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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA LINGUAGEM COMUNICAÇÃO E ARTES

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Maputo
2022

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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE LINGUAGEM COMUNICAÇÃO E ARTES

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Elaborado pelos docentes do curso1

Maputo
2022

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Ver a lista de docentes no número 20 deste plano currículo
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Lista de Abreviaturas, Símbolos e Siglas
AC -Área Científica
BDC-Bases e Directrizes Curriculares
C- Código
CF -Componente de Formação
CFG - Componente de Formação Geral
CFE - Componente de Formação Específica
Cr - Créditos
D- Denominação
EP2 - Ensino Primário do 2º grau
ESG - Ensino Secundário Geral
ETB - Ensino Técnico Básico
ETP - Ensino Técnico Profissional
F - Francês
HC - Horas de Contacto
HEI - Horas de Estudo
I - Inglês
MINED - Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
PR - Pré-requisito
QUANQES- Quadro Nacional de Qualificações do Ensino Superior
RC - Reforma Curricular
S - Semestral
SNATCA - Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos
UPM - Universidade Pedagógica de Maputo

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Índice
1. Introdução............................................................................................................................5
1. Visão, missão e valores da UP-Maputo.............................................................................10
3. Visão, missão e valores da Faculdade...............................................................................10
4. Designação do Curso............................................................................................................11
5. Visão e missão do Curso.......................................................................................................11
6. Objectivos do Curso..........................................................................................................11
7. Requisitos de admissão ao curso.......................................................................................11
8. Perfil Profissional..............................................................................................................12
9. Perfil do graduado (competências)....................................................................................13
10. Duração do curso...............................................................................................................14
11. Áreas de concentração do curso (Nuclear e Complementar)............................................14
12. Matriz de organização curricular do Curso de Licenciatura em Ensino Língua Portuguesa
com Habilitações em Português Língua Estrangeira (Presencial)............................................15
13. Plano de estudos................................................................................................................24
14. Tabela de Precedências do Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa......28
15. Tabela de equivalências.....................................................................................................30
16. Plano de transição..............................................................................................................31
17. Estratégias de Ensino-Aprendizagem................................................................................32
18. Avaliação de aprendizagem...............................................................................................33
19. Formas de culminação.......................................................................................................34
20. Instalações e equipamentos existentes...............................................................................35
21. Corpo docente e técnico-administrativo existente.............................................................38
23. Bibliografia........................................................................................................................47

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1. Introdução
A Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) é uma instituição do ensino superior que
tem como missão a formação superior de professores para todos os níveis de ensino e de
outros profissionais para área da educação e afins, investigação e extensão (prestação de
serviços a comunidade).

Num mundo de mudanças rápidas e contínuas em todas as áreas, a universidade tem de se


envolver em actividades que possibilitam ajustamentos contínuos dos programas, planos de
estudo e normas com vista a adaptar-se ao acelerado desenvolvimento científico, tecnológico,
político, social, económico e cultural. Durante a vigência do currículo implementado em
2014, cujo ciclo terminou em 2017 foram identificadas, através de monitoria e supervisão
pedagógica, alguns aspectos relacionados com a estrutura, recursos materiais e humanos,
infra-estruturas, conteúdos dos programas, estratégias de ensino, formas de avaliação e
actividades de extensão que ditaram a necessidade da avaliação do mesmo.

Os resultados da avaliação do currículo apontam para a necessidade de se rever os tipos e


quantidade de minors a serem implementados em cada curso e para o aprimoramento do
processo de aconselhamento e orientação que possibilite a escolha consciente dos minors;
revisão do tempo de estágio (para um semestre) tal como recomendam os docentes, estudantes
e empregadores; melhoria da grelha das disciplinas, ajustamento das disciplinas com o mesmo
conteúdo e aumento das actividades práticas; revisão das estratégias de implementação e
avaliação dos temas transversais; ajustamento da disciplina de MEIC, devendo ser leccionada
no 1ᵒ semestre do 1ᵒ ano e 2ᵒ semestre do 3ᵒ ano; criação decondições para equipar os
laboratórios; melhoria do acompanhamento dos estagiários e a logística das práticas e estágios
profissionalizantes. Estes resultados, associados ao contexto da nova lei do Sistema Nacional
da Educação (18/2018 de 18 de Dezembro), Regulamento do Quadro Nacional de
Qualificações do Ensino Superior (QUANQES) e as exigências da nova estrutura da UP-
Maputo estabelecida pela resolução n° 25/CUP/2017 apontam para a necessidade da reforma
curricular.

Objectivos da reforma curricular na UP- Maputo


Geral:
- Elevar a qualidade de formação oferecida pela UP-Maputo

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Específicos:
- Actualizar os cursos oferecidos pela instituição de acordo com a demanda do mercado de
trabalho;
- Criar novos cursos de acordo com a demanda do Mercado;
- Integrar as actividades de pesquisa e extensão em todos os cursos oferecidos pela UP-
Maputo;
- Potenciar as áreas pedagógicas, didácticas e administrativa dos cursos;
- Implementar modelos de ensino e aprendizagem que promovem o desenvolvimento de
competências requeridas para o Mercado de trabalho;
- Garantir a acreditação das actividades extra-curricular e co-curriculares;
- Propor acções de intervenção pedagógico-didácticas e administrativas conducentes a
melhoria de qualidade de serviços prestados pela instituição.
- Mobilizar recursos para o funcionamento pleno dos cursos;

Para tal, a Direcção da FCLCA nomeou no dia 24 de Janeiro de 2022 a Comissão da Reforma
do Curso de Licenciatura em Ensino de língua Portuguesa através do despacho nº
01/FCLCA/UP-Maputo/0526.2/2022. Segundo esse despacho, essa comissão tinha como
principal objectivo conceber novos cursos e rever os planos curriculares e os programas de
curta duração deste Curso, adequando-os às Bases e Directrizes/Parâmetros Curriculares
(BDC), ao novo Regulamento Académico e outros documentos normativos para que se
adequassem à legislação do Ensino Superior em Moçambique. Pelo que, havia uma
necessidade de realizar jornadas de estudo destes documentos antes que se realizassem as
actividades específicas da reforma. Com efeito, adoptou-se um plano trabalho e o respectivo
cronograma cujo cumprimento começou com uma análise SWOT associada aos dados do
relatório de avaliação do currículo de 2010 realizada no ano de 2018.

Em seguida, de acordo com o guião de elaboração de planos curriculares, entrou-se para o


processo da reforma, que consistiria na revisão do curso de 2010, embora tendo optado pela
linha de construção de novos disciplinas em algumas áreas, integrando as novas abordagens e
tendências teórica a nível nacional, regional e mundial.

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Neste contexto, a Comissão da Reforma do Curso nomeada pela Direcção da FCLCA
(comissão alargada) integrava todos os docentes do curso que, trabalhando todos de uma vez e
num mesmo espaço, levaria muito tempo a concluir as actividades das diferentes fases deste
processo e seria pouco produtiva. Pelo que, para tornar a actividade mais rentável e rápida,
houve primeiro sessões de discussões por áreas orientadas pelos respectivos chefes das áreas
científicas dos Curso.

Em seguida, houve encontros em plenária em que todos os integrantes da comissão alargada


participaram para a discussão e sistematização dos principais aspectos discutidos nas áreas.
Em paralelo, foram realizadas actividades de monitoria das reflexões das áreas num grupo
restrito do whatsapp onde só estavam os chefes das áreas e a coordenadora da comissão.
Paralelamente, criou-se uma comissão restrita constituída por 13 docentes do Curso,
provenientes das 4 áreas do curso. Com efeito, para além da coordenadora da comissão, cada
uma das quatro áreas científicas do curso esteve representada por três docentes que eram o
Chefe da área e mais dois docentes indicados.

Neste sentido, a comissão restrita tinha a responsabilidade de recolher as principais


reformulações do Currículo efectuadas nos encontros das áreas e conjuntos, sistematizá-los
num documento que se materializar no novo plano curricular. Neste sentido, para garantir
clareza, organização e um bom cumprimento das actividades inerentes ao processo da
Reforma Curricular, estas foram agrupadas nas seguintes fases:

1ª Orientação e estudo de documentos básicos e orientadores da reforma, em que a


Coordenação da Comissão da Reforma do Curso orientou aos chefes das áreas científicas do
Curso a realizar o estudo dos documentos por cada área com os respectivos colegas. As áreas
estudaram as BDC por capítulos focados nos seus pontos estruturantes (da
FUNDAMENTAÇÃO e CAPÍTULO I até ao APÊNDICES, que eram matrizes curriculares
de cursos de curta duração e graduação de formação de professores (presencial), modelos de
planos de estudo e tabelas de equivalências e de precedências para os cursos de graduação);

2ª Análise SWOT, nesta fase, à semelhança das outras, foi realizada primeiro em grupos (das
áreas) e depois em plenária nos encontros conjuntos da comissão alargada. Para além de
identificar as principais questões dos programas das áreas que careciam de uma reflexão mais

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profunda, esta fase abrangeu a discussão e readequação dos seguintes aspectos: Designação
do curso, Relevância do curso para a sociedade, Objectivos do curso: Perfil profissional,
Perfil do graduado, Áreas de concentração do curso: Linhas de pesquisa, Lista de actividades
de extensão do curso, Lista de docentes do curso. Os resultados desta análise SWOT foi
associada aos dados do relatório de avaliação do currículo de 2010 realizada no ano de 2018.

3ª Reuniões de trabalhos da Comissão Alargada da Reforma do Curso, esta estratégia


consistiu em encontros híbridos convocados sempre para às terças-feiras, das 10h às 12h,
período em que os docentes do curso não estavam em aulas no curso. Nestas plenárias,
presididos pela Coordenadora, os membros da comissão sistematizavam os aspectos definidos
para cada fase e já discutidos nas áreas.

4ª Definição das fases da Reforma e do cronograma das actividades da reforma. O


cronograma foi definido pela coordenação e foi sendo actualizado enquanto as actividades
decorriam, sempre que se fizesse necessário.

5ª Discussão dos pontos da reforma seleccionados para cada fase. Esta actividade foi realizada
nas áreas científicas do Cursos e era orientada pelos respectivos chefes. Os resultados desta
discussão eram sistematizados nas sessões plenárias da comissão Central do Curso, conforme
foi apresentado anteriormente.

6ª Sistematização das principais reformulações da reforma por uma comissão restrita. Esta
tarefa foi realizada pela comissão restrita à medida que as reformulações foram sendo
realizadas, de acordo com o cronograma estabelecido.

Portanto, a Reforma Curricular passou pela reflexão sobre os aspectos que deviam ser
revistos, sequencialização e hierarquização das diferentes disciplinas; análise, a nível das
áreas científicas, dos programas das respectivas disciplinas de forma a identificar os aspectos
a serem revistos e produção de novos programas à luz da nova matriz aprovada.

Por fim, importa salientar que, por um lado, durante o exercício da reforma, confirmou-se a
importância do Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa para a sociedade, pois
continuamente contribui com conhecimentos novos para a reflexão, estudo, análise, ensino e

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aprendizagem da língua portuguesa em particular, e das línguas, em geral. Ademais, o
formado em ensino de Português adquire competências para o manuseamento da língua
portuguesa na perspectiva de língua estrangeira, pois vai observar as teorias específicas desta
abordagem de ensino e aprendizagem, produzir materiais que facilitem a aquisição linguística
a serem usados num contexto de leccionação em que esta língua é para a maior parte das
crianças L2/LE. Ademais, o Curso tem uma área complementar designada Português Língua
Estrangeira uma área particular de intervenção, em que ao estudante é oferecida uma
habilitação em Ensino nesta área através de um leque de disciplinas provenientes das quatro
áreas científicas específicas a esta área.

Ademais, na elaboração do novo currículo, o tempo foi o maior constrangimento, pois a maior
parte dos docentes frequentava Cursos de Pós-graduação, dentro e fora do país. Ademais, a
carga horária e o facto de que alguns colegas ocupavam cargos de chefia dificultavam a
participação de todos nas reuniões de trabalhos.

Contudo, o Curso conseguiu responder às exigências da reforma, com vista a atender às


orientações que levariam à melhoria a qualidade da formação dos futuros professores de
Língua Portuguesa em Moçambique, o que resultou no presente plano curricular, que foi
elaborado com base nas Bases e Directrizes Curriculares (BDC) dos Cursos de Graduação,
Pós-Graduação e Curta duração aprovadas pelo 1 o Conselho Universitário da UP-Maputo
2021.

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1. Visão, missão e valores da UP-Maputo
2.1. Visão
A Universidade Pedagógica de Maputo pretende ser uma instituição de ensino superior de
qualidade e excelência no processo de ensino e aprendizagem e nos serviços de pesquisa e
extensão a nível nacional, regional e internacional.

2.2. Missão
A UP-Maputo tem como missão formar técnicos superiores com qualidade, de modo a que
contribuam, de forma criativa, para o desenvolvimento económico e sociocultural sustentável.

