Você está na página 1de 10

Faculdade de Ciências Agrárias

Licenciatura em Engenharia Florestal


3º Ano 1º Semestre
Extensão Comunitária III

PLANO DE MONITORIA E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS DE


DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO LOCAL

Discente:
Belmiro Mateus Celestino

Docente:
Eng.º Filipe Zeca Canção

Unango, Maio de 2020


ÍNDICE
I.INTRODUÇÃO.............................................................................................................................3

1.1. Objectivos.............................................................................................................................3

1.1.1. Geral..................................................................................................................................3

1.1.2. Especificos........................................................................................................................3

I. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................4

2.1. Objectivos.................................................................................................................................4

2.2. Cadeia de resultados.................................................................................................................4

2.3. Análise dos actores...................................................................................................................4

2.4. Análise dos riscos.....................................................................................................................5

2.5. Lidar com a complexidade........................................................................................................5

3.Plano de monitoria e avaliacao.....................................................................................................6

3.1. Como e feito?............................................................................................................................6

3.2. Instrumentos de plano de Monitoria e avaliação......................................................................6

3.2.1. Ficha de colecta de dados de base.........................................................................................6

3.2.2. Ficha de monitoria e avaliacao de actividades......................................................................7

3.2.3. Ficha de monitoria de projectos.............................................................................................7

III.PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES..............................................................................................9

IV. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA.........................................................................................10

2
I.INTRODUÇÃO
A Monitoria é uma tarefa quotidiana de colecta e revisão de informação sobre as actividades e
resultados, que reflete como uma determinada operação é desencadeada, que aspectos desta
operação precisam ser melhorados e/ou corrigidos e, neste sentido os dados e informações da
monitoria são peças fundamentais para a Avaliação (GRUNWALD, 2011).
A Avaliação visa obter melhor entendimento dos impactos das actividades e sobre como as
abordagens e práticas utilizadas no projecto, poderão ser melhoradas e/ou corrigidas de modo a
elevar sua efectividade e eficiência. Uma Avaliação requer um levantamento sistemático de
informação, que poderá decorrer no meio ou no final de um projecto/actividade, com objectivo
de julgar a efectividade dos resultados esperados e decidir sobre as futuras intervenções. As
avaliações também poderão servir para garantir sentido de apropriação, não somente por parte
dos provedores de serviço, mas especialmente por parte dos beneficiários do projecto
(GRUNWALD, 2011).
A Monitoria e Avaliação participativa, permite que o pessoal do projecto, os Órgãos do projecto,
os Provedores de Serviço, os Beneficiários dos projectos e os interessados acompanhem o
progresso da implementação das actividades, do nível de alcance dos resultados e dos impactos,
analisando-os em relação ao planificado e identificando e analisando os problemas enfrentados, e
por fim introduzindo mudanças nos seus planos de projectos e planos de desenvolvimento
(GRUNWALD, 2011).
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Abordar sobre o plano de monitoria e avaliacao de projectos de desenvolvimento comunitario
local;
1.1.2. Especificos
Descrever o plano de monitoria e avaliação de projectos de desenvolvimento comunitario
local;
Indicar os instrumentos utilizados no plano de avaliação e monitoria de projectos de
desenvolvimento comunitario local;
Esboçar um plano de monitoria e avaliação de projectos de desenvolvimento comunitario
local.

3
II.REVISÃO DA LITERATURA
O planeamento é um processo estruturado no qual se define aquilo que uma certa intervenção
pretende atingir e a forma como isso será feito. Geralmente distinguem-se dois tipos de
planeamento: No planeamento estratégico, chega-se a acordo sobre a abordagem geral a utilizar
para alcançar um objectivo maior ou visão. A estratégia define o quadro em que se vai
desenvolver o trabalho, mas normalmente não refere actividades específicas. Em geral o
planeamento estratégico é da responsabilidade da gestão de topo, assessorada pelo pessoal sénior
ou os coordenadores (GRUNWALD, 2011).
No planeamento operacional definem-se objectivos mais específicos, é estabelecido um
calendário para a execução das actividades necessárias para os alcançar e são designados os
recursos (quem faz o quê, quando e com que recursos) (GRUNWALD, 2011).
O planeamento operacional é especialmente da responsabilidade do pessoal sénior ou
coordenadores e é feita em cooperação com outro pessoal. Na etapa final do processo de
planeamento é formulado um documento, geralmente chamado proposta. Normalmente este
documento focaliza-se na visão geral estratégica de toda a intervenção e dá alguma orientação
para o planeamento operacional (GRUNWALD, 2011).
2.1. Objectivos
Os objectivos são os resultados desejados de uma intervenção de desenvolvimento.
Dependendo de quão próximo estes efeitos desejados estão ligados à intervenção, eles são
chamados produtos, efeito ou impacto (PRODEL, 2018).
2.2. Cadeia de resultados
A intervenção de desenvolvimento pode ser descrita como uma sequência logicamente
interligada de recursos e produtos para alcançar determinadas mudanças. Com “logicamente
interligada” referimo-nos a uma lógica causal, baseada (PRODEL, 2018).
2.3. Análise dos actores
Todas as intervenções de desenvolvimento requerem a cooperação de várias pessoas, grupos e
organizações diferentes — também chamados actores. No caso de intervenção relacionadas com
a FP, os actores podem incluir professores, formadores, estudantes, pais, empregadores,

4
candidatos a emprego, assim como pessoal e directores de escolas, centros de FP, centros de
emprego, e os ministérios da Educação e do Trabalho (PRODEL, 2018).

