500 ≤ 2500 ≤ 20000 • Qualquer
mortalidade na
Vapores ≤ 0.5 > 0.5 > 2.0 > 10 classe 4;*
(mg/l) ≤ 2.0 ≤ 10 ≤ 20 • Sinais clínicos
significantes na
Poeiras e ≤ 0.05 > 0.05 > 2.0 > 1.0 classe 4;*
• Indicação para
névoas (mg/l) ≤ 0.5 ≤ 10 ≤5 outros estudos.*
*Se não se
justifica a
atribuição para
uma classe mais
perigosa.
http://www2.unitar.org/cwm/publications/cw/ghs/GHS_Companion_Guide_final_June2012_EN.pdf
85
Categoria 1 2 3 4 5
Palavra de
Perigo Perigo Perigo Atenção Atenção
advertência
H333
H330 H330 H331 H332
Frase de Pode ser
perigo Mortal por Mortal por Tóxico por Nocivo por
nocivo por
inalação inalação inalação inalação
inalação
Frases de P260 P260
precaução: P261 P261
P271 P271
- prevenção P271 P271
P284 P284
P304 +P340 P304 +P340 P304 +P340 P304 +P340
- resposta a
emergências P310 P310 P311 P312 P304 + P312
P320 P320 P321
- armazena- P403+P233 P403+P233 P403+P233
mento P405 P405 P405
- disposição P501 P501 P501
43
Tabela D. 19 – Toxicidade aguda - Inalação
Categoria 1 2 3 4 5
Pictograma Não exigido
87
ATENÇÃO
PERIGO
CUIDADO
88
44
Frases de perigo (hazard statements)
“frase de perigo harmonizada para cada
categoria de perigo dentro de cada classe de
perigo”
Por exemplo: Tóxico agudo oral
Categoria 1: “Fatal se ingerido” H300
Categoria 2: “Fatal se ingerido” H300
Categoria 3: “Tóxico se ingerido” H301
Categoria 4: “Nocivo se ingerido” H302
Categoria 5: “Pode ser nocivo se ingerido” H303
89
90
45
Classificação: classe/categoria de perigo + frase H
Ex. Glutaraldeído
Classe / Frases de Perigo
Categoria
Tóxico Agudo 3 * H331 – Tóxico por inalação.
Tóxico Agudo 3 * H301 – Tóxico por ingestão.
Corr. Pele 1B H314 – Provoca queimaduras na pele
e lesões oculares graves.
Sens. Resp. 1 H334 – Quando inalado pode
provocar sintomas alérgicos, de asma
ou dificuldades respiratórias.
Sens. Pele 1 H317 – Pode provocar reações
alérgicas na pele.
Tox.aq. aguda 1 H400 – Muito tóxico para
organismos aquáticos. 91
Classificação do Glutaraldeído 2%
92
46
Frases de precaução
Medidas recomendadas que devem ser
tomadas para minimizar ou prevenir
efeitos adversos resultantes da
exposição, da armazenagem
inapropriada ou do manuseio de
produto perigoso.
Listadas na seção 2 do anexo 3 do livro
púrpura.
