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1. Introdução
Milhões de pessoas trabalham em edificações com sistemas mecânicos de aquecimento,
ventilação e ar condicionado (HVAC - Heating, Ventilation and Air Conditioning). Esses
sistemas são projetados para fornecer ar com temperatura e umidade adequadas, livres de
concentrações perigosas de poluentes (CARMO & PRADO, 1999).
A qualidade de vida, conforto e bem-estar dos trabalhadores em ambientes de trabalho
fechado está diretamente relacionada com as condições de trabalho e qualidade do ar, as quais
estes estão submetidos. Desta forma, as atividades de vigilância, controle, gerenciamento e
cuidados com a qualidade do ar em espaços interiores, como forma de garantir a saúde e
segurança do trabalhador, tem papel decisivo na relação trabalho/saúde/doença.
Com a modernização dos processos industriais, em nome da excelência dos bens, serviços e
da otimização da produtividade, determinada por exigências inerentes a sobrevivência das
indústrias na atual conjuntura globalizada, houve também um considerável aumento da
exposição do homem a condições e agentes cada vez mais prejudiciais a sua saúde.
Costa & Costa (2006) afirmam haver uma infinidade de componentes químicos (substâncias
tóxicas, carcinogênicas, radioativas) e biológicos (microrganismos patogênicos) emitidos por
diversas fontes, e que, dependendo das condições físicas (umidade do ar, temperatura do ar,
ventilação inadequada) do ambiente, podem estar interagindo entre si e, consequentimente
contribuindo para o adoecimento dos trabalhadores que desenvolvem atividades em ambientes
fechados.
O mapeamento da exposição do trabalhador a agentes químicos em ambientes fechados
permiti a implantação e implementação de medidas de controle e eliminação de riscos no
ambiente de trabalho conforme legislação pertinente.
Compreendendo a relevância da problemática no contexto de promoção da saúde do
trabalhador, sua relação com a preservação e manutenção das condições de salubridade nos
ambientes laborais, no tocante à exposição a agentes químicos, este trabalho propõem-se a
relatar a experiência de reestruturação de um sistema de ventilação como forma de controle de
vapores orgânicos do setor de pintura de máquinas domésticas.
2. Referencial teórico
Atualmente, cerca de mil novas substâncias químicas entram no mercado todos os anos. Estas
substâncias, normalmente, são encontradas em combinações e formulações de diversos
produtos comerciais. Sendo que, de um a dois milhões de tais produtos estão presentes nos
mais diversos ramos de atividades indústrias, e nos mais diferentes país. Significando um
maior contato, seja na produção, armazenamento, transporte, manipulação, disposição ou uso
das diferentes substâncias químicas (ILO, 2004).
A exposição a poluentes atmosféricos pode ocorrer de forma crônica ou aguda, podendo ser
sentida sobre a pele e mucosas, aparelho respiratório, cardiovascular, digestivo e sistema
nervoso central, causando diversos tipos de afecções desde os mais variados quadros
respiratórios até hipertensão arterial e cancro (GOMES, 2002).
É notório que ao longo do tempo as atividades industriais desenvolvidas em ambientes de
trabalho fechado podem expor os trabalhadores a diferentes tipos de riscos e agravos a saúde.
No Brasil, vários processos de trabalho, em ambientes fechados, submetem os trabalhadores a
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aplicação nas superfícies de tratamento por meio de pistolas alimentas por ar comprimido.
3. Material e métodos
A abordagem metodológica que norteia o presente trabalho é do tipo estudo de caso, visto que
busca discutir, profundamente, os elementos do cotidiano do trabalho em ambiente fechado de
uma fábrica de máquinas de costura doméstica. Com ênfase na abordagem quantitativa, este
estudo busca o levantamento, discussão e análise das não conformidades presentes no setor de
pintura industrial equipado com um sistema de ventilação exaustora/diluidora para controle de
vapores orgânicos provenientes do processo produtivo.
A opção por essa abordagem justifica-se pela forma como as ações foram realizadas para se
aproximar das nãoconformidades presentes no sistema, com vistas ao controle dos vapores
dispostos no setor.
A coleta de dados foi realizada no período de maio a outubro de 2008 em uma fábrica de
máquinas no município de Juazeiro do Norte, Sul do estado do Ceará, a 565 km da capital
Fortaleza.
Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados os documentos elaborados para fins de
comprovação junto ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE e Delegacia Regional do
Trabalho – DRT, como PPRA, PCMSO e Fichas de Informações de Segurança de Produto
Químico – FISPQ, além de laudos e auditorias realizadas no local de trabalho pela equipe do
SESMT.
Os dados foram coletados nos setores de recursos humanos, pintura e manutenção e
analisados de acordo com a legislação pertinente e organizados em planinha eletrônica,
analisados de acordo com as conformidades e não conformidades segundo a legislação
trabalhista e previdenciária, bem como literatura atual. A apresentaçaõ das informações foram
na forma de tabelas, quadros e diagramas, respeitando os aspectos éticos, cabendo dispensar
submissão ao Conselho de Ética em Pesquisa por não envolver seres humanos.
4. Resultados e discussões
No processo de pintura de peças para fabricação de máquinas de costura doméstica em estudo,
os trabalhadores estão habitualmente submetidos às condições desfavoráveis pela exposição
constante a atividades que liberam agentes químicos a base de solventes, em forma de
partículas e vapores orgânicos.
O processo produtivo do setor de pintura industrial, conta basicamente com 11 etapas
distribuídas de acordo com a seqüência apresentada na figura 1. O processo tem início com o
recebimento do cabeçote em estoque, para em seguida ser levada a área de preparo das peças,
onde são realizadas as etapas necessárias a aplicação do revestimento/pintura.
