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A Importância do

Turismo na
Economia (Tipos de
Turismo)

Integrantes:
Nilton Castro
Silvana Coelho
Tânia Azevedo
Madalena Mulato
1. INTRODUÇÃO
No seculo XXI, o turismo entra como uma das mais expressivas forças
emergentes no mercado mundial. O turismo é causa-efeito de uma dinâmica
humana.
O objeto de estudo do nosso trabalho é a Importância do Turismo na economia.
Antes de nos debruçarmos sobre a sua importância para a nossa economia,
vamos fazer a contextualização do fenómeno, falar da sua origem, os tipos de
turismo existentes.
Existem várias definições do conceito. A mais antiga data de 1910 e tem a sua
autoria atribuída ao economista austríaco Herman Von Schullard, que
compreende o turismo como sendo a soma das operações, especialmente as
de natureza econômica, diretamente relacionadas com a entrada, a
permanência e o deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um
país, cidade ou região.
Outra definição é a que encontramos no dicionário Priberam, segundo a qual
o turismo consiste na atividade econômica relacionada com as viagens
organizadas, geralmente para lazer, outra definição também se refere ao local
onde se prestam serviços de apoio aos turistas.
De uma forma simplificada, o turismo nada mais é que um fenômeno social,
econômico e cultural que envolve pessoas e o deslocamento destas de um
lugar para o outro, seja ele nacional ou internacional.
Entre as inúmeras definições de turismo, há que se destacar aquela adotada
pela Organização Mundial de Turismo (OMT).
Segundo a OMT, o turismo é uma modalidade de deslocamento espacial, que
envolve a utilização de algum meio de transporte e ao menos uma pernoite no
destino; esse deslocamento pode ser motivado pelas mais diversas razões,
como lazer, negócios, congressos, saúde e outros motivos, desde que não
correspondam a formas de remuneração direta. Todo tipo de viagem é
considerada, hoje, turismo, independentemente da motivação do
deslocamento. O que a OMT sugere com sua definição de turismo é que
viagem e turismo são hoje sinônimos. Não se pode negligenciar o fato,
entretanto, de que abarcar todo tipo de viagem como turística, a definição
oficial de turismo conduz, entre outras coisas, à exacerbação das estatísticas.
Por ser uma prática social, o turismo é fortemente determinado pela cultura,
mas as suas especificações e denominações vão muito além da cultura,
passando pelas suas denominações e especificações técnicas.
A principal organização internacional no campo do turismo é a Organização
Mundial do Turismo (OMT).
Criada em 1974 ela tem a sua sede em Madrid na Espanha. A OMT, conta com
158 países membros, seis membros associados e mais de 500 afiliados.
Ela funciona como um fórum global para questões de políticas turísticas e
como fonte de conhecimento prático sobre o turismo, promovendo um turismo
responsável, durável e acessível a todos, prestando atenção particularmente
aos interesses dos países em desenvolvimento.
A OMT encoraja também a aplicação do Código Mundial de Ética do Turismo
para assegurar-se de que os países membros, os destinos turísticos e as
empresas do setor maximizem os efeitos econômicos, sociais e culturais
positivos desta atividade recolhendo os frutos e reduzindo ao máximo as
repercussões negativas sobre a sociedade e sobre o ambiente.
Angola é membro da OMT é neste momento representada pelo antigo ministro
da Comunicação Social, José Luís de Matos Agostinho que foi em fevereiro de
2018, nomeado embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola junto
do Reino de Espanha.
Falando da atividade no nosso País, o Ministério da Hotelaria e Turismo é o
Departamento Ministerial que tem por missão propor a formulação, condução,
fiscalização, avaliação e execução das políticas do Governo, nos domínios do
sector. O MINHOTUR é dirigido superiormente por um/a Ministro/a e neste
momento assume a pasta deste Ministério a Dra. Ângela Bragança.
O turismo, é uma atividade de importância fundamental para o crescimento da
economia do país devido, não somente a sua contribuição significativa para o
PIB, como também pela sua potencial capacidade de geração de emprego,
ocupação e renda, com impactos na melhoria da qualidade de vida da
população.
Assim, o turismo em termos históricos se iniciou quando o homem deixou de
ser sedentário e passou a viajar, principalmente motivado pela necessidade de
comércio com outros povos.
Atualmente, o turismo tem como principal característica ser um fenômeno de
massa, que deve ser compreendido a partir da história da humanidade. Essa
análise permitirá um melhor embasamento teórico que possibilite repensar qual
a melhor forma de desenvolvimento turístico que deve ser incentivado. O
"turismo" como palavra surgiu no século XIX, mas como atividade, certas
formas de turismo existem desde as mais remotas civilizações.
O turismo é uma atividade marcante e relevante nas sociedades pós-
industriais, um fenômeno económico, político, social e cultural dos mais
expressivos que se originou e se desenvolveu com o capitalismo.
Nas últimas décadas, as atividades turísticas tem adquirido maior relevância
entre as atividades econômicas desenvolvidas no mundo.
O turismo desempenha um papel chave para a economia local devido aos
efeitos de arrastamento sobre o emprego e noutros sectores produtivos e de
serviços.
O turismo e sua indústria, para além da importância que tem na economia
nacional, apresenta perspetivas de crescimento futuro.
De fato, o turismo tem estimulado emprego e o investimento e tem modificado
o uso da terra e a estrutura econômica das áreas destino, ao mesmo tempo em
que a nível global, efetua uma contribuição positiva para a balança de
pagamentos dos países.
Além disso, o turismo gera atividades indiretas que atingem os mais variados
setores da economia, desde a indústria até a agricultura, no entanto estão
localizadas no setor terciário.

