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Marianne Wiesebron 2
Introdução
1 Um primeiro estudo “L’Amazonie bleue et les enjeux et contraintes maritimes du Brésil” foi publicado
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3 A CNUDM foi estabelecida em 1982 e mais de 156 países ratificaram esta convenção. O Brasil assinou-a
em 1982, ratificando-a em 1988. Os EUA assinaram-na, mas não a ratificaram, como evidenciado pela
Marinha do Brasil. Para definição de conceitos que dizem respeito à CNUDM, ver, por exemplo, Souza
1999.
4 O Mar no Espaço Geográfico Brasileiro,” Coleção Explorando o Ensino 8. Brasília: Ministério da
Educação, 2005; “A Importância do Mar na História do Brasil.” Coleção Explorando o Ensino 13,
Brasília: Ministério da Educação, 2006.
5 Pesquisa feita em algumas grandes livrarias brasileiras na primeira metade de 2011.
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Amazônia Azul
O termo Amazônia Azul foi lançado para chamar a atenção quanto às
imensas riquezas da área oceânica sob a jurisdição brasileira. Essa área abrange
a ZEE de 200 milhas náuticas, com uma superfície de 3.539.919 km², enquanto
a PC, até 350 milhas náuticas, correspondendo a 960 mil km². Somadas, elas
abrangem 4.499.919 km², ou praticamente 4,5 milhões km², o que acrescenta
uma área marítima equivalente a mais de 50% da extensão territorial brasileira.
O governo brasileiro pleiteou o reconhecimento da PC na Comissão de Limites
da Plataforma Continental (CLPC) das Nações Unidas, apresentando sua
proposta em 2004. 6
Após vários intercâmbios com a CLPC, a proposta brasileira foi
apresentada de maneira mais aprofundada em março de 2007 à CLPC. Em abril
daquele ano, a Comissão respondeu não aceitando 19% do pleito brasileiro. Por
isso está sendo elaborada uma Proposta Revisada de Limite Exterior da
Plataforma Continental Brasileira. No meio tempo, a CIRM elaborou a
Resolução nº 03/10 em 2010 se outorgando o direito de avaliar pedidos de
pesquisas “na sua PC além das 200 milhas náuticas” (More 2010). Porém, essa
resolução parece somente confirmar a declaração feita pelo Governo do Brasil
em 1982, quando assinou a Convenção das Nações Unidos do Direito do Mar: “I.
O Brasil exerce soberania sobre a Plataforma Continental, para além da
distância de 200 milhas náuticas até a borda exterior da margem continental,
6O Brasil foi o segundo país a apresentar uma demanda de reconhecimento de Plataforma Continental,
depois da Rússia, de acordo com a lei da UNCLOS. http://www.mar.mil.br/secirm/leplac.htm
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7Os pesquisadores têm vínculo com Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual do
Rio de Janeiro, Instituto de Oceanografia da Universidade Federal de Rio Grande, Universidade Federal
de Santa Catarina e Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo.
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oceano, o campo de ação das Forças Armadas não se limita à Amazônia Azul,
mas abrange também o Atlântico Sul, uma das áreas principais a levar em conta
pela defesa (República Federativa do Brasil 2008). Finalmente, na Política da
Defesa Nacional (PDN) de 2005 (República Federativa do Brasil 2005a) já se
era mencionada várias vezes o quão importante estrategicamente o Atlântico
Sul é para o Brasil e o porquê de este ser uma prioridade para a Defesa Nacional
(República Federativa do Brasil 2005b). É interessante notar que na PDN de
2005, a Amazônia Azul aparece uma vez, enquanto é nem ao menos mencionada
na EDN.
A PDN é um documento fundamental que define o que se espera das
Forças Armadas em geral e da Marinha, em particular. É especialmente a
Marinha que deve defender a região do Atlântico, com o apoio da Aviação
Naval e da Força Aérea. Para desempenhar este papel, é necessário modernizar
e aumentar a presença da Marinha. Junto à esquadra localizada no Rio de
Janeiro, a criação de uma segunda esquadra é considerada necessária no
norte/nordeste do país, devido à atenção especial dedicada à foz do Rio
Amazonas. Ambas as esquadras terão o seu próprio porta-aviões, uma variedade
de navios em diferentes quantidades, incluindo navios de propósitos múltiplos,
navios de apoio logístico e uma divisão anfíbia. Todos estes detalhes estão
definidos no Plano de Articulação e de Equipamento da Marinha do Brasil
(PAEMB), resultado da EDN, e prevê para o PAEMB, entre 2011 e 2030,
projetos de curto, médio e longo, com um financiamento que deve ser
substancial para permitir melhorar e aumentar o equipamento atual da
Marinha. Além disso, o projeto de modernização não deve terminar em 2030 e é
pensado pelo menos até 2047 (Mendonça 2011, 151-162). Aliás, quando se
estuda os prazos necessários para equipamentos desejados cuja aquisição foi
planejada pela Marinha a fim de defender o Brasil quando necessário, pode-se
apenas concordar com Rui Barbosa quando dizia que “esquadras não se
improvisam”.
