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PC-MG

POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS

LÍNGUA PORTUGUESA
MORFOSSINTAXE DAS CLASSES GRAMATICAIS – PARTE III

Livro Eletrônico
LÍNGUA PORTUGUESA
Morfossintaxe das Classes Gramaticais – Parte III
Prof. Bruno Pilastre

SUMÁRIO
1. Emprego e Sentido das Classes Gramaticais................................................3
1.1. Pronome..............................................................................................3
1.2. Conjunção.......................................................................................... 10
1.3. Preposição......................................................................................... 12
Resumo.................................................................................................... 16
Questões de Concurso................................................................................ 23
Gabarito................................................................................................... 58
Questões Comentadas................................................................................ 59
Bibliografia............................................................................................... 77

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Morfossintaxe das Classes Gramaticais – Parte III
Prof. Bruno Pilastre

1. Emprego e Sentido das Classes Gramaticais

Olá! Chegou o momento de fecharmos o conteúdo de “emprego e sentido das

classes gramaticais”. Nesta aula, trabalharemos três classes gramaticais: os prono-

mes, as conjunções e as preposições.

Essas classes possuem função coesiva: referenciam e articulam o texto, ge-

rando sentidos. Eu ministrarei essa aula da mesma forma que as anteriores. Isso

porque as bancas adotam essa nomenclatura. Primeiramente, apresentarei uma

definição de cada classe, seguida de ilustração. Cada classe será caracterizada por

sua morfologia e sua semântica (incluindo função coesiva, textual). As proprieda-

des sintáticas serão exploradas superficialmente, já que há a aula sobre orações

coordenadas e subordinadas, momento em que exploraremos em detalhes as con-

junções e as preposições. Os pronomes serão detalhados principalmente na aula

sobre o período simples.

Dito isso, podemos começar, certo?

Ah, não se esqueça de fazer os exercícios! Apenas com eles é possível “sentir”

a banca, identificando os padrões na cobrança dos conteúdos.

Aos trabalhos!

1.1. Pronome

A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) organiza a classe dos pronomes da

seguinte maneira:

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Na classificação acima, você pode perceber que há diferentes tipos de prono-

mes: pessoais, possessivos, interrogativos etc. Essas diferenças são de natureza

semântica, morfológica e sintática. Na morfologia, as flexões dos pronomes são

importantes para identificar as relações sintáticas (e, claro, semânticas). E as ban-

cas examinadoras, principalmente o CEBRASPE, avaliam esse tipo de conhecimento

contextualizado, envolvendo morfologia, semântica (interpretação) e sintaxe!

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Para definir um pronome, temos que usar uma palavra pouco conhecida, díctico,

que significa “aquilo que se refere à situação em que o enunciado é produzido, ao

momento da enunciação e aos atores do discurso”. Vixe, professor, a palavra é desco-

nhecida e o significado da palavra é complicado... Fique tranquilo(a), vou esclarecer.

Quando eu digo algo como “Eu comprei este celular pela internet”, as formas

pronominais Eu e este fazem referência a alguma coisa. Mas a quais coisas? A for-

ma pronominal Eu faz referência a quem comunica a mensagem. A mesma pessoa

que comprou o celular é a pessoa que informa que comprou o celular. Essa forma

pronominal indica, então, a um ator do discurso.

A forma pronominal este também faz referência a algo. No caso da frase “Eu

comprei este celular pela internet”, o pronome este indica que o item comprado

pela internet (o celular) está próximo ao enunciador (ao Eu). Se a frase fosse “Eu

comprei esse celular pela internet”, o pronome esse indica que o objeto comprado

(o celular) está perto do receptor da mensagem (aquele a quem eu dirijo a minha

fala). E, por fim, se a frase fosse “Eu comprei aquele celular pela internet”, o sig-

nificado também mudaria: o objeto comprado (celular) está distante do enunciador

(aquele que produz a mensagem) e do receptor (aquele que recebe a mensagem).

Ficou claro? Essa ilustração serve para traduzir a ideia de que as formas prono-

minais são dícticas (ou seja, os pronomes fazem referência à situação em que o

enunciado (a mensagem) é produzido).

Os pronomes também fazem referência internamente ao texto. Por exemplo,

vamos observar a sequência de frases a seguir:

A professora chegou atrasada. Ela quase nunca faz isso.

Dois pronomes se destacam na segunda frase (Ela nunca faz isso). Como fa-

lante do português, você certamente sabe quais são os referentes desses dois pro-

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nomes, não é? O pronome Ela faz referência ao nome professora (primeira frase)

e o pronome isso faz referência ao evento chegar atrasada.

A banca CEBRASPE exige, em quase todas as provas de língua portuguesa, a iden-

tificação de referentes textuais. Nas questões dessa banca, sempre há uma ques-

tão do tipo “o pronome x faz referência ao elemento y”. Na resolução das questões

dessa aula, você verá claramente esse tipo de questão.

Cada tipo de pronome faz referência a um aspecto da situação em que o enun-

ciado é produzido. Vejamos a que situação cada tipo de pronome faz referência

(apresento também os representantes de cada tipo).

Pronomes Pessoais: fazem referência aos participantes dos eventos e a ele-

mentos textuais prévios (como nomes e eventos). Cada tipo de pronome pessoal

(retos e oblíquos) exerce funções sintáticas específicas (que serão detalhadas nas

aulas sobre sintaxe, ok?).

Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos


eu me mim
tu te ti
ele/ela o, a, lhe, se ele/ela/si
nós nos nós
vós vos vós,
eles/elas os, as, lhes, se eles/elas/si

Pronomes Possessivos: indicam posse. Funcionam, tipicamente, como adje-

tivos, concordando com o substantivo com que se relacionam.

• meu, minha/meus, minhas

• teu, tua/teus, tuas

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• seu, sua/seus, suas

• nosso, nossa/nossos, nossas

• vosso, vossa/vossos, vossas

• seu, sua/seus, suas

Pronomes Demonstrativos: indicam seres ou coisas referidas no momento

da enunciação.

• este(s), esta(s), isto

• esse(s), essa(s), isso

• aquele(s), aquela(s), aquilo

Pronomes Indefinidos: referem-se à terceira pessoa de modo indeterminado.

Quando ocorrem na sintaxe, tendem a ser núcleo de sintagma nominal.

• Algum(a)(s)

• Alguém

• Nenhum(a)(s)

• Ninguém

• Outro(a)(s)

• Outrem

• Muito(a)(s)

• Pouco(a)(s)

• Certo(a)(s)

• Vários(as)

• Tanto(a)(s)

• Quanto(a)(s)

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• Qualquer

• Quaisquer

• Nada

• Cada

• Algo

Pronomes Interrogativos: pronomes indefinidos que podem ser usados em

frases interrogativas.

• Que

• O que

• Quem

• Qual

• Quanto

• Quando

• Onde

• Por que

• Como

Pronomes Relativos: fazem referência a um nome antecedente (e, sintatica-

mente, são responsáveis por introduzir uma oração subordinada adjetiva).

• Que

• Quem

• Onde

• Cujo(a)(s)

• Quando

• Como

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• O qual

• A qual

• Os quais

• As quais

Pronto, apresentei os representantes de cada tipo de pronome. Ao longo das

aulas de sintaxe, abordarei como cada pronome se comporta.

Agora é a hora de ver como essa classe é avaliada em concursos.

1. (CESPE/ANALISTA/TJ-PR/2012)

11| O texto

12| literário pode mudar o leitor, pode confrontar suas

13| crenças e fazê-lo pensar.

A substituição de “fazê-lo pensar” (L.13) por fazer ele pensar estaria de acordo com

a modalidade escrita e as normas do registro formal culto da língua portuguesa.

Errado.

A questão está errada porque não se pode substituir um pronome oblíquo (lo, que

funciona como objeto direto) por um pronome reto (que funciona como sujeito).

Nas questões comentadas, você poderá entender melhor como cada tipo de

pronome é avaliado.

Na continuação de nossa aula, você estudará as conjunções e as preposições. Essas

duas classes compartilham uma propriedade morfológica, destacada a seguir.

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Conjunções e preposições NÃO sofrem flexão. Ou seja: conjunções e pre-

posições são morfologicamente INVARIÁVEIS!

Na aula 3, vimos também que as conjunções e preposições estão no grupo de clas-

ses fechadas, o que significa dizer que há um número limitado de itens que funcio-

nam como conjunções e preposições.

Pronto, destacamos duas propriedades morfológicas fundamentais das conjunções

e das preposições: são invariáveis e constituem uma classe fechada.

As conjunções e as preposições são classes funcionais: são utilizadas na articulação

dos itens da frase. É muito importante saber que cada uma dessas classes articula

os itens de maneira diferente.

CONJUNÇÕES: unem itens sintaticamente equivalentes (de mesmo

valor sintático).

PREPOSIÇÕES: unem itens sintaticamente distintos (de valor sintático diferente).

1.2. Conjunção

Também apresentarei o conteúdo sobre conjunção com a abordagem da Nomencla-

tura Gramatical Brasileira. Os exemplos dos principais representantes de cada conjun-

ção (ou locução conjuntiva) estão entre parênteses e não constam na NGB:

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Conjunção
1. Classificação das conjunções:
Coordenativas:
• aditivas (e, nem, não só... mas também, tampouco, tanto... quanto);
• adversativas (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto);
• alternativas (ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja);
• conclusivas (logo, pois (quando está deslocado), portanto, por conseguinte,
assim, então, por isso);
• explicativas (Pois, que, porque, porquanto);

Subordinativas:
• integrantes (que, se);
• causais (pois, porque, visto que, como, uma vez que, na medida em que,
porquanto, haja vista que, já que);
• comparativas (como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... como, tan-
to... quanto, tão... quanto, assim como);
• concessivas (embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se
bem que, posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito
de, malgrado, em que pese);
• condicionais (se, caso, sem que, se não, a não ser que, exceto se, a menos
que, contanto que, salvo se, desde que);
• consecutivas (tão (tamanho, tanto, tal)... que, de modo que, de maneira que);
• finais (para, para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de sorte
que, porque);
• temporais (quando, enquanto, assim que, logo que, desde que, até que,
mal, depois que, eis que);
• proporcionais (à proporção que, à medida que, quanto mais, ao passo que);

• conformativas (conforme, consoante, como, segundo).

