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Eiii..ÂS§ OCI"AÇÁO DO-S ANifGoS ALlJN"OS .DA JI'OLlTÉ CN .IC A EZ ·-~'$§§§i§+diibNB
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• SEOI! ADMI NISTRAT IVA : C L UB Oe E NG L!NHARIA


SÉOE SOCIAL : ESCO LA NACIONAL OE ENG ENHARIA

CURSO DE PROJETO E EXECUÇÃO DE BARRAGENS DE CO~CRETO

UNIDADE : I

ASSUNTO : AMOSTRAGEM DOS COMPONENTES E DO CONCP..ETO

EXPOSITOR : EN'GQ WANDERLEY GUIMARÃ.ES CORR~A

'
"

~ :

.
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COORDENADOR : PROFESSOR FLAVIO MI GUEZ DE WLELLO DA ESCOL~ DE


ENGENHi\.RIA DA UFRJ e LUIZ CARLOS DOS SAHTOS,
DA ENGERIO . .-
1 - INTRODUÇÃO

O controle do concreto de uma barragem ou de qualquer o~


tra obra de grande porte , deve ser do tipo "preventivo" , isto é,
todas as providências devem ser tomadas para que o produto final ,
o concreto , apresente as caracteristicas de resistência , imperme~
bilidade e durabilidade totalmente satisfatÓrias , conforme os pa-
drÕes estabelecidos na especificação .

Para que se possa atingir esta condição , uma etapa impor


tante é o controle da quali dade da natéria prima qu e entrará na
-~ ~
conpoai ç·~o · do concreto e o controle do proprio concreto desde a
sua pr eparação até o final do acabamento .

Nas obras de barrageQ os nateriais componentes do concr~


to produzidos em industrias tais cano o cioento, pozolanas, aços
e aditivos são geralmente adquiridos pelas empresas contratantes
da obra , cabendo ao Empreiteiro a produção de agregados e o trata
menta das águas destinadas à cura e amassamento do concreto .

A amostragem e o controle da qualidade dos materiais foE


necidos ao Enpreiteiro é exercido na maioria dos casos pela Con-
t r atante , que executa no caso o chamado "Controle de Recepção" .
~~1 controle consiste em somente per mitir a entrada na obra de

partidas de qualidade satisf atÓria .

Na produção de agregados e concreto · a meta do Empreitei-


ro é a produção de volumes de material que pernitam atender o Cr~
nograma da obra , com um nivel de qualidade dentro dos limites es-
tabelecidos pela especificação a um custo que l he permita uma boa
margem de lucro . Para· tanto o Empreiteiro irá controlar pernane~
temente todas as etapas da sua produção , exercendo portanto o
"controle de produção" .

Àcontrante i rá verificar periodicamente se estes mate-


riais estão sati sfatÓrios exercendo então o "controle de aceita-
çao '!
Temos portanto na obra 3 tipos de controle de materiais,
cada um com caracteristicas especificas .

Eo cada destes controles a aceitação ou rejeição


um de
determinada partida ou volume produzido de ~aterial será feita p~
la verificação da confor~idade destes materiais a indices ou par~
metros de qualidade previamente estab elecidos .

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?

A fixação deste Índices é uma tarefa da projetista a . ser


executada antes do inÍcio das concretagens . Quanto Eais realistas
e corretos forem estes parâmetros, mais eficiente se tornará o
co~trole e melhores resultados serão obtidos na ex ecução das es-
, . ~

truturas , tru1to do ponto de vista te cnico como economico.

Est~
-
a tividade geralnente nao e, considerada em muitos
projetos, gerando inÚmeros problemas ·para o controle dos mate-
riais durante a execução da obra taís como necess idade de explora
ção de novas jazidas ~ uso de cimentos inadequados e outros.~ mu!
tos casos estes problemas , por uma questão de c'omo'didade .o u exi-
gências. de cronograma são solucionados de modo simplista p~rmitih
do- se a execução de concretos de má qualidade .

