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XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão.


Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009

CONTROLE DE VAPORES ORGÂNICOS


EM UM SETOR DE PINTURA
INDUSTRIAL: UM ESTUDO DE CASO
Cézar Carlos Baltazar (URCA)
ccbaltazar@bol.com.br
Evanira Rodrigues Maia (URCA)
evanira@bol.com.br
Balbina Raquel de Brito Correia (URCA)
balbinacorreia@hotmail.com
Samuell Aquino Holanda (URCA)
samuell182@gmail.com
José Gonçalves de Araújo Filho (URCA)
prof_araujo@baydejbc.com.br

O presente estudo de caso levantou e analisou as não conformidades


existentes no setor de pintura de uma indústria fabricante de máquinas
de costura doméstica da região do Cariri Cearense. objetivo-se relatar
a experiência de reestruturaçãoo de um sistema de ventilação equipado
com ventilação exaustora/diluidora, como estratégia de controle de
vapores orgânicos, com o mapeamento das causas fundamentais do
excesso de agentes químicos em suspenção no ambiente. Utilizou-se o
Root Cause Analysis - RCA como ferramenta para o monitoramento e
investigação das falhas ou não conformidades existentes no processo e,
assim, identificou-se as causas-raiz relativas a deficiência do sistema,
determinando ações corretivas adequadas ao controle dos vapores,
através de ventilação local, na pespectiva de promover o controle e
garantir a saúde do trabalhador por meio da manutenção das
condições de salubridade no ambiente laboral quanto à exposição a
agentes químicos.

Palavras-chaves: vapores orgânicos; sistemas de ventilação; saúde do


trabalhador; agentes químicos.
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1. Introdução
Milhões de pessoas trabalham em edificações com sistemas mecânicos de aquecimento,
ventilação e ar condicionado (HVAC - Heating, Ventilation and Air Conditioning). Esses
sistemas são projetados para fornecer ar com temperatura e umidade adequadas, livres de
concentrações perigosas de poluentes (CARMO & PRADO, 1999).
A qualidade de vida, conforto e bem-estar dos trabalhadores em ambientes de trabalho
fechado está diretamente relacionada com as condições de trabalho e qualidade do ar, as quais
estes estão submetidos. Desta forma, as atividades de vigilância, controle, gerenciamento e
cuidados com a qualidade do ar em espaços interiores, como forma de garantir a saúde e
segurança do trabalhador, tem papel decisivo na relação trabalho/saúde/doença.
Com a modernização dos processos industriais, em nome da excelência dos bens, serviços e
da otimização da produtividade, determinada por exigências inerentes a sobrevivência das
indústrias na atual conjuntura globalizada, houve também um considerável aumento da
exposição do homem a condições e agentes cada vez mais prejudiciais a sua saúde.
Costa & Costa (2006) afirmam haver uma infinidade de componentes químicos (substâncias
tóxicas, carcinogênicas, radioativas) e biológicos (microrganismos patogênicos) emitidos por
diversas fontes, e que, dependendo das condições físicas (umidade do ar, temperatura do ar,
ventilação inadequada) do ambiente, podem estar interagindo entre si e, consequentimente
contribuindo para o adoecimento dos trabalhadores que desenvolvem atividades em ambientes
fechados.
O mapeamento da exposição do trabalhador a agentes químicos em ambientes fechados
permiti a implantação e implementação de medidas de controle e eliminação de riscos no
ambiente de trabalho conforme legislação pertinente.
Compreendendo a relevância da problemática no contexto de promoção da saúde do
trabalhador, sua relação com a preservação e manutenção das condições de salubridade nos
ambientes laborais, no tocante à exposição a agentes químicos, este trabalho propõem-se a
relatar a experiência de reestruturação de um sistema de ventilação como forma de controle de
vapores orgânicos do setor de pintura de máquinas domésticas.
2. Referencial teórico
Atualmente, cerca de mil novas substâncias químicas entram no mercado todos os anos. Estas
substâncias, normalmente, são encontradas em combinações e formulações de diversos
produtos comerciais. Sendo que, de um a dois milhões de tais produtos estão presentes nos
mais diversos ramos de atividades indústrias, e nos mais diferentes país. Significando um
maior contato, seja na produção, armazenamento, transporte, manipulação, disposição ou uso
das diferentes substâncias químicas (ILO, 2004).
A exposição a poluentes atmosféricos pode ocorrer de forma crônica ou aguda, podendo ser
sentida sobre a pele e mucosas, aparelho respiratório, cardiovascular, digestivo e sistema
nervoso central, causando diversos tipos de afecções desde os mais variados quadros
respiratórios até hipertensão arterial e cancro (GOMES, 2002).
É notório que ao longo do tempo as atividades industriais desenvolvidas em ambientes de
trabalho fechado podem expor os trabalhadores a diferentes tipos de riscos e agravos a saúde.
No Brasil, vários processos de trabalho, em ambientes fechados, submetem os trabalhadores a