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E como isso é avaliado pela banca? Você perceberá que todas as conjunções se-

rão analisadas em contexto. Vamos resolver essa questão a seguir, para sinalizar

como a banca CEBRASPE trabalha.

2. (CESPE/ANALISTA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012)

31| Note-se que, em todo esse montão de cartas, não há

32| uma só de deputado ou senador, contudo escrevi a todos

33| eles pedindo uma definição.

O termo “contudo” (L.32) estabelece entre as orações do período relação sintática

adversativa, por isso, poderia ser corretamente substituído por qualquer um dos

seguintes vocábulos: entretanto, todavia, no entanto, porém, embora, conquanto.

Errado.

O erro da questão foi inserir as conjunções embora e conquanto como perten-

centes à classe das adversativas. Embora e conquanto são CONCESSIVAS! A

banca CEBRASPE trabalha basicamente com questões que verificam a possibilidade

ou não de se substituir uma conjunção.

1.3. Preposição

Semanticamente, as preposições exprimem circunstâncias (espaço, tempo, modo,

causa, meio, fim etc.), mediando a relação entre dois elementos. Por exemplo:

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O elemento que une os substantivos ANEL e OURO é uma preposição. Cada op-

ção de combinação gera uma interpretação distinta.

No quadro a seguir, apresento os valores semânticos das preposições segundo

o professor e gramático Bechara (1999). No entanto, observo que esses valores

semânticos são considerados na tabela de modo isolado. É possível, a depender do

contexto em que ocorre, que o pronome assuma uma interpretação distinta.

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Vamos, agora, resolver uma questão referente à classe das preposições.

3. (CESPE/DELEGADO/PC-AL/2012)

5| E a bela Charlize faz uma rainha inesquecível.

6| Para não envelhecer, essa vilã dos contos de fadas

7| ultrapassa todos os limites e quebra todos os interditos.

A preposição “Para” (L.6), que expressa uma ideia de finalidade, poderia ser cor-

retamente substituída por Com o intuito de ou por A fim de.

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Certo.

De fato, a preposição para, que tem um valor de direção com destino final, é equi-

valente às formas com o intuito de, a fim de. Caso você veja outras questões

solicitando a interpretação da preposição para com ideia de finalidade, é só testar

a troca com as formas citadas.

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RESUMO

PRONOMES: fazem referência a um aspecto da situação em que o enunciado

é produzido. No texto, exercem função coesiva, integrando elementos ao longo da

cadeia referencial.

CONJUNÇÕES E PRONOMES: são formas funcionais que integram itens na

estrutura sintática. Morfologicamente, são invariáveis.

A Banca CEBRASPE

Para os pronomes, avalia o referente do pronome, realizando afirmações do tipo

“o pronome ele (linha tal) faz referência ao termo (tal) na linha x”.

Para as conjunções e preposições, a banca faz afirmações sobre os valores semân-

ticos, afirmando ser possível a substituição da palavra x pelos equivalentes y, w, z.

Glossário

(Baseado no Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, 2009.)

• Aditiva (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos equivalentes da mesma oração ou

duas orações coordenadas (por exemplo: e, nem); conjunção aproximativa, con-

junção copulativa.

• Adjetivo (pronome)

Pronome que modifica um substantivo, dando ideia de posse, de localização es-

pacial ou temporal, de quantidade indeterminada, de indefinição etc.

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Por exemplo: meu, teu, seu, este, esse, aquele, algum, nenhum, certos,

vários, um etc.

• Adversativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração ou duas orações

de função idêntica, conotando-as, porém, de um sentido opositivo.

Por exemplo: mas, contudo, no entanto, porém etc.

• Alternativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração, ou duas ora-

ções, de sentido dessemelhante, determinando que, a verificar-se um dos fatos

mencionados, o outro deixará de se cumprir; conjunção disjuntiva.

Por exemplo: ou [repetido ou não]; nem, ora, quer, seja [repetidos] etc.

• Causal (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada exprimindo uma relação de cau-

sa, isto é, explicitando que o que se diz na oração subordinada é causa ou motivo

para o que se diz na oração principal.

Por exemplo: como, pois, porque, visto que etc.

• Comparativa (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada com o papel de segundo membro

de uma comparação, de um cotejo.

Por exemplo: assim como, como, do que, que etc.

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• Concessiva (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que exprime uma oposição ao

que é dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir

o fato mencionado.

Por exemplo: ainda que, embora, mesmo que etc.

• Conclusiva (conjunção)

Conjunção coordenativa que serve para ligar à anterior uma oração que denota

uma conclusão, uma consequência ou uma ilação.

Por exemplo: assim, logo, pois, portanto etc.

• Condicional (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada contendo uma hipótese ou uma

condição necessária para que se cumpra a asserção da oração principal.

Por exemplo: a menos que, a não ser que, caso, desde que etc.

• Conformativa (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada na qual está expressa uma ideia

de acordo, conforme com a asserção da oração principal.

Por exemplo: como, conforme, consoante, segundo etc.

• Conjunção

Vocábulo invariável, usado para ligar uma oração subordinada à sua principal ou

para coordenar períodos ou sintagmas do mesmo tipo ou função.

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• Coordenativa (conjunção)
Conjunção que relaciona termos ou orações de mesma função gramatical; as
conjunções coordenativas classificam-se em aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas.

• De tratamento (pronome)
Palavra ou expressão usada para a segunda pessoa do discurso, em lugar dos
pronomes pessoais tu e vós

(por exemplo: você(s), o(s) senhor(es), a(s) senhora(s), Vossa(s) Senhoria(s),


Vossa(s) Excelência(s) etc.),

ou para a terceira pessoa do discurso, no lugar de ele, ela, eles, elas

(por exemplo: Sua(s) Alteza(s), Sua(s) Majestade(s)) (em ambos os casos o verbo
fica na terceira pessoa singular ou plural).

• Demonstrativo (pronome)
Pronome adjetivo ou substantivo que tem função díctica, ou seja, situa (no es-
paço ou no tempo) os seres e as coisas mencionados num enunciado em relação às
pessoas que participam da comunicação.

• Díctico (dêictico/dêitico)
Diz-se de ou cada um dos elementos indiciais da linguagem, que figuram lado a
lado com as designações simbólicas ou conceituais; referem-se à situação em que
o enunciado é produzido, ao momento da enunciação e aos atores do discurso.

• Explicativa (conjunção)
Conjunção coordenativa que liga duas orações, numa das quais se explica ou se
justifica a asserção contida na outra (pois, porque, que etc.).

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• Final (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que exprime a finalidade daquilo

afirmado pela oração principal.

Por exemplo: a fim de que, para que etc.

• Indefinido (pronome)

Pronome que se refere à terceira pessoa de modo indeterminado.

Por exemplo: algo, alguém, algum, outro, qualquer, outrem, nada, ninguém etc.

• Integrante (conjunção)

Conjunção iniciadora de oração subordinada que desempenha função sintática

de sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto

de outra oração (são elas: que, se).

• Interrogativo (pronome)

Pronome indefinido que pode ser usado em frases interrogativas.

Por exemplo: quem chegou? Quantos vencerão? Qual é o seu carro?

• Pessoal (pronome)

Pronome que serve para substituir as pessoas, que são três: a primeira, a que

fala (eu, nós); a segunda, com quem se fala (tu, vós); e a terceira, de quem se fala

(ele, ela, eles, elas).

• Possessivo (pronome)

Pronome que modifica um substantivo dando a ideia de posse, de relação, de

ser parte de (algo) etc.

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Por exemplo: meu livro, seu carro, nossas amigas, sua irmã, meu clube, meu pé etc.

• Preposição

Palavra gramatical, invariável, que liga dois elementos de uma frase, estabe-

lecendo uma relação entre eles. Semanticamente, exprimem circunstâncias (de

tempo, causa, modo, meio, fim etc.)

• Pronome

Palavra que representa um sintagma nominal ou termo usado com a função de

um nome, um adjetivo ou toda uma oração que a segue ou antecede.

• Proporcional (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que refere um fato ocorrido ou a

ocorrer concomitantemente com o fato da oração principal (à medida que, à pro-

porção que, enquanto, quanto mais... mais etc.).

• Relativo (pronome)

Pronome que se refere a um nome antecedente, introduzindo uma oração adjetiva.

Por exemplo: o livro que compramos agradou a Pedro; este é o homem cujo filho

venceu a corrida.

• Subordinativa (conjunção)

Conjunção que introduz uma oração subordinada, ligando-a à sua oração prin-

cipal, na formação de um período composto por subordinação; as conjunções su-

bordinativas classificam-se em causais, comparativas, concessivas, condicionais,

conformativas, consecutivas, finais, integrantes, proporcionais e temporais.

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• Substantivo (pronome)

Pronome que nunca se usa junto a um nome, e sim sempre substituindo-o, po-

dendo ser demonstrativo, indefinido, interrogativo etc.

Por exemplo: isto, isso, aquilo, algo, alguém, ninguém, quem, tudo, nada.

• Temporal (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que expressa uma circunstância

de tempo

Antes que, ao tempo que, assim que, depois que, desde que, logo que, mal, quando etc.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CESPE/ANALISTA/STM/2018)

31| Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros

estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro

deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar

34| que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo,

porque assim como vão variando as explicações do universo,

também a sentença que antes parecera imutável para todo o

37| sempre oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade

duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio.

Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que

40| uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os

costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e

Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o

43| Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].

Na linha 39, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de

modo que sua substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical.