As diretrizes adotadas no controle dos materiais e do


concreto de uso generalizado com nossas obras de barragem serao
apresentadas a segu ir~

2 - A-MOSTR..;,GEr;1 DOS MATERIAIS COMPONENTES

2 .1 - Finalidade

Confo rme jÚ foi dito anteriormente o controle da natéria


prima é um controle preventivo, pois dific~lmente se obtem um bpm
concreto a partir de materiais de oú qualidade.

A fina lidade deste controle é garantir sempre o uso de


nateriai s satisfatÓrios na produção do concreto .

O porte da obra , e principalmen te as consequências cata~


trÓficas resultantes de defeitos ou colapso das estruturas de baE
ragens justificam a adoção de controles rigorosos na recepÇão e
~ c e itação de materiais para concreto .
·._

2. 2 - Produção dos Materiais

Os materiais são produzidos em indus trias ou no canteira.

Os materiais industriais podem ser analisados antes do


inÍcio das obr as pel a Contratante ou Projetista definindo -~e . os
valores médios de seus Índices qualitativos e a sua uniformidade
através do .terapo por neio do 11 histÓrico 11 de qualidade" do produto.

A escolha de produtores que forneçam materiais que aten·


dam os requisitos especificados com razoável uniformidade já é un
p rimeiro pass o para a garantia de obtenção de um bom concreto .

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Esta seleção já se c onsti tue em uma forma de controle
pois é sempre interessante , no caso de obras de barragem, normal-
~en te situadas em locais distantes de centros produtores , evitar

problemas decorrentes da r ecusa de partidas de material na obra .


Estas recusas ..poderão gerar uma série de problemas , sendo o mais
grave deles a paralização das concretagens .

Entre aceitar um material deficiente e paral izar as con-


cretagens muit as vezes não se te~ outra saÍda a não ser adotnr a
prioeira de l as .

A primeira providência no controle dos materiais indus-


triais é a escolha de bons produtores . Esta escolha virá inclusi-
ve faci litar o controle de recepçqo durante a execução da obra .

Os nateriais beneficiados pelo Eopreteiro são provenien-


tes de jazi das selecionadas pela Projetista por ocasião do Proje-
to básico. Com base nas caracterÍsticas dos materiais destas jazi
das são est~belecidos Índices qu~litativos médi os que irão cons-
tar da Especificação Técnica , que é um doc~ento de l icitação .

Baseado na definição destes materiais e em seus Índices


qualitativos irá o Empreiteiro dimensionar e c~librar as suas in~
talações de beneficiamento de agr egados . Estas instalações pode-
rão ser do tipo :

extração e benefi ciamento de ar eia


- extração e beneficiamento de c ascalhei ra , podendo- se
ou não obter areias
produção de areia artificial
- produção de pedra britada
,
A primeira t a refa do Eopreiteiro e calibrar a sua insta-
lação para que o material atenda às exigências da especificação
quanto à granulometria , forma de grão e material pulverulento , lig
peza , segregação e teor de unidade .

A contratante apenas executa ensaios esparsos de verifi-


caçao e sonente deve permiti r o inÍcio das concretagens quando es
tas instalações estiverem funcionando normalmente .

2 . 3 - Critérios de Amostragem

Os materiais produzidos em industrias devem ser de prefe

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rência anost:rados-·na fonte por rae io de ensaios expedi tos e lá li-
.berados para. embarque com dest ino à obra .
, , .
Quendo o Empreiteiro e o responsavel pela compra destes
materiais a contratante i rá ~ostrá- los na obra, devendo o Emprei
teiro , por sua conta realizar ensaios de .. liberaç ão na fonte para
se garantir contra possiveis r ecusas de partidas de material .

Os nat eriais produzidos no c anteiro são liberados no pr~


prio canteiro , send o que o prob l ema da recusa do mat erial assuoe
outro caráter , pois as anomalias podem ser i~ediatanente sanadas
pel a correção das i nstalações de produção . O material r ecusado p~
,
dera ser novamente beneficiado e aprovado para uso .

2. 4 - Amostragem dos Materiais Produzidos ea Industrias

A amostragem destes materi ais poderá ser feita nas se-


guintes modalidades .

a - .1\..m ostr agem p ara liberaç ão na font·e

É executada no prÓprio f luxo de produção da fábrica


de onde são coletadas as anostras a intervalos de
tempo pr é - estabelecidos .