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exposição de um grande número de agentes químicos com potencial para ocorrência de


doenças ocupacionais.
Os ambientes industriais possibilitam a exposição dos trabalhadores a componentes químicos
utilizados, como matéria-prima, subprodutos ou produto final sendo possível, assim,
identificar os poluentes, evidenciar os agravos à saúde decorrentes destes e apontar as
possíveis medidas de prevenção (COSTA & COSTA, 2006).
Esses agravos, entre outras condições, surgem a partir da deficiência de manutenção e
conservação da qualidade do ar contido nesses espaços. O contato dos trabalhadores com
poluentes suspensos na atmosfera de trabalho pode delinear a relação da exposição destes com
o surgimento de doenças ocupacionais desenvolvidas a partir do contato com substâncias
químicas dispersas nesses ambientes.
Na busca de um equilíbrio entre desenvolvimento produtivo e a manutenção das condições
adequadas de segurança e higiene ocupacional no setor industrial, a partir da segunda metade
do século XX, estudos foram realizados nessa área.
Assim foi possível relacionar, dentre outros dados, os índices de poluição do ar em ambientes
fechados com efeitos adversos à saúde do trabalhador. A partir de então, a qualidade do ar
nesses ambientes passa ser parte integrante das ações de saúde ocupacional devido aos
possíveis danos à saúde dos trabalhadores submetidos às prováveis ações de má qualidade do
ar (GIODA & NETO, 2003).
Na década de 70, são criados, no Brasil, os parâmetros ocupacionais de exposição aos agentes
químicos, por meio da Norma Regulamentadora - NR 15 do Ministério do Trabalho e
Emprego – MTE. Essa NR passa a nortear às particularidades quanto à possibilidade de
afecções e agravos acerca da exposição do trabalhador a substâncias químicas.
De acordo com a NR-9, “agentes químicos, são substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por
ingestão; (9.1.5.2 – NR 9)”. A contaminação e/ou surgimento de doenças ocupacionais vai
estar diretamente relacionadas aos agentes químicos existentes nos ambientes de trabalho, sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição (BRASIL, 2007).
A preocupação com exposição a agentes de risco químicos é pertinente, visto que a
International Labour Organization (ILO) estima, anualmente, em todo o mundo 35 milhões de
casos de doenças relacionadas ao trabalho por exposição a substâncias químicas, com a
ocorrência de 439.000 mortes, o que inclui, entre outras causas relacionadas, 36.000 óbitos
por pneumoconioses, 35.500 óbitos por doenças respiratórias crônicas, 30.700 óbitos por
doenças cardiovasculares e 315.000 óbitos por câncer (ILO, 2004).
No Brasil, segundo dados oficiais do Anuário Estatístico do Ministerio da Previdencia Social,
em 2006/2007, os acidentes e doenças ocupacionais distribuidos por setor de atividade
econômica, o setor indústrial registrou um total de 49,3% de todos os acidentes e doenças
ocorridos no pais, excluídos os dados de atividade “ignorada” (BRASIL, 2007).
A atividade de pintura industrial se destaca como um dos processos que possibilita a dispersão
de substancias químicas na atmosfera de trabalho.
Dessa forma, os trabalhadores estão suceptíveis aos poluentes químicos por meio de vapores
orgânicos originários de agentes que compõem as substâncias como tintas, verniz,
endurecedores, adaptadores, catalizadores e thinner ou combinação destes no processo de