2. (CESPE/ANALISTA/STM/2018)

Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de

mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas

16| reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter

bem amadurecido. Lançado, desde a infância, no torvelinho da

sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito

19| para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado

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de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar

entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar,

22| minha ardente imaginação já saltava por cima da

recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno

desconhecido, para descansar em uma situação tranquila

25| em que me pudesse fixar.

Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (l. 25)

poderia ser reescrita da seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado.

3. (CESPE/ANALISTA/TRF1ª/2017)

1| A linguagem — seja ela oral ou escrita, seja mímica

ou semafórica — é um sistema de símbolos, signos ou

signos-símbolos, voluntariamente produzidos e

4| convencionalmente aceitos, mediante o qual o ser humano se

comunica com seus semelhantes, expressando suas ideias,

sentimentos ou desejos.

7| A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra

designasse apenas uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou

conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em

10| nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza,

enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.

Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase

13| nada significam de maneira precisa, inequívoca (Ogden e

Richards são radicais: “as palavras nada significam por si

mesmas”): “...o que determina o valor da palavra é o contexto,

16| o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra

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seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto

também que a liberta de todas as representações passadas, nela

19| acumuladas pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.

Assim, por mais condicionada que esteja a significação de uma

palavra ao seu contexto, sempre subsiste nela, palavra, um

22| núcleo significativo mais ou menos estável e constante, além de

outros traços semânticos potenciais em condições de se

evidenciarem nos contextos em que ela apareça. Se, como

25| entendem Ogden e Richards, as palavras por si mesmas nada

significassem, a cada novo contexto elas adquiririam

significação diferente, o que tornaria praticamente impossível

28| a própria intercomunicação linguística.

Nos trechos “lhe impõe” (l. 17) e “lhe atribui” (l. 19), o pronome ‘lhe’ refere-se a

“palavra” (l. 16), de modo que seriam gramaticalmente corretas as reescritas im-

põe a ela e atribui a ela.

4. (CESPE/DELEGADO/PJC-MT/2017)

1| A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a

honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços,

semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente

4| da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na

estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a

desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania,

7| a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver

prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto

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10| ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem

chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha

de ser honesto.

13| E, nessa destruição geral das nossas instituições, a

maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça,

corroborada pela ação dos homens públicos. E, nesse

16| esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a

falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de

punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa, mas

19| ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo

que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja.

No último parágrafo do texto, a forma pronominal “la”, em “apontá-la” (l.19), retoma:

a) “a ruína da justiça” (l.14).

b) “autoria incontroversa” (l.18).

c) “ação dos homens públicos” (l.15).

d) “falta de punição” (l. 17 e 18).

e) “a mais grave de todas as ruínas” (l.16).

5. (CESPE/ANALISTA/TRE-PE/2017)

Na teoria constitucional moderna, cidadão é o

16| indivíduo que tem um vínculo jurídico com o Estado, sendo

portador de direitos e deveres fixados por determinada

estrutura legal (Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a

19| nacionalidade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a

lei, porém súditos do Estado.

No segundo parágrafo do texto, o pronome “lhe” (l.18) faz referência a:

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a) “Estado” (l.16).

b) “portador de direitos e deveres” (l.17).

c) “nacionalidade” (l.19).

d) “teoria constitucional moderna” (l.15).

e) “cidadão” (l.15).

6. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP-JUD/2016)

1| Minha tia, Mary Beton, devo dizer-lhes, morreu de

uma queda de cavalo, quando estava em Bombaim. A notícia

da herança chegou certa noite quase simultaneamente com a da

4| aprovação do decreto que deu o voto às mulheres. A carta de

um advogado caiu na caixa do correio e, quando a abri,

descobri que ela me havia deixado quinhentas libras anuais até

7| o fim da minha vida.

As formas pronominais “a” (l. 5) e “ela” (l. 6) referem-se a “A carta” (l. 4).

7. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2018)

11| Após espiões poloneses

terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de

13| xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma

na base militar de Bletchey Park. A máquina replicava os

rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes

16| combinações de posições dos rotores para testar possíveis

soluções. Após quatro anos de trabalho, Turing conseguiu

quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens alemãs

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19| criptografadas continham palavras previsíveis, como nomes e

títulos dos militares.

No trecho “para testar possíveis soluções” (l. 16 e 17), o emprego da preposição

“para”, além de contribuir para a coesão sequencial do texto, introduz, no período,

uma ideia de finalidade.

8. (CESPE/ASSISTENTE/SEEDF/2017)

1| Não têm conta entre nós os pedagogos da

prosperidade que, apegando-se a certas soluções onde,

na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais,

4| transformam-nas em requisito obrigatório e único de todo

progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o

que ocorre com a miragem da alfabetização. Quanta inútil

7| retórica se tem desperdiçado para provar que todos os

nossos males ficariam resolvidos de um momento para o

outro se estivessem amplamente difundidas as escolas

10| primárias e o conhecimento do abc.

A preposição “para” (l.7) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de finalidade.

9. (CESPE/PROFESSOR/SEEDF/2017)

9| Quando nos perguntamos o que é a

10| consciência, não temos melhor resposta que a de Louis

11|Armstrong quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz:

12| “Moça, se você precisa perguntar, nunca saberá”.

Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida

a preposição sobre imediatamente após “perguntou-lhe” (l.11).

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10. (CESPE/ANALISTA/STM/2018)

1| Não sou de choro fácil a não ser quando descubro

qualquer coisa muito interessante sobre ácido

desoxirribonucleico. Ou quando acho uma carta que fale sobre

4| a descoberta de um novo modelo para a estrutura do ácido

desoxirribonucleico, uma carta que termine com “Muito amor,

papai”. Francis Crick descobriu o desenho do DNA e escreveu

7| a seu filho só para dizer que “nossa estrutura é muito bonita”.

Estrutura, foi o que ele falou. Antes de despedir-se ainda disse:

“Quando chegar em casa, vou te mostrar o modelo”. Não

10| esqueça os dois pacotes de leite, passe para comprar pão,

guarde o resto do dinheiro para seus caramelos e, quando

chegar, eu mostro a você o mecanismo copiador básico a partir

13| do qual a vida vem da vida.

Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico

cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam

16| o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos

me comove. Cromossomas me animam, ribossomas me

espantam. A divisão celular não me deixa dormir, e olha que eu

19| moro bem no meio das montanhas. De vez em quando vejo

passarem os aviões, mas isso nunca acontece de madrugada —

a noite se guarda toda para o infinito silêncio.

22| Acho que uma palavra é muito mais bonita do que

uma carabina, mas não sei se vem ao caso. Nenhuma palavra

quer ferir outras palavras: nem desoxirribonucleico, nem

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25| montanha, nem canção. Todos esses conceitos têm os seus

sinônimos, veja só, ácido desoxirribonucleico e DNA são

exatamente a mesma coisa, e os do resto das palavras você

28| acha. É tudo uma questão de amor e prisma, por favor não abra

os canhões. Que coisa mais linda esse ácido despenteado,

caramba. Olhei com mais atenção o desenho da estrutura e

31| descobri: a raça humana é toda brilho.

A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (l.

18 e 19) por embora eu more entre montanhas manteria a coerência do trecho

no qual se insere, mas alteraria seu nível de formalidade.

11. (CESPE/ESCRIVÃO/PC-MA/2017)

1| Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e

mais casos de assédio sexual em ambientes profissionais —

como os que envolvem produtores e atores de cinema —, no

4| Brasil, o número de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015

e 2016.

Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações

7| judiciais sobre assédio sexual no trabalho, considerando-se só

a primeira instância.

Os números mostram que o tema ainda é tabu por

10| aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua auxiliando

empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas

não falam por medo de serem culpabilizadas ou até de

13| represálias”.

Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir

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corrupção nas corporações já recebem queixas de assédio e

16| ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele,

“o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais

protegidas para falar”.

19| A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um

superior sobre um subordinado para tentar obter vantagem

sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há

22| crime, embora tal comportamento possa dar causa a reparação

por dano moral.

No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que

as pessoas se sentem mais protegidas para falar’ (l. 17 e 18) seriam preservados

caso se substituísse o termo “já que” por:

a) a fim de que.

b) ainda que.

c) contanto que.

d) uma vez que.

e) logo que.

12. (CESPE/AUXILIAR/TCE-PB/2017)

1| O medo do esquecimento obcecou as sociedades

europeias da primeira fase da modernidade. Para dominar sua

inquietação, elas fixaram, por meio da escrita, os traços do

4| passado, a lembrança dos mortos ou a glória dos vivos e todos

os textos que não deveriam desaparecer. A pedra, a madeira, o

tecido, o pergaminho e o papel forneceram os suportes nos

7| quais podia ser inscrita a memória dos tempos e dos homens.

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No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca,

na magnitude do livro e na humildade dos objetos mais

10| simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade

da perda. Em um mundo no qual as escritas podiam ser

apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos e os livros

13| estavam sempre ameaçados de destruição, a tarefa não era fácil.

Paradoxalmente, seu sucesso poderia criar, talvez, outro

perigo: o de uma incontrolável proliferação textual de um

16| discurso sem ordem nem limites.

O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis

e abafa o pensamento sob o acúmulo de discursos, foi

19| considerado um perigo tão grande quanto seu contrário.

Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim

como o esquecimento também o é para a memória. Nem todos

22| os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção

os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram

traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e

25| depois escrever de novo.

No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apa-

gamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória”

(l. 20 e 21) seriam preservadas caso a conjunção “Embora” fosse substituída por:

a) Por conseguinte.

b) Ainda que.

c) Consoante.

d) Desde que.

e) Uma vez que.

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13. (CESPE/ANALISTA/STF/2013) Na oração “guiava-me a promessa do livro”


(l.22), o pronome “me” exerce a função de complemento da forma verbal “guiava”.