Uo cas o do cimento e p ozolana esta _amos t ragem é fei -


ta na sai da do moinho , antes do material ser enviado
pa ra os silos .

Para os aços esta amostragem é feit a na saida dos 1~


oinadores, coletando- se amos tras das corridas des ti-
nadas à obra .

Para os aditi vos esta amostragem é feita nas prÓ-


pri~s enbalagens arnazenadas no depÓsito do f abrican
te .

Os ensaios de liberação na fonte devea ser rápidos e


sumários poi s a indÚstria não pode paralizar a sua
produção normal pera aguardar r esultados de ensaios .
Estes ensaios deverão permitir a obtenção de resul ta
dos n o prazo máximo de 24 horas .

Os indices qualita tivos destes ensaios e que servi-


rao de base para a · l iberação ou r ejei ção das parti -
das devem ser estabelecidas de modo que os materiais

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não -apresentem resultados i nsati sfatÓrios nos en-
s.aú)'s d·e···lo~g~ dur~ção :O.ele~ r~·al.i-z~do.s . ~o c aso de
observar~se · uma oco~rência
continuada desta ano~alia
os Índices dos ensaios de liberação deverão ser codi
ficados .

b - Amostragem par a libera ção na obr a

Esta anostragem é identica à amostragen na fonte e


se destina a atender a duas situações.

- Verificar se a partida liberada na fonte nõo so-


freu avarias , danos ou foi adulterada durante o
transporte da fábrica à obra.

- No caso do Empreiteiro ser o responsável pela aqui


sição dos mat.e riais

... Será de toda a conveniência que esta amostragen. seja


feitq nas mesnas partidas liberadas na .fonte , o que
, ( .
.,.. nem ser::J.pre e poss~ vel po~s durante o transporte oco!
re a mistura das partidas , tornando difÍcil identifi
cá-las na obra .

c - rUnostra gem para c ontrole

Aprovado na liberação o material pode ser er::J.pregado


, ,
no concreto . É necessario porem que se conheç a muito
bem as suas c a r acterísticas e a sua variabilida de ao
longo do tempo . Isto é cons eguido mediante a re aliz~
ção de todos os ensaios necessários à perfeita ca-
racterização e qualificação de un determi nado na te-
rial . Estes ensaios são realizad os er::J. aoostras cole-
tadas na Central de Concreto ou no pátio de arnaçao .

Quando estes materiais começam a apresentar tendên-


,
cia para un decrescimo de qualidade, a lteraçao de c~
-
racterís ticas ou aumento da sua variabilidade , devem
ser adotadas providências mais rÍgidas no controle
de liberação ou então feitas inspeções às fábric as
para se levantar as ca.usas qu e estão dando origeo a
esta s variações . Enquanto não forem sanadas esta s i E
regulariedades a Contratante deverá agir no sentido
de que o concreto não te~ha _ a sua qualidade pre j udi-
cada , atuando na do sagen, no dine_nsion~ en_to da ar:r:1a
dura ou onde s e fizer necessári o .
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2. 5 - Amostragem dos Materiais Produzidos no Canteiro
. Estas amostragens são do seguinte tipo :

· a - ~ara controle das instalações

As anostras de agregados são ret i radas da correia


transportadora ~ ·-i :tlediatamente- ·antes do agregado ser
lançado na pilha de estoque s . São realizadas a int eE
valos de t eDpo re gular.e s que são anplia?-os à medidu
que as instal a ções apresentem uma no r~ali dade de pr~
dução .

Estes ensaios são poucos e de · execução · rápida para


per~i t ir uma inedi ata corre ção das i nstalações .

b - Amostragens nas pilhas de estoque s

Visam determinar possfveis quebras no agregado ~oti­


vadas pela queda l i vre ou então a oc orrência de se-
gregação nos estoques ou aumen t o do ·teor do material
pulverulento .

c - Controle da q ualidade

S5o anostragens f e itas na central ·de éoncreto e se


desti nam .à r ealizaç ão de todos os · ensaios de carac t~
rização .dos agr egados , que permitirão determinar o
seu histÓrico de qualidade , definindo a variabilida -
de de seus fndic es caracterfsticos ao longo do tegpo .