2.4. Análise dos riscos


A análise dos riscos é uma técnica que permite identificar e avaliar os factores que podem pôr
em perigo o sucesso de uma intervenção de desenvolvimento, impedindo a sua implementação
ou o alcance dos seus objectivos. Alguns exemplos de riscos são crises económicas, conflitos
armados, catástrofes naturais, valores divergentes entre actores, padrões de discriminação
existentes em relação a diferentes grupos devido a idade, género, etnia, religião (PRODEL,
2018).
A análise dos riscos também permite elaborar medidas preventivas tendentes a reduzir a
probabilidade da ocorrência destes riscos ou a reduzir o seu provável impacto sobre a consecução
dos objectivos da intervenção. Para realizar a análise seguem-se, normalmente, os seguintes
passos (PRODEL, 2018).
Identificar e categorizar os riscos, de acordo com a gravidade do seu possível impacto
negativo.
O que é possível que aconteça e como iria afectar o alcance dos objectivos da
intervenção?
Atribuir probabilidade aos riscos. Qual é a probabilidade de que o problema ocorra?
Elaborar estratégias de gestão de riscos. Como podemos evitar que os riscos ocorram?
Como podemos minimizar o seu impacto?
Monitorar riscos, condições e pressupostos. Os riscos identificados afectaram a
intervenção? Como? As nossas estratégias de gestão de riscos funcionaram? Surgiram
outros riscos novos que devemos tomar em conta?
2.5. Lidar com a complexidade
Durante o planeamento, não é possível prever todas as mudanças que uma única intervenção
pode causar; por outro lado, também não é sempre possível, no decurso do plano da M&A,
atribuir uma determinada mudança ou impacto a um evento ou intervenção específicos
(PRODEL, 2018).

5
Por essa razão, é importante conceber um sistema de M&A que não siga apenas a lógica
estritamente linear da cadeia de resultados, mas que permita também recolher informação
adicional, a qual poderá ajudar-nos a tomar consciência de outros aspectos importantes
(PRODEL, 2018).
Essa informação adicional pode também fornecer indicações úteis quanto às causas subjacentes
aos factos observados. Os capítulos seguintes apresentam algumas ideias sobre a forma como
isso se pode efectuar (PRODEL, 2018).
3.Plano de monitoria e avaliacao
3.1. Como e feito?
No processo de M&A participativa, a elaboração de planos de monitoria é essencial. Para o caso
de M&A o plano de monitoria descreve e detalha as (i) actividades a serem monitoradas, (ii) os
indicadores a serem observados (incluindo as metas, os pressupostos e os meios de verificação),
(iii) as ferramentas a serem utilizadas para monitoria, e (iv), o cronograma de monitora, que
inclui os grupos alvos e os responsáveis para efectuar as visitas de monitoria (USAID, 2008).
O plano de monitoria deve ser aplicado a todos níveis de M&A com particular enfoque ao nível
dos programas provinciais e ao nível de coordenação. Os planos de monitoria são diferentes para
cada projecto, pois os indicadores a medir, dependem especificidade de cada projecto e da fase
de desenvolvimento em que um determinado projecto se encontra. O cronograma de monitoria,
faz parte do plano de monitoria e ilustra as actividades a serem monitoradas, e os momentos
específicos em que ocorrerá a (visita de) monitoria. É muito importante que o cronograma de
monitoria seja partilhado com os diferentes intervenientes do projecto (USAID, 2008).
3.2. Instrumentos de plano de Monitoria e avaliação
3.2.1. Ficha de colecta de dados de base
Esta ferramenta permite colectar (antes da implementação do projecto) informação relativa a
situação de gestão de terra e situação socioeconómica de uma determinada comunidade ou
associação beneficiária. A informação deve ser colectada de forma participativa, envolvendo os
beneficiários e membros do Governo local, de forma que estes estejam preparados para
monitorar progressos das actividades do projecto. A fase da concepção do projecto é ideal para
colectar estes dados de base (USAID, 2008).
Os dados de base permitem indicar durante a fase de avaliação, o esforço empreendido e o
esforço necessários a empreender num determinado projecto para alcançar um determinado

6
objectivo, considerando seus indicadores e metas. Assim, é crucial que os dados de base seja
uma ferramenta indispensável para colher os dados de base (USAID, 2008).