2.3. Valores
a) Excelência Académica;
b) Cultura Académica;
c) Liberdade de Pensamento e expressão;
d) Autonomia;
e) Internacionalização;
f) Humanismo e Integridade;
g) Igualdade e Equidade;
h) Reforço da cidadania, do patriotismo, consciência cívica e ética;
i) Laicidade;
j) Inserção comunitária;
k) Inovação e criatividade.

3. Visão, missão e valores da Faculdade


3.1. Visão
Ser uma Faculdade de referência nacional e internacional, reconhecida pela excelência
na formação de profissionais.

3.2. Missão
Formar profissionais nas áreas de Ensino de Línguas, Ciências da Linguagem, Comunicação
e Artes, com uma visão do mundo, capazes de trabalhar em diferentes contextos
socioculturais e económicos.

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3.3. Valores
a) Democracia
b) Excelência
c) Inovação

4. Designação do Curso
- Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

5. Visão e missão do Curso


5.1. Visão
Ser um curso de referência nacional e internacional, reconhecido pela qualidade e excelência
na formação de professores de Ensino da Língua Portuguesa e profissionais de áreas afins.

5.2. Missão do Curso


Formar profissionais na área de Ensino da Língua Portuguesa, com uma visão do mundo,
capazes de trabalhar em diferentes contextos socioculturais e económicos.

6. Objectivos do Curso
Os objectivos da formação de professores de Ensino da Língua Portuguesa são:
a) Oferecer uma formação científica, técnica, tecnológica para o ensino da Língua
Portuguesa.
b) Assegurar uma formação científica na área pedagógica e didáctica do ensino da Língua
Portuguesa.
c) Proporcionar uma formação pessoal e social aos futuros professores da Língua
Portuguesa que favoreçam o desenvolvimento de atitudes de reflexão, autonomia, cooperação
e participação, bem como de interiorização de valores éticos, morais e deontológicos.
d) Desenvolver saberes e competências docentes relacionadas com a experiência e a
componente da prática de ensino da Língua Portuguesa nas escolas.

7. Requisitos de admissão ao curso


O acesso ao Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa será de acordo com a
legislação em vigor sobre o Ensino Superior, nos termos do instituído da no artigo 4 da Lei do

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Ensino Superior - Lei no 5/2003 de 2l de Janeiro, Lei no 27/2009 de 29 de Setembro, e a Lei
l8/20l8 de 28 de Dezembro e no regulamento académico, nomeadamente:
(i) Ter concluído a 12ª classe do SNE ou nível equivalente;
(ii) Ser aprovado no exame de admissão.

8. Perfil Profissional
A Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa visa proporcionar ao graduado uma
formação teórica de base e conhecimentos práticos que o permitam conhecer as áreas
científicas que se relacionam com a Língua Portuguesa e aplicar conhecimentos desta área no
ensino, focando-se na articulação entre a pesquisa, extensão e inovação.

As principais tarefas ocupacionais do Licenciado em Ensino da Língua Portuguesa são:


- leccionar a disciplina de Português no Ensino Secundário Geral (ESG) (1º e 2º Ciclos), no
Ensino Técnico Profissional Médio (ETPM), Ensino Vocacional e de Formação de
Professores;
- participar em actividades escolares não lectivas nas escolas dos níveis anteriormente
referidos;
- trabalhar em sectores administrativos e pedagógicos relacionados com o ensino da Língua
Portuguesa (LP) em órgãos do Ministério de Educação e Cultura, Instituto de Investigação
Educacional e organismos internacionais;
- realizar de projectos de investigação educacional ligados ao ensino da Língua Portuguesa;
- prestar serviços de consultoria, tradução, assessoria e revisão linguísticas na área da
Língua Portuguesa;
- produzir livros escolares de ensino de língua portuguesa e outros.

Os sectores de trabalho do Licenciado em Ensino de Língua Portuguesa são:


- escolas de Ensino Primário, Secundário, Superior, Técnico-profissional, etc.;
- gestão e administração de escolas primárias, secundárias, etc.;
- coordenação de órgãos e sectores administrativos e pedagógicos relacionados com o
ensino da Língua Portuguesa nos sectores da educação e em Institutos de investigação
educacional.

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9. Perfil do graduado (competências)
As competências do graduado em Ensino da Língua Portuguesa incorporam três dimensões do
saber: saber (conhecimentos), saber-fazer (habilidades) e saber ser e estar (atitudes).
a) No domínio do saber, o Licenciado em Ensino de Língua Portuguesa deve:
- dominar os níveis e as regras do funcionamento da Língua Portuguesa nas suas
diferentes componentes;
- desenvolver conceitos fundamentais do ensino e investigação da Língua Portuguesa;
- conhecer todos os instrumentos psicopedagógicos e didácticos para o exercício da sua
função docente;
- apresentar, de forma oral ou escrita e gráfica, os seus estudos, conclusões ou
propostas, sabendo utilizar, para o efeito, a tecnologia ao seu dispor.

b) No domínio do saber fazer (habilidades), o Licenciado em Ensino da Língua Portuguesa


deve:
- desenvolver a autonomia dos alunos e a sua plena inclusão na sociedade, tendo em conta o
carácter complexo e diferenciado das aprendizagens escolares;
- utilizar, de forma integrada, as teorias de aquisição e uso de línguas, os saberes próprios da
LP, os transversais e multidisciplinares adequados ao respectivo nível e ciclo de ensino;
- organizar o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa nos quadros epistemológicos das
áreas do conhecimento e opções didácticas fundamentadas;
- promover a aprendizagem sistemática dos processos de trabalho intelectual e das formas de
organizar e comunicar;
- envolver activamente os alunos nos processos de aprendizagem e na gestão do currículo;
- seleccionar materiais adequados ao ensino da LP em diferentes níveis do SNE.

c) No domínio do saber ser e estar (atitudes), pretende-se que o Licenciado em Ensino de


Língua Portuguesa se constitua um exemplo na sua relação com a sociedade, através da sua
colaboração com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação e
desenvolvimento de relações de respeito mútuo entre docentes, alunos, encarregados de
educação, pessoal não docente, bem como entre outras instituições da comunidade. Assim, o
Licenciado deve:

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- desenvolver estratégias pedagógicas e actividades culturais diferenciadas, que promovam a
compreensão mútua, a paz e o respeito pela diversidade e a interculturalidade dos alunos e
demais membros da comunidade educativa;
- pensar criticamente sobre fenómenos de diversidade linguística, valorizando as relações
humanas e o papel do diálogo na realização da missão educativa, em cooperação com outras
instituições da comunidade.
- integrar, no projecto curricular, saberes e práticas sociais da comunidade, conferindo-lhes a
necessária relevância educativa e de investigação relacionados com o ensino-aprendizagem;
- reflectir sobre as suas práticas, apoiando-se na experiência, na investigação e em outros
recursos importantes para a avaliação do seu desenvolvimento profissional, seu projecto de
formação, aspectos éticos e deontológicos inerentes à profissão, avaliando os efeitos das suas
decisões.

10. Duração do curso


A Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa é feita em 4 anos, correspondente a 8
semestres, que equivalem a 240 créditos. Cada semestre tem a duração de 16 semanas.

11. Áreas de concentração do curso (Nuclear e Complementar)


O curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa é constituído por duas áreas,
nomeadamente:
 Área Nuclear: Ensino de Língua Portuguesa com 180 créditos.
 Área Complementar: Ensino de Português Língua Estrangeira (PLE) com 60 créditos.

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12. Matriz de organização curricular do Curso de Licenciatura em Ensino Língua
Portuguesa com Habilitações em Português Língua Estrangeira (Presencial)

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Matriz de organização curricular do Curso de Licenciatura em Ensino de Língua
Portuguesa com Habilitações em Português Língua Estrangeira (Presencial)
Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Português Língua
Estrangeira (1º ANO)
Créditos
Compone Componente Académic Horas Semestrais
Área
Código da nte de os
Disciplina Científic
Disciplina Formaçã Semestral
a Nuclea Compleme
o Total Conta Estu Tot
r ntar
cto do al
1º SEMESTRE

Métodos de Estudos
CFG X 5 48 77 125
Universitários (MEU)
Pedagogia Geral CFG X 5 48 77 125
TICs CFT X 4 48 52 100
Língua Portuguesa I CFE X 6 80 70 150
Introdução aos Estudos CFE X 6 80 70
150
Linguísticos
Estudos Literários CFE X 5 48 77 125
TOTAL 1º SEMESTRE 31 352 423 775
Fundamentos de
Filosofia CFG X 4 48 52 100
Didáctica Geral CFG X 4 48 52 100
Prática Pedagógica CFG
48 52 100
2º SEMESTRE

Geral X 4
Língua Portuguesa II CFE X 5 48 77 125
Fonética e Fonologia CFE
do Português X 6 80 70 150
Literatura Portuguesa e CFE
X
Brasileira 6 80 70 150
TOTAL 2º SEMESTRE 29 320 405 725

150
TOTAL ANUAL - 1º ANO 60 672 828 0

16
Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Português Língua Estrangeira (2º ANO)
Créditos
Componente Componente Horas Semestrais
Código da Área Académicos
Disciplina de
Disciplina Científica Semestral
Formação Nuclear Complementar Total
Contacto Estudo Total
Psicologia Geral CFG X 5 48 52 100
1º SEMESTRE

Escrita Académica CFG X 3 48 27 75


Língua Portuguesa III CFE X 6 64 86 150
Psicosociolinguística CFE X 6 64 86 150
Pressupostos Teóricos de Ensino de CFE
X 6 64 86 150
Línguas
Literatura Moçambicana CFE X 5 48 77 125
TOTAL 1º SEMESTRE 30 336 414 750
Antropologia Cultural CFG X 4 48 52 100
Psicologia de Aprendizagem CFE   X 4 48 52 100
Língua Portuguesa IV CFE X 5 48 77 125
Novos Enfoques Didácticos no Ensino de CFE X
2º SEMESTRE

5 48 77 125
Língua Portuguesa
Literatura Angolana, Cabo-verdiana e CFE
6 64 86 150
Sãotomense X
Morfo-sintaxe e Lexicologia do CFE
6 64 86 150
Português X
TOTAL 2º SEMESTRE 30 320 430 750

TOTAL ANUAL - 2º ANO 60 656 804 1500

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Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Português Língua
Estrangeira (3º ANO)
Créditos
Código Componentes Académic Horas Semestrais
Compone Área
da os
Disciplina nte de Científi
Discipli Semestral
Formação ca Nucle Complemen
na Total Contac Estu Tot
ar tar
to do al
Prática Pedagógica do
   CFE X 4 48 52 100
Português
Metodologia de CFG
  Investigação X 5 48 77 125
Científica (MIC)
  Inglês I ou Francês I CFE X 5 48 77 125
  Língua Portuguesa V CFE X 4 48 52 100
Estudos Culturais 2
CFE X 6 64 86 150
1º SEMESTRE

O Processo de E-A da CFE


X 5 48 77 125
Língua Portuguesa
TOTAL 1º SEMESTRE 29 304 421 725
Estudos Literários CFE
  X 5 48 77 125
Africanos Comparados
  Inglês II ou Francês II CFE X 4 48 52 100
Língua Portuguesa e CFE
  Interculturalidade na X 6 64 86 150
CPLP
Técnicas de redacção CFE
  X 6 64 86 150
em Língua Portuguesa
  Sintaxe do Português CFE X 4 48 52 100
2º SEMESTRE

Didáctica do Português CFE


X 6 64 86 150
Língua Estrangeira
TOTAL 2º SEMESTRE     31 400 375 775

150
TOTAL ANUAL - 3º ANO 60 751 749
0

2
Que integra o tema transversal 6- ÉTICA, DIVERSIDADE E INCLUSÃO

18
Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Português Língua Estrangeira (4º ANO)
Créditos
Componentes Horas Semestrais
Académicos
Código da Componente Área
Disciplina
Disciplina de Formação Científica Semestral
Nuclear Complementar Total
Contacto Estudo Total

Língua Portuguesa para o CFE


Desenvolvimento e Acção X 5 48 77 125
Humanitária3
Desenho de Materiais CFE 48
  X 5 77 125
Instrucionais
Semântica e Pragmática do CFE 48
X 4 52 100
Português
  Inglês III ou Francês III CFE X 6 80 70 150
Literatura Infanto-juvenil em LP CFE X 6 80 70 150
Língua Portuguesa VI CFE X 5 48 77 125
TOTAL 1º SEMESTRE 31 352 423 775
Estágio Pedagógico do Português CFE X 21 48 477 525
1º SEMESTRE

Trabalho de Culminação de
CFE X 8 48 152 200
Curso
TOTAL 2º SEMESTRE     29 96 629 725
TOTAL ANUAL DO 4º ANO   60 448 1052 1500

Legenda
 CFG – Componente de Formação Geral
 CFE – Componente de Formação Específica
 CFT – Componente de Formação Tecnológica