Neste tipo de cont role é de interesse que .. se conpo-


nham amostra s semanais ou nensais for.gadas c oo amos-
tras horárias e diárias de agregados .

d - Controle da água

A água para o aBassamento e cura do concreto deven


ser de fontes previamente analisadas . O seu controle
consistirá de amostragens periÓdicas para verificar
a ocorrência de po ssfveis contaminações ou alteração
de caracteristicas .

2 . 6 - Ensai os

Apresenta-se a seguir , à titulo de orientação um crité-


rio de amostrageD e respe ctivos e.:p.saios para nateriais componen-
tes do concreto produz i do na f onte ou no canteiro :
i ,.

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2.6 .1 ~ Cimento ( po~ t i Eo e marca)

a - . Liberação
,
- amostragem - metodo fuffi-508
- na fábrica a cada 40 t
- na obra à cada 200 t (compos~a com
amostras parciais de 40 t)

- ensaios - Finura peneira 200


Massa especÍfica
- Tempo de pega
- 803
- Cal livre
- Perda ao Fogo .

b - Controle

- aoostragem - à cada 7 . 500 t composta de anos-


tras parciais coletadas a cada
250 t .

- ensaios Todos os previstos na liberação


análise quÍmica -·expansibilidade
- Resistência à conpressão.

c - Especiais
A cada 30 . 000 t - calor de hidratação

2 . 6 . 2 - Materi al Pozolânico ( por ti po e fornecedor)

a - Liberação

- amostragem - na fábrica - à c ada 10 t


- na obra à cada 50 t conposta de
amostras parciais à cada 10 t

- en saios - Finura peneira nQ 325 - Blaine


:Massa especÍfica - Umidade .

b - Controle

- anostragcn - à cada 100 t, composta com anos-


t ras parciais à cada 10 t

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- ensaios Todos os de l iberação - so - Si02 -
3
Al 2o - Fe 2o - Perda ao Fogo - ati-
3 3
vida de pozolânica (com cimento e
cal) - retração por secage~ - redu-
\.·.'.
ção da expansão da arganassa .
• '. • • \ J •-

2 . 6 . 3 - Aços

a - Liberação e controle

- amostrageQ - de a cordo coo a EB- 3 (concreto ar


mudo) e EB- 780 e 781 (concreto
pretendido)

- ensaios para concreto ar~ado; tração, do-


branento, desbitolageo
para concreto pretendido- oxidação-
braveza. - Tração e dobr~ento al-
ternado .

2 . 6 . 4 - Aditivos (p or marca e tip o)

a - Liberação .

- amostragem - à cada 2t composta de amostras par


ciais
à cada 500 Kg
- ensaios - pH - densidade - sedimentação
teor de sÓlidos

b - Controle

- amostragem - à cada 50 t composta com amostra à


cada 2t.

- ensaios todos os da liberação - teor de ar


incorporado-modificação na consi s- '
tência e pega - eficiência (verifi
car se o teor de aditivo indicado
pelo fabricante para a temperatura
local produz no concreto os efe i ~
tos desejados .

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< 2. 6 .5 - ~
- Amostragem - inicialmente a coleta será mensal , ~
. ,
pl1ando- se este prazo coo o tempo ate
o máxioo de üna amostra à cada 3 me-
ses .

- Ensaios - qua lidade (pega e r esistência) - re -


sÍduo sÓlido - pR- Sulfatos- Cloretos e
matéria orgânica .

2 . 6 . 6 - Agregados (para cada tipo e bitola)

a - Controle das instalações e esto qu es

- Amostragem hor ária: ensaio de granulometria


- À cada 12 amos tras horárias
- granulometria - pul verulento-matéria orgâni-
ca - Torrões de argi l a e forna do orgão .

b - Contro l e da guali dade

- ABostragem horária : teor de umi dade


- À c ada 4 anostras horárias : granulooetria- pulve
rulento
- Cada ~~os t ra semanal composta con as amostras
horárias : peso especÍfico - absorção - peso
unitário solto e compactado - matéria orgânic a
torrões de argila - abrasão - particulas leves
e f r iáveis e forma de grão .
eventualnente : análise petrográfica - reativida
de c icl agem .