14. (CESPE/PROFESSOR/SEE-AL/2013)
1| Quando se pensa em educação popular, logo se
2| recorre às ideias do educador Paulo Freire, que,
3| durante toda a sua vida, se dedicou à questão do educar para a
4| vida.
Na linha 2, o termo “que” poderia ser substituído por cujo, haja vista se tratar de
pronome relativo referente ao educador e escritor Paulo Freire.
1| O secretário escolar é mais do que um mero executor
de tarefas burocráticas, pois é um profissional que tem em
mãos dados essenciais para pensar estrategicamente o processo
4| pedagógico da escola, bem como para gerenciar a memória
documental dos sujeitos que nela estão ou estiveram inseridos.
A amplitude de suas funções coloca-o em relação
7| direta e permanente com diferentes áreas de atuação da unidade
educativa, o que exige sua interação com todos os envolvidos
no trabalho escolar.
10| Às vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que
tomam decisões gerenciais e os que executarão tais decisões;
muitas vezes, porém, ele toma decisões e executa tarefas
13| relevantes e decisivas. É, pois, nesse momento, verdadeiro
assessor, função que exige competências básicas bem
específicas e formação voltada essencialmente para questões
16| educacionais.
Cristiane de C. R. Abud.
Internet: www.uems.br (com adaptações).

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15. (CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013) No segundo parágrafo, os termos

“suas” (l.6), “-o” — em “coloca-o” (l.6) — e “sua” (l.8) exercem a função de pronomes

e estabelecem uma cadeia de coesão com o referente “secretário escolar” (l.1).

16. (CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013) O termo “pois” (l.13) explicita

uma relação sintática de conclusão.

17. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2013)

14| O cinema ideal seria aquele onde não houvesse

15| absolutamente nenhum ponto de luz.

A substituição do vocábulo “onde” (l.14) por em que manteria a correção gra-

matical e o sentido original do texto.

18. (CESPE/PERITO CRIMINAL/SEGESP-AL/2013)

1| Uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de

Química da Universidade de Brasília (UnB) aumenta a precisão

da perícia criminal e baixa seus custos. O grupo, formado por

4| pesquisadores, alunos e peritos da Polícia Federal, desenvolveu

marcadores visuais que possibilitam rastrear um projétil,

identificar a distância de um tiro em até 12 metros do local do

7| disparo e apontar a estatura do atirador.

No primeiro período do texto, o pronome “seus” (l.3) está empregado em referên-

cia à expressão “perícia criminal” (l.3).

19. (CESPE/ASSISTENTE/FUB/2013)

1| A educação superior no Brasil não pode ser discutida

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2| sem que se tenha presente o cenário em que ela surgiu [...]

Caso a expressão “em que” (l.2) fosse substituída por o qual, seriam mantidas

a correção e a coerência do texto.

20. (CESPE/SUPERIOR/MJ/2013)

1| Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para

a classe dominante brasileira (os “liberais”), democracia é o

regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no entanto, a

4| democracia é “o único regime político no qual os conflitos são

considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”

A expressão ‘no qual’ (l.4) poderia ser substituída pelo vocábulo onde, sem pre-

juízo para a correção e para as ideias do texto.

21. (CESPE/ANALISTA/TCE-PA/2016)

1| Estranhamente, governos estaduais cujas despesas

com o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que

estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela

4| Lei Complementar n. 101/2000 [...]

O pronome “que” (l. 2) refere-se a “despesas” (l. 1).

22. (CESPE/AGENTE/PF/2014)

1| O uso indevido de drogas constitui, na atualidade,

séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das

estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de

4| todos os Estados e sociedades. Suas consequências infligem

considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são

detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da

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7| sociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens

e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de

classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de

10| relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido

de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos

crimes conexos — geralmente de caráter transnacional — com

13| a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a

soberania nacional e afetam a estrutura social e econômica

interna, devendo o governo adotar uma postura firme de

16| combate ao tráfico de drogas, articulando-se internamente e

com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus

mecanismos de prevenção e repressão e garantir o

19| envolvimento e a aprovação dos cidadãos.

Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a

violência”, deve-se à regência do vocábulo “conexos”.

23. (CESPE/DELEGADO/PC-MA/2017)

1| A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos

políticos, econômicos ou militares. Cada um de nós,

independentemente de idade, sexo, estrato social, crença

4| religiosa etc. é chamado à criação de um mundo pacificado, um

mundo sob a égide de uma cultura da paz.

Mas, o que significa “cultura da paz”?

7| Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças

e os adultos da compreensão de princípios como liberdade,

justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e

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10| solidariedade. Implica uma rejeição, individual e coletiva, da

violência que tem sido percebida na sociedade, em seus mais

variados contextos. A cultura da paz tem de procurar soluções

13| que advenham de dentro da(s) sociedade(s), que não sejam

impostas do exterior.

Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser

16| abordado em sentido negativo, quando se traduz em um estado

de não guerra, em ausência de conflito, em passividade e

permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada

19| a um vazio, a uma não existência palpável, difícil de se

concretizar e de se precisar. Em sua concepção positiva, a paz

não é o contrário da guerra, mas a prática da não violência para

22| resolver conflitos, a prática do diálogo na relação entre

pessoas, a postura democrática frente à vida, que pressupõe a

dinâmica da cooperação planejada e o movimento constante da

25| instalação de justiça.

Uma cultura de paz exige esforço para modificar o

pensamento e a ação das pessoas para que se promova a paz.

28| Falar de violência e de como ela nos assola deixa de ser, então,

a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada;

ela pertence ao nosso dia a dia e temos consciência disso.

31| Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta,

precisa impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os

valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e

34| promovem. A violência já é bastante denunciada, e quanto mais

falamos dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio

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social. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em

37| nós, entre nós, entre nações, entre povos.

Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à

gestão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos

40| potencialmente violentos e reconstruir a paz e a confiança entre

pessoas originárias de situação de guerra é um dos exemplos

mais comuns a serem considerados. Tal missão estende-se às

43| escolas, instituições públicas e outros locais de trabalho por

todo o mundo, bem como aos parlamentos e centros de

comunicação e associações.

46| Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as

desigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento

sustentado e o respeito pelos direitos humanos, reforçando as

49| instituições democráticas, promovendo a liberdade de

expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente.

É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento

52| — direitos humanos — democracia” que podemos vislumbrar

a educação para a paz.

Em “É, então, no entrelaçamento ‘paz — desenvolvimento — direitos humanos —

democracia’ que podemos vislumbrar a educação para a paz” (l. 51 a 53), o vocá-

bulo “então” expressa uma ideia de:

a) conclusão.

b) finalidade.

c) comparação.

d) causa.

e) oposição.

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24. (CESPE/DELEGADO/PJC-MT/2017)
1| A valorização do direito à vida digna preserva as duas
faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a do ser em
si e a do ser com o outro. O homem é inteiro em sua dimensão
4| plural e faz-se único em sua condição social. Igual em sua
humanidade, o homem desiguala-se, singulariza-se em sua
individualidade. O direito é o instrumento da fraternização
7| racional e rigorosa.
O direito à vida é a substância em torno da qual todos
os direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que o
10| sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizável de
justiça social.
Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei n. 13| Maior a se traduzir em
palavras que fossem apenas a revelação
da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem a isso,
competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para
16| que a convivência política seja mais fecunda e humana.
Sem prejuízo para a coerência e para a correção gramatical do texto, a conjunção
“Quando” (l. 14) poderia ser substituída por:
a) Se.
b) Caso.
c) À medida que.
d) Mesmo se.
e) Apesar de.

25. (CESPE/TÉCNICO/TRE-TO/2017)
1| Somente em um sistema de democracia indireta ou

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representativa existem partidos políticos. A democracia

indireta ou representativa, segundo Kelsen, é aquela em que a

4| função legislativa é exercida por um parlamento eleito pelo

povo, e as funções administrativa e judiciária são exercidas por

funcionários igualmente escolhidos por um eleitorado. Dessa

7| forma, um governo é representativo quando os seus

funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a vontade

do eleitorado e são responsáveis para com este.

10| Como o sistema de democracia representativa

procurava representar uma unidade, os partidos políticos foram

vistos com maus olhos em um primeiro momento. Em seu

13| início, não tinham sequer o respaldo da Constituição.

Kelsen explica que os partidos políticos surgiram

porque, em uma democracia parlamentar, o indivíduo isolado

16| tem pouca influência sobre a criação dos órgãos legislativos e

executivos. Assim, para obter influência, ele tem de se associar

a outros que compartilhem as suas opiniões políticas. Para o

19| autor, o partido político é um veículo essencial para a formação

da vontade pública em uma democracia parlamentar.

A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a expressão

“quando” (l. 7) fosse substituída por:

a) conquanto.

b) à medida que.

c) enquanto.

d) se.

e) bem como.

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(CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013)

1| O secretário escolar é mais do que um mero executor

de tarefas burocráticas, pois é um profissional que tem em

mãos dados essenciais para pensar estrategicamente o processo

4| pedagógico da escola, bem como para gerenciar a memória

documental dos sujeitos que nela estão ou estiveram inseridos.

A amplitude de suas funções coloca-o em relação

7| direta e permanente com diferentes áreas de atuação da unidade

educativa, o que exige sua interação com todos os envolvidos

no trabalho escolar.

10| Às vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que

tomam decisões gerenciais e os que executarão tais decisões;

muitas vezes, porém, ele toma decisões e executa tarefas

13| relevantes e decisivas. É, pois, nesse momento, verdadeiro

assessor, função que exige competências básicas bem

específicas e formação voltada essencialmente para questões

16| educacionais.

Cristiane de C. R. Abud.

Internet: www.uems.br (com adaptações).

26. (CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013) Mantêm-se as informações ori-

ginais e a correção gramatical do texto ao se substituir “pois” (l.2) por qualquer um

dos seguintes termos: já que, visto que, uma vez que, porquanto.