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aplicação nas superfícies de tratamento por meio de pistolas alimentas por ar comprimido.
3. Material e métodos
A abordagem metodológica que norteia o presente trabalho é do tipo estudo de caso, visto que
busca discutir, profundamente, os elementos do cotidiano do trabalho em ambiente fechado de
uma fábrica de máquinas de costura doméstica. Com ênfase na abordagem quantitativa, este
estudo busca o levantamento, discussão e análise das não conformidades presentes no setor de
pintura industrial equipado com um sistema de ventilação exaustora/diluidora para controle de
vapores orgânicos provenientes do processo produtivo.
A opção por essa abordagem justifica-se pela forma como as ações foram realizadas para se
aproximar das nãoconformidades presentes no sistema, com vistas ao controle dos vapores
dispostos no setor.
A coleta de dados foi realizada no período de maio a outubro de 2008 em uma fábrica de
máquinas no município de Juazeiro do Norte, Sul do estado do Ceará, a 565 km da capital
Fortaleza.
Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados os documentos elaborados para fins de
comprovação junto ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE e Delegacia Regional do
Trabalho – DRT, como PPRA, PCMSO e Fichas de Informações de Segurança de Produto
Químico – FISPQ, além de laudos e auditorias realizadas no local de trabalho pela equipe do
SESMT.
Os dados foram coletados nos setores de recursos humanos, pintura e manutenção e
analisados de acordo com a legislação pertinente e organizados em planinha eletrônica,
analisados de acordo com as conformidades e não conformidades segundo a legislação
trabalhista e previdenciária, bem como literatura atual. A apresentaçaõ das informações foram
na forma de tabelas, quadros e diagramas, respeitando os aspectos éticos, cabendo dispensar
submissão ao Conselho de Ética em Pesquisa por não envolver seres humanos.
4. Resultados e discussões
No processo de pintura de peças para fabricação de máquinas de costura doméstica em estudo,
os trabalhadores estão habitualmente submetidos às condições desfavoráveis pela exposição
constante a atividades que liberam agentes químicos a base de solventes, em forma de
partículas e vapores orgânicos.
O processo produtivo do setor de pintura industrial, conta basicamente com 11 etapas
distribuídas de acordo com a seqüência apresentada na figura 1. O processo tem início com o
recebimento do cabeçote em estoque, para em seguida ser levada a área de preparo das peças,
onde são realizadas as etapas necessárias a aplicação do revestimento/pintura.

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Figura 1 – Fluxograma das atividades do processo de pintura.

Antes da aplicação do revestimento superficial, são feitos o lixamento, correção de defeitos,


enmassamento e limpeza da peça para receber duas demãos de tinta. Durante o processo de
pintura é necessário o cuidado com a eliminação dos resíduos sólidos e poeiras provenientes
do lixamento.
Para a redução e controle dos agentes químicos do processo, diretamente na fonte, é usado um
sistema de ventilação combinado a Equipamentos de Proteção Coletiva - (EPC’s), por meio
de cabines de pintura estruturadas com cortina d´água, conforme Figura 2, esses
equipamentos têm como função o controle dos vapores orgânicos para mitigar os agravos a
saúde dos trabalhadores, bem como, reduzir a demanda de poluentes para o meio ambiental.

Figura 2: Ambiente de pintura.

4.1 Levantamento das não conformidades prioritárias


A identificação e análise das não conformidades que interferiam no sistema de
insuflação/exaustão por meio da ventilação local, parte do levantamento e investigação dos
seguintes critérios prioritários:
 Identificar as ações de intervenção desenvolvidas no ambiente laboral da seção de pintura
para a manutenção de vapores orgânicos;
 Identificar as não conformidades presentes no sistema e ambiente laboral da seção de
pintura que o tornava ineficiente para o controle dos vapores;
 Identificar e caracterizar os agentes de riscos químicos existentes no processo e no
ambiente, caracterizando-os quanto ao limite de tolerância e de tempo;
 Descrever as intervenções de engenharia implantadas para eliminação e/ou controle dos
agentes de risco identificados.