2.7 - Critérios de Acei ta ção

Os critérios de aceitaçfio de um material consiste na ve-


rifi cação de sua conformidade con os indices estabelecidos na Es-
pecificação Técnica , e quando estes forem omi ssos , nos i ndices e~
tabelecidos nas especificações nacionais e estrangeiras para c ada
tipo de naterial .

Quando for iopráticavel a recusa de um mat erial poderá o


L1esmo ser utilizado em locais da estrutura de menor responsabi li-
dade ou então em concretos não estrutur ais .

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Pode- se também ter a a l ternativa do uso ~o material nas
condi~Ões em que o m~.smo se apresenta desde que se modifique o
p~ojêto, con.o por ·ex·emplo o caso dé UD aço CA- 50 com lini te de
. 2 . ,
esco~ento de 45 Kgf/~m ser usado . como aço CA- 40, atraves do au-
nento da seção da arnadura .

Nuna. obrade barragem não é conveniente adotar-se cri té-


rios que apliquem punição econômica no EmpreiteirÓ ou Fabricante
não lhes pagando o material fornecido e já aplicado quando os en-
saios realizados "a posteriori 11 não apresentarem resultados sa-
tisfatÓrios.

A responsabilidade de uoa obra deste porte exige neste


caso providências imediat as para minimizar ou anular os efeitos
das repercussões neste concreto da ná qualidade do material que
foi aplicado.

3 - AMpSTRAGEM DO CONCRETO

- de
A amostragem do conc~eto se destina a' realizaçao en-
saio ·para o controle de sua qualidade .

Estes ensaios visan deterninar as caracteristicas dos


concretos frescos e endurecidos.

Os ensaios de cu~.() mais rotineiro são os da deternina-


çao da trabalhabilidade e da resistência à compressão em corpos
de prova norn~is de ~ 15 x 30 cn . Nas barragens são u sados con-
cretos.que· utilizan agregados de diâ:G:tetro máxi mo de 76 rn.m e
152 w~ . O controle rotineiro destes concretos é feito pela mol da-
g.em de corpos de prova de ~ 15 x 30 cm coo a fraçã~1hstes concr~ ,
tos que passa na peneir a de 38 mm . tfl ~~ ~~,-~ ~ ~~~~
~~ 4f4H 1- ~ #~A7Uj ~
São tarJbém feitas periodico.mente amostragens de concreto 7
para ou.tros tipos de ensaios di t o~ especiais qu~ visam determinar
diversas car~cteristicas do concreto cujo conhecimento so.o neces-
sários para o projeto e para o processo executivo.
. ,
A coletQ de amostras de concreto pode ser fe 1ta na pro-
f}ria centrul de concreto co~ dispos i tivos que o.panh~ a amostra
na boca da betoneira por ocasião do. suo. descarga.

Outros p~ocessos s5o udotQdos para a coleta de aoostrn


de concreto ·em vistn de ne~ todas o.s centrais de concreto possui~
rem este dispositivo ou possuiren di~positivos não muito adequa-
dos.
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Un dos proc essos é o desvio para o LaboratÓrio de uo ca -
. -
mlnhno
, ,
ou caçamba l ogo apos a su~ carga na centrul . No Laborato-
rio descarrega- se parte do c oncreto do caminhão ou caç~ba para a
r ealização dos ensaios .