3.2.2. Ficha de monitoria e avaliacao de actividades


A ficha de monitoria de actividades permite ao Provedor de Serviço e aos beneficiários de
projectos monitorarem progressos das suas actividades, orientando-se pelos indicadores e pelas
metas apresentadas na Matriz do quadro Lógico, da proposta técnica do projecto submetida pelo
provedor de serviçO (USAID, 2008).
3.2.3. Ficha de monitoria de projectos
A ficha de monitoria de projectos é utilizada pela equipa e pelos membros dos órgãos de apoio,
serve para monitorar o progresso dos projectos implementados e o desempenho dos Provedores
de Serviço, associado a colecta de lições aprendidas relevantes nos processos de delimitação e
demarcação de terras comunitárias. Os resultados deste tipo de monitoria, associados as
monitorias efectuadas pelos provedores de serviço e beneficiários, servem para avaliar o impacto
de um determinado projecto (USAID, 2008).
A avaliação pode ocorrer em qualquer um dos níveis de monitoria descritos anteriormente,
contudo é preciso seguir uma sequência lógica, de forma que a avaliação reflicta a realidade a
nível dos beneficiários e aos objectivos de uma determinado projecto.
Esboço de um plano de monitoria e avaliação, Exemplos:
Estrutura/ modelo Breve descricao Gestao do projecto Plano de monitoria e
avaliacao
Conceptual Interacao de varios Determina quais Não, pode ajudar a
componentes e factores serao explicar os resiltados
factores influenciados pelo
projecto
Resultados Objectivos do Mostra a relacao Sim-ao nivel dos
projecto ligados a causal entre os objectivos
forma logica. objectivos do projecto
Modelo logico Liga de forma logica Mostra relacao causal Sim – em todos
os imputs, processes, entre os inputs e os estagios do projecto,
outputs e outcomes objectivos. desde os inputs ao
process para o outputs
e destes para
outcomes objectivos
Quadro logico Liga de forma logica Mostra a relacao Sim – ao nivel do
os objectivos, outputs causal entre as output e resultados.

7
e actividades do actividades e os
projectos. objectivos

Plano de monitoria e avaliacao de projectos concebidas atraves do ZOOP e marco logico


Descricao do Indicadores Meios de Pressupostos
projecto verificacao
Geral: descricao Mede ate que ponto Fonte e metodos de Pressupostos
ampla do impacto o projecto contribuiu recolha e referentes a relacao
que se pretende com de forma sustentavel apresentacao dos entre o proposito e o
o projecto ao nivel para o goal, usa – se dados. goal.
nacional ou sectorial durante a avaliacao.
Enquadramento do As condicoes no fim Fonte e metodos de Pressupostos
problema: define de do projecto que recolha e referentes a relacao
forma geral e indicam que o apresentacao dos entre o proposito e o
abrangente as proposito foi dados. goal.
interacoes e os alcancado.
resultados esperados
do programa.
Objectivos: o Mede ate que ponto Fonte e metodos de Pressupostos
resultados do os objectivos foeam recolha e referentes a relacao
esperado na alcancados e apresentacao dos entre o outcomes
producao de conduzem de forma dados. proposito.
determinado output. sustentavel os
beneficios.
Outputs:os Mede a qualidade e Fonte e metodos de Pressupostos
resultados directos e quantidade output recolha e referentes a relacao
mensuraveis do apresentacao dos entre o outputs e
projecto. dados. outcomes.
Actividades:as As metas de Fonte e metodos de Pressupostos
tarefas executadas implementacao dos recolha e referentes a relacao
para produzir os projectos. apresentacao dos entre o output e as
outputs identificados dados. actividades..

8
III.PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES
Com os objectivos traçados, conclui – se que:
O planeamento operacional é especialmente da responsabilidade do pessoal sénior ou
coordenadores e é feita em cooperação com outro pessoal. Na etapa final do processo de
planeamento é formulado um documento, geralmente chamado proposta. Normalmente
este documento focaliza-se na visão geral estratégica de toda a intervenção e dá alguma
orientação para o planeamento operacional.
Esta ferramenta permite colectar (antes da implementação do projecto) informação
relativa a situação de gestão de terra e situação socioeconómica de uma determinada
comunidade ou associação beneficiária.
A ficha de monitoria de actividades permite ao Provedor de Serviço e aos beneficiários
de projectos monitorarem progressos das suas actividades, orientando-se pelos
indicadores e pelas metas apresentadas na Matriz do quadro Lógico, da proposta técnica
do projecto submetida pelo provedor de serviço.
A ficha de monitoria de projectos é utilizada pela equipa e pelos membros dos órgãos de
apoio, serve para monitorar o progresso dos projectos implementados e o desempenho
dos Provedores de Serviço, associado a colecta de lições aprendidas relevantes nos
processos de delimitação e demarcação de terras comunitárias.

9
IV. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
GRUNWALD, Edda: Monitoria e avaliação de intervenções de desenvolvimento relacionadas
com a Formação Profissional (FP): Um guia para profissionais. Luanda, 2011.
PRODEL – Programa de Desenvolvimento Económico Local: Monitoria & Avaliação.
Moçambique, 2018.
USAID: Formação básica em monitoria e avaliação. Moçambique. 2008.

10

Você também pode gostar