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Para o mapeamento dos procedimentos, processos e condições de funcionamento e operação


do sistema de ventilação utilizado no setor em estudo, utilizou-se, o DMAIC, método
estruturado que seguiu um encadeamento lógico a partir de procedimentos e identificação de
dados por meio de uma estruturação seqüenciada.
De acordo com Werkema (2004), o DMAIC é um método usado em programas de melhorias
bastante comuns em projetos Seis Sigma e estar definido da seguinte forma: D – (Define):
deve ser definido de forma precisa um escopo de projeto no qual se deseja identificar alguma
não conformidade existente em um determinado processo; M – (Measure): deve-se determinar
a localização ou foco da não conformidade identificada; A – (Analyze): deve-se determinar as
causas de cada problema prioritário; I – (Improve): deve-se propor, avaliar e implementar
soluções para cada problema prioritário; C – (Control): garantir meios para que o alcance das
metas seja mantido a longo prazo.
A estruturação e investigação das causas específicas do problema, através de uma visão ampla
sobre as possíveis intervenções para a eliminação e/ou controle das causas fundamentais das
não conformidades identificadas, foi obtida com aplicação de uma das ferramentas de
engenharia, a Análise da Causa-Raiz (Root Cause Analysis - RCA), sendo esta uma das
principais técnicas para análises de confiabilidade, dentro da estratégia da Engenharia de
Confiabilidade fazendo parte da filosofia TPM – Total Productive Maintenance (SILVA,
2006).
De acordo com Lepree (2008), a lógica de trabalho da RCA, também chamada de RCFA -
Root Cause Failure Analysis, engloba a descrição do modo, verificação e hipóteses das não
conformidades identificadas, possibilitando investigar e eliminar efetivamente as falhas,
determinando as origens do problema, sejam elas, físicas, humanas ou ainda latentes.
Seguindo essa estrutura, num primeiro momento foram realizadas inspeções e observações
sistemáticas e intensivas, in loco, para identificar possíveis causas da dispersão dos agentes
químicos para a atmosfera do ambiente de pintura gerados durante o processo de tratamento
superficial das peças por meio da aplicação de tinta com o uso de pistola convencional,
conforme Figura 3.

Figura 3: Processo de pintura.

Após as inspeções e observações realizadas no setor, foram levantados os principais insumos


utilizados no processo de pintura, esse procedimento ocorreu através da verificação dos dados
do levantamento de riscos do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA dos anos
de 2007/2008 da empresa. A seguir foi realizada a identificação dos principais agentes base de
cada insumo presente no processo, com a análise deste por meio das Fichas de Informações de
Segurança de Produto Químico – FISPQ.

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Com base no Anexo nº 11 da NR – 15, que trata dos agentes químicos cuja insalubridade é
caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho, a Tabela 1 expõe o
mapa dos principais insumos utilizados no processo de pintura conforme análise das FISPQ’s
de cada produto e seus respectivos agentes e limites de tolerâncias.

Nome dos Produtos Agente Base Limites de tolerância


Acetona Dimetil cetona NR-15: 780 ppm
Adaptador Álcool Etílico NR-15: 780 ppm
Catalizador Álcool Etílico NR-15: 780 ppm
Xileno NR-15: 78 ppm
Trimetilbenzeno -
Esmalte PU Martelado Etil tolueno -
Acetato de butila -
Acetato de etila NR-15: 780 ppm
Endurecedor para PU e Verniz Xileno NR-15: 78 ppm
Bansis Xileno NR-15: 78 ppm
Álcool 96ºGL Álcool Etílico NR-15: 780 ppm
Thinner Xileno NR-15: 78 ppm
Acetato de Butila ACGIH: 200 ppm
Butil Glicol NR-15: 39 ppm
Dilaureato de Dibutil
ACGIH: 0.2 mg/m3
Verniz PU 850 Salcomix Estanho
Solvente Leve de
ACGIH: 300 ppm
Nafta
Xileno NR-15: 78 ppm
Fonte: Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico – FISPQ.
Tabela 1 - Agentes químicos presentes nos insumos utilizados no processo de pintura.

Através da análise da Tabela 1 e da comparação com os agentes expostos na Tabela 2,


identificados no PPRA da empresa, foi constatado que os principais agentes presentes no
ambiente, com potencial de agressividade para a saúde dos trabalhadores são, tolueno,
chileno e acetato de etila. Estes, além de constarem nos insumos utilizados no processo,
também estavam presentes no ambiente de trabalho em forma de vapores orgânicos
provenientes da aplicação de tintas e catalisadores a base dos agentes químicos citados
anteriormente.

Agentes Concentração Limites


Tolueno 79,5 78 ppm
Xileno 79,8 78 ppm
Acetato de etila 223,0 780 ppm
Fonte: PPRA empresa 2007/208.
Tabela 2 - Agentes químicos monitorados no PPRA 2007/2008.