27. (CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013) Em “mais do que” (R.1), a eli-

minação do termo “do” prejudicaria a correção gramatical do período.

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28. (CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013) Os pronomes “ele” (l.24), “sua”

(l.24 e 28) e “o” (l.26) referem-se ao termo “espectador” (l.24), com o qual esta-

belecem uma cadeia coesiva.

29. (CESPE/PROFESSOR/SEDUC-CE/2013)

1| Em 2022, 100% das crianças deverão apresentar as

habilidades básicas de leitura e escrita até o final da 2ª série,

ou 3º ano, do Ensino Fundamental, conforme a meta 2 do

4| movimento Todos pela Educação. Garantir o direito de

alfabetização na idade correta a todas as crianças é um grande

passo para o sucesso escolar. No Brasil, ainda não há um

7| indicador nacional que permita medir o aprendizado em língua

portuguesa e em matemática ao final do ciclo de alfabetização.

Em 2011, o movimento Todos pela Educação, em parceria

10| com instituições nacionais, promoveu a Prova ABC, cujo

resultado mostrou que apenas 53,3% das crianças apresentaram

aprendizado adequado no que se refere à escrita, 56,1% no que

13| se refere à leitura e 42,8% no que se refere à matemática.

Internet: <http://www.todospelaeducacao.org.br/

institucional/as-5-metas/> (com adaptações).

Em relação ao texto acima, assinale a opção correta.

a) Na linha 10, a forma verbal “promoveu” está no singular porque concorda com

o termo “a Prova ABC”.

b) Haveria prejuízo para a correção gramatical do período caso se substituísse

“conforme” (l.3) por de acordo com.

c) A substituição de “cujo” (l.10) por que o prejudicaria a correção gramatical do período.

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d) A substituição da forma verbal “há” (l.6) por havia mantém a correção gramati-

cal do texto e garante a coerência entre os dois últimos períodos do texto.

e) A vírgula após “Brasil” (l.6) é empregada para isolar aposto explicativo.

30. (CESPE/PROFESSOR/SEDUC-CE/2013)

1| O movimento Todos pela Educação estabeleceu, em

2006, que 5% do PIB ou mais deveriam ser aplicados

anualmente pelo setor público na educação básica, até 2010.

4| Contudo, em 2010, foram destinados apenas 4,3% do PIB para

a educação básica, segundo dados do INEP.

Em relação à gestão dos recursos, o movimento

7| defende as bandeiras do aperfeiçoamento da gestão e da

governança da educação, por acreditar que é fundamental não

apenas contar com mais recursos, mas também geri-los bem.

10 Dois fatores podem ajudar nesse sentido: a efetivação de um

regime de colaboração entre os entes federados e a instituição

da Lei de Responsabilidade Educacional, capaz de incentivar

13| o comprometimento dos governantes com a melhora da gestão

do ensino.

Internet: <http://www.todospelaeducacao.org.br/

institucional/as-5-metas/> (com adaptações).

Assinale a opção em que todos os termos apresentados poderiam substituir, correta

e coerentemente, “Contudo” (l. 4) no texto.

a) Conquanto / Posto que / Embora

b) Conforme / Consoante / Como

c) Todavia / No entanto / Entretanto

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d) Enquanto / Ao passo que / À medida que

e) Porquanto / Porque / Uma vez que

31. (FCC/TÉCNICO/TST/2017)

... para criar os principais monumentos de Brasília...

... além de satisfazer perfeitamente todas as exigências sociais da vida moderna...

... que é aproximar o homem da natureza...

Os complementos verbais dos segmentos acima encontram-se corretamente subs-

tituídos por pronomes em:

a) criá-los − satisfazê-la − aproximar-lhe

b) criá-los − satisfazê-las − aproximá-lo

c) criá-la − satisfazer-lhe − aproximar-lhe

d) criá-la − lhe satisfazer − aproximá-lo

e) criar-lhes − satisfazer-la − aproximar-lhe

32. (FCC/TÉCNICO/DPE-RS/2017)

O segmento destacado está substituído, segundo a norma-padrão da língua, por

um pronome em:

a) Ele viu o jogo... // Ele o viu...

b) Basta comparar os tapes dos referidos gols. // Basta lhes comparar.

c) ... ele pega a bola... //... ele lhe pega...

d) ... desejo fazer uma grave denúncia... //... desejo fazer-lhe...

e) ... querem receber autorais... //... querem o receber...

33. (FCC/TÉCNICO/TER-PR/2017) A substituição do elemento sublinhado pelo pro-

nome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada de

acordo com a norma padrão em:

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a) quem considera o amor abstrato = quem lhe considera abstrato


b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = consideram-lhe algo ingênuo e pueril
c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabiliza-lhe
d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento lhe é cego
e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê

34. (FGV/ASSISTENTE/CÂMARA DE SALVADOR-BA/2018)


“A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades
sob várias formas”.
A frase abaixo em que houve troca indevida entre sob/sobre é:
a) O clima sob os tetos das celas era tenso;
b) Deus faz chover sob homens justos e injustos;
c) Sob o ponto de vista político, essa proposta é inviável;
d) O preso trazia, sob o casaco, drogas proibidas;
e) Cavando o solo, os presos traziam muita terra sob as unhas.

35. (FGV/AUXILIAR/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/2017)


“Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século passado, ha-
via um menino que, além de muito levado, era também muito mentiroso, e que,
certo, dia após aprontar muito na sala de aula, foi colocado de castigo no porão
da escola por sua professora.”
Entre os termos sublinhados, assinale aquele que tem o sentido corretamente indicado:
a) Na = tempo
b) Em = lugar
c) Além de = adição
d) Após = modo
e) Da = finalidade

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36. (FGV/ESPECIALISTA/ALERJ/2017)

NO JAPÃO, ATAQUE A FACA EM CENTRO PARA DEFICIENTES DEIXA 15 MORTOS

Ao menos 15 pessoas morreram e 45 ficaram feridas após serem esfaqueadas por

um homem que invadiu um centro de assistência a pessoas com deficiência em

Sagamihara, no Japão.

O suspeito, que havia trabalhado no local, se entregou à polícia logo após o ataque.

A motivação dele ainda é desconhecida.

No texto há várias ocorrências de preposições; a ocorrência em que a preposição

tem seu valor semântico indicado de forma INADEQUADA:

a) “ataque A faca” / meio ou instrumento;

b) “ataque a faca EM centro para deficientes” / lugar;

c) “centro PARA deficientes” / finalidade;

d) “ficaram feridas APÓS serem esfaqueadas” / tempo;

e) “pessoas COM deficiência” / companhia.

37. (FGV/ANALISTA/COMPESA/2016)

Assinale a frase em que houve troca indevida entre sob/sobre.

a) “Infância é vida sob uma ditadura”.

b) “Falar sobre música é como dançar sobre arquitetura”.

c) “O verso é uma vitória sobre os limites da linguagem”.

d) “A interpretação é a vingança do intelecto sob a arte”.

e) “Se tudo está sob controle é porque não se está indo suficientemente rápido”.

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38. (FUNRIO/TÉCNICO/SESAU-RO/2017)

DRAMA DO DESEMPREGO ESTÁ LONGE DE DIMINUIR

A taxa de desemprego chegou a 11,5% em 2016. Em dezembro, 12,3 milhões

de brasileiros estavam em busca de uma vaga, número recorde. Em dois anos de

recessão, o total de desempregados no país aumentou em 5 milhões. E analistas

preveem que, apesar dos primeiros sinais de melhora na economia, o desemprego

só voltará a ficar abaixo de 10% em fins de 2019.

Um dos empregos da preposição em é o de indicação de tempo. O segmento do

texto em que essa preposição tem outro valor é:

a) “em 2016”

b) “Em dezembro”

c) “Em dois anos”

d) “em 5 milhões”

e) “em fins de 2019”

39. (VUNESP/AJUDANTE ADMINISTRATIVO/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/2017)

EXCESSO DE ATIVIDADES

Muitas crianças sofrem com o excesso de atividades porque os pais acreditam que isso

vai deixá-las mais preparadas para o futuro, e pensam que é necessário despertar a

competitividade desde cedo para garantir o sucesso profissional. Além disso, existe a

dificuldade de não ter onde deixar os pequenos durante o dia. Para resolver o proble-

ma, os pais mantêm os filhos ocupados o máximo possível. Com as atividades, os pais

tentam também aliviar uma certa culpa de sua ausência física e emocional.

É importante que os pais saibam que a criança precisa ter tempo livre para intera-

gir com outras crianças. O estresse diário, comum na vida de adultos, não deveria

fazer parte da realidade das crianças.

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No trecho “pensam que é necessário despertar a atividade desde cedo para garan-

tir o sucesso profissional”, a palavra destacada estabelece sentido de:

a) causa
b) lugar
c) modo
d) companhia
e) finalidade

40. (FUNRIO/PROFESSOR/PREFEITURA DE NILÓPOLIS-RJ/2016)


Eu não quero ser curado. Eu estou bem assim [...]
Caso quiséssemos unir essas duas orações do texto em um período composto, a
conjunção apropriada seria:
a) conquanto
b) todavia
c) porque
d) entretanto

41. (VUNESP/MOTORISTA/CÂMARA MUNICIPAL DE ITATIBA-SP/2015)


Álcool do mal
Desde a Antiguidade, a humanidade atribuiu propriedades medicinais às bebidas
alcóolicas. Embora ao longo dos séculos tenha havido vários sábios e curandeiros
que se opuseram à crença de que o álcool era um santo remédio, coube aos cien-
tistas da segunda metade do século 19 provar isso. Um dos primeiros estudos que
associa a bebida a problemas na saúde é de 1854.
De lá para cá, os efeitos nocivos do consumo exagerado ficaram bastante conheci-
dos. Por exemplo, provoca gastrite e úlcera, sobrecarrega o fígado e atrofia várias
áreas do cérebro, contribuindo para o aparecimento da demência.

