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Embora - os textos filosóficos pareçam, à primeira vista, difíceis ou mesmo incompreensíveis

- dada sua linguagem específica, seu rigor conceitual e sistemático; sua leitura constitui um
sadio desafio, tanto quanto o enfrentamento das questões e dos problemas postos pelos
filósofos ao longo do tempo.

Dentre outras dimensões o homem é um Ser Ético. A existência humana é permeada por
questionamentos éticos que requerem desafios e respostas urgentes; tais questionamentos
evidenciam a existência de uma realidade factual (“aquilo que é”) e de uma realidade
normativa (“aquilo que deve ser”). Na tentativa de transformar “aquilo que é” em “aquilo que
deve ser” o homem se apresenta como um ser moral. Eis o que estabelece a condição moral
do ser humano, ou seja, o fato do mesmo necessariamente estar projetado para o dever ser.
Ao se pensar como Sujeito que age – AÇÃO – o homem constrói sua existência dando
sentido às coisas. Elaborando outro significando do mundo ele se descobre como sujeito de
liberdade, de direito, de responsabilidade, de justiça.

O homem é um ser que possui um senso ético e uma consciência moral. Isso quer dizer que
constantemente ele avalia suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas
ou injustas. Além disso, faz juízos de valor sobre o modo de ser e de agir dos demais seres
humanos. Nesse sentido, é possível afirmar que a ética ilumina a consciência humana,
sustenta e dirige as ações do homem, norteando sua conduta individual e social.

Como ser moral, o homem é atraído pelo bem, pela justiça, pela verdade, pela honestidade,
etc. E é compelido a repelir o mal, a injustiça, a falsidade e a desonestidade.

Dessa forma, a filosofia é um incentivo ao estudante de direito a combater o que já está


determinado, deixando de ser um mero espectador da realidade jurídica atual, para participar
ativamente dos processos de mudança do ordenamento jurídico, enquanto operador do
direito, de maneira consciente.

Assim espera-se ter cumprido nossa meta principal “despertar” questionamentos e suscitar
discussões, objetivo este, primordial da filosofia.

Luciano da Silva Façanha

Doutorando em Filosofia, PUC/SP.


Bibliografia:

. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996.

. REALE, Miguel. Filosofia do Direito. São Paulo: Saraiva, 1999.

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