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Que integra os temas transversais 2, 9 e 10 (2-Educação para paz democracia e direitos humanos, 6- Ética,
diversidade e inclusão, 9- Educação para igualdade de género, 10- Ética e deontologia profissional),
seleccionados para o curso e os temas das 4 áreas da Acção Humanitária.
19
13. Plano de estudos
1º Ano
Código Denominação Componente Área Semestre Horas
HT Créditos
de Formação Científica 1º 2º HC HE
Métodos de Estudos Universitários CFG Didáctica X 48 77 125 5
(MEU)
Pedagogia Geral CFG Pedagogia X 48 77 125 5

TICs CFT Didáctica X 48 52 100 4

Língua Portuguesa I CFE Língua X 80 70 150 6

Introdução aos Estudos Linguísticos CFE Linguística X 80 70 150 6

Estudos Literários CFE Literatura X 48 77 125 5

Fundamentos de Filosofia CFG Filosofia X 48 52 100 4

Didáctica Geral CFG Didáctica X 48 52 100 4

Prática Pedagógica Geral CFG Didáctica X 48 52 100 4

Língua Portuguesa II CFE Língua X 48 77 125 5

Fonética e Fonologia do Português CFE Linguística X 80 70 150 6

Literatura Portuguesa e Brasileira CFE Literatura X 80 70 150 6

2º Ano
Código Denominação Componente Área Semestre Horas
HT Créditos
de Formação Científica 1º 2º HC HE
Psicologia Geral CFG Psicologia X 48 52 100 5

Escrita Académica CFG Didáctica X 48 27 75 3

Língua Portuguesa III CFE Língua X 64 86 150 6

Socio-Psicolinguística CFE Línguística X 64 86 150 6

Pressupostos Teóricos de Ensino de CFE Didáctica 64 86 150 6


X
Línguas
Literatura Moçambicana CFE Literatura 48 77 125 5
X

20
Antropologia Cultural CFG Social X 48 52 100 4

Psicologia de Aprendizagem CFE Psicologia X 48 52 100 4

Língua Portuguesa IV CFE Língua X 48 77 125 5

Novos Enfoques Didácticos no Ensino de CFE Didáctica X 48 77 125 5


Língua Portuguesa
Literaturas Angolana, Cabo-verdiana e CFE Literatura X 64 86 150 6
Sãotomense
Morfo-sintaxe e Lexicologia do CFE Linguística X 64 86 150 6
Português

3º Ano
Código Denominação Componente Área Semestre Horas
HT Créditos
de Formação Científica 1º 2º HC HE
Prática Pedagógica do Português CFE Didáctica X 48 52 100 4

Metodologia de Investigação Científica (MIC) CFG Didáctica X 48 77 125 5

Inglês I ou Francês I CFE Língua X 48 77 125 5


Língua Portuguesa V CFE Língua X 48 52 100 4
Estudos Culturais CFE Social X 64 86 150 6
O Processo de E-A da Língua Portuguesa CFE Didáctica X 48 77 125 5
Estudos Literários Africanos Comparados CFE Literatura X 48 77 125 5
Inglês II ou Francês II CFE Língua X 48 52 100 4
Língua Portuguesa e Interculturalidade na CFE Língua X 64 86 150 6
CPLP
Técnicas de redacção em Língua Portuguesa CFE Língua X 64 86 150 6

Sintaxe do Português CFE Linguística X 48 52 100 4


Didáctica do Português Língua Estrangeira CFE Didáctica X 64 86 150 6

4º Ano
Código Denominação Componente Área Semestre Horas
HT Créditos
de Formação Científica 1º 2º HC HE
Língua Portuguesa para o Desenvolvimento e CFE Social X 48 77 125 5
Acção Humanitária

21
Desenho de Materiais Instrucionais CFE Didáctica X 48 77 125 5

Semântica e Pragmática do Português CFE Linguística X 48 52 100 4

Inglês III ou Francês III CFE Língua X 80 70 150 6

Literatura Infanto-juvenil em LP CFE Literatura X 80 70 150 6

Literatura X 48 77 125 5
Língua Portuguesa VI CFE

Estágio Pedagógico do Português Didáctica X 48 477 525 21


CFE

Didáctica X 48 152 200 8


Trabalho de Culminação de Curso CFE

22
14. Tabela de Precedências do Curso de Licenciatura em Ensino da Língua
Portuguesa
A inscrição em: Depende da aprovação em: Ano Semestre
Língua Portuguesa
Língua Portuguesa II Língua Portuguesa I 1º 1º
Língua Portuguesa III Língua Portuguesa I 1º 1º
Língua Portuguesa IV Língua Portuguesa III 2º 1º
Língua Portuguesa V Língua Portuguesa IV 2º 2º
Língua Portuguesa VI Língua Portuguesa V 3º 1º
Linguística
Fonética e Fonologia do Português Introdução aos Estudos Linguísticos 1º 1º
Psicosociolinguística Introdução aos Estudos Linguísticos 1º 1º
Morfo-sintaxe e Lexicologia do Português Introdução aos Estudos Linguísticos 1º 1º
Sintaxe do Português Morfo-sintaxe e Lexicologia do Português 2º 2º
Literatura
Literatura Portuguesa e Brasileira Estudos Literários 1º 1º
Literatura Moçambicana Estudos Literários 1º 1º
Literatura Angolana, Caboverdiana, Estudos Literários 1º 1º/2º
Sãotomense
Estudos Literários Africanos Comparados Estudos Literários 1º 1º
Literatura Infanto-Juvenil Sem precedência 1º 1º
Didáctica
Pressupostos Teóricos de Ensino de Didáctica Geral 1º 2º
Línguas
Novos Enfoques Didácticos no Ensino da Pressupostos Teóricos de Ensino de 2º 1º
Língua Portuguesa Línguas
Processo de Ensino-Aprendizagem da Novos Enfoques Didácticos no Ensino da 2º 2º
Língua Portuguesa Língua Portuguesa
Desenho de Materiais Didácticos Novos Enfoques Didácticos no Ensino da 2º, 3º 2º, 1º
Língua Portuguesa e Processo de Ensino-
Aprendizagem da Língua Portuguesa
Didáctica do Português Língua Estrangeira Novos Enfoques Didácticos no Ensino da 2º, 3º 2º, 1º
Língua Portuguesa e Processo de Ensino-
Aprendizagem da Língua Portuguesa
Prática Pedagógica do Português Prática Pedagógica Geral 1º 1º
Estágio Pedagógico do Português Todas as disciplinas, excepto TCC 3º 1º

23
15. Tabela de equivalências
Actual Plano de Estudos (2014) Novo Plano de Estudos (2022)
Linguística Geral I e II Introdução aos Estudos Linguísticos
Fonética e Fonologia do Português Fonética e Fonologia do Português
Morfossintaxe e Lexicologia do Português Morfossintaxe e Lexicologia do Português
Sintaxe, Semântica e Pragmática do Sintaxe do Português
Português I e II, ELB Semântica e Pragmática do Português
Sociolinguística, Psicolinguística Psicosociolinguística
Estudos Literários I Estudos Literários
Literatura Portuguesa e Brasileira Literatura Portuguesa e Brasileira
Literatura Africana I (Moçambicana) Literatura Moçambicana
Literatura Africana II (Angolana, Literatura Angolana, Caboverdiana e
Caboverdiana e Sãotomense) Sãotomense
Mundo Lusófono Língua Portuguesa e Interculturalidade na
CPLP
Didáctica Geral Didáctica Geral
Práticas Pedagógica Geral Práticas Pedagógica Geral
Práticas Pedagógicas do Português I e Práticas Pedagógicas do Português
Práticas Pedagógicas do Português II
Estágio Pedagógico do Português Estágio Pedagógico do Português

24
16. Plano de transição
 No primeiro ano do novo currículo (2024), irão ocorrer dois currículos em simultâneo.
Assim, os estudantes que tiverem transitado para o 2º, 3º ou 4º ano continuarão a reger-se pelo
plano de estudos actual (2014);
 Os estudantes que tiverem transitado para o 2º ano e que tenham reprovado em
disciplinas do 1º ano, terão mais uma oportunidade para fazer a disciplina do antigo currículo,
através de exames especiais. Caso o estudante volte a reprovar, numa disciplina do actual
currículo (2014) terá de ser integrado no novo currículo (2022).
 Todos os estudantes que, nos anos subsequentes à introdução do novo currículo (2022),
reprovarem de ano e não conseguirem completar o curso, nos moldes do actual currículo, só
deverão realizar as suas inscrições depois de consultarem a tabela de equivalências, a fim de
serem devidamente enquadrados no novo currículo.

25
17. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
As Estratégias de Ensino Aprendizagem (EA) deste curso visam a valorização da autonomia,
autogestão, praticidade, utilidade e protagonismo do estudante que o permitem responder às
necessidades profissionais de um Professor da Língua Portuguesa e aos anseios da sociedade,
na área da educação nos diferentes subsistemas de ensino. Neste contexto, o processo de EA
privilegia abordagens activas de ensino centrado no estudante para a construção de novos
saberes, de entre os quais destacam-se os seguintes:

 Aulas expositivas e elaboração conjunta, utilizando recursos audiovisuais, com o intuito


estimular a participação e a concentração no processo de ensino-aprendizagem;
 Micro-aulas e aulas práticas em escolas integradas nas PP´s;
 Leituras, análises e debates de textos;
 Estudos de casos, projectos pedagógicos, narrativas autobiográficas;
 Realização de exercícios de compreensão, focados na produção prática;
 Conferências, seminários, debates, entre outros.

Para o efeito, os docentes recorrerão a diferentes métodos sendo os principais os de


elaboração conjunto, trabalhos de grupo e aprendizagem cooperativa.

26
18. Avaliação de aprendizagem
Considerando que o currículo privilegia o ensino por competências e que as metodologias de
ensino estão centradas no estudante, sendo por isso, dinâmicas e activas, todas as áreas
optarão por uma avaliação processual, através de trabalhos de percurso, de trabalhos de grupo
e, ainda, dos tradicionais testes escritos, sendo que estes não constituem o único instrumento
de avaliação.

Dependendo do nível de envolvimento individual e colectivo que as diferentes formas de


avaliação exigirem, os docentes poderão atribuir diferentes pesos às avaliações, devendo esta
ser do conhecimento dos estudantes logo no início do ano, respeitando os princípios
plasmados no regulamento académico.

As formas de avaliação são descritas em cada plano temático, considerando a especificidade


das disciplinas. Contudo, o denominador comum da avaliação consiste nas componentes
Horas de Estudo independente e Avaliação das competências referentes à componente de
Horas de Contacto, sendo atribuída percentagem diferente a cada componente.

27
19. Formas de culminação
As formas de culminação para o curso de Licenciatura em Ensino de Português são opcionais,
variando entre Monografia Científica, Relatório de Estágio e Projectos de intervenção.

a) A Monografia Científica (MC) deve ter um carácter monográfico e científico, abordando,


portanto, um problema de pesquisa, devidamente delimitado e desenvolvido com atitude
científica. Um aspecto pertinente das monografias é que estas devem estar relacionadas com
problemas científico-práticos das áreas de ensino de uma certa disciplina do curso. Este
pressuposto não retira a possibilidade de os estudantes realizarem pesquisas meramente
teóricas, desde que contribuam para o desenvolvimento da ciência “pura” ligada a uma certa
disciplina das áreas académicas do curso.

b) No Relatório de Estágio (RE), o estudante mostra a sua capacidade de integrar os


conhecimentos adquiridos ao longo do período curricular. Mais especificamente, o estudante
deverá mostrar que observou com detalhe e rigor científico os princípios reguladores das
práticas de ensino-aprendizagem do Português, sendo capaz de descrever, caracterizar,
comentar e elaborar alternativas de ensino para superar limitações observadas ou
experimentadas, ou recriar outras práticas criativas e inter ou transdisciplinares. Um aspecto
importante a considerar é o facto de que se tratando de um Relatório de fim do curso, tanto
este como a Monografia devem ter em conta as Linhas de Pesquisa definidas pelo Curso.

c) Projectos de intervenção e de inovação (PII), é um trabalho científico realizado num


contexto social, com vista a contribuir paru a solução de um problema identificado. A referida
acção pode ser realizada nos domínios científicos da UP-Maputo.

28
20. Instalações e equipamentos existentes
A concretização do plano de estudos de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa que
aqui se propõe exigirá do Curso um esforço adicional no sentido de recrutar recursos
humanos, adquirir materiais e de infraestruturas (espaços). Assim, são listados alguns, de
entre outros, meios básicos à vigência do currículo:
a) Recursos Financeiros
Para a implementação deste curso, conta-se com uma diversidade de fontes de receitas tais
como:
 Orçamento Anual do Estado atribuído à UP-Maputo;
 Receitas provenientes do pagamento de mensalidades e outras taxas de serviços aplicadas
aos estudantes de Pós-Graduação;
 Receitas advindas da prestação de serviços a terceiros que os Docentes da Faculdade
realizam na área de revisão linguística, tradução, capacitação e assessoria em matérias dos
domínios científicos da Faculdade;
 Receitas Próprias da Faculdade provenientes de pagamentos de mensalidades e taxas nos
Cursos Livres de Curta Duração;
 Apoios financeiros de instituições internacionais como Agência Universitária da
Francofonia, Instituto Camões, Embaixada da França, entre outras.