2. ORIGENS E DESENVOLVIMENTO DO TURISMO


No início da história, no Egito, as viagens eram feitas por comerciantes que
vendiam e transportavam seus produtos do local de origem até um mercado,
ou pelas populações forçadas a mudar devido à fome, às inundações ou
guerras. Os primeiros pessoas viajavam pelos desertos do Médio Oriente
carregando mercadorias do Oriente ou dos vales férteis da Mesopotâmia e do
Nilo.
Outros ganharam o mar, espalhando o comércio e suas culturas por toda a
região do Mediterrâneo, que acabaria por ser agregada ao Império Romano.
Durante o domínio romano as viagens por motivos comerciais cresceram,
assim como as viagens de lazer, com cidades como Pompeia e Herculano
dedicadas às férias dos romanos. Sabe-se ainda que, a expansão das viagens
de negócios e de lazer foi possível graças a três fatores:
a) Lei e ordem;
b) Meios de comunicação;
c) Disponibilidade de acomodação.

E ainda durante a Pax Romana essas condições foram estabelecidas, embora


aos padrões não se mantivessem sempre, assim como hoje. Ainda neste
período, devido a queda do sistema imperial de Roma as viagens diminuíram,
devido às más condições das estradas, as quais não eram mais reparadas, os
aquedutos desmoronaram e o campo ficou infestado de ladrões.
Com relação às viagens de peregrinação, sabe-se que, quando os barões e
príncipes da Europa começaram a restabelecer a lei e a ordem, auxiliados pelo
comando espiritual e moral da Igreja, as viagens recomeçaram. Sendo assim,
as viagens eram organizadas pelos Lordes e Reis que reuniram exércitos para
libertar a Terra Sagrada dos infiéis e ao mesmo tempo ganhar algum dinheiro
transportando para a Europa as sedas, especiarias, joias e outros luxos do
Oriente.
Num nível mais modesto, a viagem de grupo de peregrinos foi inicialmente para
os lugares sagrados da Europa, tais como Santiago de Compostela, no norte
da Espanha, Canterbury, em Kent, na Inglaterra, e as várias cidades de
mosteiros da Itália.
Os dois tipos de viagem encerravam um grande elemento de lazer, e os
viajantes vinham de todos os níveis da sociedade. Criou-se assim, uma
democracia da viagem, na qual se reuniam pessoas das mais diversas
ocupações e origens. Uma vez que nessa época o nacionalismo era
desconhecido, havia nas viagens uma verdadeira mistura de povos, que
compartilhavam a acomodação em estalagens e comiam juntos em
hospedarias do trajecto. Neste contexto, as viagens culturais no século XVI, a
Reforma Protestante dissipou a aura santificada dos templos para onde os
peregrinos afluíam. Como as atrações sobrenaturais dos peregrinos acabaram,
o espírito de averiguação da Renascença gerou um grande interesse em
conhecer o mundo. Desse modo, todos os tipos de estudos geravam grande
interesse naquele período. Os filhos dos nobres, burgueses e comerciantes
ingleses deveriam completar os conhecimentos culturais adquiridos em seu
país com a realização de uma grande viagem pelos países de maior fonte
cultural do velho continente e conseguir, assim, a consideração cultural que a
sociedade impunha na Idade Moderna.
Para a elite dominante, o dinheiro nunca havia sido obstáculo para os membros
dessa classe. No entanto na crença de que não havia condições melhores para
se preparar alguém para a carreira no governo, a rainha Elizabeth, arcava com
as despesas da viagem.
Já por volta da metade do século XVIII, o Grand Tour tornou-se comum entre a
elite britânica, reunindo ao mesmo tempo prazer e instrução, constituindo o
primeiro exemplo significativo de viagem de lazer em larga escala.
Porém, o propósito tradicional do Grand Tour era educacional, voltado para
visitas históricas e lugares culturais, observando ainda maneiras e costumes
das nações estrangeiras. O caráter da própria excursão modificou-se, e do
Grand Tour Clássico, com base em observações e registro neutro de galerias,
museus e artefactos altamente culturais, passou-se para o Grand Tour
Romântico, que presenciou a emergência do turismo voltado para a paisagem
e de uma experiência muito mais particular e apaixonada da beleza e do
sublime.

3. TIPOS DE TURISMO
Como atividade econômica, o turismo passa por inovações constantes, em
relação à competitividade dos mercados e das exigências da demanda. Deste
modo as empresas de turismo caminham para a especialização, deixando de
ser generalistas, oferecem agora produtos segmentados, para uma demanda
específica.
A melhor maneira de estudar e planejar o mercado turístico é por meio da sua
segmentação, que é a técnica estatística que permite decompor a população
em grupos homogêneos, e também a política de marketing que divide o
mercado em partes homogêneas, cada uma com seus próprios canais de
distribuição, motivações diferentes e outros fatores. Essa segmentação
possibilita o conhecimento dos principais destinos geográficos e tipos de
transporte, da composição demográfica dos turistas, como faixa etária e ciclo
de vida, nível econômico ou de renda, incluindo a elasticidade-preço da oferta e
da demanda, e da sua situação social, como escolaridade, ocupação, estado
civil e estilo de vida. O motivo da viagem, entretanto, é o principal meio
disponível para se segmentar o mercado.