O PAEMB faz parte do Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa
Nacional, o qual ainda tem que ser aprovado Congresso Nacional para se tornar
política de Estado. O problema é que, por enquanto, a Defesa não é um tema
prioritário e os orçamentos ainda não são adequados (Pesce 2010; id. 2012). Isso
tem a ver com a vocação pacífica do Brasil e ausência de inimigos contra os
quais o país tem de ser protegido. Outro elemento que pode ajudar a explicar a
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relutância por parte do Congresso é o fato do Brasil ter passado por um regime
militar durante cerca de vinte anos (1964-1985) e, com o retorno da democracia,
as Forças Armadas perderam espaço. Assim, durante um longo período, o
orçamento de defesa no Brasil tem sido da ordem de 1,5% do Produto Nacional
Bruto (PNB). Nos últimos anos, aumentou para 2,5% do PNB. A maior parte
do orçamento é reservada para os gastos em salários, sendo apenas 4% usados
em investimentos na modernização de equipamentos (Villa 2008). O orçamento
é relativamente modesto e, no seu primeiro ano no poder, o governo Rousseff
começou reduzindo todos os orçamentos para combater a inflação, incluindo
este. A maioria dos investimentos permanece concentrada em programas
relacionados com os submarinos: o desenvolvimento do ciclo do combustível
nuclear e o protótipo do reator para a propulsão de submarino nuclear. O
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) inclui a construção
de quatro submarinos convencionais e um nuclear, com transferência de
tecnologia para o país, o estabelecimento de um estaleiro naval e uma base de
submarinos em Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro. No orçamento, sobrou
algum financiamento para o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O
financiamento do Proantar vai se tornar mais substancial em 2012, devido aos
problemas graves que ocorreram lá no início do ano8. O objetivo é utilizar o
submarino nuclear para controlar a Plataforma Continental, juntamente com
um submarino convencional. O submarino nuclear é ligeiramente mais rápido e
pode ficar submerso por mais tempo. Navios de patrulha e um sistema de
satélite devem controlar toda a Amazônia Azul. Está sendo montado um
Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAZ) para a sua defesa e
segurança marítima (Maltchik e OLIVEIRA 2011; Mendonça 2011, 158 ). Com
todo um sistema de sensores, o SisGAAZ vai monitorar o que acontece na
superfície, na subsuperfície e no espaço aéreo das águas jurisdicionais brasileiras
e em boa parte do Atlântico Sul. Porque, como diz justamente o Vice-Almirante
8 A base deve ser reconstruída depois de um incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz em
fevereiro de 2012, e possivelmente será ampliada. “Medida provisória libera R$ 40 milhões para
recontrução de base na Antártica”, 08 de agosto de 2012:
<http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/CIENCIA-E-TECNOLOGIA/410843-MEDIDA-
PROVISORIA-LIBERA-R$-40-MILHOES-PARA-RECONSTRUCAO-DE-BASE-NA-
ANTARTICA.html>.
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Considerações finais
A Marinha do Brasil não está apenas construindo a Amazônia Azul,
repensando o Atlântico Sul, a segurança nacional e todos os desafios que
decorrem dessas questões: ela quer que o Brasil encontre novamente sua
vocação marítima. Ela investe pesado na modernização e expansão de vários
aspectos da Força Naval: a Força Submarina, que terá submarinos propulsados
por energia nuclear; a Força de Superfície; e a Força Aeronaval, para poder
desenvolver seu papel nacional e internacional no Atlântico Sul, ampliando,
inclusive, sua cooperação com os países da África Ocidental para tal fim. Trata-
se de apoiar os países africanos para que o Atlântico Sul seja realmente o
“Oceano do Sul”, sem que haja a presença do Norte – ou ao menos que essa
presença não prejudique os interesses do Sul em geral e do Brasil, em particular.
Para acelerar sua meta de se tornar uma potência marítima nova, a
Marinha do Brasil trabalha em estreita colaboração com inúmeros países
europeus – sobretudo a França, no momento – para assegurar que o seu
equipamento seja adequado e que haja transferência de tecnologia e o
estabelecimento da indústria naval de guerra no Brasil. O Ministério da Defesa,
as Forças Armadas e, em particular, a Marinha passaram de uma atitude
reativa a uma posição muito pró-ativa. A Estratégia Nacional de Defesa
desempenha um papel crucial e indica um rumo diferente para o país. Se o país
quer assumir o papel de potência mundial, o seu poder militar tem de
acompanhar as suas ambições, sobretudo no Hemisfério Sul.
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RESUMO
A Marinha do Brasil elaborou o conceito Amazônia Azul para alertar sobre as
riquezas do Oceano e a sua importância para a economia do Brasil. Isso implica também
pensar na defesa dessas riquezas nacionais e nos investimentos necessários para que a
Marinha seja capaz de proteger as águas jurisdicionais brasileiras.
PALAVRAS-CHAVE
Amazônia Azul; Atlântico Sul; Recursos do Mar; Defesa; Segurança; Marinha do Brasil.
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