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1. OBJETO:
Sobre atividades educacionais com os estudantes durante o período de suspensão das aulas
em decorrência da pandemia do novo coronavírus, causador da COVID-19, a reformulação do
calendário escolar e a necessidade de adoção de protocolos sanitários para as escolas de
educação básica, tendo como referência o Parecer nº005/2020/CNE, a Resolução nº
004/2020/CEE/SE, a Nota Técnica nº 01/2020/CAOP/EDUC, a Nota Técnica das
organizações da sociedade civil lideradas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o
posicionamento da CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e o
documento com as reivindicações conjuntas das centrais sindicais.
O Parecer nº005/2020/CNE é uma interpretação do pleno do Conselho Nacional de Educação,
nos termos do direito à educação e da legislação educacional brasileira, quanto a reorganização
do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins
de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. No
supracitado parecer, o CNE – Conselho Nacional de Educação expressa a seguinte
compreensão sobre papel dos Conselhos Estaduais e Municipais na normatização dessa
matéria através de resoluções:
2. CONTEXTO HISTÓRICO:
As aulas nas instituições de Educação Básica e Superior, em todo o território nacional, estão
suspensas, desde meados de março de 2020, como parte das medidas sanitárias que visam
conter a transmissão comunitária do novo coronavírus, causador da COVID-19, em
consonância com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde, por tratar-se de uma
pandemia em escala global.
O Estado de Sergipe e os seus Municípios vêm editando decretos e outros instrumentos legais
e normativos para o enfrentamento da emergência de saúde pública, estando, entre elas, a
suspensão das atividades escolares.
Em 1º de abril de 2020, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº 934 que
estabelece normas excepcionais para o ano letivo da Educação Básica e do Ensino Superior
decorrentes das medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de
que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
No Brasil e em Sergipe registram-se diversas iniciativas de aulas remotas, atividades
complementares e ou de educação a distância. Nesse contexto, órgãos gestores da Educação
Pública insistem na adoção de instrumentais tecnológicos através da utilização de plataformas
digitais na internet ou da retransmissão de teleaulas pela televisão sem considerar as
condições estruturantes e materiais para que docentes e estudantes possam acessar e utilizar
essas ferramentas no desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.
3- Os estudantes terão certeza que não aprenderam e teremos uma ampliação do fosso de
desigualdade entre eles;
4- Gestores escolares, pais, mães e responsáveis saberão que, a maioria dos estudantes
ficaram para trás, não só os que foram reprovados, mas sobretudo os que evadiram;
5- A sociedade verá que o Estado, mais uma vez, negou o direito à educação, ainda que isso
seja ocultado sob o discurso do direito à aprendizagem em substituição do direito à educação;
6- E o mercado de “soluções educacionais” terá lucrado como nunca, vendendo ilusões e
culpando a escola e seus professores pelo fracasso de seus produtos tabajara.
escolares não presenciais terá que planejar formas de prevenção e cuidados com a
saúde da comunidade escolar, respeitado os protocolos legais;
d) Utilizar tão somente materiais didáticos que estejam em conformidade com o Projeto
Político Pedagógico já programado para o período letivo de 2020;
e) Assegurar que a avaliação do conteúdo estudado nas atividades escolares não
presenciais ficará a critério do planejamento elaborado pelo docente;
f) Registrar em seu planejamento, qual a carga horária de cada atividade por componente
curricular a ser realizada pelos estudantes na forma não presencial, indicada na Matriz
Curricular do ano letivo de 2020;
g) Considerar o número de horas de atividades não presenciais semanais,
proporcionalmente à carga horária de cada componente curricular e o regime de horas
letivas diárias de cada instituição educacional;
h) Arquivar as comprovações que demonstram as atividades escolares realizadas em
tempo e espaço diversos dos convencionais, a fim de que possam compor carga horária
de atividade escolar obrigatória.
4.4 ESCOLAS QUE OPTAREM PELA REALIZAÇÃO APENAS DE ATIVIDADES ESCOLARES
PRESENCIAIS
O Conselho Estadual de Educação de Sergipe, nos termos da Resolução nº 004/2020/CEE/SE,
determina, no art. 10, que as instituições educacionais que, optarem por realizar atividades
escolares apenas na forma presencial, deverão aprovar e dar ampla divulgação do novo
calendário, contendo proposta de reposição das aulas referentes ao período de interrupção,
nos termos ora estabelecidos.
4.5 REPOSIÇÃO DE AULAS DA PRÉ ESCOLA
O Conselho Estadual de Educação de Sergipe, nos termos da Resolução nº 004/2020/CEE/SE,
normatiza no art. 5º, em conformidade com o que determina o inciso IV, do art. 31 da Lei nº
9.394/1996 (LDBEN) o seguinte regramento para a reposição de aulas da pré-escola:
a) Repor as aulas somente de forma presencial;
b) Assegurar que cada criança esteja apta a cumprir o mínimo de 60% de presença do
total da carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas. Isso significa que será
necessário a frequência mínima de 480 (quatrocentos e oitenta) horas para cada
criança matriculada na pré-escola.
4.6 COMPETE AOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
O Conselho Estadual de Educação de Sergipe, nos termos da Resolução nº 004/2020/CEE/SE,
define no art. 12, que os Conselhos Municipais de Educação poderão adotar esta Resolução
Normativa ou emitir Resolução própria de semelhante teor, em regime de colaboração,
respeitando a autonomia dos sistemas.
B- Caso o município/escola privada atenda às condições para oferta das atividades não
presenciais, sugere-se o monitoramento das atividades desenvolvidas, garantindo
que, tão logo encerrado o período de suspensão de aulas, seja realizada a avaliação
individual de todos os alunos e, caso necessário, ofertada a reposição dos
conteúdos para aqueles que não tiveram o aproveitamento esperado nas
atividades.
2) Para o município ou a escola privada que pretenda utilizar as atividades não presenciais
apenas de forma complementar, sugere-se o monitoramento de forma que, tão logo
encerrado o período de suspensão de aulas presenciais, a estes seja requisitado o plano
de reposição de aulas.
3) Para o município ou a escola privada que optaram por não desenvolver quaisquer
atividades, expedir Recomendação para que estes estudem medida a ser adotada, em
prazo hábil, acessível a todos os alunos, de forma complementar, ainda que apenas
para evitar retrocessos no desenvolvimento educacional dos alunos.
4) De modo geral, que se estabeleça o dever dos sistemas estadual e municipais (com
sistema próprio de ensino) de organizarem seus serviços de inspeção, tanto na
estrutura física quanto nos recursos humanos, para que, ao final da suspensão das aulas
presenciais, possam atender, com a velocidade que se espera e se necessita, os pedidos
de validação de carga horária pelas escolas - públicas e privadas.
5) De modo geral, a realização, ao final do período de suspensão das aulas:
I) e acolhimento e reintegração social dos professores, estudantes e suas famílias como
forma de superar os impactos psicológicos do tempo de isolamento social;
II) de avaliação diagnóstica de cada estudante com a consequente construção de um
programa de recuperação, caso necessário;
III) de programas de revisão das atividades realizadas antes ou durante o período de
suspensão das aulas;
IV) de nova readequação dos calendários escolares, com reposição de conteúdos
eventualmente abordados em atividades não presenciais, nos casos em que as
deficiências no acesso aos meios e recursos (especialmente tecnológicos)
disponibilizados pelas redes tenham prejudicado o acesso igualitário dos alunos aos
conteúdos ministrados;
V) da realização de busca ativa para o fim de trazer de volta os alunos evadidos, com o
consequente planejamento de suas atividades escolares.