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AO ALCANCEDE
TODOS
projeto de
responsabilidade social
ESCOLA DA MAGISTRATURA
FEDERAL DO PARANÁ
“Lider em Aprovação na Magistratuta Federal”
DIRETOR
VLADIMIR PASSOS DE FREITAS
VICE-DIRETOR
ANTONIO CÉSAR BOCHENEK
ESMAFE-PR
Escola da Magistratura Federal do Paraná
PRESIDENTE
ERIVALDO RIBEIRO DOS SANTOS
VICE-PRESIDENTE
FLAVIA DA SILVA XAVIER
DIRETOR FINANCEIRO
APAJUFE
Associação Paranaense dos Juízes Federais
NICOLAU KONKEL JUNIOR
DIRETORA CULTURAL E SOCIAL
BIANCA G. ARENHART MUNHOZ DA CUNHA
DIRETORA DE BENEFÍCIOS E PATRIMÔNIO INTERIOR
SUANE MOREIRA DE OLIVEIRA
Rua Eurípides Garcez do Nascimento,1167
Ahú · Curitiba · Paraná · Cep 80540-280
www.esmafepr.com.br
Tel. 41 3078.6600
Realização
ESMAFE-PR • Escola da Magistratura Federal do Paraná
www.esmafepr.com.br
Elaboração
Vera Lúcia Feil Ponciano
Juíza da 6ª Vara Cível da Justiça Federal de Curitiba/PR.
Projeto Gráfico
Emerson Rassolim Batista
Fotografias
Lozane Winter
Editorial
zenaz Julio Cesar Ponciano
www.zenaz.com.br
comunicação
integrada
1
ORGANIZAÇÃO
Quais são os órgãos do Poder Judiciário Brasileiro?
Conforme art. 92 da Constituição Federal, são órgãos do Po-
der Judiciário: o Supremo Tribunal Federal; o Conselho Nacional de
Justiça; o Superior Tribunal de Justiça; os Tribunais Regionais Federais
1
e Juízes Federais; os Tribunais e Juízes do Trabalho; os Tribunais e Juí-
zes Eleitorais; os Tribunais e Juízes Militares; os Tribunais e Juízes dos
ORGANIZAÇÃO
Estados e do Distrito Federal e Territórios.
2ª Região
Seções Judiciárias do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás,
Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e
Tocantins.
ORGANIZAÇÃO
Seção Judiciária com sede na respectiva capital. A Justiça Federal foi
regulamentada pela Lei 5.010 de 30/05/1966. Foi reafirmada pela
Constituição de 1967, passando a atuar em duas instâncias: no 1º
grau, por meio de Juízos Federais, e, no 2º grau, via Tribunal Federal
de Recursos, já então sediado em Brasília.
Até 1974, a investidura dos juízes federais foi feita por indi-
cação do Presidente da República, com apreciação dos nomes pelo
Senado Federal. A partir de 1974, o provimento dos cargos passou a
ser por concurso público, o que ocorre até hoje.
A Constituição Federal de 1988 reestruturou a Justiça Federal,
com a criação de cinco Tribunais Regionais Federais e do Superior
Tribunal de Justiça.
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Máquina de escrever
Acervo da Sala da Memória
da Justiça Federal do Paraná
2
COMPETÊNCIA
Qual a missão da Justiça Federal?
A Justiça Federal tem como missão a pacificação dos confli-
tos que envolvem os cidadãos e a Administração Pública Federal, em
diversas áreas. Nos processos da Justiça Federal aparecem, de um
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lado, os particulares e de outro, a União, as empresas públicas, autar-
quias e fundações públicas federais ou os conselhos de fiscalização
COMPETÊNCIA
profissional.
A Justiça Federal também tem a missão de processar e jul-
gar os chamados crimes federais, que atingem bens e interesses
de qualquer um dos entes federais citados, além de outros crimes
definidos na Constituição e na lei como sendo de sua competência
(tráfico transnacional de drogas, contrabando e descaminho etc.).