No setor de turismo, a segmentação do mercado usa, principalmente, as


seguintes denominações:
a) Turismo corporal: A experiência turística é focada no corpo do turista.
a. Turismo de Saúde: Envolve a busca de tratamentos e cuidados
para o corpo e psique. Pode ser estético, paliativo ou preventivo e
é subdividido em dois:
i. Médico: Envolve tratamentos medicamentosos e a
possibilidade de acesso aos procedimentos cirúrgicos;
ii. Bem-estar: Consiste em práticas orientadas para
relaxamento e tratamentos naturais;
iii. Turismo de gestação: É um tipo de turismo exclusivo
para as mulheres e está ligado à maternidade:
1. Parto: Mulheres que procuram dar à luz seus filhos
em destinos cuja concessão de nacionalidade
implica maiores benefícios do que os seus próprios,
e na maioria deles exercer atividade turística;
2. Aborto: É praticado por mulheres que procuram
fazer abortos fora de seu local de residência, em
destinos onde o aborto não é ilegal.
b) Turismo sexual: É a prática sexual que os turistas realizam fora de seu
local de residência porque não é ilegal, eles os sentem como
embaraçosos e/ou são considerados desonestos. Pode ser prostituição,
bestialidade, sexo infantil e adolescente, etc;
c) Turismo ativo: É aquele que envolve colocar o corpo em exercício, seja
em terra, por ar ou água;
a. Aventura: Envolve a prática livre, e muitas vezes arriscada, de
atividades atléticas, tanto em ambientes naturais quanto artificiais;
b. Desporto: Envolve a prática competitiva de exercícios e esportes.
Ao contrário do turismo de aventura, não é praticado para a
simples alegria da atividade ou bem-estar corporal, mas envolve
vencedores e perdedores.
d) Turismo intelectual: A ação se concentra nos processos intelectuais do
tema turístico.
e) Turismo religioso: É o que um turista realiza com o propósito de
práticas espirituais. Não tem nada a ver com visitar igrejas ou
monumentos religiosos, que é o turismo artístico /patrimonial.
f) Artístico/patrimonial: É o tipo de turismo que envolve envolvimento
com a arte e o patrimônio do novo destino. Pode ser cinematográfico,
literário, arquitetônico, monumental, escultural, etc.
g) Turismo educacional: É um tipo de turismo ligado à observação e à
aprendizagem.
a. Congressos e feiras: É praticado por turistas cujo principal
objetivo é participar de eventos em que eles esperam ser
educados;
b. Linguagem: Estas são práticas turísticas motivadas pela
aprendizagem de outro idioma;
c. Científico: Feito por aqueles turistas que buscam pesquisar,
descobrir, aprender e gerar novos conhecimentos.
h) Turismo gastronômico: É um tipo de turismo que vai além do ato de
alimentação, envolve levar todos os sentidos ao seu máximo expoente
graças a uma prática culinária.
i) Turismo virtual: Quando, graças à tecnologia, sem usar o corpo, mas a
mente, você experimenta a transferência e a prática turística.
j) Turismo material: isso é chamado de experiência turística que gira em
torno da posse de objetos.
k) Turismo de transferência de mercadorias: Inclui todas as viagens
motivadas pela troca de bens materiais por outros bens materiais ou por
dinheiro. Pode ser legal como é o caso de roupas, cosméticos, utensílios
domésticos, etc. ou ilegal quando se trata de pirataria ou tráfico de
drogas, espécies animais ou obras de arte.
a. Compras: O turista busca acesso a itens que não estão
disponíveis em seu local de residência ou que são mais caros lá;
b. Para venda: Quando o turista procura vender certos produtos em
um lugar fora de sua residência para obter um maior retorno
econômico;
c. Redenção: O assunto troca seus produtos por outros em um