Novanente , a titulo de ori entação apresenta-se n seguir


um critério de ~ostragen e os ensoi os re a lizados par a coda um
dos tipos de amostragem :

a - À cada 250 m3 de c adn tra ço

- Consistência (slump ou VeBe)


- Teor de ar i nc orpor ado
- Temper.J.tura
- Mol dageo de Corpos de Prova Cilindricos de
0 15 x 30 cm para determina ção da resistência a'
compre s s ao .

b - À cada 25 . 000 m3 de cada traço

- Peso unitário
Moldagem de c orpos de prova com o concreto peneir~

do pc.ra o ensa io de compressão diaaetra l


- fJloldc.geo de corpos de prova coo o concreto i:nte-
gral para o ensaio de resis tênc ia à compressão e
mÓdulo de d e f ormação .
,
- Mol dagem de corpos de pr ova prismaticos para o en-
s.J.io de f l exão .
- Verificação do desempenho da betoneira (independe~
tement e do traço)

c - .Amost ra diári a pura c.J.da tra ço

- Tempo de pega p ela r esistência à penetração .

d - Eventua lmente

- Perneabilidade
Exsudação
- Ensaios de acompanhamento instrumentação
. ou neces-
.
sários à análise de tensões térmi c as , t ais como:
calor especifico , difus i bilidade , coeficiente de
expansão térnica , e l evação adiabática , fluência , ca
' -
pacidade de alongamento e r etração ( autogena e de
secagem ) .
,
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4 - LABORATÓRIO DE CONCRETO

4 . 1 - FunçÕes-·

As principais funções de um LaboratÓrio de concreto na


obra são as seguintes :

- Estabelecer parâmetros de controle para o concreto e


ma teriais
- Verificar a confornidade dos materiais recebidos ou
produzidos no canteiro com os parâmetros estabelecido&
- Modif icar ou a lterar estes parâmetros em função da va-
riabilidade dos materiais e dos processos de produção
e exec.uçao
- Estudo de comportaoento dos nateriais e do concreto
que se fizerem necessários durante a r ealização da
obra .

4 . 2 - Porte

O pro j~to ªe um LaboratÓrio de campo deverá levar em


conta a dinensão da obra e o cronograma de execução .

O volume ~édio mensal de concreto produzido é un dos


p ri~cipais fatores para o di9ensionamento do LaboratÓrio . Pa ra
. obr a s situadns eB locais distantes de centro s urbanos tecnolo gic~
mente desenvolvidos é necessário.
que o LaboratÓrio seja auto- sufi-
ciente para a realiza ção da maior parte· dos ensai os de controle
necessários , o que irá influi r no seu porte pois o mesmo necessi-
t a rá d e mais equipamentos e pessoal ~abilitado .

Em resumo , os fatore s que influirão no dimensionamento


do Labor·a tÓrio (equipe + equipam.entos) são :

a - volume mensal de concreto.~cronogr8J!la


b - localização
c - porte e respons abi l idade da obra
d - necessidade de apoio à instrumentação

4 . 3 - Orgru1ograma e Fluxogra ';la

Para que o Labora tÓri o func i one de ~a oaneira correta e


apresente os resultados que dele se espera é necessário que este
j a ben organizado e se j a ben dirisido .

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•·...

~
Os pontos fundamentais desta organização são os seguin-
tes :
a - determi nar os diversos pontos de controle nas insta-
lações de produção de concreto e agregados e na r e -
cepção de nateriais
b - determinar a lista de tarefas a serem exercidos pe-
~
los responsaveis em cada ponto de c ontr ole.
c - elabor ar os manuai s de procedimento de controle das
instalações e coleta de amostras para orientação dos
fisc a is
d - e l aborar um f luxograma para a enissão de relatÓr ios ,
encaminhamento das aoostras , realização de ensaios e
emissão de boletins
e - elaborar manual de procedi mentos para a reali zação
. ,
de ensaios , acompanhado de uo manual de normas e n e-
, .
todo s de ensaios para cada setor do ·Laborator1o .
g - organizar arquivo téenico- adninistrativo do Laborat~
rio de nodo que · se possa a qualquer instante obter-
se qualquer resultado de ensaio, inspeção ou aferi-
ção realizado em qualquer fase anterior da obra
Un LaboratÓrio orgànizado e funcionando b em presta
muito auxÍlio na obra principalmente à Eopreiteira .
Um LaboratÓrio mal orgariizado · e trabalhando de modo
,
confuso e um estorvo para a obra .