A Faculdade irá continuar a buscar outros fundos junto a Agências de Financiamento


Nacionais e Estrangeiras através da participação em concursos para a obtenção de fundos de
pesquisa, publicação e actividades de extensão universitária. Os recursos financeiros
destinam-se a cobrir as despesas decorrentes da implementação do programa, nomeadamente,
pagamento de honorários dos docentes, aquisição/actualização do acervo bibliográfico,
equipamentos, passagens aéreas, ajudas de custos e alguns encargos administrativos.

b) Recursos Materiais
O Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa será implementado nas instalações
da Faculdade de Ciências da Linguagem Comunicação e Artes. No que concerne aos recursos,
conta-se com 11 Salas de Aula, uma Sala de Informática com 24 computadores com acesso à
Internet; 5 laboratórios: 1 de Artes Cénicas,1 de Multimédia, 1 de áudio-visual, 1 de tradução
e interpretação de conferências com 22 computadores com acesso à internet e possuem

29
programas de especialidade, 04 Computadores Macintosh contendo programas de edição de
projectos e de programas de audiovisual.

A Faculdade possui um Sistema de Videoconferência facilitando a realização de aulas, hs,


defesas e encontros virtuais entre todos os envolvidos no curso. Todas as salas de aulas e
laboratórios estão equipadas de projectores multimédia, o que facilita o processo de ensino-
aprendizagem, sobretudo neste contexto da pandemia da Covid-19.

O Laboratório Multimédia conta com equipamentos de rádio, filmadoras, câmeras


fotográficas profissionais e semi-profissionais, softwares de especialidade para a produção
audiovisual, divulgação e igualmente servirão para o aprofundamento dos estudos da área das
ciências da comunicação através de aulas práticas e desenvolvimento de projectos técnicos.

O Curso conta ainda com o Centro de Línguas da Faculdade, um espaço multi-disciplinar e


multi-uso tanto para a execução das aulas, quanto para a realização de Seminários, Debates e
Sessões de Videoconferência, entre outras actividades.

O Centro de Línguas possui um acervo bibliográfico muito rico, dos domínios científicos da
Faculdade, e o Curso conta também com a vasta disponibilidade de acervo bibliográfico físico
e digital na Biblioteca Central da UP-Maputo.

Outro espaço disponível para o Curso é a Sala de Oficinas Profissionalizantes com 10


computadores ligados à Internet e com recursos para aulas virtuais e de orientação dos
estudantes pelos docentes.

O Campus France é outro espaço que conta com o apoio da Agência Universitária da
Francofonia e da Embaixada da França. Para além desses recursos existentes, a Faculdade
continua empenhada na busca de fundos adicionais junto dos seus parceiros para a aquisição
de recursos materiais, didácticos, equipamentos e para a concessão de bolsas de estudo e
bolsa-estágio.

O Curso possui um computador e uma impressora no gabinete dos directores de cursos. Neste
gabinete, há estantes e dois armários móveis com documentos de arquivo da actividade

30
administrativa e académica (pastas, livros, monografias científicas e relatórios de Práticas
Pedagógicas), para além dos que são arrumados na secretaria da faculdade.

Para os docentes (no total de 25), há uma sala de professores comum a todos os docentes da
faculdade que está equipado com computadores, um impressora, cacifos e secretárias de
trabalho, as quais também são usadas para colocar os computadores.

A concretização do plano de estudos de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa que


aqui se propõe exigirá do Curso um esforço adicional no sentido de recrutar recursos
humanos, adquirir materiais e de infraestruturas (espaços). Assim, são listados alguns, de
entre outros, meios básicos à vigência do currículo:

31
21. Corpo docente e técnico-administrativo existente
21.1. Lista de Docentes do Curso
Formação
Habilitações Experiência
Nº Nomes Pedagógica/Áre Disciplinas Vínculo
literárias Profissional
a científica
Estudos Literários
Africanos Comparados +
Agostinho
1 PhD + de 15 anos Literatura Literatura Angolana, Efectivo
Goenha
Caboverdiana e São-
tomense
Introdução aos Estudos
Linguísticos +
2 Alice Sengo Mestre + de 15 anos Linguística Psicosociolinguística + Efectivo
Morfossintaxe e
Lexicologia do Português
Processo de Ensino-
Aprendizagem da Língua
Angelina Portuguesa + Prática
3 Mestre + de 15 anos Didáctica Efectivo
Comé Pedagógica do Português
e Estágio Pedagógico do
Português
Estudos literários +
Estudos Literários
4 Artur Minzo Mestre + de 15 anos Literatura Efectivo
Africanos Comparados+
Literatura Moçambicana
Introdução aos Estudos
Carlos Linguísticos + Sintaxe do
5 Licenciado + de 15 anos Linguística Efectivo
Mutondo português + Semântica e
Pragmática do Português
6 Célia Cossa Mestre + de 10 anos Linguística Introdução aos Estudos Efectivo
Linguísticos + Fonética e
Fonologia do Português
Pressupostos Teóricos de

32
Ensino de Línguas +
Prática Pedagógica do
Português
Estudos literários
+Literatura Portuguesa e
Cremildo Brasileira+ Literatura
7 Licenciado + de 15 anos Literatura Efectivo
Nhancumbe Moçambicana+ Estudos
Literários Africanos
Comparados
Introdução aos Estudos
Dalila Linguísticos +
8 Licenciada + de 15 anos Linguística Efectivo
Cunha Morfossintaxe e
Lexicologia do Português
Didáctica Geral+ Prática
Pedagógica Geral+
Processo de Ensino-
Ernesto Aprendizagem da Língua
9 PhD + de 15 anos Didáctica Efectivo
Júnior Portuguesa + Prática
Pedagógica do Português
e Estágio Pedagógica do
Português
Processo de Ensino-
Aprendizagem da Língua
Portuguesa + Prática
10 Isa Sande Mestre + de 10 anos Didáctica Efectivo
Pedagógica do Português
e Estágio Pedagógico do
Português
Introdução aos Estudos
Linguísticos + Fonética e
11 Isidro Taela Mestre + de 10 anos Linguística Fonologia do Português + Efectivo
Morfossintaxe e
Lexicologia do Português
12 Jaime Mestre + de 15 anos Língua Língua Portuguesa I + Efectivo

33
Língua Portuguesa II +
Língua Portuguesa III +
Mondlane Língua Portuguesa IV +
Língua Portuguesa V +
Língua Portuguesa VI
Didáctica Geral+ Prática
Pedagógica Geral+
Processo de Ensino-
José Aprendizagem da Língua
13 Mestre + de 15 anos Didáctica 4

Marques Portuguesa + Prática


Pedagógica do Português
e Estágio Pedagógico do
Português
Novos Enfoques
Didácticos + Prática
Josefina
14 Mestre + de 15 anos Didáctica Pedagógica do Português Efectivo
Ferrete
e Estágio Pedagógico do
Português
Língua Portuguesa I +
Língua Portuguesa II +
Língua Portuguesa III+
15 Luís Mavota Mestre + de 10 anos Língua Efectivo
Língua Portuguesa IV
+Língua Portuguesa V+
Língua Portuguesa VI
Língua Portuguesa I+
Língua Portuguesa II +
Mateus Língua Portuguesa III+
16 Licenciado + de 10 anos Língua Efectivo
Honwana Língua Portuguesa IV+
Língua Portuguesa V +
Língua Portuguesa VI
17 Orlando Mestre + de 15 anos Linguística Introdução aos Estudos Efectivo
Bahule Linguísticos+

4
Leitor do Camões-Instituto de Cooperação e Língua
34
Psicosociolinguística +
Processo de Ensino-
Aprendizagem da Língua
Portuguesa + Prática
Pedagógica do Português
Didáctica Geral+ Prática
Pedagógica Geral+
Processo de Ensino-
Aprendizagem da Língua
18 Paula Cruz PhD + de 15 anos Didáctica Efectivo
Portuguesa + Prática
Pedagógica do Português
e Estágio Pedagógico do
Português
Introdução aos Estudos
Paulino Linguísticos + Sintaxe do
19 PhD + de 15 anos Linguística Efectivo
Fumo Português + Semântica e
Pragmática do Português
Estudos literários +
Literatura Angolana,
Caboverdiana e São-
20 Pedro Bila PhD + de 15 anos Literatura Efectivo
tomense + Estudos
Literários Africanos
Comparados
Língua Portuguesa e
Interculturalidade na
Raul Balate CPLP+ Introdução aos
21 PhD + de 15 anos Linguística Efectivo
Junior Estudos Linguísticos +
Fonética e Fonologia do
Português
22 Samuel Licenciado + de 15 anos Língua Língua Portuguesa I + Efectivo
Monjane Língua Portuguesa II +
Língua Portuguesa III+
Língua Portuguesa IV

35
+Língua Portuguesa V+
Língua Portuguesa VI
Estudos literários
Simião +Literatura Infanto-
23 PhD + de 15 anos Literatura Efectivo
Muhate Juvenil + Literatura
Moçambicana
Novos Enfoques
Didácticos + Prática
Stela
24 Mestre + de 15 anos Didáctica Pedagógica do Português Efectivo
Chemane
e Estágio Pedagógico do
Português
Psicosociolinguística +
Introdução aos Estudos
Linguísticos +
Tomásia Pressupostos Teóricos de
25 Mestre + de 15 anos Linguística Efectivo
Mataruca Ensino de Línguas +
Novos Enfoques
Didácticos e Estágio
Pedagógico do Português

Todos os docentes do curso estão inseridos num plano de formação contínua para a obtenção
de graus dos níveis subsequentes. Igualmente, todos os docentes estão em condições de
trabalhar com todas as disciplinas da área científica de sua área de formação.

36
22. Linhas de Pesquisa
Linhas de Pesquisa, as quais incluem todas as áreas académicas e constituem uma estratégia
para rentabilizar todo o investimento que resulta das Práticas Pedagógicas, assim como da
actividade de supervisão realizada pelos docentes.

Linha de Pesquisa Coordenador Pesquisadores


Angelina Comé, Orlanda Gomane
Linguística Aplicada ao Raul Balate José António Marques, Elda Santos,
ensino de Português Júnior Carlos Mutondo, Isidro Taela, Alice
Sengo, Célia Cossa, Dalila Cunha
Habilidades Linguísticas: Jerónimo Simão, Isa Sande, Célia Cossa
Audição/ Oralidade e Ernesto Júnior
Práticas de Leitura e Escrita

Estudos Literários: Simião Muhate, Cremildo Nhacumbe,


Agostinho
identidade, cultura e Artur Minzo, Pedro Bila
Goenha
sociedade
Políticas linguísticas, Tomásia Nhazilo, Pedro Bila
Formação de Professores e Paula Cruz
Currículo
Diversidade e Tomásia Nhazilo, Stela Chemane, Paula
Transversalidade no Ensino Josefina Ferrete Cruz
de Línguas
Análise e Construção/ José António Marques, Tomásia Nhazilo
Selecção de Materiais Ernesto Júnior
Didácticos

22.1. CTA
O curso é assistido por 3 funcionários do CTA, nomeadamente:
- Chefe da repartição do Registo académico da faculdade
- Chefe de Secretaria
- Auxiliar do Curso em Processos de Auto-avaliação e gestão do currículo

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20.3. Listas de Actividades de Extensão do Curso
O Curso prevê criar e desenvolver os seguintes projectos de extensão:
- Projecto de ligação com as Escolas Integradas nas PP’s (EPC de Mahubo, EPC do Alto
Maé, EPC do Triunfo, EPC do Patrice Lumumba, ES Josina Machel, ES da Polana, ES
Francisco Manyanga, ES Armando Guebuza) através de acções interventivas que beneficiem
estas escolas: pintura de salas, oferta de materiais didácticos e, especificamente, livros de
literatura infantil angariados em campanhas semestrais;
- Capacitações anuais em metodologias de ensino de Língua e Literatura Infanto-Juvenil
aos Professores das escolas integradas;
- Colaboração com Escolas anexas para a realização do Estágio Pedagógico;
- Oferta de Cursos de Língua Portuguesa para Estrangeiros;
- Oferta de serviços de revisão Linguística;
- Implementação do projecto radiofónico Semana de Língua Portuguesa na Média Mais;
- Realização de Estágios Pedagógicas na Rádio Moçambique (na redes sociais digitais,
tradução e emissão de notícias, produção de glossários);
- Concepção e ofertas de Cursos de metodologias de Ensino de Português.

38
23. Bibliografia
AAVV. Currículo do Curso de Licenciatura em Ensino do Português, Maputo, UP, 2009.
Bases e Directrizes Curriculares para os cursos de Graduação da Universidade
Pedagógica de Maputo, Maputo, UPM, 2021.
Guia de Apresentação dos Planos Curriculares dos Cursos e Programas de Graduação e Pós-
Graduação e Curta duração, Maputo, UPM, 2022.
Regulamento Académico para os Cursos de Licenciatura na Universidade Pedagógica de
Maputo, Maputo, UP, 2021.