93
Frases de precaução
As frase de precaução seguem uma código alfanumérico
que consiste de uma letra e de três números como
segue:
(a) A letra P (para frase de precaução)
(b) Um número que designa o tipo de frase de precaução:
(a) “1” para frases de precaução geral
(b) “2” para frases de precaução para prevenção
(c) “3” para frases de respostas
(d) “4” para frases de armazenamento
(e) “5” para frases de descarte
(c) Dois números (que correspondem a seqüência numérica
das frases
94
47
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.1 codificação para frases de precaução
geral
Código Frases de Classe de Categoria Condições
precaução perigo de perigo para o uso
geral
P101 Se assistência Como Produtos aos
médica for apropriado consumidores
necessária,
tenha a
embalagem ou
o rótulo do
produto á mão
P102 Mantenha Como Produtos aos
longe do apropriado consumidores
alcance das
crianças
P103 Leia o rótulo Como Produtos aos
antes de usar apropriado consumidores
95
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.2 codificação para frases de precaução
para prevenção
Código Frases de precaução Classe de perigo Categoria de Condições para o uso
para prevenção perigo
P202 Não manuseie até que Explosivos (Capítulo 2.1) Explosivo instável
todas as medidas de
Mutagenicidade de células IA, IB, 2
precaução sejam lidas
germinativas (Capítulo 3.5)
e entendidas
Carcinogenicidade (Capítulo 3.60 IA, IB, 2
96
48
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.2 codificação para frases de respostas
Código Frases de Classe de perigo Categoria de Condições para o
respostas perigo uso
P301 Se inalado: Toxicidade aguda 1, 2, 3, 4
oral(Capítulo 3.1)
Corrosão da pele (Capítulo 1A, 1B, IC
3.2)
Perigo de 1, 2
aspiração(Capítulo 3.10)
P302 Se cair sobre a Pirofórico líquido (Capítulo 1
pele: 2.9)
Toxicidade aguda, dermal I, 2, 3, 4
(Capítulo 3.1)
Irritação da pele (Capítulo 2
3.2)
Sensibilização da pele 1, 1A, 1B
(Capítulo 3.4)
P303 Se cair sobre a Líquidos inflamáveis 1, 2, 3
pele ou cabelo: (Capítulo 2.6)
Corrosão da pele (Capítulo 1A, 1B. 1C
3.2)
97
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.2 codificação para frases de
armazenamento
Código Frases de Classe de perigo Categoria de Condições
armazenamento perigo para o uso
P401 Armazenar Explosivos (Capítulo Explosivos ...de acordo
com as
2.1) instáveis e
regulamentaçõe
divisões 1.1,
s locais,
1.2, 1.3, 1.4, regionais,
1.5 nacionais,
internacionais
(a ser
especificado)
98
49
Pictogramas de precaução
99
Atenção!!!
100
50
Perigos não relacionados à classificação
102
51
Comunicação de Perigos (e
riscos no uso indicado) de
produtos químicos:
• rótulos e
• ficha de dados de
segurança (equivalentes à
FISPQ)
103
104
52
Apresentação da informação
no rótulo
Os pictogramas, palavras de advertência, frases de
perigo do GHS devem ser localizadas juntas no rótulo.
105
106
53
Transport
Information
Company/Branding Information GHS Label §1.4.10.5.4.1
§1.4.10.5.2(d)(i)
Commercial Information
PRODUCT ABC
Manufactured by
Company XYZ
GHS Product Identifier (§1.4.10.5.2(d)(i))
[GHS Chemical Identities (§1.4.10.5.2(d)(ii))]
Product Information/Use Instructions GHS Signal Word (§1.4.10.5.2(a))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Hazard Statement (§1.4.10.5.2(b))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Hazard Statement (§1.4.10.5.2(b))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Supplier Identifier (§1.4.10.5.2(e))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Supplemental Information (§1.4.6.3)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX UNXXXX & Proper
Shipping Name
Rotulagem GHS
CLOREX
Rua X no. xxx
30.000 Belo Horizonte
Brasil
(31)3 203 97 50
Prevençao
Não inale os vapores/aerossóis.
Use luvas de proteção e proteção ocular
Resposta a emergëncia
P301 + P330 + P331 EM CASO DE INGESTÃO: Enxague a boca. NÃO provoque vômito.
P303 + P361 + P353 EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Retire imediatamente toda a roupa
contaminada. Enxágue a pele com água/tome uma ducha.
P304 + P341 EM CASO DE INALAÇÃO: Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em
repouso numa posição que não dificulte a respiração.
P305 + P351 + P338 EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: Enxague cuidadosamente com água
durante vários minutos. No caso de uso de lentes de contato, remova-as, se for fácil. Continue
enxaguando.
Contate imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.
Armazenamento
P 405 Armazene em local fechado à chave.
108
54
Rotulagem GHS
CLOREX
Rua X no. xxx
30.000 Belo Horizonte
Brasil
(31)3 203 97 50
Prevençao
Lave as mãos cuidadosamente após manuseio.