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2 I) As causas em que a União, autarquica
federal ou empresa pública federa
l forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho
(competência da Justiça Estadual) e as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
Matéria tributária, administrativa, previdenciária e
toda e qualquer outra que não seja penal nem
trabalhista. Tratase da competência em razão
pessoa. Engloba as ações contenciosas e de
- da
II) As causas entre Estado estrangeiro ou Embaixadas, Consulados etc. As ações entre
COMPETÊNCIA
16 Art. 109, V – os crimes previstos em tratado ou Algumas infrações definidas em, lei se forem objeto
convenção internacional, quando, iniciada a de repressão em tratados e convenções
execução no País, o resultado tenha ou devesse ter internacionais. Por exemplo: moeda falsa, tráfico
ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; transnacional de drogas; tráfico de mulheres.
ou de suas entidades autárquicas ou empresas pública federal); b) a repercussão do delito no bem,
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a no serviço ou no interesse ao ente federal; c) a
competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; ocorrência do prejuízo ou dano ao ente federal.
COMPETÊNCIA
Art. 109, VI – os crimes contra a organização do Tais crimes estão definidos no Código Penal, porém a
trabalho. competência da Justiça Federal depende do alcance e
dos efeitos da conduta criminosa.
Art. 109, VI – os crimes contra o sistema financeiro e Fica a cargo da legislação infraconstitucional a
a ordem econômico-financeira, nos casos previstos definição de tais crimes.
em lei.
Art. 109, VII – os habeas corpus, em matéria criminal CPP, art. 648 e ss. Contra ato de autoridade federal e
de sua competência ou quando o constrangimento envolvendo crimes federais. Figurando como
provier de autoridade cujos atos não estejam autoridade coatora o juiz federal de 1º grau, a
diretamente sujeitos a outra jurisdição competência para processar e julgar o habeas corpus
Art. 109, VIII – mandado de segurança em matéria Tem previsão no art. 61 da Lei 5.010/66. É admitida
criminal de sua competência sua interposição quando se tratar de ato do juiz que
seja ilegal e violador de direito líquido e certo no
âmbito criminal, demonstrável de plano pela via
documental, e, ainda, quando não haja qualquer
outro recurso capaz de afastar a eficácia lesiva da
Art. 109, IX – os crimes cometidos a bordo de navios Ressalvada a competência da Justiça Militar e dos
ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça crimes de ingresso ou permanência irregular de
Militar estrangeiro
Art. 109, X – os crimes de ingresso ou permanência Apenas envolve os crimes praticados com o intuito
irregular de estrangeiro. de regularizar o ingresso ou permanência no Brasil.
Os crimes podem ser previstos tanto no Código Penal
como no Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.015/80).
COMPETÊNCIA
A Justiça Estadual exerce, ainda, a competência federal de-
legada, nos termos do art. 109, § 3º, CF, e art. 15 da Lei 5.010/66.
Assim, as causas contra o INSS (autarquia federal) envolvendo dis-
cussão acerca de benefícios previdenciários, poderão ser propostas:
a) no foro de domicílio do segurado, se o Município não for sede de
vara federal; b) se for sede de vara federal o Município, deve ser pro-
posta na Justiça Federal. O recurso sempre será para o TRF respectivo.
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fichário de jurisprudência
Acervo da Sala da Memória
da Justiça Federal do Paraná
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INSTÂNCIAS
Como se organiza e funciona a primeira instância da Justiça
Federal?
A primeira instância da Justiça Federal Comum está organi-
zada em Seções Judiciárias (uma, no Distrito Federal, e uma em cada
3
Estado, com sede na respectiva capital) e em Subseções Judiciárias,
que são divididas em Varas, localizadas em cidades, inclusive do in-
INSTÂNCIAS
terior dos Estados (CF, art. 110).
A primeira instância é composta por juízes federais e juízes
federais substitutos, que atuam em varas (cíveis, criminais, previden-
ciárias, de execuções fiscais etc).