4.2 Elaboração do mapa das causas-raiz


Conhecendo os agentes químicos, já identificados nas fases anteriores, foi usado a Root Cause
Analysis - RCA, para o monitoramento e investigação das falhas ou não conformidades
existentes no processo e, assim identificar as causas-raiz responsáveis pela deficiência do
sistema, facilitando dessa forma a determinação das ações corretivas adequadas ao controle
dos vapores através da ventilação local.
O mapa de Fatores de Causa foi estruturado por meio de observação no ambiente de trabalho,
entrevistas não estruturadas com pintores e funcionários da manutenção, verificação dos

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EPC’s, levantamento dos eventos-chave e suas conseqüências para o sistema, conforme o


mapa exposto no Quadro1.

Não conformidade
Alta concentração de
vapores orgânicos no
ambiente de pintura

Causa Primária I Causa Primária II


Pressão na câmera
Vazão deficiente de captação
elevada

Causa Secundária II
Causa Secundária I Causa Secundária III
Velocidade de exaustão
Câmara de sucção
baixa ocasionado por motor Área frontal da cabine
ineficiente em virtude de
com RPM inadequado ou muito aberta
a área excessiva.
correias folgadas

Causa Terciária III


Deficiência no planejamento das ações e intervenção de manutenção inadequada.

ESTUDO DAS AÇÕES CORRETIVAS


Quadro 1 – Mapa das causas-raiz

Após estudo e avaliação do diagrama RCA, foram identificadas as causas raízes do problema,
assim, iníciou-se a análise dos dados para o planejamento e implantação das intervenções e
ações corretivas.
4.3 Análise das causas-raiz de acordo com as deficiências identificadas
Conforme o Quadro 1, item Causa Primária I, com a vazão deficiente, não há retirada dos
contaminantes presentes no ambiente em quantidade suficiente para que aconteça a renovação
do ar que compõe a atmosfera do ambiente de pintura.
Esse falha está ligada a baixa velocidade de exaustão do sistema, devido a redução da vazão
ser diretamente proporcional a velocidade quando mantida a área, pois, o cálculo da vazão se
faz da seguinte forma:
Vazão = Velocidade/Área
Essa redução pode acontecer por deslizamento das correias do sistema de transmissão, de
acordo com a Figura 4, ou por instalação de motor com velocidade inadequada.

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Figura 4 – Sistema de transmissão faltando correia.

Com relação ao item Causa Primária II - Pressão elevada na câmera de sucção/captação, tal
problema pode ocorrer quando a pressão nessa câmera está elevada, logo os vapores gerados
pelo spray de tinta tende a retornar para o ambiente. Geralmente ocorre por deficiência na
área frontal da cabine, como abertura em excesso, apresentado na Figura 5.

Figura 5 – Área frontal da cabine de pintura com excesso de espaço.

Destarte, a área da câmara de sucção/captação ser excessiva e a velocidade do sistema na área


de captação ser deficiente, observou-se que a descaracterização dessa câmara sem que tenha
sido feito o redimensionando do sistema, como detectado no item causa secundária II, causou
a sucção ineficiente em virtude do aumento da área frontal.
Quando a área frontal da cabine está com excesso de abertura o araste do ar ambiente para a
câmera de captação ocorre de forma mais lenta. Isso acontece porque o exerço de abertura na
área frontal interfe na eficiência de retirada dos contaminantes, pois quanto maior a área,
menor é a vazão a ser mantida a velocidade de araste. Assim, a retirada dos vapores do
ambiente será menos eficiente.
No entanto, ao se elevar a velocidade de arraste com o redimensionamento da sessão
transversal, contribui-se diretamente para redução da pressão dentro da câmara de captação
em relação ao ambiente e, dessa forma, facilita-se a exaustão dos vapores.
De acordo com o item Causa Terciária III - Deficiência no planejamento das ações e
intervenção de manutenção inadequada - essa deficiência ocorre quando a manutenção
acontece de forma corretiva, realidade detectada nas investigações realizadas na fábrica.
Ademais a manutenção corretiva nem sempre considerar as características dos equipamentos
em relação ao projeto original, a substituição de um motor por outro que não atende as
especificações do projeto e o aumento da área de seção transversal das cabines, foram
modificações e intervenções indentificadas que interferiram diretamente nas variáveis de
controle do sistema de ventilação, pois a preservação das características originais dos sistemas
de controle de vapores orgânicos são fundamentais para a manutenção da vazão destes.
Com as causas fundamentais do problema encontradas, elaborou-se um plano de ação para
implantação das medidas de solução das não conformidades, considerando os custos, eficácia,
efeitos secundários e tempo de implantação das seguintes ações:
1. Substituição de motor de 1.750 RPM por um motor com velocidade de 3.500 RPM;
2. Ajustagem de correias de transmissão para evitar perda eficiência com deslizamento;
3. Redução da câmara de sucção para aumentar velocidade de arraste e reduzir a pressão na
câmara de captação;