Use luvas de proteção e proteção ocular.
Resposta a emergëncia
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lave com água e sabão em abundância.
Em caso de irritação cutânea: Consulte um médico.
Retire a roupa contaminada e lave-a antes de usá-la novamente.
109
110
55
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422013000800028
111
– formato e conteúdo
112
56
Ficha de dados de segurança (FDS)
Ordem que a informação deverá ser apresentada na
seguinte:
1. Identificação do produto e da 9. Propriedades físico-químicas
empresa fornecedora ou fabricante 10. Estabilidade e reatividade
2. Identificação de danos à saúde e
11. Informação toxicológica
meio ambiente (hazard(s)
identification) 12. Informações relativas ao meio
3. Composição / informação sobre os ambiente - ecotoxicológica
componentes 13. Considerações sobre
4. Primeiros socorros disposição/descarte
5.Medidas de combate a incêndios 14. Informação relativa ao
6.Medidas que devem ser tomadas em transporte
caso derramamentos ou vazamentos 15. Informação sobre
7. Manuseio e armazenamento regulamentação
8. Controles da exposição / proteção 16. Outras informações
individual
Detalhes sobre o que deve conter cada um destes itens podem ser encontrados em:
http://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_rev01/English/08e_annex4.pdf 113
O Sub-Comitê do GHS
O Sub-Comitê de Especialistas para a Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos (UN SCE GHS) é o
responsável pelo Sistema Harmonizado.
A adoção formal, implementação e manutenção do GHS se
enquadram no escopo de suas responsabilidades.
114
57
Responsabilidades do Sub-Comitê
Órgão responsável por todos os aspectos do GHS
Pode delegar trabalhos técnicos e outros trabalhos
• Perigos Físicos: TDG
- Perigos ao meio ambiente e saúde: OECD
- Capacitação e apoio para a implementação: UNITAR
115
UN ECOSOC
PARENT COMMITTEE
SUB-COMMITTEE SUB-COMMITTEE
ON GHS ON TDG
116
58
United Nations
International Economic
Security General Trusteeship UN
Court of & Social
Council Assembly Council Secretariat
Justice Council
UN SCE UN SCE
GHS TDG
117
118
59
Classification and Labelling
GHS
Benzene
Aparecem todas as informações sobre a
classificação e a rotulagem
119
Outra fonte
http://gestis-
en.itrust.de/nxt/gateway.dll/gestis_en/000000.xml?f=templates$fn=defa
ult.htm$vid=gestiseng:sdbeng$3.0
120
60
No Brasil a ABNT aprovou 4 normas relacionadas ao
tema que estão disponíveis na página da entidade para
cópia gratuita.
Apresentações
Esta exposição foi baseada em
apresentações preparadas por:
• Roque Puiatti
• Neli Pires Magnanelli
• Gilmar da Cunha Trivelato
• Apresentações em eventos internacionais
122
61
Obrigada pela
atenção
arline@fundacentro.gov.br
123
62
Curso Segurança Química para
Agentes Estratégicos
Nanotecnologia
Brasília
15 setembro de 2017
O que é nanotecnologia?
Há várias definições de nanotecnologia. Uma
delas considera a nanotecnologia como o
desenvolvimento da pesquisa e a tecnologia em
nível atômico, molecular e macromolecular, em
um escala de aproximadamente 1-100
nanômetros, para a produção de
conhecimentos fundamentais dos fenômenos e
dos materiais em nanoescala, com isto
possibilitando a criação e o uso de estruturas,
dispositivos e sistemas com novas
propriedades e funções devido a estes
tamanhos.
www.nsf.gov/crssprgm/nano/reports/omb_nifty50.jsp
1
Para o Grupo Técnico da ISO 229
O conceito de nanotecnologia inclui um ou ambos do
que se segue:
Compreensão e controle da matéria e processos em
nanoescala, normalmente, mas não exclusivamente,
abaixo de 100 nanômetros em uma ou mais
dimensões, onde o aparecimento de fenômenos
dependentes do tamanho geralmente permite novas
aplicações,
Utilização das propriedades dos materiais em
escala nano que diferem das propriedades de
átomos individuais, moléculas e da matéria em
escala maior, para criar os melhores materiais,
dispositivos e sistemas que exploram essas novas
propriedades.