A Justiça Federal, assim como a Justiça Estadual, possui os
juizados especiais cíveis e criminais, mas que processam e julgam as
causas de competência federal.
Cada Seção Judiciária tem sede na capital dos Estados brasi-
leiros e encontra-se sob a jurisdição de um dos tribunais regionais fe-
derais. As Seções Judiciárias são formadas por um conjunto de varas
federais, onde atuam os juízes federais e juízes federais substitutos
(cada vara tem um juiz titular e um juiz substituto) e, nas principais
cidades do interior, funcionam subseções judiciárias.
Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições come-
tidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma
da lei. Atualmente não mais existem territórios federais no País.
INSTÂNCIAS
cionais. Assim, a competência recursal do STF é exercida por meio
do recurso ordinário (CF, art. 102, II) e recurso extraordinário (CF, art.
102, III), tanto em causas cíveis como em causas criminais.
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apontador de lápis
Acervo da Sala da Memória
da Justiça Federal do Paraná
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CAUSAS
Quais causas são processadas e julgadas nas varas cíveis?
Nas varas cíveis da Justiça Federal são processadas e julga-
das as ações que envolvam matéria cível, não compreendidas no
âmbito das varas previdenciárias, varas do sistema financeiro da ha-
4
bitação, varas tributárias e dos juizados especiais federais cíveis. As
ações com valor superior a 60 (sessenta) salários mínimos, e outras,
CAUSAS
que não podem ser propostas no juizado especial cível, tramitarão
nas varas cíveis.
As ações cíveis mais comuns têm como partes a União, a
Caixa Econômica Federal, o Banco Central do Brasil, a Universidade
Federal do Paraná, o Instituto Nacional do Seguro Social, o INCRA –
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, a EBCT – Empre-
sa Brasileira de Correios e Telégrafos etc.
As ações versam, geralmente, sobre matéria tributária, inte-
resses de servidores públicos (Regime Jurídico Único da Lei 8.112/90),
contratos de empréstimos celebrados com a CEF, inscrições nos Con-
selhos de profissões regulamentadas (OAB – Ordem dos Advogados
do Brasil, Conselhos Regionais de Química, Farmácia, Medicina etc.).
As ações civis públicas são distribuídas para as varas cíveis,
salvo as de natureza previdenciária e no âmbito do SFH. Também há
ações populares, habeas data, mandado de segurança (desde que
não envolva matéria previdenciária, pois a competência é da vara
previdenciária).
CAUSAS
pela Lei 9.788/99, na Circunscrição Judiciária de Curitiba, Seção Judi-
ciária do Estado do Paraná, a partir de 30/11/2000, com especiali-
zação em ações do SFH, e denominando-a Vara Federal do Sistema
Financeiro da Habitação, mantida a competência jurisdicional da sub-
seção judiciária de Curitiba.
A Resolução nº 97/04 da Presidência do E. TRF4ªR dispôs
sobre a criação da Vara Federal do Sistema Financeiro da Habitação
de Porto Alegre.
A competência da Vara do SFH se estabelece para os feitos
em matéria de conflitos habitacionais fundados em financiamento
para aquisição, construção ou ocupação legítima de imóveis. Não
compete às Varas especializadas do SFH o julgamento de ação pos-
sessória, sem qualquer vínculo com contrato de financiamento para
aquisição de imóvel.
As ações que tramitam nessa vara especializada versam sobre
revisão do contrato firmado sob as regras do SFH com a Caixa Econô-
mica Federal, bem como ações consignatórias e ações cautelares.
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Quais causas são julgadas e processadas nas varas criminais?
Nas varas criminais da Justiça Federal comum tramitam ações
penais envolvendo crimes de sua competência, ressalvada a compe-
tência dos juizados especiais federais criminais. Uma ou mais varas
4
criminais podem ser responsáveis pela execução da pena nas ações
criminais julgadas pelas outras varas. As varas criminais podem ser
CAUSAS
especializadas para processar e julgar certos tipos de crimes. Exem-
plo disso são crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e Lavagem
de Dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei
9.613/98.
