MR6120 NR7120 - Aula ML08 - 131 A 147 Temperabilidade

MR6120/NR7120 – Materiais Metálicos
LABORATÓRIO
Aula 8
•Temperabilidade.
•Relação com TTT, TRC e elementos de liga.
•Ensaio Jominy.

131
Prof. Taylor Mac Intyer Fonseca Jr. taylor@fei.edu.br
W:Engenharia/Mecânica/Taylor/MR6120 aula ML08
LIMITAÇÕES DOS AÇOS AO CARBONO
- Não podem ser temperados e revenidos para alta resistência
mecânica sem perda substancial da tenacidade e da dutilidade.
- Baixa temperabilidade (em peças grossas, é difícil conseguir
martensita em toda a seção. Para conseguir maior penetração da
têmpera, torna-se necessário resfriamento severo, que induz elevado
nível de tensões residuais, aumentando distorções, empenamento e
risco de trincas.
- Baixa usinabilidade (devido ao cavaco contínuo).
- Baixa resistência ao impacto a baixas temperaturas.
- Baixas resistência à corrosão e à oxidação.
Para contornar essas deficiências adiciona-se elementos de liga ao aço.
Conseqüência: MAIOR CUSTO !
No entanto, em muitas aplicações, os aços ligados são os únicos

materiais de engenharia que satisfazem as exigências.
132
EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA
SOBRE O DIAGRAMA Fe-Fe3C
Elementos de liga denominados GAMAGÊNICOS:
promovem abaixamento da zona crítica  São eles: Mn, Ni, Co e N
Conseqüência: aço austenítico à temperatura ambiente
Elementos de liga denominados ALFAGÊNICOS:

promovem elevação da zona crítica  Exemplos: Si, Cr, Mo, W, V, Nb, etc.
Conseqüência: elevada temperatura de têmpera dos aços ligados
Além disso, todos elementos de liga

comumente utilizados nos aços
deslocam o ponto eutetóide (E) para a
esquerda, ou seja, para menores teores
de carbono.

133
TEMPERABILIDADE
PROBLEMA: Como obter uma estrutura martensítica por toda a

extensão da engrenagem, uma vez que o núcleo (ponto 4) não terá a
mesma taxa de resfriamento da superfície (ponto 1)?

134
TEMPERABILIDADE
SOLUÇÃO: Desencavalar as curvas TRC e de resfriamento!
1. Deslocar para a esquerda as curvas de resfriamento.
Mudar: - o meio de resfriamento (salmoura, água, óleo,

solução de polímeros, ar soprado, etc.)
- a agitação do meio
- o diâmetro da peça
2. Deslocar para a direita a curva TRC

Selecionar aço com maior TEMPERABILIDADE
“CAPACIDADE DO MATERIAL DE OBTER MARTENSITA

QUANDO DO RESFRIAMENTO DO ESTADO AUSTENITIZADO”.

135
TEMPERABILIDADE
Os fatores que aumentam a temperabilidade são aqueles que deslocam para a

direita a curva TRC (afastam a curva do eixo da temperatura) aumentando a
distância “d”.
São os seguintes:
 %C em solução sólida na austenita
 %Elemento de Liga em solução
sólida na austenita
 Tamanho de grão austenítico
 Homogeneidade da austenita
 Temperatura de austenitização

136
TEMPERABILIDADE
Influência da %C
O aumento na %C afasta as curvas de início de transformação da austenita do

eixo das ordenadas (temperatura). Com isso a dificuldade de formar ferrita,
perlita e bainita aumenta, aumentando o tempo de resfriamento para obtenção
de martensita.

137
TEMPERABILIDADE
Influência dos elementos de liga
ABNT 4140
A presença de elementos de liga

dissolvidos na austenita deslocam os
campos de formação de Ferrita e
Perlita de forma mais acentuada,
deixando o campo de formação da
bainita mais proeminente.
Outra consequência é o abaixamento
da faixa de formação de martensita
(Mi e Mf). A exceção são o cobalto e
o alumínio.

138
TEMPERABILIDADE
Influência do tamanho de grão austenítico
ABNT 1040: TAUST=1600oF, G=8 ABNT 1040: TAUST=2000oF, G=5
Quanto maior o tamanho de grão, menor a área de contornos de grão, ou seja,

menos locais onde tem início a transformação da austenita em fases por
difusão. Com isso a dificuldade de formar ferrita, perlita e bainita aumenta,
aumentando o tempo de resfriamento para obtenção de martensita.
139
TEMPERABILIDADE
Efeito da %C em solução sólida na austenita
sobre a posição da faixa de formação
da martensita (linhas Mi e Mf)
  Martensita
Austenita Agulhas de
Retida Martensita

140
TEMPERABILIDADE
Transformação incompleta da austenita gera
heterogeinidade da microestrutura

141
ENSAIO JOMINY
Determinação da temperabilidade do aço
Norma: NBR 6339

142
ENSAIO JOMINY
Microestrutura e perfil de dureza
Faixa de dureza esperada

(curvas máxima e mínima)
no ensaio de temperabilidade
do aço ABNT 8640

143
ENSAIO JOMINY
Microestrutura e perfil de dureza

144
ENSAIO JOMINY
Efeito dos elementos de liga sobre a temperabilidade
de aços com o mesmo teor de carbono

145
ENSAIO JOMINY
Efeito da %C sobre a temperabilidade
de aços com os mesmos elementos de liga

146
ENSAIO JOMINY
ATIVIDADE PRÁTICA: levantamento da curva Jominy

do aço ABNT 8620

147

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Elementos de liga denominados ALFAGÊNICOS:

Além disso, todos elementos de liga

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1. Deslocar para a esquerda as curvas de resfriamento.

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