Nanotecnologia
anunciada como uma nova revolução
tecnológica, mas tão profunda que irá
atingir todos os aspectos da sociedade
humana.
2
FORÇAS TÉCNOLÓGICAS REVOLUCIONÁRIAS
Os ciclos da Química
Maturidade Maturidade Maturidade Maturidade
3
Atualmente 4ª revolução
industrial
1ª 3ª 4ª
• Era da inteligência
Máquina a vapor
Eletrônica e
artificial, dos
2ª informática robôs, da impressão
Permitiu:
Eletricidade • Permitiu: 3D, da internet das
mecanização;
coisas, e,
energia hidráulica; Permitiu: • Desenvolviment sobretudo, da
novas ferramentas o da nanotecnologia
Criação de linha
computação e • Permite:
de montagem
automação • Internet das coisas
• Computação em
nuvem
• Industria 4.0
http://www.group-promotion.com/industria-4- http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/60/materia/46
0/industria-4-0/ 7815/t/a-quarta-revolucao-industrial
Nanômetro?
4
Comparando os tamanhos
A distância entre
São Paulo e Porto
Velho, em linha
reta, é de ~ 3000
km
3000 km = 3 000
000 metros (3
~ 3000 km milhões de metros)
3 milhões de
metros =
3 bilhões de
milímetros
Comparando os tamanhos
Um pulga tem cerca de 3
milímetros
O que é uma pulga
comparada a toda a
distância entre São Paulo
e Porto Velho?
Esta é a mesma
comparação do tamanho
de 1 nanômetro com o 3
metro!
Um nanômetro é uma
medida muito pequena!
10
5
Bolas
~ 200 mm
Borboletas
Comparando os tamanhos
~ 50 mm
1 metro
Fio de cabelo
50 – 100 µm
100 mm
Glóbulos vermelho
2 – 5 µm 10 mm
1 mm Formiga
5 mm
Cabeça de alfinete
Virus
15 – 150 nm 100 µm Pulga
1 – 2 mm
1 mm
10 µm
DNA largura
2 nm 1 µm
Bactérias
100 nm 150 nm – 10 µm
10 nm
Pontos quânticos
Átomo
0,1 nm 1 nm 10 a 50 átomos de
diâmetro - 1 a 5 nm de
raio
1 Å
Fulereno
Nanotubo de carbono
Nanotecnologia ou
Nanotecnologias?
Existem várias “ Nanotecnologias”:
As tecnologias que manipulam materiais em
tamanho nano são diferentes dependendo do
campo de aplicação: medicina, condutores,
informática, etc.
O que todas tem em comum é que envolvem
o estudo e a manipulação da matéria em uma
escala muito pequena, geralmente da ordem
de 1 a 100 nanômetros.
6
Odontologia
Nanomedicina
Embalagens
Produtos Indústria
esportivos Produção e alimentícia
distribuição
de energia
Cosméticos Aumento da
produtividade
Aeroespacial agricultura Comercio
Telecomunicação
Metalurgia
Defesa/guerra
Tecnologia da
informação
Construção Veterinária
civil Criação animal
Indústria
Nanoarte
têxtil
SST
Nanotecnologia
Importância do tamanho
7
Características básicas dos
nanomateriais
Reduzir o tamanho dos materiais até a
nanoescala pode ocasionar mudanças
significativas em suas propriedades.
Importância do tamanho
A área superficial é importante porque muitas
reações químicas envolvendo sólidos
acontecem na superfície, onde as ligações
químicas são incompletas.