A competência das Varas Federais criminais da Justiça Federal 4ª Re-
gião está definida da seguinte forma:
1ª Vara Federal processar e julgar: a) os crimes contra o sistema financeiro nacional e os de lavagem
Criminal de Porto ou ocultação de bens, direitos e valores; b) os crimes praticados por organizações
Alegre criminosas, independentemente do caráter transnacional ou não, das infrações; c)
todos os demais crimes de competência da Justiça Federal (competência
concorrente por distribuição).
2ª Vara Federal processar e julgar: a) todos os crimes de competência da Justiça Federal
Criminal de Porto (competência concorrente por distribuição); b) os processos de execução de pena.
Alegre
3ª Vara Federal processar e julgar: a) todos os crimes de competência da Justiça Federal
Criminal de Porto (competência concorrente por distribuição); b) os processos do Juizado Especial
Alegre Criminal.
Vara Federal processar e julgar: a) os crimes contra o sistema financeiro nacional e os de lavagem
Criminal de ou ocultação de bens, direitos e valores; b) os crimes praticados por organizações
Florianópolis criminosas, independentemente do caráter transnacional ou não, das infrações; c)
todos os demais crimes de competência da Justiça Federal; d) os processos do
Juizado Especial Criminal.
34
sineta
Acervo da Sala da Memória
da Justiça Federal do Paraná
5
juizados
Quais causas são processadas e julgadas pelos Juizados Especiais
Federais Cíveis?
Em matéria cível os juizados especiais federais poderão pro-
cessar, conciliar e julgar causas da competência da Justiça Federal
5
até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. São julgadas pelos
juizados especiais as causas cíveis de competência da Justiça Federal
JUIZADOs
(conflitos que envolvem os cidadãos e a Administração Pública Fede-
ral: a União, autarquias federais como, por exemplo, o INSS, o Banco
Central, a UFRGS, a UFSC e a UFPR e empresas públicas federais, tais
como a Caixa Econômica Federal).
A competência do Juizado Especial Cível Federal é absoluta
e, com exceção das hipóteses previstas nos incs. I a IV do § 1º do art.
3º da Lei 10.259, de 12.07.2001, se determina em razão do valor da
causa, que deve ser inferior a 60 (sessenta) salários mínimos.
O autor poderá ser qualquer pessoa física capaz, maior de
dezoito anos, sendo excluídos os cessionários de direitos de pessoas
jurídicas. O art. 8º da Lei n° 9.099/95 prevê que não poderão ser
partes o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as
empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil, e o §
1º dispõe que somente as pessoas físicas capazes serão admitidas a
propor ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de
direito de pessoas jurídicas. Podem ainda ser autores as micro-
empresas e empresas de pequeno porte, acompanhadas ou não de
advogado. A União, as autarquias, as fundações e as empresas públi-
cas federais são sempre rés (LJEF, art. 6º).
JUIZADOs
agregado a cada Vara Federal das Execuções Criminais.
Em matéria criminal tramitam somente ações penais relati-
vas a delitos de menor potencial ofensivo, para as quais a lei prevê
que a pena máxima não ultrapasse 02 anos, dentre eles, os seguintes
crimes: crimes contra o índio (Lei 6.001/73, art. 58); sonegação fiscal
(Lei 8.137/90, art. 2º); violação de domicílio – art. 150 do CP; crimes
contra a organização do trabalho – arts. 197 a 207 do CP; moeda falsa
recebida de boa-fé – art. 289, § 2º, do CP; uso de papéis públicos falsi-
ficados recebidos de boa-fé – art. 293, § 4º, do CP; certidão ou atestado
ideologicamente falso – art. 301 do CP; falsidade de atestado médico
– art. 302 do CP; falsa identidade – arts. 307 e 308 do CP; usurpação
de função pública – art. 328 do CP; resistência – art. 329 do CP; deso-
bediência – art. 330 do CP; desacato – art. 331 do CP; impedimento,
perturbação ou fraude de concorrência – art. 335 do CP.