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4. Redução da área frontal da cabine para aumentar a velocidade de araste e contribuir com a
redução da pressão na câmara de vácuo para otimizar a captação de vapores orgânicos.
É possível observar que um dos grandes problemas da pintura convencional é o alto índice de
over spray/névoa - produzidas por ruptura mecânica do líquido proveniente da aplicação da
tinta na superfície da peça, conforme Figura 6, o que gera desperdício da tinta que retorna
para o ambiente por meio do rebote do ar, proporcionando a dispersão de vapores orgânicos
no ambiente de trabalho. Assim, a ineficiência nos sistemas de controle de vapores nesse
ambiente, contribuiu para uma atmosfera com elevadas concentrações de contaminantes, o
que tornou o ambiente insalubre de acordo, com o anexo N° 11 da NR 15 do MTE.

Figura 6 – Spray gerado através da aplicação de tinta.

A fase de implantação das ações de controle das não conformidades identificadas, a partir da
aplicação do RCA e analise das causas-raiz, foi realizada priorizando o controle e eliminação
de riscos a partir da reestruturação do sistema.

Figura 7 – Área frontal da cabine de pintura Figura 8 – Área frontal da cabine de pintura
antes da redução. após a redução.

A área frontal das cabines de pintura antes da reforma, conforme Figura 7 acima, era de
2,50m x 1,25 m, sendo que essa seção não contribuia com a segregação dos vapores, pois não
dispunha de nenhuma barreira que dificultasse o retorno dos vapores para o ambiente ou que
pudesse contribuir com aumento da velocidade de aresto dos contaminantes para a câmara de
captação.
Após a reforma, conforme Figura 8, a área passa a ser de 1,20m x 0,95m, sendo que essa
redução de área, contribuiu com a segregação dos vapores, pois dispõe de barreiras que
dificulta o retorno dos vapores para ambiente como também contribui com o aumento da
velocidade de arasto dos contaminantes para a câmara de captação.
Realizou-se, ainda, a redução da câmara de sucção das cabines de pinturas, para melhoria e
eficiência do arraste no sistema de sucção.

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A área de sucção das cabines de pintura antes das medidas corretivas conforme Figura 9, era
de 2,50m x 1,20 m, sendo que com esta área a velocidade de sucção não era superior a 0,45
m/s. Logo, a sucção dos vapores da câmara de captação era bastante precária.

Figura 9 – Área de sucção da cabine antes da Figura 10 - Área de sucção da cabine após
redução. redução.

Com a redução da área de sucção, de acordo com a Figura 10, essa área passa a ser de 2,50m
x 1,10m, assim a velocidade de sucção tende a se elevar e, a sucção dos vapores da câmara de
captação ocorrerá sugado mais rapidamente privilegiando a salubridade do ambiente laboral.
Dentre as mudanças implementadas, a manutenção do sistema de tramissão oportunizou a
readequação da velocidade e aumento da vazão no sistema de sucção.

Figura 11 – Sistema de transmissão antes Figura 12 – Sistema de transmissão após da


da reforma. reforma.

A baixa vazão do sistema de ventilação ocorria por perda de velocidade do deslizamento no


sistema por falta de correias, como mostra a Figura 11, ou por motor com baixo RPM - Figura
12. O que contribuiu para a redução da eficiência da vazão no sistema de exaustão.
As intervenções resultaram nas seguintes mudanças, Tabelas 3.