destino onde ele aproveita a experiência turística.
l) Turismo de negócios: É o que é praticado para obter benefícios
econômicos no futuro e em grande escala.
a. Turismo de negócios: É o que é praticado ao visitar empresas e
indústrias, a fim de conhecer as suas instalações, seus
funcionários, suas formas de trabalho, etc.
m) Turismo de luxo: Tipo de turismo praticado por pessoas de alto poder
aquisitivo que buscam viver o maior conforto, recebem a melhor atenção
e estão cercadas por marcas de renome e tecnologia de ponta.
n) O Turismo de Natureza: Consiste num produto turístico composto por
estabelecimentos, atividades de animação ambiental e serviços de
alojamento. Integra um conjunto de práticas diversificadas que vão
desde o alojamento em casas tradicionais, à interpretação e
contemplação e usufruto da natureza nas suas diferentes vertentes (ex:
passeios a pé, de bicicleta, a cavalo, observação de aves, canoagem,
escalada, orientação, etc). Essas atividades visam promover a
ocupação dos tempos livres dos turistas e visitantes através do
conhecimento e da fruição dos valores naturais e culturais próprios das
Áreas Protegidas.
o) Turismo Cinegético: O Turismo Cinegético é a atividade de caça de
animais bravios, com fins recreativos ou comerciais. O exercício da caça
observa as modalidades descritas a seguir:
a. A caça por licença simples: É exercida pelas comunidades
locais, nas áreas de conservação de uso sustentável e nas zonas
tampão com o objetivo de satisfazer necessidades de consumo
próprio;
b. A caça desportiva: É exercida por pessoas singulares nacionais
e estrangeiras, nas coutadas oficiais, nas fazendas do bravio e
em outras áreas de conservação de uso sustentável e nas zonas
tampão, em conformidade com o plano de maneio.
3.1. TIPOS DE TURISMO EM ANGOLA
3.1.1. CARATERISTICAS GEOGRAFICAS
Angola está situada na região ocidental da África Austral, tem uma superfície
de 1.246.700 km2, está banhada pelas aguas do Oceano Atlântico, o seu litoral
estende-se por 1.650 km.
O Clima em Angola tem duas estações, a das chuvas, período mais quente que
ocorre entre os meses de Setembro a Maio, e a do Cacimbo. O Cacimbo ou
Seca é menos quente e vai de Maio a Setembro. As Temperaturas Médias do
país são de 27°C máxima e 17°C mínima. O país tem uma vasta diversidade
na sua fauna e flora e quilómetros de rios.
Angola é sem dúvida um país abençoado pela natureza, é difícil saber qual a
sua maior riqueza, entre o seu povo, com toda a sua riqueza cultural, as suas
belezas ou riquezas naturais.
Considerado um povo amigável e hospitaleiro, país dono de uma variedade
incrível de paisagens e uma cultura dinâmica e cativante, fazem de Angola um
país que vale a pena explorar.
“Aos nossos rios, nossos lagos, ás nossas montanhas, às florestas Havemos
de voltar"1. Em termos de turismo pode-se afirmar que Angola é um diamante
em bruto, com um potencial enorme ainda por explorar.
Vejamos, Angola como país, reúne no seu território uma variedade tão grande
de paisagens, climas, praias lindíssimas, montes, florestas tropicais, o deserto,
etc.
Por tanto, em Angola devido a sua própria posição geográfica, per se, e a sua
cultura, mostra características que encaminham, a num futuro, ser um dos
destinos turísticos mais promissores de África e do mundo.
Então podemos concluir que Angola, com as suas características naturais,
pode explorar algumas vertentes dos tipos de turismo conceituados infra, uma
vez que as algumas condições naturais já existem, tais como quedas de água,
parques naturais, florestas tropicais, etc.