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No trecho do 2º parágrafo –... provoca gastrite e úlcera... – a palavra destacada


estabelece sentido de:

a) adição

b) comparação

c) causa

d) tempo

e) finalidade

42. (VUNESP/ANALISTA/TJ-PA/2014)

Assinale a alternativa em que a seguinte passagem “Mas o vento foi mais ágil e o

papel se perdeu.” está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece uma

relação de conclusão, consequência, entre as orações.

a) Mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu.

b) Mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu.

c) Mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu.

d) Mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu.

e) Mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu.

43. (VUNESP/AGENTE/SAP-SP/2013)

Na frase “A incorporação de imigrantes poderia ajudar a compensar o deficit

demográfico, mas essa hipótese parece não ser considerada pelas autoridades

japonesas.”, o termo mas:

a) inicia uma explicação e equivale a porque.

b) expressa uma condição e equivale a caso.

c) estabelece um contraste entre ideias e equivale a porém.

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d) introduz uma conclusão e equivale a portanto.

e) indica uma conclusão e equivale a assim.

44. (FGV/ANALISTA/TJ-RJ/2014)

A REALIDADE PERCEBIDA PELOS ANIMAIS

É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal considerando que não só

sua inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes dos nos-

sos. Todavia, os animais captam estímulos que nós não captamos. O ornitorrin-

co, por exemplo, percebe com seu bico, parecido com o dos patos, as descargas

elétricas produzidas pelos camarões, a um metro de distância. As abelhas per-

cebem as alterações elétricas causadas por uma tempestade distante e voltam

para a colmeia; as serpentes detectam o calor de suas vítimas; os morcegos

percebem o eco dos sons que lançam.

O biólogo alemão von Uexküll assinalou que cada espécie animal vive em um

mundo próprio, ao que chamou Umwelt.

“É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal considerando que não só

sua inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes dos nossos.”

O comentário adequado sobre os componentes desse segmento do texto 2 é:

a) o infinitivo “imaginar” pode ser substituído por “que se imaginasse”;

b) o conector “mas também” equivale semanticamente a “porém”;

c) os pronomes “sua” e “seus” possuem referenciais diferentes;

d) o termo “como” tem valor de interrogativo de modo;

e) “difícil”, “animal” e “sensoriais” são exemplos de adjetivos.

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45. (FGV/ANALISTA/TJ-RJ/2014)
BEM TRATADA, FAZ BEM
Sérgio Magalhães, O Globo
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do fu-

turo.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?

Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma

série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao

uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve

entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso tí-

pico de cidade rodoviária e dispersa.

Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro

da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do

rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que

a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.).

O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembre-

mos: ele está inter-relacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê,

não faltam razões para o debate do tema.

Observe o emprego do demonstrativo “este” nos segmentos a seguir:

I – “O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória”;

II – “Este jornal, em uma série de reportagens,...”;

III – “... nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro

e o desprezo ao transporte coletivo”;

IV – “a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade”.

As frases acima que apresentam exatamente o mesmo motivo da utilização des-

se demonstrativo são:

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a) I-II

b) I-III

c) II-IV

d) III-IV

46. (FGV/ANALISTA/TJ-RJ)

TEXTO 2

Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é preciso apertar os cin-

tos: nosso carro agora trafega sozinho pelas ruas, salvo de acidentes, graças

a um sistema que o mantém em sincronia com os demais veículos lá fora.

O volante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro como se

fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém liga pra ele - até porque o

carro do futuro está cheio de novidades bem mais legais. Em vez dos tradi-

cionais quatro assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de estar,

com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As velhas carro-

cerias de aço foram substituídas por redomas translúcidas, com visibilidade

total para o ambiente externo. Se você preferir, é possível torná-la opaca e

transformar o carro em um ambiente privado, quase como um quarto ambu-

lante. Como o sistema de navegação é autônomo, basta informar ao compu-

tador aonde você quer ir e ele faz o resto. Resta passar o tempo da forma

que lhe der na telha: lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado preferido

ou até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa.

(Superinteressante, novembro de 2014).

O segmento do texto 2 em que a preposição destacada faz parte de um adjunto e

NÃO é solicitada obrigatoriamente por nenhum termo anterior é:

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a) “Estamos no trânsito de São Paulo”;

b) “salvo de acidentes”;

c) “em sincronia com os demais veículos lá fora”;

d) “assistindo ao seu seriado preferido”;

e) “basta informar ao computador”.

47. (FCC/TÉCNICO/TJ-AP/2014)

Uma história em comum

Os povos indígenas que hoje habitam a faixa de terras que vai do Amapá ao norte

do Pará possuem uma história comum de relações comerciais, políticas, matrimo-

niais e rituais que remonta a pelo menos três séculos. Essas relações até hoje não

deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais,

estendendo-se à Guiana-Francesa e ao Suriname.

Essa amplitude das redes de relações regionais faz da história desses povos uma

história rica em ganhos e não em perdas culturais, como muitas vezes divulgam

os livros didáticos que retratam a história dos índios no Brasil. No caso específico

desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências

de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação,

ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais.

Processos estes que se somam às diferentes experiências de contato vividas pelos

distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que entre eles

chegaram, dos quais existem registros a partir do século XVII.

É assim que, enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios e achamos

que, por esse motivo, eles dependem de nosso apoio para sobreviver, com um

pouco mais de conhecimento sobre a história da região podemos constatar que

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os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram isolados entre si. E,

também, que o avanço de frentes de colonização em suas terras não resulta ne-

cessariamente num processo de submissão crescente aos novos conhecimentos,

tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à primeira vista pode nos

parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em

suas novas experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num pro-

cesso de ampliação de suas redes de intercâmbio, que não apaga - apenas redefine

- a importância das relações que esses povos mantêm entre si, há muitos séculos,

“apesar” de nossa interferência.

(Adaptado de: GALLOIS, Dominique Tilkin; GRUPIONI, Denise Fajardo. Povos in-

dígenas no Amapá e Norte do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como

vivem e o que pensam? São Paulo: Iepé, 2003, p.8-9)

Os pronomes destacados no último parágrafo – nós, nosso, nos, nossa – fazem referência:

a) aos povos indígenas da Amazônia.

b) a todos os indígenas brasileiros.

c) às redes de intercâmbio indígenas.

d) aos representantes da cultura hegemônica.

e) a todos os habitantes das zonas urbanas do Brasil.

O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois dos prin-

cipais integrantes da Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, Dialética do es-

clarecimento, eles conceberam o conceito a fim de pensar a questão da cultura no

capitalismo recente. Na época, estavam impactados pela experiência no país cuja

indústria cultural era a mais avançada, os Estados Unidos, local onde os dois pen-

sadores alemães refugiaram-se durante a Segunda Guerra.

Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder do ca-

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pital, constituindo-se num sistema que englobaria o rádio, o cinema, as revistas e


outros meios – como a televisão, a novidade daquele momento –, que tenderia a
conferir a todos os produtos culturais um formato semelhante, padronizado, num
mundo em que tudo se transformava em mercadoria descartável, até mesmo a
arte, que assim se desqualificaria como tal. Surgiria uma cultura de massas que
não precisaria mais se apresentar como arte, pois seria caracterizada como um ne-
gócio de produção em série de mercadorias culturais de baixa qualidade. Não que
a cultura de massa fosse necessariamente igual para todos os estratos sociais; ha-
veria tipos diferentes de produtos de massa para cada nível socioeconômico, con-
forme indicações de pesquisas de mercado. O controle sobre os consumidores seria
mediado pela diversão, cuja repetição de fórmulas faria dela um prolongamento do
trabalho no capitalismo tardio.
Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar demais o
campo de possibilidades de mudança em sociedades compostas por consumido-
res supostamente resignados. O próprio Adorno chegou a matizá-la depois. Mas o
conceito passou a ser muito utilizado, até mesmo por quem diverge de sua formu-
lação original. Poucos hoje discordariam de que o mundo todo passa pelo “filtro da
indústria cultural”, no sentido de que se pode constatar a existência de uma vasta
produção de mercadorias culturais por setores especializados da indústria.
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural contemporânea,
são várias as possibilidades de interpretá-la. Há estudos que enfatizam o caráter
alienante das consciências imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a
difundir padrões culturais hegemônicos. Outros frisam o aspecto da recepção do
espectador, que poderia interpretar criativamente - e não de modo resignado - as
mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de modo não unívoco, mas com
multiplicidades possíveis de sentido.
(RIDENTI, Marcelo. Indústria cultural: da era do rádio à era da informática

no Brasil. In: Agenda brasileira. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 292 a 301)

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48. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2014) O próprio Adorno chegou a matizá-la depois.

(3º parágrafo)... são várias as possibilidades de interpretá-la. (4º parágrafo)... as

mensagens que lhe seriam passadas... (4º parágrafo)

Os pronomes destacados acima referem-se, no contexto, respectivamente, a:

a) análise - indústria cultural contemporânea - espectador

b) mudança - constatação - recepção

c) análise - constatação - aspecto

d) mudança - formulação original - espectador

e) diversão - indústria cultural contemporânea - recepção

49. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2014) Considerando-se o contexto, mantêm-se a cor-

reção e o sentido original substituindo-se:

a) conforme por “como demonstra” (2º parágrafo).

b) ademais por “em demasia” (4 º parágrafo).

c) a fim de por “para” (1 º parágrafo).

d) acerca por “quanto a” (3 º parágrafo).

e) pois por “por que” (2 º parágrafo).

50. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2014)

“O esquema de plantio em que se varia o tipo de planta...”

Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido, o elemento grifado acima

pode ser substituído por:

a) do qual

b) com o que

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c) aonde

d) por meio do qual

e) cujo

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GABARITO

1. C 26. C

2. E 27. E

3. C 28. C

4. b 29. c

5. e 30. c

6. E 31. b

7. C 32. a

8. C 33. d

9. E 34. b

10. C 35. c

11. d 36. e

12. b 37. d

13. C 38. d

14. E 39. e

15. C 40. c

16. C 41. a

17. C 42. d

18. C 43. c

19. E 44. d

20. E 45. d

21. E 46. a

22. E 47. d

23. a 48. a

24. a 49. c

25. d 50. d

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/ANALISTA/STM/2018)

31| Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros

estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro

deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar

34| que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo,

porque assim como vão variando as explicações do universo,

também a sentença que antes parecera imutável para todo o

37| sempre oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade

duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio.

Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que

40| uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os

costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e

Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o

43| Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].

Na linha 39, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de

modo que sua substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical.

Certo.

Como vimos em nossa aula, a forma pronominal neste (em + este) situa a localização

do falante (primeira pessoa, seta para baixo). Em termos textuais, o pronome este é

usado na catáfora (seta para frente). Usamos as setas para ilustrar esses valores:

ESTE

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2. (CESPE/ANALISTA/STM/2018)

Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de

mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas

16| reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter

bem amadurecido. Lançado, desde a infância, no torvelinho da

sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito

19| para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado

de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar

entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar,

22| minha ardente imaginação já saltava por cima da

recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno

desconhecido, para descansar em uma situação tranquila

25| em que me pudesse fixar.

Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (l. 25)

poderia ser reescrita da seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado.

Errado.

O pronome relativo que, na linha 25, quando substituído por a qual, deve ser com-

binado com a preposição em, resultando na forma na qual. Isso porque a preposi-

ção não pode ser a, como sugere a questão, uma vez que o verbo fixar, transitivo

indireto, exige a preposição em.

3. (CESPE/ANALISTA/TRF1ª/2017)

1| A linguagem — seja ela oral ou escrita, seja mímica

ou semafórica — é um sistema de símbolos, signos ou

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signos-símbolos, voluntariamente produzidos e

4| convencionalmente aceitos, mediante o qual o ser humano se

comunica com seus semelhantes, expressando suas ideias,

sentimentos ou desejos.

7| A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra

designasse apenas uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou

conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em

10| nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza,

enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.

Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase

13| nada significam de maneira precisa, inequívoca (Ogden e

Richards são radicais: “as palavras nada significam por si

mesmas”): “...o que determina o valor da palavra é o contexto,

16| o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra

seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto

também que a liberta de todas as representações passadas, nela

19| acumuladas pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.

Assim, por mais condicionada que esteja a significação de uma

palavra ao seu contexto, sempre subsiste nela, palavra, um

22| núcleo significativo mais ou menos estável e constante, além de

outros traços semânticos potenciais em condições de se

evidenciarem nos contextos em que ela apareça. Se, como

25| entendem Ogden e Richards, as palavras por si mesmas nada

significassem, a cada novo contexto elas adquiririam

significação diferente, o que tornaria praticamente impossível

28| a própria intercomunicação linguística.

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Nos trechos “lhe impõe” (l. 17) e “lhe atribui” (l. 19), o pronome ‘lhe’ refere-se a

“palavra” (l. 16), de modo que seriam gramaticalmente corretas as reescritas im-

põe a ela e atribui a ela.

Certo.

Primeiramente, a questão está correta quando diz que o nome palavra é o refe-

rente dos pronomes lhe (l.17) e lhe (l.19). Em segundo lugar, os verbos impor e

atribuir, ambos transitivos direto e indireto, selecionam objeto indireto introduzido

pela preposição a. O pronome de terceira pessoa ela pode ser regido pela prepo-

sição a. Por fim, o pronome oblíquo tônico lhe é o substituto adequado a comple-

mentos indiretos (objetos indiretos) de terceira pessoa.

4. (CESPE/DELEGADO/PJC-MT/2017)

1| A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a

honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços,

semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente

4| da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na

estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a

desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania,

7| a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver

prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto

10| ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem

chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha

de ser honesto.

13| E, nessa destruição geral das nossas instituições, a

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maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça,

corroborada pela ação dos homens públicos. E, nesse

16| esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a

falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de

punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa, mas

19| ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo

que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja.

No último parágrafo do texto, a forma pronominal “la”, em “apontá-la” (l.19), retoma:

a) “a ruína da justiça” (l.14).

b) “autoria incontroversa” (l.18).

c) “ação dos homens públicos” (l.15).

d) “falta de punição” (l. 17 e 18).

e) “a mais grave de todas as ruínas” (l.16).

Letra b.

Temos aqui uma questão que solicita a compreensão da conexão entre o pronome

e o nome referido. Vemos que em todas as opções há um nome (ou sintagma no-

minal) de gênero feminino e em número singular. Potencialmente, todos poderiam

ser retomados pela forma pronominal la. No entanto, o termo mais próximo é, po-

tencialmente, o referente a ser retomado – no caso do texto em análise, trata-se

de autoria controversa.

5. (CESPE/ANALISTA/TRE-PE/2017)

Na teoria constitucional moderna, cidadão é o

16| indivíduo que tem um vínculo jurídico com o Estado, sendo

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portador de direitos e deveres fixados por determinada

estrutura legal (Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a

19| nacionalidade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a

lei, porém súditos do Estado.

No segundo parágrafo do texto, o pronome “lhe” (l.18) faz referência a:

a) “Estado” (l.16).

b) “portador de direitos e deveres” (l.17).

c) “nacionalidade” (l.19).

d) “teoria constitucional moderna” (l.15).

e) “cidadão” (l.15).

Letra e.

Para resolver a questão, temos que observar o verbo confere, na linha 18. Por

ser transitivo direto e indireto, seleciona um objeto direto e um objeto indireto. O

objeto direto é a nacionalidade e o objeto indireto é a alguém (e este “alguém”

é a resposta da questão). Lembre-se: o pronome lhe pode substituir complemento

preposicionado (objeto indireto). Em termos de interpretação do texto analisado, é

o Estado que confere a nacionalidade ao cidadão. Portanto, o objeto indireto (subs-

tituído e retomado pelo pronome lhe) é ao cidadão.

6. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP-JUD/2016)

1| Minha tia, Mary Beton, devo dizer-lhes, morreu de

uma queda de cavalo, quando estava em Bombaim. A notícia

da herança chegou certa noite quase simultaneamente com a da

4| aprovação do decreto que deu o voto às mulheres. A carta de

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um advogado caiu na caixa do correio e, quando a abri,


descobri que ela me havia deixado quinhentas libras anuais até
7| o fim da minha vida.
As formas pronominais “a” (l. 5) e “ela” (l. 6) referem-se a “A carta” (l. 4).

Errado.
Apenas a forma pronominal a (l.5) faz referência a a carta. O pronome ela (l. 6)
faz referência a Minha tia, Mary Beton (l.1).

7. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2018)
11| Após espiões poloneses
terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de
13| xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma
na base militar de Bletchey Park. A máquina replicava os
rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes
16| combinações de posições dos rotores para testar possíveis
soluções. Após quatro anos de trabalho, Turing conseguiu
quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens alemãs
19| criptografadas continham palavras previsíveis, como nomes e
títulos dos militares.
No trecho “para testar possíveis soluções” (l. 16 e 17), o emprego da preposição
“para”, além de contribuir para a coesão sequencial do texto, introduz, no período,
uma ideia de finalidade.

Certo.
A preposição para possui, na sentença analisada, a ideia de finalidade. Traduzindo, te-

mos que a reprodução de diferentes combinações tinha por fim as possíveis soluções.

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8. (CESPE/ASSISTENTE/SEEDF/2017)

1| Não têm conta entre nós os pedagogos da

prosperidade que, apegando-se a certas soluções onde,

na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais,

4| transformam-nas em requisito obrigatório e único de todo

progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o

que ocorre com a miragem da alfabetização. Quanta inútil

7| retórica se tem desperdiçado para provar que todos os

nossos males ficariam resolvidos de um momento para o

outro se estivessem amplamente difundidas as escolas

10| primárias e o conhecimento do abc.

A preposição “para” (l.7) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de finalidade.

Certo.

Questão semelhante à anterior. Para reconhecer a ideia de finalidade na preposição

para, faça a reescritura utilizando, no lugar da preposição, as formas com a fina-

lidade de, com o intuito de, com o propósito de:

“Quanta inútil retórica se tem desperdiçado com a finalidade/o intuito/o pro-

pósito de provar que [...]”.

9. (CESPE/PROFESSOR/SEEDF/2017)

9| Quando nos perguntamos o que é a

10| consciência, não temos melhor resposta que a de Louis

11|Armstrong quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz:

12| “Moça, se você precisa perguntar, nunca saberá”.

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Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida

a preposição sobre imediatamente após “perguntou-lhe” (l.11).

Errado.

A preposição sobre não pode ser introduzida na construção analisada. A explicação

é a seguinte. O verbo perguntar, na sentença, é transitivo direto e indireto: per-

guntar algo (o que era o jazz) a alguém (lhe = a ele). Se houvesse a presença da

preposição sobre, a construção ficaria assim (reescrita): “uma repórter perguntou

sobre o que era o jazz a ele”. Essa frase, segundo a norma gramatical, é incorreta,

já que a preposição sobre está introduzindo um objeto direto.

10. (CESPE/ANALISTA/STM/2018)

1| Não sou de choro fácil a não ser quando descubro

qualquer coisa muito interessante sobre ácido

desoxirribonucleico. Ou quando acho uma carta que fale sobre

4| a descoberta de um novo modelo para a estrutura do ácido

desoxirribonucleico, uma carta que termine com “Muito amor,

papai”. Francis Crick descobriu o desenho do DNA e escreveu

7| a seu filho só para dizer que “nossa estrutura é muito bonita”.

Estrutura, foi o que ele falou. Antes de despedir-se ainda disse:

“Quando chegar em casa, vou te mostrar o modelo”. Não

10| esqueça os dois pacotes de leite, passe para comprar pão,

guarde o resto do dinheiro para seus caramelos e, quando

chegar, eu mostro a você o mecanismo copiador básico a partir

13| do qual a vida vem da vida.

Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico

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cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam


16| o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos
me comove. Cromossomas me animam, ribossomas me
espantam. A divisão celular não me deixa dormir, e olha que eu
19| moro bem no meio das montanhas. De vez em quando vejo
passarem os aviões, mas isso nunca acontece de madrugada —
a noite se guarda toda para o infinito silêncio.
22| Acho que uma palavra é muito mais bonita do que
uma carabina, mas não sei se vem ao caso. Nenhuma palavra
quer ferir outras palavras: nem desoxirribonucleico, nem
25| montanha, nem canção. Todos esses conceitos têm os seus
sinônimos, veja só, ácido desoxirribonucleico e DNA são
exatamente a mesma coisa, e os do resto das palavras você
28| acha. É tudo uma questão de amor e prisma, por favor não abra
os canhões. Que coisa mais linda esse ácido despenteado,
caramba. Olhei com mais atenção o desenho da estrutura e
31| descobri: a raça humana é toda brilho.
A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (l.
18 e 19) por embora eu more entre montanhas manteria a coerência do trecho
no qual se insere, mas alteraria seu nível de formalidade.

Certo.
A conjunção embora traduz corretamente o valor concessivo do trecho no qual se
insere. A ideia de concessão, como vimos, exprime uma oposição ao que é afirma-
do na oração principal, mas não é capaz de anular ou impedir o fato mencionado.
Como vemos pela natureza do texto em análise, a frase original é menos formal

(é informal). Se se fizer o uso da conjunção embora, o texto se torna mais formal.

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11. (CESPE/ESCRIVÃO/PC-MA/2017)
1| Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e
mais casos de assédio sexual em ambientes profissionais —
como os que envolvem produtores e atores de cinema —, no
4| Brasil, o número de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015
e 2016.
Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações
7| judiciais sobre assédio sexual no trabalho, considerando-se só
a primeira instância.
Os números mostram que o tema ainda é tabu por
10| aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua auxiliando
empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas
não falam por medo de serem culpabilizadas ou até de
13| represálias”.
Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir
corrupção nas corporações já recebem queixas de assédio e
16| ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele,
“o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais
protegidas para falar”.
19| A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um
superior sobre um subordinado para tentar obter vantagem
sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há
22| crime, embora tal comportamento possa dar causa a reparação
por dano moral.
No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que
as pessoas se sentem mais protegidas para falar’ (l. 17 e 18) seriam preservados
caso se substituísse o termo “já que” por:

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a) a fim de que.

b) ainda que.

c) contanto que.

d) uma vez que.

e) logo que.

Letra d.

São equivalentes do termo já que: dado que, visto que, uma vez que. O valor

da locução conjuntiva é de explicação, introduzindo o seguimento que denota uma

explicação para o que foi dito anteriormente. As expressões em (a), (b), (c) e (e)

são distintas semanticamente, havendo alteração de sentido caso estejam empre-

gadas no lugar de já que.

12. (CESPE/AUXILIAR/TCE-PB/2017)

1| O medo do esquecimento obcecou as sociedades

europeias da primeira fase da modernidade. Para dominar sua

inquietação, elas fixaram, por meio da escrita, os traços do

4| passado, a lembrança dos mortos ou a glória dos vivos e todos

os textos que não deveriam desaparecer. A pedra, a madeira, o

tecido, o pergaminho e o papel forneceram os suportes nos

7| quais podia ser inscrita a memória dos tempos e dos homens.

No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca,

na magnitude do livro e na humildade dos objetos mais

10| simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade

da perda. Em um mundo no qual as escritas podiam ser

apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos e os livros

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13| estavam sempre ameaçados de destruição, a tarefa não era fácil.

Paradoxalmente, seu sucesso poderia criar, talvez, outro

perigo: o de uma incontrolável proliferação textual de um

16| discurso sem ordem nem limites.

O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis

e abafa o pensamento sob o acúmulo de discursos, foi

19| considerado um perigo tão grande quanto seu contrário.

Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim

como o esquecimento também o é para a memória. Nem todos

22| os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção

os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram

traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e

25| depois escrever de novo.

No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apa-

gamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória”

(l. 20 e 21) seriam preservadas caso a conjunção “Embora” fosse substituída por:

a) Por conseguinte.

b) Ainda que.

c) Consoante.

d) Desde que.

e) Uma vez que.

Letra b.

O valor da conjunção embora é de concessão (exprime uma oposição ao que é dito

na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato mencio-

nado). Por conseguinte é uma conjunção consecutiva; consoante é uma conjunção

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conformativa; desde que é uma conjunção condicional; uma vez que, por fim, é

uma conjunção explicativa.

13. (CESPE/ANALISTA/STF/2013)

Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a função

de complemento da forma verbal “guiava”.

Certo.

O sujeito do verbo guiava está posposto, isto é, depois do verbo. Na ordem canô-

nica SVO (sujeito verbo objeto), a ordem é a seguinte:

A promessa do livro guiava-me. O pronome me, então, é complemento do verbo guiar.

14. (CESPE/PROFESSOR/SEE-AL/2013)

1| Quando se pensa em educação popular, logo se

2| recorre às ideias do educador Paulo Freire, que,

3| durante toda a sua vida, se dedicou à questão do educar para a

4| vida.

Na linha 2, o termo “que” poderia ser substituído por cujo, haja vista se tratar de

pronome relativo referente ao educador e escritor Paulo Freire.

Errado.

O pronome cujo estabelece relação de posse:

[possuidor] cujo [posse]

Cada um dos elementos unidos pelo pronome cujo deve pertencer à classe dos substantivos.

Nenhum desses critérios é atendido na construção: Paulo Freire, cujo, durante toda

a sua vida, se dedicou à questão [...]

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O estranhamento do resultado da substituição que-cujo é uma comprovação da

impossibilidade de substituição.

1| O secretário escolar é mais do que um mero executor

de tarefas burocráticas, pois é um profissional que tem em

mãos dados essenciais para pensar estrategicamente o processo

4| pedagógico da escola, bem como para gerenciar a memória

documental dos sujeitos que nela estão ou estiveram inseridos.

A amplitude de suas funções coloca-o em relação

7| direta e permanente com diferentes áreas de atuação da unidade

educativa, o que exige sua interação com todos os envolvidos

no trabalho escolar.

10| Às vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que

tomam decisões gerenciais e os que executarão tais decisões;

muitas vezes, porém, ele toma decisões e executa tarefas

13| relevantes e decisivas. É, pois, nesse momento, verdadeiro

assessor, função que exige competências básicas bem

específicas e formação voltada essencialmente para questões

16| educacionais.

Cristiane de C. R. Abud.

Internet: www.uems.br (com adaptações).

15. (CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013) No segundo parágrafo, os termos

“suas” (l.6), “-o” — em “coloca-o” (l.6) — e “sua” (l.8) exercem a função de pronomes

e estabelecem uma cadeia de coesão com o referente “secretário escolar” (l.1).

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Certo.

Na cadeia referencial do primeiro parágrafo, o referente a ser retomado pelas elip-

ses e pelos pronomes é o sintagma nominal O secretário escolar. Não há, ao lon-

go desse trecho, outro referente potencial para as formas pronominais destacadas.

16. (CESPE/SECRETÁRIO ESCOLAR/SEE-AL/2013) O termo “pois” (l.13) explicita

uma relação sintática de conclusão.

Certo.

A conjunção conclusiva pois, no trecho em análise, é equivalente às formas por-

tanto, assim, logo.

17. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2013)

14| O cinema ideal seria aquele onde não houvesse

15| absolutamente nenhum ponto de luz.

A substituição do vocábulo “onde” (l.14) por em que manteria a correção gra-

matical e o sentido original do texto.

Certo.

O pronome onde está empregado em sentido locativo (a sala de cinema é um local

físico bem delimitado). A forma em que também possui a semântica locativa, daí

a possibilidade de substituição.

18. (CESPE/PERITO CRIMINAL/SEGESP-AL/2013)

1| Uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de

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Química da Universidade de Brasília (UnB) aumenta a precisão

da perícia criminal e baixa seus custos. O grupo, formado por

4| pesquisadores, alunos e peritos da Polícia Federal, desenvolveu

marcadores visuais que possibilitam rastrear um projétil,

identificar a distância de um tiro em até 12 metros do local do

7| disparo e apontar a estatura do atirador.

No primeiro período do texto, o pronome “seus” (l.3) está empregado em referên-

cia à expressão “perícia criminal” (l.3).

Certo.

O pronome possessivo seus deve concordar com o termo que o segue (a coisa pos-

suída): custos. Os custos são da perícia criminal (e aí encontramos o possuidor).

19. (CESPE/ASSISTENTE/FUB/2013)

1| A educação superior no Brasil não pode ser discutida

2| sem que se tenha presente o cenário em que ela surgiu [...]

Caso a expressão “em que” (l.2) fosse substituída por o qual, seriam mantidas

a correção e a coerência do texto.

Errado.

Como há a preposição em, a forma de substituição deve ser no qual.

20. (CESPE/SUPERIOR/MJ/2013)

1| Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para

a classe dominante brasileira (os “liberais”), democracia é o

regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no entanto, a

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4| democracia é “o único regime político no qual os conflitos são

considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”

A expressão ‘no qual’ (l.4) poderia ser substituída pelo vocábulo onde, sem pre-

juízo para a correção e para as ideias do texto.

Errado.

Não há, no trecho em análise, regime político (antecedente da forma no qual) não

pode ser interpretado com sentido locativo – daí a impossibilidade de substituição

pela forma onde.

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BIBLIOGRAFIA

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 1999.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio

de Janeiro: Lexicon, 2008.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo:

Editora Objetiva. 2009.

ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janei-

ro: José Olympio, 2011.

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