Dados antes das intervenções Dados após as intervenções


Velocidade calculada por
V = 0,37 m/s V = 1,37 m/s
instrumento
Área da câmara de sucção A = 2,40 x 1,10 = 2,64 m2 A = 2,40 x 0,95 = 2,28 m2
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Volume do ambiente V = 11 x 5,60 x 6 = 369,6 m V = 11 x 5,60 x 6 = 369,6 m3

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Q = 0,37 x 2,64 = 0,98 m3/s x 3 = Q = 1,37 x 2,28 = 3,12 m3/s x 3 =


Vazão
2,94 m3/s 9,39 m3/s
Taxa de troca - T = Q/V T = 2,94 m3/s/369,6 m3 = 0,08s T = 9,39 m 3/s / 369,6 m3 = 0,03s

Tabela 3 – Cálculo das variáveis de controle antes e depois das intervenções.

Com os ajustes no sistema após as intervenções, a capacidade de vazão aumentou em 319 %


em relação a vazão anterior. O sistema passou de uma vazão de 2,94 m3/s para 9,39 m3/s,
dessa forma, a taxa de troca que era de 0,08 s inicialmente, passando a ser de 0,03s após as
melhorias, um redução de 37,5% no tempo de renovação do ar no ambiente em relação ao
tempo anterior, contribuindo segnificamente para a redução da concentração de vapores
dispersos na atmosfera de trabalho.
5. Conclusão
Embora a ventilação e climatização artificial dos ambientes de trabalho fechados sejam
considerados um dos principais meios de agravo à saúde do homem em virtude da
complexidade, composição e especificidade dos poluentes dispersos no interior das
edificações indústrias apontados por estudos epidemiológicos de análise da qualidade do ar de
interiores (COSTA & COSTA, 2006), observa-se que no estudo de caso em tela a
climatização e/ou ventilação artificial é uma necessidade, tanto para o conforto das condições
laborais, quanto para o controle de poluentes dispersos no ambiente de trabalho.
O controle dos poluentes na fonte foi a forma mais efetiva de manter o ar interno limpo.
Entretanto, o controle de todas as fontes, ou pelo menos a mitigação de suas emissões, nem
sempre é possível ou praticável. Logo, a ventilação, natural ou mecânica, é a segunda maneira
efetiva de proporcionar condições aceitáveis de ar interno (CARMO & PRADO, 1999).
O controle das condições da atmosfera de ambientes internos, com a redução e controle de
substâncias químicas e vapores orgânicos presentes nesses espaços, ainda pode ser
adiministrada por meio da ventilação artificial, conforme mostrado nesse estudo.
No entanto, os sistemas devem ser dimensionados e adequados as características do ambiente,
o que pressupõe a existência de política de manutenção e segurança ocupacional que disponha
de parâmetros definidos de monitoramento e controle da qualidade do ar insuflado no
ambiente.
Nesse sentido, para o gerenciamento das condições de funcionamento dos equipamentos de
controle da atmosfera do ambiente de trabalho estudado é recomendado a implantação de um
sistema de manutenção planejada, atuando de forma preventiva para a garantia do correto
funcionamento do sistema implementado.
Essa recomendação é pertinente, pois a ineficiência do sistema de ventilação aqui estudado
está diretamente relacionada a ausência de monitoramento e manutenção dos equipamento de
controle instalados no ambiente, o que leva ao desgaste e ao comprometimento das funções
para as quais foi planeda.
O acompanhamento constante das máquinas, equipamentos e dispositivos de controle, a partir
de técnicas de manutenção adequada, vai garantir a máxima confiabilidade e desempenho
adequado dos equipamentos que compõem o sistema de controle.
Quanto ao gerenciamneto da concentração de vapores dispersos no ambiente de trabalho, este
poderá ser acompanhado por meio do PPRA - NR 9 e PCMSO – NR 7 do MTE, que são
programas de obrigação legal e obedecem aos parametros mínimos de exposição a agentes de

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A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009

riscos existentes em ambiente laboral, estes são obrigatórios para todas as empresa que
contratam trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Assim, a integração dos programas de manutenção e de segurança ocupacional utilizados de
forma correta, permitiram as condições adequadas da qualidade do ar presente no ambiente de
pintura analisado, conforme demonstrado nesse estudo.
Portanto, a ventilação artificial ainda é o meio essencial de manutenção da qualidade do ar em
ambiente fechado. Seja por infiltração ou exaustão, visto que esta é responsável pela
oxigenação do ar e pela diluição e remoção dos poluentes presentes no ambiente. Nesse
sentido uma boa ventilação contribui de forma significativa para a saúde e conforto dos
ocupantes do meio laboral (AIVC, 2003 apud et al CARVALHO, 2004).

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