8
Importância do tamanho
Aço é usado para fabricar panelas que
vão direto no fogo
Importância do tamanho
9
Relação entre o tamanho da partícula e
o área superficial
http://www.mobisenergy.com/catalystdesign.html
Este gráfico já
mostra que a
área começa a
aumentar
significativamente
abaixo de cerca
de 300
nanômetros
www.nanohorizons.com/AboutNanoTechnology.html
10
Importância do tamanho
Importância do tamanho
Estas características da matéria na
escala nanométrica são responsáveis
pela constatação de que nesta escala as
propriedades dos materiais e elementos
químicos se alteram drasticamente.
Apenas com a redução de tamanho e
sem alteração de substância,
verifica-se que os materiais
apresentam novas propriedades e
características.
11
Importância do Tamanho
O alumínio em escala nano entra em combustão
espontaneamente quando em contato com o
oxigênio.
Absorção de radiação solar em células
fotovoltaicas é muito maior em nanopartículas do
que em filmes finos formados por lâminas de
material em escala maior. Como as nanopartículas
são menores elas absorvem quantidade maior de
radiação solar.
O ouro muda de cor em vários níveis nano. Muda
até seu ponto de fusão. Em escala macro ele funde
a 1064ºC, dividido em partículas de 5 nm ele pode
fundir a cerca de 830°C, enquanto partículas de
cerca de 2 nm pode ficar líquidas a 350°C .
12
Importância do Tamanho
Diferentes tamanhos de partículas coloidais de ouro
Exemplo de
variação de cor
obtida em
suspensões com
nanopartículas de
ouro de diferentes
Coeficiente de extinção
dimensões.
Comprimento de onda
htpp://divulgação.dmc.fct.unl.pt/Nanosaude.pdf
https://thetechnologythesaurus.wordpress.com/
Além do Tamanho
Além do tamanho há vários outros aspectos que são importantes para a
determinação das propriedades dos materiais em escala nano,
especialmente com relação às nanopartículas:
Tamanho e distribuição de tamanho; Forma;
Estado de aglomeração; Biopersistência, durabilidade e solubilidade (em
água e em gordura);
Área superficial,
Porosidade (pós porosos possuem área superficial muito maior do que os
não porosos);
Química da superfície, incluindo sua: composição, energia superficial,
molhabilidade, carga, reatividade, espécies adsorvidas, contaminação.
Possível modificação na cobertura da partícula também é citada por
alguns autores
Contaminantes ou traços de impurezas;
Composição química, incluindo dispersão da composição;
Propriedades físicas: tais como densidade, condutividade. Alguns artigos
incluem: dureza, deformabilidade;
Estrutura cristalina.
13
Exemplos do Carbono
Formas Conhecidas
Diamante
Grafite
Negro de
fumo
Exemplos do Carbono
Nanomateriais engenheirados/manufaturados
Fulerenos
14
Exemplos do Carbono
Nanomateriais engenheirados/manufaturados
Grafeno
Se comparada ao aço,
ele é seis vezes mais
leves, cinco a seis vezes
menos densas, duas
vezes mais duras, possui
10 vezes mais resistência
à tensão e 13 vezes
maior rigidez à flexão
Espuma de carbono
Ilhas de átomos de carbono
tipicamente entre 6 a 9 nm
são interconectadas
aleatoriamente formando
estruturas tridimensional
muito leves, sólidas e Espuma de carbono apoiada
esponjosas, que podem agir sobre flor conhecida como
como semicondutoras. “Cabeça de Leão”. Foto:
Reuters
Exemplos do Carbono
Nanomateriais engenheirados/manufaturados
Nanofibra de carbono
15
Alteração de propriedades
pode incluir mudança de:
• Cor,
• Solubilidade,
• Resistência do material,
• Condutividade elétrica,
• Comportamento magnético,
• Mobilidade (no corpo humano e no ambiente),
• Propriedades físico químicas como ponto de fusão
• Reatividade química e
• Atividade biológica, entre outras alterações.
Tudo isto vai depender das
características das nanopartículas
31
Preocupação
Desta forma:
16
Preocupação
Um material que pode ser considerado
“seguro” para ser manuseado em tamanho
maior, pode com mais facilidade:
• penetrar na pele na forma de
nanopartícula ou
• se tornar um aerossol e entrar no
organismo via respiratória.