39
24. Programas temáticos das disciplinas

40
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA
Plano Temático
Disciplina: Métodos de No Horas lectivas 1o Ano
Estudos Universitários créditos: Contacto: 48 Trab. Indeped: 77 I Semestre
Código: 5
Tipo: Nuclear
Modalidade: Presencial
Docentes: Benedito Sapane e Bonifácio Obadias Langa

1. Introdução
A presente disciplina tem em vista fazer enquadramento dos estudantes no ensino superior
através de estudos  intercalados, tendo como referência as matérias em um momento de
estudo. A disciplina deverá permitir a auto-interrogação, estudo autónomo, criação de
resumos e de destaques, bases e releituras, associação as imagens e conceitos abstractos, por
forma a criar mapas mentais e saber estudar na universidade.

É na base desta disciplina que se deve desafiar uma forma de organização da vida do
estudante na universidade, construindo habilidades de leitura, organização de textos,
aprimoramento de documentação como método de estudo pessoal e colectivo.

2. Competências
a) Organiza a vida de estudos universitários
b) Desenvolve habilidades de leitura, organização e interpretação de textos
c) Aprimora a documentação como método de estudo pessoal
d) Conhece as directrizes para a realização de um seminário didáctico

3. Objectivos da disciplina
a) Preparar os estudantes para a vida universitária
b) Habilitar os estudantes na planificação, organização e realização de estudos
individuais e colectivos.

41
3. Conteúdos temáticos
No Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 A organização da vida de estudos na Universidade 3 4
- Os Instrumentos de Trabalho
- Revistas, Bibliografias e Dicionários Especializados
2 -A exploração dos instrumentos de trabalho 3 4
- A disciplina do estudo
3 Directrizes para a leitura, análise e interpretação de textos 3 5
- Delimitação da unidade de leitura
- A análise textual
4 - A análise temática 3 5
5 - A análise interpretativa 3 5
- A problematização
6 A documentação como método de estudo pessoal 3 5
-A prática da documentação
7 - A documentação temática 3 5
8 - A documentação bibliográfica 3 5
9 - A documentação geral 3 5
10 - Documentação em folhas-ofício 3 5
11 - Vocabulário técnico-linguístico 3 5
12 Directrizes para a realização de um seminário 3 5
- Objectivos de um seminário
- O texto-roteiro didáctico
13 - O texto-roteiro interpretativo 3 4
14 - O texto-roteiro de questões 3 5
15 -Orientação para a preparação 3 5
16 -Esquema geral de desenvolvimento do seminário 3 5
Subtotal 48 77
Total 125

42
4. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
A estratégia fundamental na disciplina Métodos de Estudos Universitários, adiante designada
por (MEU) assenta sobre o princípio de (re) construção através da problematização e na
análise de situações-problema e/ou casos e sua confrontação com literatura seleccionada para
o efeito, com base em análises textuais, debates e seminários didácticos. Em síntese, a
estratégia de ensino estará assente nos seguintes pilares epistemológicos:
 Hermenêutica discursiva
 Pedagogia Waldorf
 Debates;
 Reflexões críticas e;
 Estudos de casos

5. Estratégias de Avaliação
 Exposição oral e debates na sala de aulas, análise crítica da informação recolhida
 Resenhas
 Actividades práticas
 Seminários temáticos

6. Bibliografia de Referência
Cognitive and Educational Psychology. Association for Psychological Science. Disponível em
(2013-03-04):
Dunlosky, J. et al. (2013). Improving Students’ Learning With Effective Learning
Techniques: Promising Directions From
http://psi.sagepub.com/content/14/1/4.full.pdf+html?ijkey=Z10jaVH/
60XQM&keytype=ref&siteid=sppsi
JORNAL O EXPRESSO (2013). Como se fazem bons apontamentos para os exames.
Disponível em (2013-03-04): http://expresso.sapo.pt/9-passos-para-fazer-bons-
apontamentos=f785609
JORNAL O EXPRESSO (2013). Seja dono do tempo durante o exame. Disponível em (2013-
03-04): http://expresso.sapo.pt/seja-dono-do-tempo-durante-o-exame=f779965
SEVERINO, Atónio Joaquim. Métodos de estudos universitários. Edições Loyola, SP, 1975

43
Programa temático da Disciplina de Pedagogia Geral
Disciplina: Pedagogia N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano:
Geral HC: HEI: Semestre:
Código:
Tipo:
Modalidade:
Docente: Prof. Doutor Félix Mulhanga, Orlando Chemane

Nota Introdutória
O desenvolvimento curricular de qualquer domínio científico inicia com o estabelecimento de
uma base científica mais geral.

A presente unidade temática, que se chama Pedagogia Geral, serve para a construção de uma
base epistémica da Pedagogia.

A Pedagogia Geral buscará fundamentalmente abordar as categorias educacionais que


estruturam o pensamento pedagógico nomeadamente o contexto pedagógico, os objectivos, os
conteúdos e os métodos educacionais para além do processo.

Ele será conduzido com base em conferências e seminários.


1. Objectivos
Compreender a base que estrutura o pensamento pedagógico.
Analisar a conceptualização da pedagogia.
Explicar as tendências pedagógicas actuais no mundo e em Moçambique.
Descrever as categorias que compõem o pensamento pedagógico.

2. Competências a serem desenvolvidas


Reflecte sobre as bases epistemológicas da ciência pedagógica
Argumenta sobre o conceito de pedagogia
Distingue e explica as categorias do pensamento pedagógico.
44
3. Pré-requisitos: Língua Portuguesa, História e Filosofia.
4. Plano temático
N˚ Tema Temas Horas
Contacto Estudo
A Dimensão Epistemológica da Pedagogia
Conceito 8 12
1 Objecto
Objectivos
Métodos de estudo
As subdivisões da Pedagogia
As Tendências Pedagógicas:
Pedagogia Tradicional 6 10
2 Pedagogia da Escola Nova
Pedagogia Tecnicista
Pedagogia Crítica
As Novas Tendências da Pedagogia
As Tradições Pedagógicas em Moçambique
3 O Contexto em que se dá a educação 6 11
Do contexto moçambicano
3 Os Objectivos da Educação 8 12
5 Os Conteúdos da educação 6 10
6 O Processo Pedagógico (Relação pedagógica) 8 12
7 Os Métodos da educação 6 10
Subtotal 48 77
Total 127

5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Conferências e seminários.

6. Estratégias de Avaliação
Serão avaliados trabalhos académicos escritos, individuais e em grupos, e apresentações e
participação na sala de aulas.

45
7. Bibliografia
CASTIANO, José P. Educar para Quê? As Transformações no Sistema de Educação de
Moçambique. Maputo. INDE. 2007
DEWEY, John. Democracia e educação. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1959
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários a Prática Docente. Rio de
Janeiro. 50º ed. Paz e Terra. 2015
___________ Pedagogia do Oprimido. 57ª ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 2014
HERBART, Johnn F. Pedagogia Geral. Lisboa. Calouste Gulbenkian. 2003
KANT, Emmanuel. Sobre a Pedagogia. 2ª ed. Piracicaba. UNIMEP. 1999
MONDLANE, E. Lutar por Moçambique. Maputo. Nosso Chão. 1995
NGOENHA, Severino E. Concepções Africanas do Ser Humano. In: NGOENHA, S. e
CASTIANO, José P. Pensamento Engajado: Ensaios sobre Filosofia Africana e Cultura
Política. Maputo. Educar. 2010
______________Estatuto e Axiologia da Educação em Moçambique: um questionamento
paradigmático da Missão Suíça. Maputo. Livrar universitária-UEM. 2000
ROUSSEAU. Emílio ou da educação. 3ed. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. 1995

46
Programa temático da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação
Disciplina: Tecnologias de
No créditos: Horas lectivas 1 Ano
Informação e Comunicação
4 Contacto: Trab. Independ: 1 Semestre
Código:
48 52
Tipo: Nuclear
Modalidade: Presencial
Docente: Docente da área

Nota Introdutória
A Disciplina Tecnologias de Informação e Comunicação pretende introduzir o estudante à
Informática como auxiliar do seu percurso universitário, na produção e pesquisa académicas;
tirando o proveito da Internet e dos Serviços da Web e, levando em consideração o
desenvolvimento da consciência da importância da segurança informática e da proteção de
dados. O estudante estudara a constituição e funcionamento do computador, levando-o a
desenvolver conhecimentos básicos sobre a arquitectura do computador e componentes
principais do computador, assim como lógica digital e representação da informação.

1. Objectivos da disciplina
No fim desta disciplina o estudante deve ser capaz de:
- Sistematizar os fundamentos da organização e funcionamento do computador;
- Utilizar e realizar configurações simples no Sistema Operativo Windows e/ou Linux;
- Realizar actividades com recurso à Ferramentas de Produtividade específicas;
- Elaborar pesquisas e publicações baseadas na Internet e Redes Sociais;
- Demonstrar domínio de conhecimento regras básicas de segurança e proteção de dados, em
Informática.

2. Competências a serem desenvolvidas


Opera os conceitos a organização e funcionamento do computador digital;
- Conhece as principais aplicações da Informática relacionadas ao seu domínio de
formação;
47
- Utiliza as ferramentas de produtividade para diferentes finalidades;
- Compreende a importância da sua responsabilidade na Segurança Informática.

3.Pré-requisitos: Considerando o escopo da disciplina não se aplicam os pré-requisitos.

4. Conteúdos temáticos
No Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1. Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação 6 4
(Conceitos de tecnologia, Informática, Domínios da
Informática, Profissões e Mercado de Trabalho)
2. Visão Geral do Computador 8 8
(Organização e Funcionamento do Computador)
3. Aplicativos de Produtividade 12 20
(Processadores de Texto, Planilha de Cálculo, Aplicativos
de Apresentação gráfica, Editores)
4. Internet e Redes Sociais 12 14
(Navegadores, Serviços, Pesquisa Académica)
5. Segurança Informática 10 6
(Equipamentos, Aplicativos, Engenharia Social)
Subtotal 48 52
Total 100

5. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
Nas aulas teóricas far-se-á a exposição e explicação dos vários conceitos, princípios e
métodos que norteiam toda filosofia à volta das Tecnologias de Informação e Comunicação.
As mesmas, são complementadas com actividades práticas. Nos seminários promove-se a
discussão das ferramentas e aplicativos utilizados pelos estudantes na realização das tarefas,
sendo os estudantes incentivados a trabalhar individualmente ou em grupo. Aqui dar-se-á
maior ênfase ao saber-fazer.

48
Módulos de computadores constituídos por placas de memória, placas de redes, motherboard,
gabinetes, teclados, quadros, livros, retroprojectores e outros materiais didácticos pertinentes.
A disciplina consiste em aulas teóricas e práticas laboratoriais.

6. Estratégias de Avaliação
Avaliação nesta disciplina obedece ao Regulamento de Avaliação (Regulamento Académico)
em vigor na UPMaputo e será feita através de duas frequências (testes) combinadas aos
trabalhos de investigação, participação activa em seminários da disciplina, assiduidade. A
classificação final semestral do estudante será calculada considerando as seguintes
pontuações/pesos:
a) 30% teste 1 (HC);
b) 30% teste 2 (HC);
c) 40% trabalhos, seminários, assiduidade, participação activa (HEI).

7. Bibliografia de Referência
Manzano & Manzano. Estudo Dirigido de Informática Básica. Érica, 7ª edição, 2007
Hardware II – O guia definitivo, Morimoto, Carlos E., Sulina, 2010.
Redes de computadores – versão revisada e atualizada, Torres, Gabriel, Nova Terra, 2010.
Manutenção de Computadores: Guia Prático, Paixão, Renato Rodrigues, São
Paulo, Érica, 2010. Princípios Básicos de arquitetura e organização de
computadores, Linda & Lobur, Julia, Bookman, 2010.
Redes: Guia Prático, Morimoto, Carlos E., Sulina, 2010.
MARÇULA, Marcelo; BRNINI FILHO, Pio Armando. Informática: conceitos e aplicações.
3.ed. São Paulo: Érica, 2008. 2.
NORTON, Peter. Introdução à informática. São Paulo: Pearson Makron Books, 2007. 3.
MORGADO, Flavio Eduardo Frony. Formatando teses e monografias com BrOffice. Rio de
Janeiro: Ciência Moderna, 2008. 4.
MANZANO, André Luiz N. G.; MANZANO, Maria Izabel N. G. Estudo dirigido de
informática básica. 7. ed. São Paulo: Érica, 2008.
VELLOSO, Fernando de Castro. Informática: Conceitos básicos. Rio de Janeiro: Elsevier,
2011.

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Programa temático de LPI - Introdução à Linguística Textual – Textos Científicos
Disciplina: ILT N˚ de Créditos:
Horas Lectivas Ano: 1º
Código: 6
HC: HEI: Semestre:
Tipo: Nuclear
80 70 1º
Modalidade: Híbrida (presencial e virtual)
Docente: A docência da disciplina será feita por docentes do Curso de Licenciatura em Ensino de
Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por docentes com um grau de Pós-graduação e
alguma experiência de leccionação

1. Nota Introdutória
Este programa foi concebido tendo em conta o pressuposto de que o ensino de uma língua,
actualmente, deve ter em consideração o contexto de uso, com o intuito de desenvolver nos
alunos a competência comunicativa que os permita o exercício efectivo da cidadania. Dito de
outro modo, as aulas de língua devem, no fim de um determinado ciclo, permitir que o aluno
tenha a capacidade que construir e desconstruir discursos em conformidade com a intenção
comunicativa subjacente.

