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AUTARQUIAS
Conceito
É uma pessoa jurídica de direito público que integra a Administração
Pública Indireta, logo, trata-se de uma forma de descentralização. É criada
por meio de lei (ordinária). Sua função é prestar serviço público típico, ou seja,
aquele serviço público essencial que deveria ser prestado pela Administração
Direta. Além disso, também são criadas autarquias para a realização de obras
públicas que são consideradas essenciais (ex.: DNIT).
Vale destacar que as autarquias não desempenham atividade econômica,
pois são exercidas por outras pessoas jurídicas que integram a Administração
Indireta. No entanto, é possível que uma autarquia exerça algum tipo de ativi-
dade econômica em caráter excepcional, situação que já foi até reconhecida
pelo Supremo Tribunal Federal.
As autarquias são dotadas de autonomia patrimonial, administrativa e finan-
ceira, mas não são dotadas de autonomia política. Logo, não é possível dizer
que a autonomia das autarquias é ampla e irrestrita.
Características
Por ser uma pessoa jurídica de direito público, a autarquia irá seguir um
regime jurídico administrativo, que nada mais é que um regime jurídico de
direito público, o que faz com que as autarquias sejam dotadas de restrições e
limitações, mas, também, possuidoras de maiores garantias e direitos.
As características mais relevantes das autarquias são:
• Obediência à regra geral de licitação prévia para contratação de serviços,
obras e compras;
• Pessoal regido por estatuto próprio (regime estatutário);
CF/1988
Art. 37, XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abran-
ge autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
Privilégios e prerrogativas
Imunidade tributária recíproca – Art. 150, § 2º, CF/1988: Imunidade tributá-
ria em relação à instituição de impostos sobre seu patrimônio, sua renda e seus
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
No entanto, vale destacar o seguinte julgado do STF: “Incide o IPTU, consi-
derado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de
direito privado, devedora do tributo” (STF – Informativo 861). Nesse sentido, se
uma pessoa jurídica de direito público cede um imóvel a uma pessoa jurídica de
direito privado, então esta deverá realizar o pagamento do IPTU correspondente
ao imóvel, pois ela não é dotada de imunidade.
Outras prerrogativas das autarquias são:
• Prescrição quinquenal de suas dívidas passivas;
• Impenhorabilidade de seus bens e rendas (art. 100 da CF/1988 – Regime
de Precatórios);
• Impossibilidade de usucapião de seus bens;
• Juízo privativo da entidade a que pertencem (quando vinculadas à União,
o foro judicial para as ações comuns será a Justiça Federal – Art. 109, I,
CF/1988);
Obs.: a regra do juízo privativo (acima) também é válida para as empresas públi-
cas, mas não se aplicam às sociedades de economia mista.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Vandré Amorim.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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