17
Impactos á Saúde, especialmente dos
Trabalhadores e Meio Ambiente
Estudos epidemiológicos
mostram uma correlação
significativa entre a
mortalidade devido a
doenças
cardiorrespiratórias e a
concentração de
partículas de dimensões
nanométricas presentes
em situações de poluição
do ar.
http://www.lbl.gov/msd/msd_safety/assets/ASSE%20Introduction%20to%20NanotoxicologyFinalSmall.pdf
18
Poluição do ar desde 2013 considerada
reconhecidamente cancerígena para humanos
A poluição do ar
externo a que esta
agência da OMS
refere-se diz
respeito às partículas
em suspensão no ar,
que são o componente
principal desta
poluição.
www.oncoclinica,com.br/artigos.php?id=106#.VTZ1XuOEvnV
Efeitos Cardiovasculares de
Nanopartículas
Na últimas décadas estudos epidemiológicos e
toxicológicos forneceram evidencia que níveis
elevados de material particulado no ar ambiente
poluído estão associados com aumento da morbidade
e mortalidade por problemas cardiovasculares.
Vários fatores de risco de doenças cardiovasculares,
por exemplo: elevação da freqüência cardíaca,
diminuição da variabilidade da freqüência cardíaca,
vasoconstrição arterial, pressão arterial sistólica
aumentada, e aumento da viscosidade plasmática
foram associadas com a exposição à partículas no
ambiente.
Estas alterações podem resultar em conseqüências
negativas para a função cardíaca, especialmente em
pacientes com doença cardíaca isquêmica, arritmias
cardíacas e insuficiência cardíaca congestiva
http://www.akpf.org/health2009/data/Health-VERT-2009/ETH-Healt_effects/2004/Presentations/Schulz.pdf
19
Nanotoxicologia?
Toxicologia dos nanomateriais ou
Nanotoxicologia
Devido ao pequeno tamanho e grande
área superficial dos nanomateriais eles
tem propriedades únicas comparadas
com os mesmos materiais em escala
maior.
Nanotoxicologia?
Nanotoxicologia, então é uma sub-
especialidade da toxicologia.
Trata-se da toxicologia das nanopartículas
(partículas <100 nm) que aparentam ter
alguns efeitos tóxicos não usuais e
diferentes das partículas da mesma
substância, mas de tamanho maior.
20
Relação Exposição X Efeito
Depledge et al., 1993, modificado
Por Gil Ricardi, AFT/DRT/SP
Resposta do organismo
incurável Morte
doença
Curável
Não Compensação
IBE
Reversível Irreversível
Compensação
saudável
Homeostase Exposição
Padrões de Qualidade
incurável
Morte
doença
nanotoxicologia
Não Compensação
IBE
Reversível irreversível
Compensação
saudável
Homeostase Exposição
Padrões de Qualidade
21
Dúvidas na avaliação dos possíveis impactos à
segurança e saúde dos trabalhadores
Limites de exposição são baseados em massa de substância por
volume de ar.
Não são apropriados para nanomateriais onde a toxicidade depende
de vários outros fatores além da massa: tamanho e forma da
partícula, composição química, cristalinidade, propriedades
superficiais (área, porosidade, carga, modificações na superfície,
desagregação superficial), estado de aglomeração,
biopersistência, solubilidade e quantidade. (Oberdörster, G. “Biokinetics
and effects of nanoparticles”, in Simeonova, P. P. et al “Nanotecnology – toxicological Issues
and Environmental safety”,Springer,2006, 276pgs.
