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Introdução
O presente ensaio tem por finalidade expor, de forma breve, a visão não-
reducionista, abordando alguns aspectos sob os quais o testemunho pode ou
não gerar conhecimento. Logo após, faremos a análise do “Caso da Professora
Criacionista”, proposto por Jennifer Lackey. Trataremos de um problema
central na epistemologia do testemunho, a saber, a justificação testemunhal.
Como justificar crenças que adquirimos por meio da palavra de outrem? Uma
vez que a proposta da disciplina, entre outros, é o estudo filosófico da
relevância que as instituições têm para o conhecimento, sinto-me
pessoalmente motivado a refletir sobre a seguinte questão: Podemos acreditar,
por exemplo, no que nos contam, que nos ensinaram desde pequenos no
campo da fé? Certamente o debate epistemológico acerca do testemunho
poderá nos ajudar em questões similares.
Não-Reducionismo
Ademais, para que um falante A saiba que “p”, o falante A tem de crer que
“p”. A condição da crença é uma condição necessária para o conhecimento.
Se, para um falante A e um ouvinte B, B sabe que “p” com base no testemunho
de A de que “p” se e somente se A sabe que “p”, então se A não crê que “p”, B
não pode vir a saber que “p” com base no testemunho de A. 3
2
AUDI 2003.
3
MULLER, 2010.
correspondente unicamente com base no seu testemunho confiável.”
(LACKEY, 2008).
Considerações Finais
4
SARTORI, 2015.
testemunho, seja falado ou escrito está presente em nossa vida
cotidianamente. Se ao ouvirmos no rádio a previsão do tempo que diz que
amanhã estará chovendo em nossa região ou se escutarmos o padre falando
na homilia dominical que existe vida após a morte, e, com isso, formamos uma
crença com base nessas informações, podemos dizer que boa parte do que
sabemos é através do testemunho.
Referências