4 .4 - Equipamentos

Por ocasião do projeto do Lab oratÓrio, deverá ser f eita


a relação de equipamentos necessár ios à r ealização de cada um dos
ensaios que serão executados neste Labor atÓrio e a quantidade ní-
nima · necessária de c a da um de l es .

Durante a operação do LaboratÓrio esta ficha -poderá ter


um cunho gerenci al , colocando- se na l inha correspondente à cada
e quipaoento , a sua quanti dade BÍnima , a quantidade adquirida , os
equipaQentos quebrados , em conserto ou fora de uso, e as quantid~
des necessárias para reposição . Esta ficha deve ser atualizada
mensalmente .

Na relação de equipa.ruentos e dimensionamento do Labor ató


rio convem tomar as seguintes precauções :

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a - :·,i mensionar a camara 'Úmida par a o momento d e pico de
produção , para n ão acontecer da mesma ficar abarrot~
da de corpos de prova . Esta s i tuação viria dificul -
tar muito a apanha dos corpos de prova para ensaio e
poderia alterar .a te~p eratura no interior da câmara
úmi da .

b ·- Separar b em os comodos onde serão executados ensaios


"sujos 11 daqueles onde · serão executados ensaios "lir.1
.pos 11 •
Não colocar numa mesma sala , por exe~plo, uma balan-
ça de a l ta preci são ao l ado de uma argamassadei ra .

c - A sala de prensas deve ser mantida se~pre linpa as-


s i m co~o as prÓprias pr en s a s , que deverão t er manu-
tenção con~tante .

d - Na aquisição das Pre~sas l evar em consideraçã o a ne-


cessidade da r uptura de corpos de prova d e concre~
to de 0 25 x 50 cm e 0 - 45 x 90 cn.
As prensas para a ruptur a de ste s corpos de prova de -
verão possuir capacidade em torno de 300 t e os pra-
tos da máquina deverão distanc i ar entr e si de até
1 , 00 I!l .
O idéa l , quanto à aquisição de prensas é t er - se uma
prensa par a cada finali dade a s aber :
- prens a de c ompressão de 20 t de capacidade para eg
saios de argamassas em corpos de prova 0 5 x ~O cm
- prensa de compressão de 300 t de capacida de para
ensaios de concreto em corpos de prova de
0 15 x 30 cm, 0 25 x 50 cm e 0 45 x 90 cm
- prensa de tração de 100 t de c apacidade : para en-
saios de aço
Estas prensas deven ter dispositivos para ensaio de
tração por c onpressão dianetral e ensaio de flexão
em c orpos d e prova pri smáticos .

e - No llay- out do Labor~tÓrio ,a sala de prensas dev~


situar- se ao lado d a canara úni da e bem afastada das
salas destinada s a ensnios de precisão e de análises
r • .
qu1m1cas .

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..,'"';
A sala de dosagem , recepção dos materiais e ensaios
com ·a gregados devem possuir entradas amplas e dar p~
ra ·a parte externa o prédio .
•• i I A sala parà o ensaio de abrasão Los Angel es e de pe-
neiraaento dos~agregados deve ser isolada para que o
ruido ou o pg~~~udiqueo o funci onamento do Labora-
~ tÓrio . ·
Ír~ ~~~ .
4 . 5 - Ippressos
Uoa das atividades de organização do LaboratÓrio é el ab o
ração de todos os impressos de controle .

Estes impre ssos são de dois tipos :

a - aqueles destinados ao acompanhamento do ensaio den-


tro do LaboratÓrio .
b - aqueles destinados à apresentação de resul tados (bo-
letins)

É de toda conveniência que os impressos sejam simples de


fácil leitura e que permitam o seu preenchimento com o mfnioo de
erro .
Em vista do pessoa l alocado em LaboratÓrio de b a rrageo
ser de nfvel acima da média não é necessário que o impresso se ja
didático .

A instrução para a realização do ensaio deverá vir no


manual e não no i mpresso de ensaio .

4 . 6 - Equipe

A equipe para operar o LaboratÓrio deverá ser dinensiona


da em função do porte do LaboratÓrio . Neste dimensibnamento consi
derar a necessidade do trabalho eo 2 turnos .

