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de venda de sentenças na Bahia
Expoentes do agronegócio são a face menos falada do
esquema de venda de sentenças na Bahia
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5/26/2020 Expoentes do agronegócio são a face menos falada do esquema de venda de sentenças na Bahia - De Olho nos Ruralistas
poderosos fazendeiros no Matopiba, região que engloba áreas de Cerrado entre
os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a última fronteira
agrícola do Brasil.
Os latifundiários, no entanto, não receberam atenção dos grandes veículos de Últimas reportagens
imprensa. Luiz Ricardi, Walter Horita e Paulo Mizote são donos de grandes terras e
juntos formam uma espécie de “velha guarda” do agronegócio no oeste baiano. Damares diz ter feito ação
sigilosa com generais para
A tentativa de grilagem de mais de 366 mil hectares da fazenda São José, em apurar “contaminação
Formosa do Rio Preto, é mais um episódio de uma antiga disputa por terras na criminosa” de indígenas
região. Esses fazendeiros migraram para o nordeste ainda na década de 80 vindos, 25/05/2020 - 0
em especial, do Paraná. Era a segunda fase do Programa Nipo-Brasileiro para
Desenvolvimento do Cerrado, o Prodecer II, um pacote de incentivos executado
Em carta aberta, industriais
pela ditadura militar em parceria com o governo do Japão que levou à explosão da paraenses apoiam o “passar
concentração fundiária na região, gerando alguns dos maiores latifúndios do país. a boiada” de Ricardo Salles
25/05/2020 - 0
A luta por terras no oeste baiano envolve casos de pistolagem e violência contra os
geraizeiros, descendentes de indígenas e quilombolas que habitam a região há
séculos. Ali, a atuação de milícias rurais é constante, tal como aportes de milhões Silvio Santos obteve 70 mil
hectares no Araguaia em
de reais e dólares para a compra e venda de latifúndios. Enquanto isso, o Cerrado
1972, durante governo
da região agoniza. Neste ponto do Matopiba, o desmatamento ilegal e outros
Médici
crimes ambientais são recorrentes.
24/05/2020 - 0
Ele é sócio da JJF Holding, de capital avaliado em pouco mais de R$ 700 milhões de
acordo com a Receita Federal. Essa é a empresa que recebeu a posse da área
grilada na fazenda São José. Dias é acusado de associar-se a Adaílton Maturino dos
Santos no esquema. Por sua vez, um falsário que se apresentava como cônsul da
Guiné Bissau no Brasil, elo entre o esquema e tradicionais fazendeiros da região.
— Luiz Ricardi possui dezenas de atos notariais envolvendo imóveis rurais em litígio,
especialmente na região do oeste baiano.
Junto com outros membros de sua família, o paranaense tem terras em Formosa
do Rio Preto e outros municípios da área, como Barreiras. Ali, é sócio de bilionários
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fundos de investimento internacional — como no caso da Fazenda Parceiros,
avaliada em mais de R$ 19 milhões.
A propriedade é controlada
por uma teia de empresas
ligadas ao fundo TIAA-Cref, e
tem Luiz Ricardi como um de
seus sócios. O grupo é
responsável por investir
bilhões dos fundos de
aposentadoria de professores
dos Estados Unidos e da
pensão nacional da Coreia do
Sul.
O objetivo do grupo era tomar posse da fazenda São José para extorquir trezentos
agricultores e arrendatários, além de negociar outros acordos, como os de Gorgen
e Mizote. Em geral, os valores eram negociados em sacas de soja, a serem pagas
por hectare das propriedades sob ameaça. O total angariado pelos grileiros gira
em torno de R$ 1 bilhão.
Paulo Mizote está ainda envolvido na destruição do Cerrado. Sua família controla a
Mizote Empreendimentos Agrícolas, especializada em plantio de soja, milho e
algodão. Somente em Formosa do Rio Preto o grupo é dono de pouco mais de 9
mil hectares, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra).
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ouvidas pela reportagem, à da União Democrática Ruralista (UDR), famosa nos
anos 80.
Como se não bastasse, uma das controladoras da Estrondo é a maior multada por
crimes ambientais em Formosa do Rio Preto. A Companhia Melhoramentos do
Oeste da Bahia, dos Levinsohn, já soma mais de R$ 35 milhões por desmatamento
ilegal, conforme a base de dados do Ibama, consolidada pelo observatório.
Entre 2004 e 2006, a empresa teria sido responsável por desmatar 77 mil hectares
de mata nativa sem autorização. Anos depois, o Ministério Público Federal alegou
que a área de Cerrado devastada era mais que o dobro disso, 167 mil hectares.
Mais que a área do município de São Paulo.
Ela diz ainda que os produtores da região notam a insegurança jurídica, acham
que não terão seus títulos de terras reconhecidos e pensam: “Vou abrir a área o
máximo que eu puder, porque não sei se estarei ali na próxima colheita”. Abrir =
desmatar.
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Elefante, Liza e Soya e fornecedoras de grandes redes como Burger King e
McDonald’s.
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Damares diz ter feito ação Em carta aberta, industriais Silvio Santos obteve 70 mil
sigilosa com generais para paraenses apoiam o “passar a hectares no Araguaia em 1972,
apurar “contaminação boiada” de Ricardo Salles durante governo Médici
criminosa” de indígenas
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