Tomando em consideração o pressuposto acima, o texto (discurso) ganha, nas aulas de língua,
um espaço de relevo, uma vez que é através dele que o ser humano se comunica, condição
básica para a sua sobrevivência.

Assim, tornar-se mister, antes de o aluno trabalhar na construção e desconstrução dos


diferentes tipos de discurso, discorrer e compreender os principais conceitos da Linguística
Textual e os diferentes elementos de língua (gramática) que o permitiram manusear variados
textos. Daí a relevância desta disciplina na Área de Línguas do curso de Licenciatura em
Ensino de Português.

50
2. Objectivos
 Reflectir sobre o lugar do texto no ensino da Língua Portuguesa, na perspectiva de
munir o aluno de competência comunicativa que lhe permita exercer a cidadania;
 Dominar os principais conceitos da disciplina: texto, textualidade, superestrutura,
macroestrutura, entre outros;
 Reflectir sobre a pertinência de cada uma das etapas de produção textual;
 Construir e desconstruir discurso (textos) consciente dos factores da textualidade, dos
critérios de tipificação e das epatas da produção textual;
 Reflectir sobre o funcionamento de língua nos diferentes aspectos: morfológico,
sintáctico, semântico e pragmático.
 Sintetizar informações contidas em textos;
 Compreender textos orais e escritos de natureza didáctica e/ou científica;
 Produzir enunciados de natureza científica, utilizando correctamente os instrumentos
que asseguram a coesão e coerência textual;
 Reflectir sobre o funcionamento de língua nos diferentes aspectos: morfológico,
sintáctico, semântico e pragmático.

3. Competências a serem desenvolvidas


 Desenvolve uma visão crítica relativa ao lugar do texto no processo de ensino e
aprendizagem da Língua Portuguesa;
 Usa a língua de forma correcta e adequada ao contexto e à necessidade de comunicação;
 Desenvolve a capacidade de construir e desconstruir textos e de condensação de dados,
consciente dos factores da textualidade, dos critérios de tipificação e das epatas da produção
textual.
 Desenvolve a competência comunicativa em Português, na oralidade e na escrita, de
forma apropriada a qualquer situação de comunicação e de acordo com os vários níveis e
registos de língua.

4. Pré-requisitos:
Nenhuma disciplina/sem precedência

51
5. Plano temático
Nº Conteúdos Horas Horas de
de contacto estudo
1 Concepção do texto na Linguística Textual
- Contexto interaccional da fala
- Critérios de tipificação de texto
- Superestrutura 10 5
- Macroestrutura
Elementos da textualidade
- Pragmáticos
- Linguísticos (mecanismos de coesão e macrorregras de
coerência)
2 Textos de condensação de informação
- Tomada de Notas
- Resumo
- Unidades de significação 20 10
- Técnicas de economia textual
- Regras de elaboração do resumo
3 Etapas de produção do texto escrito
- Planificação 10 10
- Organização
- Desenvolvimento
- Avaliação
4 Textos orais ou escritos de natureza didáctica ou
científica
- Texto Expositivo-explicativo
A intenção de comunicação 20 20
A organização retórica e discursiva
As características linguísticas
A coerência e a progressão textual
As estratégias objectivantes do texto expositivo-
explicativo
5 Funcionamento da língua
52
- A frase, a oração, o período, o parágrafo e o texto.
- Campos semânticos e as relações lexicais: sinonímia e
hiperonímia
- Pontuação 30 25

- Translineação
- Acentuação
- Categorias gramaticais e sua classificação
- Tempos e modos verbais – presente (tipos de presente);
pretérito perfeito e pretérito imperfeito
- Campos semânticos e as relações lexicais
- Nominalização
- A voz passiva: de ser, estar e se (o particípio passado)
- Subordinação - orações relativas
Total de horas parciais 0 0
Total de horas 170

6. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Na prossecução dos objectivos, preconizar-se-á uma metodologia que parte do texto oral para
o escrito e deste para o oral, com base em técnicas variadas de didáctica do português, não
esquecendo que esta língua, em Moçambique, não sendo língua materna, tende a implantar-se
como língua primeira; e mesmo quando língua materna, apresenta já características
resultantes do contacto com outras línguas.

Para a exercitação da língua, organizar-se-á actividades partindo do conhecimento empírico


que, como professores, temos adquirido dos erros mais generalizados e das maiores
dificuldades que se colocam a este nível. Assim, a aprendizagem será dirigida, estando os
temas sequenciados de modo a amenizar progressivamente as dificuldades tanto a nível
estrutural como lexical. Partir-se-á, portanto, de um condicionamento no uso da língua, uma
vez que só a posse de um instrumento linguístico em todas as suas possibilidades permitirá a
cada estudante vir a possuir opções que lhe possibilitem o uso plástico e criativo da língua.

53
7. Estratégias de Avaliação
HORAS DE HORAS DE ESTUDO INDEPENDENTE EXAME
CONTACTO

Dois testes, no mínimo Trabalhos incidindo sobre: Exame Normal e


- Compreensão oral e escrita; de Recorrência
- Produção oral e escrita;
- Domínio das estruturas gramaticais; e
- Vocabulário.

8. Bibliografia
ADAM, J-M. Les textes: Types et prototypes. Paris, Nathan, 1992.
CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Edições
João Sá da Costa, 1999.
DJIK. La ciência del texto. Barcelona, Paido,1982.
DJIK. T. A. Van. Text and context. Exploration of the semantics and pragmatics of discourse.
London, Longman, 1997.
LIMA, L. Moraes. Linguística textual. Parque Residencial João Piza, Londrina, 2017.
MATEUS, M. H. M. et al. Gramática da Língua Portuguesa 2. ed. Lisboa, Caminho, 1989.
MAVALE, Cecília. Resumo (Apontamentos). Maputo, Universidade Pedagógica, 1997.
NASCIMENTO, Zacarias & PINTO, José M., A dinâmica da escrita – Como escrever com
êxito. 5.ª ed. Lisboa, Pátano
REI, J. Esteves. Curso de redacção I – A frase. Porto Editora, s/d.
REI, J.E. Curso de Redacção II. Porto, Porto Editora, 1995.
SERAFIM, M. T. Como escrever textos. (Traduzido por: Maria Batos de Mattos). 7. ed. São
Paulo, Globo.
SILVA, Mendes. Português Língua viva. Lisboa, Herdeiros de Mendes Silva e Círculo de
Leitores, 1985.
VIGNER, Gérard. Lire – Du Text au Sens. CLE International, Paris, 1979.

54
Programa temático da Disciplina de Introdução aos Estudos Linguísticos

Disciplina: N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano:


Código: HC: HEI: Semestre:
Tipo: 6 80 70 I
Modalidade:
Docente:

1. Nota Introdutória

2. Objectivos
Os estudantes deverão:
- Desenvolver um raciocínio científico rigoroso;
- Compreender o objecto da Linguística;
- Conhecer as características básicas da linguagem;
- Explicar quaisquer ideias ou intuições vagas sobre a natureza da linguagem humana e
sobre os objectivos da ciência linguística;
- Conhecer os princípios das técnicas básicas da morfologia e lexicologia, sintaxe e
semântica;
- Adquirir uma visão global dos vários aspectos da linguagem, e, daí, dos vários ramos do
seu estudo.

3. Competências a serem desenvolvidas


a. Conhecer os princípios da teoria linguística contemporânea e as bases da análise
linguística;
b. Adquirir uma visão global dos vários aspectos da linguagem, de modo a aplicá-la nos
diferentes ramos de estudo da linguagem;
c. Respeitar os princípios e bases da teoria linguística no estudo da linguística portuguesa,
inglesa ou francesa e das línguas bantu.

55
4. Pré-requisitos: sem pré-requisitos por ser a primeria disciplina da área
5. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
O objecto de estudo da Linguística
(i) O «aspecto criativo» da linguagem.
1 (ii) O signo linguístico
A natureza do signo: Arbitrariedade; Linearidade;
Imutabilidade; Mutabilidade 6 10
(i) Competência e performance linguísticas, fala e língua;
(ii) A gramática: conceito e componentes (fonética/ fonologia,
morfologia, sintaxe, semântica e Pragmática);
(iii) Tipos de gramática: Gramática Descritiva, Gramática
prescritiva (ou normativa), gramática universal.
Princípios de Psicolinguística
(i) A teoria da relação entre a evolução biológica do homem e a
2 origem da linguagem; 12 10
(ii) Linguagem animal e linguagem humana,
(iii) A articulação da linguagem,
(iv) Linguística e semiótica;
(v) A Linguística como ciência:
(vi) A aquisição da linguagem:
- A aprendizagem das regras gramaticais;
- A rejeição da teoria de “imitação” e de “reforço”;
- A importância do estudo dos “erros”;
(vii) A capacidade linguística humana:
Genética ou desenvolvimento da infância (algumas indicações
sobre o debate de Chomsky-Piaget).
(viiI) Estudo da base material da linguagem (neurolinguística):
Implicações do estudo do desarranjo linguístico (afasia), para a
produção e percepção da fala.
Princípios de Fonética e de Fonologia
(i) Princípio do alfabeto fonético: as consoantes, as vogais e as 15 10

56
3 semivogais;
(ii) As vertentes da fonética: fonética articulatória, fonética
acústica e fonética perceptiva;
(iii) Introdução à fonética articulatória:
Os traços fonéticos articulatórios:
a. Sons vozeados e sons surdos;
b. Sons orais e sons nasais;
O ponto de articulação;
O modo de articulação.
(iv) Classes naturais dos sons;

(vi) O fonema como uma unidade fonológica da linguagem e sua


identificação: os traços redundantes e os traços distintivos: a
distribuição complementar e a variação livre;
Regras fonológicas:
Representação fonémica e representação fonética;

Natureza das regras fonológicas:


a. Regras de assimilação
b. Regras de inserção e eliminação de segmentos;
c. Regras de acréscimo de traços redundantes;
d. Regras de movimento de traços ou segmentos.
4 Princípios da Semântica e da Pragmática 12 10
(i) O sentido dos morfemas e das palavras,
(ii) A ambiguidade: a homonímia; a homofonia; a metáfora;
(iii) A sinonímia, a antonímia; a paráfrase;
(iv) Frases estranhas ou anómalas;
(v) As frases ou expressões idiomáticas,
(vi) A verdade dos enunciados;
(vii) O sentido e a referência;
(viii) Os actos de fala: frases performativas; a pressuposição e a
deixis.
Princípios de Morfologia, Lexicologia e Sintaxe

57
5 (i) As Classes abertas e as Classes fechadas de palavras;
(ii) As unidades mínimas portadoras de sentido: Os morfemas 20 10
livres e os morfemas presos;
(iii) Regras morfológicas de formação de palavras: A Derivação
e a composição;
(iv) Relação entre morfologia e a sintaxe: A relação
sintagmática e a relação paradigmática (inflexão);
(v) A pronunciação de morfemas e as regras morfofonémicas.
(vi) Objecto de estudo da lexicologia
(vi) Noções de Léxico e vocabulário, Lexema, vocábulo,
palavra
(vii) Frases gramaticais e frases não gramaticais.
i. A estrutura da frase e os indicadores sintagmáticos (« phrase
markers»)
ii. As categorias sintácticas e as categorias lexicais.
(viii) Regras sintácticas
i. A função sintáctica,
ii. A recursividade das regras sintácticas.
(ix) A gramática generativa transformacional:
6 A Língua na Sociedade 5 10
a. Dialectos:
i. Os dialectos regionais e o «sotaque»;
ii. Os dialectos padrão;
iii. Os dialectos sociais.
b. Língua franca, pidgins e crioulos;
c. Os tabus linguísticos e os eufemismos;
d. A linguagem e a discriminação; sexismo e racismo;
e. Línguas artificiais: referência ao esperanto.
7 Princípios da Mudança Linguística 10 10
(i) A Mudança linguística: as mudanças no sistema dos sons:
i. A regularidade das mudanças de sons;
ii. As mudanças fonológicas.
A mudança lexical (Os neologismos; Os empréstimos).

58
A mudança semântica (Extensão; Restrição, O “Shift” do
sentido).
(ii) A reconstrução das línguas: (O método comparativo; a
evidência histórica).
(iii) Princípios da classificação genética;
Subtota 80 70
l
Total 150

6. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Utilizar-se-á uma metodologia pedagógica que visa interessar e libertar a criatividade, uma
metodologia que deve explicar cada conceito novo que introduz, e que só introduz
formalismos quando estes ajudam a aclarar o conteúdo.