NIOSH
“Com base nos nossos estudos sobre
inalação pode-se inferir que os
trabalhadores sujeitos a exposição
de longa duração aos nanotubos de
carbono de parede simples na PEL
atual do grafite sintético, deverão
ter aumento de risco de danos
pulmonares”
http://www.lbl.gov/msd/msd_safety/assets/1.introduction_nanotoxicology.pdf
22
Exposição a nanotubo de carbono
Lesão
granulomatosa
resultantes da
exposição a ~ 20
dias de inalação
no limite de
exposição
permissível para
Anna Shvedova from NIOSH, 2005
grafite
http://dchas.org/phocadownload/Archival%20Technica
l%20Information/nano_symp_07/nano_occ_med.pdf
23
Como as nanopartículas são da mesma
escala de tamanho dos componentes
celulares típicos e das proteínas, tais
partículas são suspeitas de escapar
das defesas naturais do organismo
humano e pode levar a danos celulares
permanentes.
Vias de penetração
Respiração
– Depositam-se em todo o sistema respiratório
– Podem escapar de mecanismos de defesa
específicos
– Translocação (deslocamento) do pulmão para o
sistema circulatório
– Translocação pelo nervo olfativo e trigêmeo
Pele
– Através das células do extrato córneo
– Por entre as células do extrato córneo –
movimentação dos pulsos
– Folículo do cabelo
– Glândulas de suor
– Através da pele inflamada ou ferida
Ingestão
24
NANOTOXICOLOGIA?
Rotas confirmadas
Rotas potenciais
TRATO RESPIRATÓRIO
PELE TRATO GI
ROTAS DE ENTRADA Nasal traqueo alveolar
bronquial
Linfa
SNC
Sangue
(plaquetas/ Fígado
SNP
monócitos/
TRANSLOCAÇÃO E células endoteliais)
DISTRIBUIÇÃO
Linfa
25
Alguns estudos já
realizados
26
Novas abordagens além da
nanotoxicologia
Consequências da vigilância constante
27
Novas abordagens além da
nanotoxicologia
• Novas formas de relação de trabalho
• Ocupações extintas
• Surgimento de novas ocupações com
necessidade de maior formação
• Novas formas de produção:
impressoras 3D, robotização, etc.
• Novos materiais
28
Considerações a Serem Feitas
As nanotecnologias e os nanomateriais
estão trazendo novos desafios para a
compreensão e a gestão dos riscos
potenciais à saúde e segurança dos
trabalhadores e ao meio ambiente.
É necessária uma abordagem com idéias
mais abrangentes, por parte dos
profissionais da área de saúde, segurança
ocupacional e meio ambiente, dos tomadores
de decisão, dos pesquisadores, dos
empregadores e dos empregados, para evitar
os mesmos erros que foram cometidos no
passado.
Assim...
29
Fundacentro
Desenvolve desde 2007 projeto sobre
“Impactos das nanotecnologias na
saúde dos trabalhadores e no meio
ambiente”
Histórias em quadrinhos
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2011/8/nanotecnology-
transport-to-a-new-universe-hq1 - Inglês
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2011/8/nanotecnologia-
transporte-a-un-nuevo-universo-hq1 - Espanhol
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2012/9/nanotecnologia-o-
transporte-para-um-novo-universo - Português
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2011/9/nanotechnologies-
wonders-and-uncertainties-in-the-universe-of-chemistry-hq2 - Inglês
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2012/9/nanotecnologias-
maravilhas-y-incertidumbres-en-el-universo-de-la-quimica-hq2- - Espanhol
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2012/9/nanotecnologias-
maravilhas-e-incertezas-no-universo-da-quimica-hq2- - Português
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/3/nanotechnology-a-
universe-in-construction - Inglês
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/3/nanotecnologia-un-
universo-en-construccion - Espanhol
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2013/7/nanotecnologiaum-
universo-em-construcao-hq3 - Português
30
Histórias em quadrinhos
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/3/nanotechnology-in-
rural-areas-4 - Inglês
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2014/2/hq4-nanotecnoligia-no-
campo - Português
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/6/nanotecnologia-en-el-
campo - Espanhol
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-
digital/publicacao/detalhe/2017/5/hq-5-nanotecnologia-na-area-metalurgica -
Português
OBRIGADA!
http://www.fundacentro.gov.br/nanotecnologia/inicio
31