6
administração
Como se organiza administrativamente a Justiça Federal?
A Administração da Justiça Federal compreende o Conselho
da Justiça Federal, os Tribunais Regionais Federais e a Justiça Federal
de 1º grau.
6
Quem é e como funciona o Conselho da Justiça Federal?
administração
O CJF - Conselho da Justiça Federal, criado pela Lei n°
5.010/66 (art. 4º), é um órgão administrativo da Justiça Federal, tem
sede em Brasília e funciona junto ao STJ. Atualmente está previsto no
artigo 105, parágrafo único, da CF de 1988. A Emenda Constitucional
n° 45/04 incluiu o inc. II no art. 105, dispondo que compete ao CJF
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária
da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central
do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter
vinculante.
O CJF é composto pelo Presidente, Vice-Presidente e três Mi-
nistros do Superior Tribunal de Justiça, eleitos por dois anos, e pelos
Presidentes dos cinco Tribunais Regionais Federais, que serão subs-
tituídos nas suas faltas e impedimentos pelos respectivos vice-presi-
dentes (Lei 11.798/08, art. 2º).
A Presidência do CJF é exercida pelo Presidente do Superior
Tribunal de Justiça, que é substituído, em suas faltas ou impedimen-
tos, pelo Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
Nos termos da Lei n° 11.798/08, o CJF possui poder cor-
reicional e as suas decisões terão caráter vinculante, no âmbito da
Justiça Federal de primeiro e segundo graus. À Corregedoria-Geral da
Justiça Federal incumbe a fiscalização, o controle e a orientação nor-
mativa da Justiça Federal, no que diz respeito ao desempenho dessa
atividade correicional.
Compete também ao corregedor-geral presidir a TNU dos
Juizados Especiais Federais, a Comissão Permanente dos Juizados Es-
peciais Federais e o Fórum Permanente de Corregedores da Justiça
Federal, e, ainda, dirigir o CEJ - Centro de Estudos Judiciários.
O TRF da 4ª Região tem sede em Porto Alegre e jurisdição no
território dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
No tocante às funções administrativas, há no TRF4ªR um Con-
selho de Administração da Justiça Federal da 4ª Região, composto
pelo Presidente, pelo Vice-Presidente, pelo Corregedor-Geral da Jus-
administração
tiça Federal da 4ª Região, que são dele membros natos, além de dois
Desembargadores Federais efetivos e dois suplentes, escolhidos pelo
Tribunal, com mandato de dois anos.
As atribuições desse Conselho, entre outras, são: a) deter-
minar, mediante provimento, as providências necessárias ao regular
funcionamento da Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus na 4ª
Região, bem assim à disciplina forense; b) estabelecer normas para
a distribuição e redistribuição dos feitos em primeiro grau; c) resolver
acerca da realização de concurso para provimento de cargos de Juiz
Federal Substituto; d) autorizar o provimento dos cargos efetivos do
Tribunal e da Justiça Federal de Primeiro Grau da 4ª Região e aprovar
as indicações para as funções comissionadas de Diretor de Núcleo da
Justiça Federal de Primeiro Grau.
As atribuições do Presidente do TRF4ªR estão previstas no
art. 16 do Regimento Interno e, dentre outras, são as seguintes: a)
representar o Tribunal perante o STF, STJ e os outros Tribunais, bem
assim perante os demais Poderes e autoridades; b) dirigir os traba-
lhos do Tribunal, presidindo as sessões plenárias e da Corte Especial,
nelas mantendo a ordem; c) proferir, nos julgamentos do Plenário e
da Corte Especial, o voto de desempate; d) relatar, no Plenário e na
Corte Especial, o agravo interposto de decisão sua, proferindo voto,
que prevalecerá em caso de empate; e) assinar as cartas rogatórias;
preside e supervisiona a distribuição dos feitos aos Desembargadores
Federais e assina a ata respectiva; f) designar dia para julgamento
dos processos da competência da Corte Especial; g) decidir sobre a
avocação de processos (CPC, art. 475, § 1º); as petições de recurso
e medidas cautelares para outro Tribunal, resolvendo os incidentes
que se suscitarem, e os pedidos de extração de carta de sentença;
sobre a expedição de ordem de pagamento de quantias devidas pela
Fazenda Pública, nos termos do art. 100 da Constituição Federal.