Partir-se-á da intuição linguística criativa do aluno. A componente teórica de cada tema será
objecto de exercícios, que visam o treino do conhecimento e a aquisição das bases de análise.
Para uns temas, os exercícios terão sobretudo um carácter de consolidação; para outros temas,
os exercícios serão sobretudo de análise.

Os exercícios podem parcialmente ser feitos em grupo, mas deve-se assegurar que cada um
dos alunos forneça trabalhos individuais em número suficiente para permitir aos docentes da
disciplina uma avaliação cabal do progresso de cada discente. Esta avaliação individual tem
como objectivo permitir que, através de explicações suplementares, tutorias e eventualmente
através de leituras e exercícios adicionais, se obtenha uma valorização máxima das aptidões e
capacidades de cada aluno.

As aulas práticas servirão para a discussão dos exercícios e para explicações e


exemplificações adicionais.

7. Estratégias de Avaliação

59
A verificação do nível de compreensão e assimilação das matérias leccionadas durante o ano
lectivo será feita através de questionários orais, ao longo das aulas, testes escritos e trabalhos
práticos.

O número de avaliações que se prevê realizar será de 2 testes escritos, para além de trabalhos
práticos sobre cada um dos temas leccionados. No final do semestre, os estudantes serão
submetidos a um Exame Escrito.

8. Bibliografia
AUSTIN, J.L. How to do things with words. Harvard, Harvard University Press, 1962.
CAMARA, J.M.. Princípios de Linguística Geral. Rio de Janeiro. Padraão- Padrão Livraria
Editora, Ltd.
CAUCHARD, P. A Linguagem e Pensamento. São Paulo. Difusão Europeia do Livro. 1957.
CRYSTAL, D. A Linguística. Lisboa. Publicações Dom Quixote. 1977.
CULLER, Jonathan. As ideias de Saussure. São Paulo. Editora Cultrix. 1979.
CUNHA, C. & CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa. Edições
João Sá da Costa. 1999.
DUCROT, O & TODOROV, T. Dicionário das Ciências da Linguagem. Lisboa. Publicações
Dom Quixote. 1982.
FARIA, I.H. (org.) Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa, Caminho, 1996
FROMKIN, V. & RODMAN, R. Introdução à Linguagem. Coimbra. Almedina. 1993.
GLEASON, H. A. Introdução à Linguística Descritiva. Lisboa. Fundação Caloustre
Gulbenkian. 1961.
KRISTEVA, Júlia. História da Linguagem. Lisboa. Edições 70. 1988.
LYONS, John. O que é a Linguagem? Introdução ao Pensamento de Noam Chomsky. Lisboa.
Editorial Estampa. 1972.
MATEUS, M. et alii. Fonética Fonologia e Morfologia do Português. Lisboa. Universidade
Aberta. 1990.
RUWET, N. & CHOMSKY, N. A Gramática Generativa. Lisboa. Edições 70. 1966.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. Lisboa. Publicações Dom Quixote.
1986.
VILELA, M. Estudos de Lexicologia do Português. Coimbra. Livraria Almedina. 1994.

60
61
Programa Temático da Disciplina de Estudos Literários
Disciplina: No créditos: Horas lectivas Ano:1º
Código: 5 Contacto: Trab. Independ: Semestre:1º
Tipo: Nuclear 80 70
Modalidade: presencial
Docente:

1. Competências
Como competências essenciais, o aluno:
- Realiza leituras, interpreta e analisa textos literários de extensão e complexidade variada;
- Elabora textos em que salienta uma opinião crítica sobre noções, categorias de estudo e
temas ou assuntos relativos à teoria e críticas literárias;
- Utiliza, com rigor, os conceitos e noções fundamentais do campo de estudos literários,
articulando com os conceitos e teoria relevante doutras Disciplinas do Curso;
- Produz textos literários de extensão, complexidade e géneros diversificados, exercitando e
demonstrando a capacidade de integração e reutilização dos conteúdos aprendidos ao longo
das aulas.

2. Objectivos Gerais:
Os alunos deverão:
a. Conhecer os instrumentos teóricos e práticos adequados à análise e crítica literária.
b. Reconhecer a especificidade da literatura, de entre outras realizações ou Disciplinas
artísticas;
c. Desenvolver um raciocínio crítico em relação aos textos literários, relacionando e
discutindo as categorias e os pressupostos da ciência literária;
d. Analisar os diferentes métodos de análise e crítica literária, explicando os pressupostos
e as implicações subjacentes;

3. Pré-requisitos
Disciplina inicial (sem precedência).
62
4. Conteúdos (Plano temático)
Nº Tema Horas de Horas de
contacto estudo
. Nocões gerais sobre natureza e funções da arte. 06 10
1 . Sócrates, Platão (“A República”) e Aristóteles: génese da
Literatura Ocidental.
2 . Conceitos de «literatura» e de «literariedade». 06 09
3 . Natureza e funcionamento do sistema semiótico literário. 06 09
4 . Linguagem literária vs linguagem não literária: descrição e 06 10
caracterização.
5 . Natureza e funções da literatura. 06 09
6 . Periodização literária e factores de variação e evolução 06 09
literária.
7 . Diversidade e unidade da literatura (factores de evolução e 06 10
diferenciação na produção literária).
. Período e geração literárias (elementos configuradores da
evolução literária).
. Modos e géneros literários (breve revisão histórica).
. Divisão tripartida dos géneros; conceitos de Modo,
Género e Subgénero na classificação das obras literárias.
. Conceituação contemporânea dos Modos e Géneros
Literários.
. Movimentos (ou Períodos) literários: Barroco; Classicismo;
Romantismo e Modernismo.
8 . Modos e Géneros Literários: 06 11
Modo Narrativo (teoria/prática)
Modo Dramático (teoria/prática)
Modo Lírico (teoria/prática)

Total de horas parciais 48 77

Total de horas 125

63
5. Métodos de Ensino-Aprendizagem
Sem deixar de ter em conta a especificidade da Disciplina, haverá permanente recorrência a
temas de carácter geral, no âmbito das Ciências Sociais e Humanas, numa prática
interdisciplinar, no sentido de alargar o horizonte de conhecimentos do aluno.

A Disciplina, de carácter teórico-prática, servir-se-á de reflexão teórica para que o aluno, por
um lado, consciencialize a especificidade do objecto literário e, por outro lado, aplique de
forma consciente os métodos de análise, posicionando-se criticamente perante os mesmos.

Para a abordagem teórica será privilegiado o método expositivo; todavia, haverá


predominância de aulas práticas e, para o efeito, serão seleccionados textos através dos quais
se exemplificará a aplicação dos conceitos e métodos de análise a estudar. A apresentação de
trabalhos e a discussão aberta (seminários) serão adoptadas, não só para uma maior
participação do aluno na aula, mas também para consolidar os seus conhecimentos.

6. Avaliação
Horas de contacto Horas de estudo Exame
independente
. Dois testes escritos, no . Trabalhos práticos 1 Exame Normal
mínimo. individuais e em grupos, 1 Exame de recorrência
. Debates e apresentação de relativos a cada tema.
Seminários em grupos. Questionários escritos
. Exercícios escritos ao longo
das aulas e trabalhos práticos
(individual e/ou em grupo).

7. Língua de ensino
Português

8. Bibliografia
ADORNO, A.W. Teoria Estética. Lisboa, Edição 70, 1982;
BARTHES, Roland. Análise Estrutural da Narrativa. Rio de Janeiro, Ed. Vozes, 4ª Ed. 1976;
BARTHES, Roland. Crítica e Verdade. Lisboa, Edições 70, 1986;

64
BARTHES, Roland. Literatura e Sociedade. Lisboa, Ed. Estampa, 1977;
BRATT, Beth. A Personagem. São Paulo, Ed. Ática, 1987;
COELHO, Jacinto do Prado (Direcção). Dicionário de Literatura. 3º Vol. (N/R); 4ª Ed.;
Porto, Mário Figueirinhas Editor EIRL, 1997;
ECO, Umberto. Leitura do Texto Literário.Lisboa, Ed. Presença, (S.d);
ECO, Umberto. O Signo. Lisboa, Ed. Presença, 1985;
HJELMSLEV, Louis. Prolegomena to a Theory of Language. Wisconsin, the University of
Wisconsin Press, 1963;
KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da Obra Literária. Coimbra, Aménio Amado,
6ª Ed., 1976;
LOTMAN, Iuri. A Estrutura do texto Artístico. Lisboa, Estampa, 1978;
MESQUITA, Samira Nahid. O Enredo. São Paulo, Ática, 1986;
PLATÃO, A República,…
REIS, Carlos. Dicionário de Narratologia. 6.a ed., Coimbra, Almedina, 1998;
REIS, Carlos. Técnicas de Análise Textual. Coimbra, Almedina, 3ª Ed., 1981;
SILVA, V. M. de Aguiar e. Teoria de Literatura. Coimbra, Almedina, 8ª Edição, 1990;
TODOROV. Tzvetan. Os Géneros do Discurso. Lisboa, Edições 70, 1978;
WELLEK, René e WARREN, Austin. Teoria da Literatura. Publicações Europa-América, 4a
edição (s./d).

9. Docência
A Docência da Disciplina poderá ser feita pelos vários docentes do Curso de Licenciatura em
Ensino da Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por docentes com um grau de
Pós-graduação e /ou experiência mínima de cinco anos de leccionação da Disciplina.

65
Programa da Disciplina de Fundamentos de Filosofia
Disciplina:
N° de créditos: Horas lectivas 1° Ano
Fundamentos de
4
Filosofia Horas de Horas de Estudo 2° Semestre

Código: contacto: 48H Independente: 52H

Tipo: Nuclear

Modalidade: Presencial

Docente: Todos os Docentes do Curso

Pré-requisito: Nenhum

1. Nota Introdutória
Fundamentos de Filosofia é uma disciplina que procura trazer noções básicas de Filosofia
com finalidade essencial de propiciar ao estudante a compreensão dos fundamentos
filosóficos que alicerçam as diversas teorias historicamente sistematizadas e consolidadas. A
disciplina de Fundamentos de Filosofia procura estudar a essência da humanidade e a
realidade em que vivemos. Nesta lógica, esta disciplina vai ajudar o estudante a reflectir sobre
o sentido das coisas e apresentar diferentes visões da realidade.

2. Objectivos da Disciplina
a) Ter a consciência do carácter plural do conceito "Filosofia";
b) Comparar de forma crítica as diferentes posições em torno do conceito "Filosofia";
c) Identificar o lugar da Filosofia no universo dos outros saberes;
d) Identificar e diferenciar as funções da Filosofia;
e) Ter noções básicas do pensamento de alguns filósofos clássicos, medievais, modernos e
contemporâneos;
f) Estudar o pensamento de alguns filósofos moçambicanos;
g) Reflectir sobre os problemas actuais que inquietam a humanidade.

66
3. Competências
Com a disciplina de Fundamentos de Filosofia pretende-se que o estudante desenvolva as
seguintes competências:
a) Aprende de forma crítica a olhar a realidade que o cerca;
b) Desenvolve a capacidade de abstracção e a capacidade crítica
c) Interpreta com uma consciência apurada os problemas existenciais;
d) Ganha consciência da necessidade de uma introspecção crítica sobre o Eu;
e) Desenvolve um pensamento autónomo que serve de premissa para um debate de ideias.

4. Pré – requisito
 Nenhum

5. Conteúdos temáticos
Nº Conteúdos Horas Horas
de de
contacto estudo
NOÇÕES DE FILOSOFIA
1  Problemática em torno da definição de Filosofia 3 6
 Filosofia: etimologia, objecto e método

FUNÇÕES DA FILOSOFIA
2  Função teórica e função prática 3 6
 Fazer filosófico
 Atitude negativa e atitude positiva.
FILOSOFIA CLÁSSICA E MEDIEVAL (NOÇÕES BÁSICAS)
3  A arte do diálogo e o verdadeiro conhecimento 12 14
 As lições da alegoria da Caverna e o olhar crítico sobre as
aparências
 A questão aristotélica e a Metafísica
 Fé e Filosofia
 Razão e Fé

67
FILOSOFIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA
4  Da dependência para a autonomia 12 14
 Educar na perspectiva das diferenças e da alteridade
 Condição feminina
 Dignidade humana
FILOSOFIA EM MOÇAMBIQUE
5  O Paradigma Libertário 12 6
 Sujeito, comunidade e cultura
 Filosofia e género
6 Reflexão filosófica sobre os problemas do mundo 6 6
contemporâneo
 Problemas Ambientais: Mudanças Climáticas, Degradação do
Solo, Extinção de Espécies.
 Estética e Corpo humano: Pressão estética feminina e
masculina.
 Conflitos de grande escala/Guerras
 Direitos humanos.

48 52
Sub Total

Total 100

6. Estratégias de Ensino
Para a concretização dos objectivos deste programa propõe-se a seguinte metodologia de
trabalho:
 Conferências;
 Seminários;
 Leituras, interpretações e debates de vários textos relacionados com a disciplina;
 E outras estratégias pedagógicas eficazes na disciplina de fundamentos de Filosofia.