4. A IMPORTÂNCIA DO TURISMO DA ECONOMIA

1
Dr. António Agostinho Neto – Havemos de volta
O turismo é um importante transformador de economias e sociedades,
promove inclusão social, gera oportunidades de emprego e renda.
Neste contexto o turismo o turismo é o único setor que ganha divisas para o
país sem esgotar os recursos naturais e sem realmente exportar bens
materiais.
A renda do turismo tende a aumentar a uma taxa maior do que a exportação de
mercadorias em vários países
Por exemplo, em países como Índia e Espanha, o turismo é o maior ganhador
de divisas. Segundo fontes oficiais espanholas, em 1981, houve mais
chegadas de visitantes na Espanha (40 milhões) do que a população real do
país (36 milhões). O turismo é, portanto, a fonte de renda mais importante para
muitos países.
O dinheiro gasto pelo turista ajuda a melhorar a saúde de todas as empresas
da região. Por exemplo, estradas construídas para serem usadas por turistas
fornecem à população local acesso também aos centros de mercado.
A indústria do turismo é uma indústria de serviços altamente intensiva em mão
de obra que gera emprego para trabalhos altamente qualificados,
semiqualificados e não qualificados em setores como hotéis, restaurantes,
agências de viagens, escritórios de turismo, lojas etc. Além disso, o turismo cria
emprego fora da indústria, por exemplo, a infraestrutura básica como estradas,
aeroporto, abastecimento de água etc.
O turismo sempre foi um veículo único de promoção cultural. Grande número
de pessoas viaja para países estrangeiros para conhecer sua cultura e
tradição. O turismo preserva indiretamente o meio ambiente, desencorajando a
industrialização em larga escala em locais onde a beleza natural deve ser
mantida intacta. De uma certa forma, isto pode ser visto como algo negativo
para a economia por limitar a criação de fabricas ou industria que gere mais
emprego, e traga desenvolvimento para o pais. Contudo, o turismo ajuda a
trazer um balanco ao pais, e mostra a necessidade de preservar a identidade
nacional e cultural.
Como resultado das compras culturais, que constituem uma parte importante
de qualquer roteiro turístico, o artesanato local ainda sobrevive. O turismo
também deu uma nova vida aos costumes, fantasias, festivais e danças
tradicionais, que geram emprego para a seção mais fraca nas áreas remotas
do país. Portanto, o turismo pode contribuir com benefícios exclusivos para
uma nação, explorando sua herança cultural.