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Com base no Anexo nº 11 da NR – 15, que trata dos agentes químicos cuja insalubridade é
caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho, a Tabela 1 expõe o
mapa dos principais insumos utilizados no processo de pintura conforme análise das FISPQ’s
de cada produto e seus respectivos agentes e limites de tolerâncias.
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Não conformidade
Alta concentração de
vapores orgânicos no
ambiente de pintura
Causa Secundária II
Causa Secundária I Causa Secundária III
Velocidade de exaustão
Câmara de sucção
baixa ocasionado por motor Área frontal da cabine
ineficiente em virtude de
com RPM inadequado ou muito aberta
a área excessiva.
correias folgadas
Após estudo e avaliação do diagrama RCA, foram identificadas as causas raízes do problema,
assim, iníciou-se a análise dos dados para o planejamento e implantação das intervenções e
ações corretivas.
4.3 Análise das causas-raiz de acordo com as deficiências identificadas
Conforme o Quadro 1, item Causa Primária I, com a vazão deficiente, não há retirada dos
contaminantes presentes no ambiente em quantidade suficiente para que aconteça a renovação
do ar que compõe a atmosfera do ambiente de pintura.
Esse falha está ligada a baixa velocidade de exaustão do sistema, devido a redução da vazão
ser diretamente proporcional a velocidade quando mantida a área, pois, o cálculo da vazão se
faz da seguinte forma:
Vazão = Velocidade/Área
Essa redução pode acontecer por deslizamento das correias do sistema de transmissão, de
acordo com a Figura 4, ou por instalação de motor com velocidade inadequada.
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Com relação ao item Causa Primária II - Pressão elevada na câmera de sucção/captação, tal
problema pode ocorrer quando a pressão nessa câmera está elevada, logo os vapores gerados
pelo spray de tinta tende a retornar para o ambiente. Geralmente ocorre por deficiência na
área frontal da cabine, como abertura em excesso, apresentado na Figura 5.
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4. Redução da área frontal da cabine para aumentar a velocidade de araste e contribuir com a
redução da pressão na câmara de vácuo para otimizar a captação de vapores orgânicos.
É possível observar que um dos grandes problemas da pintura convencional é o alto índice de
over spray/névoa - produzidas por ruptura mecânica do líquido proveniente da aplicação da
tinta na superfície da peça, conforme Figura 6, o que gera desperdício da tinta que retorna
para o ambiente por meio do rebote do ar, proporcionando a dispersão de vapores orgânicos
no ambiente de trabalho. Assim, a ineficiência nos sistemas de controle de vapores nesse
ambiente, contribuiu para uma atmosfera com elevadas concentrações de contaminantes, o
que tornou o ambiente insalubre de acordo, com o anexo N° 11 da NR 15 do MTE.
A fase de implantação das ações de controle das não conformidades identificadas, a partir da
aplicação do RCA e analise das causas-raiz, foi realizada priorizando o controle e eliminação
de riscos a partir da reestruturação do sistema.
Figura 7 – Área frontal da cabine de pintura Figura 8 – Área frontal da cabine de pintura
antes da redução. após a redução.
A área frontal das cabines de pintura antes da reforma, conforme Figura 7 acima, era de
2,50m x 1,25 m, sendo que essa seção não contribuia com a segregação dos vapores, pois não
dispunha de nenhuma barreira que dificultasse o retorno dos vapores para o ambiente ou que
pudesse contribuir com aumento da velocidade de aresto dos contaminantes para a câmara de
captação.
Após a reforma, conforme Figura 8, a área passa a ser de 1,20m x 0,95m, sendo que essa
redução de área, contribuiu com a segregação dos vapores, pois dispõe de barreiras que
dificulta o retorno dos vapores para ambiente como também contribui com o aumento da
velocidade de arasto dos contaminantes para a câmara de captação.
Realizou-se, ainda, a redução da câmara de sucção das cabines de pinturas, para melhoria e
eficiência do arraste no sistema de sucção.
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A área de sucção das cabines de pintura antes das medidas corretivas conforme Figura 9, era
de 2,50m x 1,20 m, sendo que com esta área a velocidade de sucção não era superior a 0,45
m/s. Logo, a sucção dos vapores da câmara de captação era bastante precária.
Figura 9 – Área de sucção da cabine antes da Figura 10 - Área de sucção da cabine após
redução. redução.
Com a redução da área de sucção, de acordo com a Figura 10, essa área passa a ser de 2,50m
x 1,10m, assim a velocidade de sucção tende a se elevar e, a sucção dos vapores da câmara de
captação ocorrerá sugado mais rapidamente privilegiando a salubridade do ambiente laboral.
Dentre as mudanças implementadas, a manutenção do sistema de tramissão oportunizou a
readequação da velocidade e aumento da vazão no sistema de sucção.
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riscos existentes em ambiente laboral, estes são obrigatórios para todas as empresa que
contratam trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Assim, a integração dos programas de manutenção e de segurança ocupacional utilizados de
forma correta, permitiram as condições adequadas da qualidade do ar presente no ambiente de
pintura analisado, conforme demonstrado nesse estudo.
Portanto, a ventilação artificial ainda é o meio essencial de manutenção da qualidade do ar em
ambiente fechado. Seja por infiltração ou exaustão, visto que esta é responsável pela
oxigenação do ar e pela diluição e remoção dos poluentes presentes no ambiente. Nesse
sentido uma boa ventilação contribui de forma significativa para a saúde e conforto dos
ocupantes do meio laboral (AIVC, 2003 apud et al CARVALHO, 2004).
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