A operação de UD Labor.J.tÓr io tornar-se- á nai s eficiente


quando nos postos chav es do LaboratÓrio e nas Centrais são coloc~
dos encarre ga dos bastante experientes chefiando equipes e todos
eles subordinados a um Encarregado Geral , que por sua vez seria
subordinado ao Engenheiro Chefe do LaboratÓrio , que deverá ser de
preferência um engenheiro senior de larga experiência .

4 . 7 - RelatÓrio
O LaboratÓrio deve emitir mensa~ente un relatÓrio técni

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co. do controle que contenha todos os dados obtidos (no mês e acurnu
lados) do controle dos materiais , do concreto e das instal ações .

A elaboração deste relatÓrio é outra tarefa muito impor-


t ant e e ·nela s e evidência a experiência do engenheiro responsável
pelo La~oratÓrio~

Um relatÓrio deve ser suscinto e ao mesmo tempo apresen-


tar as infornações necessárias para todos aqueles que acompanhaD a
obra , como a Contratante e a Projetista .

Um relat Ório bem feito é a quele que permite ao leitor se


,
inteirar rapidamente de tudo o que esta ocorrendo na obra em rela-
ção à qualidade dos materiais e da execução das estruturas, à pro-
dução e consumo de materiais e do concreto evol ução do cronograma,
l ocais da aplicação do concreto, etc ••••

Os relatÓrios mensais , quando bem elaborados ·permit irão


ao f inal da obra a elaboração de um relatÓrio final, que será uo
verdadeiro "As Built" tecnolÓgico . Est 13 r elatÓrio terá as seguin-
tes utilidades:
)

a - comparar as hipÓteses feitas no i nicio da obra,quan-


to à ' prospecção de jazidas , consumo de materiais, pr2
dução de instalações qualificação dos materiais , com
as condições reais observadas , extraindo-se coeficieg
tes de correção ou determi nando-s e para o futuro n o-
vos critérios e procedimentos .
b - determinação da r~sistência do concreto e outras ca-
racterísticas em t odos os l ocais da estr utura •.
c - verificar a adequabi lidade dos critérios de amostra-
gem e ensaio s na perfeita caracterização e qualifica-
ção dos materiais e concretos .

Durante a operação da Barragem estas informações permiti-


. de a~omali as observadas vi sualnen-
rao determinar possÍveis causas
te nas estruturas ou detectadas pela instrumentação.

Serão tanbém de grande utilidade para os novos projetes


permitindo que os mesmos sejaL1 adotadas hipÓteses e critérios de
cálculo assim como condições de execução menos conservadoras.

/amm * * *

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~

Í N DI C E
I'
Pagina
1- INTRODUÇÃO •••••••.••••••••••• . .... ..... ... ... ..... 1

2 - AMOSTRAGEM DOS MATERIAIS COMPONENTES . .. ..... . ... .. 2

2 ,1- Finalidades ••••••• . ... . .. . . .. .. . . .. . . .... . .. 2

2. 2 Produção dos Materiais ••• ... . .. . ....... 2

2.3- Cr itério de Amostragem •••••••. ..... " ..... . 3

2 . 4- Amostragem dos .Materiais Produzidos em I ndus


trias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4-

2. 5 Amostragem dos Materiais Produzidos no . Can-


teiro ........................................ 6

2 . 6 - .En.saios . . . . • . . . • • . . . . . . . • . . • . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2.7 - Critérios de Aceitação •• .................... 9

3 - AMOSTRAGEM DO CONCRETO . ......................... 10

4 - ~tBORATÓRIO DE CONCRETO . .......................... 12

4.1 - F'wlções................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

4 .2 - Porte.. ..................................... 12

4 . 3 - Organograma e Fluxograma.................... 12

4 .4- Equip~entos ••• .. . . ................... . ..... 13


4. 5 - Impressos ••• . .. . ............. .... ......... .. 15
4.6 Equipe . . . . ... .. ....... . ..... .. . ........ .. ... 15
4.7 RelatÓrio .- •• . .. . ... . ..... . ...... . .... . . ..... 15

* * *

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