4.1. A IMPORTANCIA EM ANGOLA


O turismo é particularmente um sector no qual muitos países produtores e
exportadores de petróleo muito afetados pela crise derivada da queda do preço
do crude querem apostar.
Trata-se de um sector que pode criar muitos postos de trabalho, porque para
ele concorrem atividades produtivas de diversa natureza.
O petróleo já não deve ser a única fonte de obtenção de divisas para o país. A
crise que agora atravessamos mostrou-nos que não é bom estarmos
dependentes da volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional.
Angola tem potencialidades em recursos naturais, mas também tem belezas
que a natureza deu ao nosso país e que podemos explorar, para benefício de
muitos angolanos. Portanto, para o pais, a importância do turismo para a
economia de angola ainda vem e somente um fator “potencial”. E essa
potencialidade foi presenciada logo somente 3 anos apos o final da guerra,
Angola experienciou 180,000 turistas em 2004 (II Conselho Consultivo Lubango
2019).
Mesmo assim tal potencial, ainda tem muito do seu território desconhecido por
grande parte do turismo internacional; mas que positivamente já temos
exploração considerável e com sucesso por empreendedores sul-africanos e
namibianos. Por exemplo a empresa sul africana Tikk Africa que fabrica
barcos de recreio mostrou o seu interesse na província de Malange em trazer
turismo ligado a área de pescas e passeios de barcos turísticos nos rios (2017).
Numa primeira fase, foi feito um levantamento dos rios de Malange onde
lograram ser colocados os barcos de recreio e fez-se contacto com o governo
local, e também, abordaram o tema da formação de jovens que vão gerir o
projeto.

4.1.1. Fatores ilustrando e promovendo a importância do turismo para


o pais
 Lei do Turismo em Angola (Lei nº 9/15 de 15 de Junho)
o Visa estabelecer bases estratégicas para o desenvolvimento do
sector, dotando este diploma legal que define as regras e as
linhas orientadoras ara a organização do turismo nacional.
o Baseado em três princípios gerais: conetividade, sustentabilidade
e transversalidade.
o Parte destes planos estratégicos incluem a adoção do
procedimento de licenciamento que contribua para uma oferta
turística de qualidade.
o A lei também prevê a necessidade de uma gestão sustentável do
turismo, respeitando o ambiente, a biodiversidade e valores
comunitários.