A Corregedoria-Regional da Justiça Federal da 4ª Região é
órgão de fiscalização, disciplina e orientação administrativa. É dirigida
por um Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal, com
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título de Corregedor-Geral da Justiça Federal, que exercerá o cargo
por dois anos (Regimento Interno TRF4ªR, art. 18).
Compete ao Corregedor-Geral da Justiça Federal, dentre ou-
tras atribuições: a) fiscalizar e orientar, em caráter geral e permanen-
6
te, a atividade dos órgãos e serviços judiciários e administrativos da
Justiça Federal de primeira instância, adotando as providências que se
administração
revelem necessárias para aprimorar a atividade judicial; b) determi-
nar a instauração e presidir o procedimento administrativo destinado
à apuração de faltas de Juízes Federais e Juízes Federais Substitutos,
quando puníveis com pena de advertência e censura, relatando-o
perante o Conselho de Administração; c) realizar correição ordinária
nas Varas Federais existentes na Região, e extraordinária sempre que
entender necessária ou assim deliberar o Conselho de Administração;
d) expedir provimentos, portarias, instruções, circulares e ordens de
serviço; e) relatar na Corte Especial os casos de remoção e promoção
de Juízes.
45
estojo de
caneta e canivete
Acervo da Sala da Memória
da Justiça Federal do Paraná
7
FUNCIONAMENTO
Como funcionam as Varas Federais?
VARA FEDERAL 7
JUIZ FEDERAL JUIZ FEDERAL OFICIAL DE
FUNCIONAMENTO
SUBSTITUTO TITULAR GABINETE
ASSISTENTE SECRETÁRIO
ADMINISTRATIVO SEÇÕES
JUD. IV ASS. ADM. JUD. II
FUNCIONAMENTO
11.416/06, art. 8º).
As atribuições das Secretarias das varas federais estão des-
critas no art. 41 da Lei 5.010/66.
As varas são divididas em várias seções. Por exemplo, as
varas cíveis são organizadas da seguinte forma: de atendimento ao
público, execução de sentença, publicação e de processamento.
Fazem parte também da Vara Cível os gabinetes do Juiz Fe-
deral e do Juiz Federal Substituto.
O Diretor de Secretaria é o responsável pelos serviços da es-
crivaninha, é escolhido pelo Juiz Federal da vara entre os servidores
do quadro, preferencialmente, e exerce função de confiança.
FUNCIONAMENTO
vo; Núcleo de Apoio Judiciário; Núcleo de Apoio Operacional; Núcleo
de Gestão Funcional; Núcleo de Acompanhamento e Desenvolvimen-
to Humano; Núcleo de Recursos Humanos; Núcleo de Contadoria;
Núcleo de Planejamento, Orçamento e Finanças; Núcleo de Tecnolo-
gia da Informação e Núcleo de Documentação. Cada Núcleo tem um
chefe, denominado Diretor.
53
Este livro foi impresso em
Capa - Papel Couché Fosco 170g
Miolo - Papel Couché Fosco 90g
O acesso à Justiça por
qualquer cidadão será tanto melhor
quanto for nossa capacidade de
simplificar os seus caminhos.
O livreto, Justiça Federal Para
Todos, vislumbra essa possibilidade.
Diante desse desafio, a
ESMAFE-PR - Escola da Magistratura
Federal do Paraná, por meio deste
projeto de responsabilidade social ,
disponibiliza à população um material
simples e didático no qual a Justiça
Federal , no seu propósito e
funcionamento, pode ser melhor
compreendida e acessada.
REALIZAÇÃO:
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APAJUFE
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