 Ministério da Hotelaria e Turismo


Temos a recente participação da ministra do turismo na 23 assembleia geral da
Organização Mundial do Turismo (OMT) na Rússia que tomou lugar entre 9 e
13 de Setembro, onde se promoveu o potencia do turismo em angola e os
passos dados para que o estrangeiro tenha interesse em visitar o pais.
o Fórum Mundial do Turismo entre 23 a 25 de Maio 2019
Presença do presidente da republica, a ministra do turismo Ângela Bragança e
o presidente do World Touism Forum Bulut Bagci. Como objetivo nacional,
angola ira trabalhar durante um período de 5 anos com a organização WTF
para atrair investidores e promover a imagem do pais.
o Atualização do Plano Diretor Nacional do Turismo de 2011
Novas medidas de dinamização para os polos turísticos de:
a) Cabo Ledo e Futungo de belas em Luanda;
b) Calandula em Malanje;
c) Okavango no Cuando Cubango.
Há necessidade de implementação de agua, energia, estradas, e aeroportos
funcionais. A ministra admite que o plano de 2011 esta limitado e precisa de
inserção de novas ideias com melhor estruturação de objetivos e metas a
atingir.
 Congresso de Hotelaria e Turismo em Setembro
Tendo abertura no dia 26 de setembro de 2019, foi discutido a necessidade
de diversificar a industria para mais atracão nacional e estrangeira. Tal
congresso, foi realizado paralelamente com a Expo-Hotel Angola, pela
Associação de Resorts e Hotéis de Angola (AHRA). Consistindo da exposição
de produtos, serviços angolanos, o evento teve como objetivo mudar a
mentalidade dos angolanos e dar primazia ao que e nacional.

CONCLUSÃO
A crise económica obrigou as autoridades a procurarem alternativas viáveis
que possam atenuar o impacto da crise na vida das populações. A
diversificação da economia é uma das saídas que muitos países do mundo
exportadores de petróleo, de diferentes continentes, encontraram para
conseguirem receitas em divisas.
Sectores da produção que antes não eram suficientemente valorizados, como a
agricultura, as pescas e o turismo, hoje são considerados sectores
indispensáveis para uma economia crescente e sustentável.
Mas perguntámo-nos, será que o nosso País tem o potencial para esta área
que é o turismo? A resposta é SIM! Em termos de pontos turísticos naturais,
Angola tem mais do que suficiente para que se torne efetivamente uma das
grandes fontes da economia sustentável.
Felizmente há muita vontade de se avançar para a concretização de projetos
turísticos. Contudo, verificamos que ainda há uma longa jornada a percorrer.

PONTOS NEGATIVOS:
 Carência de infraestruturas;
 Abastecimento de Águas;
 Fornecimento de Energia;
 Saneamento;
 Transportes;
 Saúde;
 Segurança;
 Comunicação;
 Mercados formais e informais;
 Oferta de programas de animação;
 Falta de divulgação;
 Falta de postos de informação turística;
 Falta de incentivo financeiro para o sector

MEDIDAS DE ACÇÃO
PROGRAMA GLOBAL DO TURISMO, (PGT) 2011/2020):
 Desenvolver as estatísticas e o estudo do turismo;
 Atrair investimentos e financiamento para o turismo;
 Implementar programas de promoção;
 Alinhar ações Interministeriais de apoio ao turismo;
 Reforçar competências dos Governos Provinciais;
 Gerir o cadastro e inventário dos recursos turísticos;
 Implementar um plano de desenvolvimento dos recursos humanos para
a melhoria da qualidade dos serviços no sector;
 Maximizar os benefícios económicos e sociais para a população;
 Apostar na inspecção e fiscalização como meio de obter receitas;
 Pacotes turísticos de viagens curtas (passeios, visitas, fins de semana
prolongados).

Angola tem tudo para que o turismo seja um grande negócio. Devem eliminar-


se barreiras que possam dificultar a atividade de empresas que queiram
contribuir para o crescimento económico do país.
É de primordial importância um comprometimento das instituições de direito
com o desenvolvimento do turismo não só local, mas também nacional para se
alcançar a diversificação da economia, melhorando as condições
socioeconómicas da população visando o desenvolvimento do País. Resta-nos
aproveitar o potencial turístico que o País oferece de acordo com a
oportunidade apresentada, viabilizando a consolidação do turismo nacional,
diante da realidade desafiadora. Quanto mais atividades produtivas tivermos,
mais crescimento económico teremos

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