7. Estratégias de Avaliação

68
A avaliação na disciplina terá um carácter formativo, sistemático e contínuo. Será valorizada a
participação dos estudantes nas aulas, a assiduidade, o cumprimento dos prazos de entrega dos
trabalhos e a organização dos seminários. Ao longo do semestre realizar-se-ão testes, que
podem ser escritos ou orais. As dispensas, admissões e exclusões obedecem ao que está
preconizado no Regulamento Académico da UP-Maputo.

8. Bibliografia
ALMEIDA, R. – Os valores ético-políticos. Porto, Salesianas, S/D.
ALQUIÉ, F., “Signification de la philosophie” in Antologia Filosófica, Lisboa, Liv.
Horizonte, 1983.
CASTIANO, P. José; Referenciais da Filosofia Africana: Em busca da Intersubjectivação.
Maputo: Editorial Ndjira, 2010.
__________________; Do Espírito da Tradição ao Espírito da Reconciliação. Maputo:
Editora Educar, 2021.
_________________; A Liberdade do Neoliberalismo. Maputo: Editora Educar, 2018.
IGLÉSIAS, Maria, “Curso de Filosofia” in Introdução à Filosofia: Pensar e saber – 10º ano
Lisboa, Textos Editora, 1983.
JASPERS, K. – Iniciação filosófica, Lisboa, Guimarães editores, 1998.
MARNOTO, Isabel e GORRÃO, Manuel, Filosofia – 10º ano, Lisboa, Textos Editora, 1986.
NGOENHA, Severino; Os tempos Africanos do Mundo. Maputo, Edições Publifix, 2022.
__________________; Os tempos da Filosofia. 2ª ed., Maputo: Imprensa Universitária, 2016.
__________________; O retorno do bom selvagem: Uma perspectiva filosófico-africana do
problema ecológico. Porto: Edições salesianas, 1994.
NGOENHA, Severino & CASTIANO, P. José; Pensamento Engajado: Ensaios sobre
Filosofia
Africana, Educação e Cultura Política. Maputo: Editora Educar, 2011.
ORTEGA Y GASSET, José – O que é a Filosofia?, Lisboa, Edições Cotovia, 1994.
PELIZZOLI, Marcelo Luiz; A Emergência do Paradigma Ecológico: Reflexões ético-
filosóficas
para o século XXI. Petrópolis: Vozes, 1999.
REALE, Giovanni & ANTISERI, Dário; História da Filosofia: Filosofia Pagã Antiga. São
Paulo: Paulus, 2014.
_______________________________; História da Filosofia: Patrística e Escolástica. 4ª Ed.,

69
São Paulo: Paulus, 2011.
_______________________________; História da Filosofia: De Spinoza a Kant. São Paulo:
Paulus, 2003.

70
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA
Plano Temático
Disciplina: Prática
No créditos: Horas lectivas 1o Ano
Pedagógica Geral
4 Contacto: 48 Trab. Independ: II Semestre
Código:
52
Tipo: Nuclear
Modalidade: Presencial
Docente: Bonifácio Obadias Langa

1. Competências
a) Observa os processos principais das actividades institucionais;
b) Analisa e avalia a documentação institucional;
c) Concebe seu Plano de Desenvolvimento Individual;
d) Analisa um projecto político/pedagógico de uma instituição
e) Elabora o relatório das práticas pedagógicas gerais;

2. Objectivos da disciplina
a) Conhecer o modelo institucional onde irá desenpenhar sua profissionalidade
b) Descrever o funcionamento geral de uma instituição
c) Programar seu desenvolvimento individualidade
d) Aprimorar a ética e princípiod e trabalho em equipa

3. Conteúdos temáticos
No Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 As práticas pedagógicas gerais no processo de formação 6 5
Universitária
- Importância e objectivos das Práticas Pedagógicas Gerais
- Planificação e Organização das Práticas Pedagógicas Gerais

71
2 As práticas pedagógicas gerais no processo de formação 6 5
Universitária
- Os intervenientes e seu papel no processo de Práticas
Pedagógicas Gerais: O Supervisor/Professor acompaanhante; O
Orientador; A direcção da Instituição parceira; A direcção da
Faculdade
- O local de Práticas e sua relevância na integração profissional
dos estudantes
3 O Projecto de Desenvolvimento Individual (PDI) 6 8
- Concepção do PDI
4 O Projecto Político Institucional/pedagógico 6 8
- Análise documental dos projectos institucionais
5 Instituições parceiras como Lócus de formação e inserção 9 8
pré-profissional
- Pré observação
- Observação participante
6 Actividade de como Lócus de formação e inserção pré- 15 18
profissional
- Estudo, análise e avaliação da documentação institucional
- Elaboração do relatório de PPG
Subtotal 48 52
Total 100

4. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
A estratégia fundamental na disciplina de Prática Pedagógica Geral, adiante designada por
PPG, na UPM, assenta sobre o princípio de (re) construção através da problematização e na
análise de situações-problema e/ou casos e sua confrontação com a realidade sobre o local de
exercício da prática, alicerçado pela leitura e fichamento de conceitos e teorias relevantes
sobre a área acadêmica do estudante. A instituição parceira é entendida como o lócus de
formação profissional do estudante, daí ser esse local o mais relevante como meio de
aprimoramento de aprendizagens. Em síntese, a estratégia de ensino estará assente nos
seguintes pilares epistemológicos:
 Hermenéutica discursiva

72
 Pedagogia waldorf
 Debates;
 Reflexões críticas e;
 Imersão profissional

5. Estratégias de Avaliação
 Exposição oral e debates na sala de aulas, análise crítica da informação recolhida
 Resenhas
 Actividades práticas
 Seminários temáticos

4. Materiais didácticos
- Vários documentos escolares;
- Regulamentos.

5. Estratégias de Avaliação
A avaliação deve-se basear nos seguintes critérios e instrumentos de avaliação:

a) Uso de instrumentos de recolha de dados;


b) Capacidade de sistematização e análise de dados;
c) Capacidade de sistematização oral e escrita dos estudantes;
d) Integração nos grupos de trabalho da escola;
e) Relatório da PPG.
f) Portfólio

6. Bibliografia de Referência
ALARCÃO, Isabel. (org.). Formação reflexiva de professores. Estratégias de Supervisão.
Porto, Porto Editora, 1996.
ANDRÉ, Marli (Org.). Práticas Inovadoras na Formação de professores. Campinas, SP:
Papirus, 2016.
COCHRAN-SMITH, Marilyn, et al., reclaiming accountability in teacher education. Nova
Iorque: Teachers College, Columbia University, 2018.
COELHO, Ana Maria Simões; DINIZ-PEREIRA, Júlio Emílio. Olhar o magistério “no
próprio espelho”: O conceito de profissionalidade e as possibilidades de se repensar o sentido

73
da profissão docente. Revista Portuguesa de Educação, 2017, 30 (1), pp. 7-34
doi:10.21814/rpe.10724.
DARLING-HAMMOND, Linda e BRANSFORD. Preparando os professores para um mundo
em transformação: o que devem aprender e estar aptos a fazer. Porto Alegre: Penso, 2019.
DIAS, Hildizina. “A prática e o estágio pedagógico na formação inicial de professores”.
Seminário sobre o Estágio Pedagógico, UP, Maputo, 25 a 26 de Fevereiro de 2003. (não-
publicado). Maputo, Universidade Pedagógica, 2003.
Duarte, Stela et al. Manual de Supervisão de Práticas Pedagógicas. Educar-UP, Maputo, 2008.
FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e ousadia – o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1986.
GATTI, Bernardete Angelina, (Org.). Por uma revolução no campo da formação de
professores. 1. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2015.
HENGEMÜHLE, A. Gestão de ensino e práticas pedagógicas. 6. ed. SP: Editora vozes, 2010.

74
Programa temático da Disciplina de Língua Portuguesa II (Textos de Comunicação
Social)
Disciplina: LP I N˚ de Horas Lectivas Ano: 1º
Código: Créditos: HC: HEI: Semestre:
Tipo: Nuclear 6 48 77 2º
Modalidade: Híbrida (presencial e virtual)
Docente: A docência da disciplina será feita por docentes do Curso de Português

1. Nota Introdutória
Este programa foi concebido tendo em conta a actual perspectiva do ensino da língua em
contexto de uso e a estruturação dos programas da disciplina de Língua Portuguesa no Ensino
Secundário.

O programa visa, de uma forma geral, suprir ou amenizar as dificuldades com que os alunos
ainda se confrontam, principalmente na expressão oral e escrita e, por outro lado, conferir ao
estudo do Português uma dimensão que não se circunscreva a aquisição de determinadas
técnicas de expressão, inseridas na metodologia de uma língua segunda, mas que procure ir
mais longe desenvolvendo determinadas capacidades e aptidões, que lhes permitam uma
compreensão crítica das outras matérias de estudo e uma preparação eficiente para a sua
futura profissão.

2. Objectivos
a. Compreender discursos orais, com intenções de comunicação diversas e contextos
diversos;
b. Compreender exposições orais sobre temas da vida corrente ou especialidade;
c. Expressar-se oralmente e por escrito, com à vontade sobre vários assuntos;
d. Compreender mensagens orais transmitidas pelo telefone e pela rádio;

3. Competências a serem desenvolvidas

75
a. Desenvolve a competência comunicativa em Português, na oralidade, de forma
apropriada a qualquer situação de comunicação e de acordo com os vários níveis e registos de
língua e;
b. Desenvolve a capacidade de produção de textos orais em função do contexto de
interacção.

4. Pré-requisitos:
A frequência depende da aprovação na disciplina de Introdução à Linguística Textual -
Textos de Natureza Didáctica e/ou Científica.

5. Plano temático
Horas de Horas de
Nº Conteúdos contacto estudo
1 Interacção social
- Processo caótico ou estruturado (turnos de fala)? 5 12
- Princípio de cooperação de Grice
- Pressuposto e subentendido na interacção

2 Interacção verbal diádica


- Componentes, etapas e regras 9 13
- Competências e estratégias
- Conversa quotidiana (intimidade)
- Entrevista (formal)
3 Interacção verbal grupal
- Cooperação na comunicação grupal 8 13
- Regra e padrões de comportamento
- Debate
4 Análise conversacional – perspectivas
- Estrutural (clássica)
- Etnográfica 9 13

- Etnometodológica
- Interaccionista (pragmática)
- Análise de Discurso

76
5 Estratégias de apresentação oral de trabalhos
académicos 8 13
- Exposições orais sobre temas científicos e/ou da
actualidade
- Debates sobre vários assuntos
6 Reflexão sobre a língua
- Actos ilocutórios 9
- Deixis 13

- Discurso relatado (discurso directo e indirecto)


- Frase simples e complexa
- Modos e tempos verbais
Total de horas parciais 48 77
Total de horas 125

6. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Este programa foi concebido tendo em conta as características e o tipo de aluno que termina a
disciplina de Textos Didácticos e/ou Científicos. Assim, considerando o perfil desejado do
graduado pelo Curso de Licenciatura em Ensino de Português, trata-se de estabelecer um
programa que, por um lado, tente superar as dificuldades com que os alunos ainda se
confrontam, apesar de terem terminado as disciplinas de Introdução à Linguística Textual e
de Textos de Natureza Didácticos e/ou Científicos, na expressão oral e escrita e, por outro
lado, conferir ao estudo do Português uma dimensão que não se circunscreva a aquisição de
determinadas técnicas de expressão, inseridas na metodologia de uma língua segunda, mas
que procure ir mais longe, desenvolvendo determinadas capacidades e aptidões, que lhes
permitam uma compreensão crítica das outras matérias de estudo e uma preparação eficiente
para a sua futura profissão.

Preconiza-se uma metodologia que parte do texto oral para o escrito e deste para o oral, com
base em técnicas variadas de didáctica do português, não esquecendo que esta língua, em
Moçambique, não sendo língua materna, tende a implantar-se como língua primeira; e mesmo
quando língua materna, apresenta já características resultantes do contacto com outras línguas.

77
Para a exercitação da língua, pretende-se organizar actividades que partam do conhecimento
empírico que, como professores, temos adquirido dos erros mais generalizados e das maiores
dificuldades que se colocam a este nível. Assim, a aprendizagem será dirigida, estando os
temas sequenciados de modo a introduzir progressivamente as dificuldades tanto a nível
estrutural como lexical. Partir-se-á, portanto, de um condicionamento no uso da língua, uma
vez que só a posse de um instrumento linguístico em todas as suas possibilidades permitirá a
cada estudante vir a possuir opções que lhe possibilitem o uso plástico e criativo da língua. O
texto, como produção livre dos alunos, surgirá no final de unidades de trabalho após todo um
processo de sedimentação; surgirá deste modo, alargado e enriquecido. Pretende-se, assim,
estabelecer uma plataforma de compromisso entre o progressivo domínio de uma língua não
materna e a capacidade de utilizar essa língua como idioma.

Atendendo a necessidade de desenvolvimento das capacidades indispensáveis para entrar no


campo da abstracção, formação básica que permita a compreensão da realidade circundante,
consideramos imprescindível estimular o gosto pela actividade leitura/escrita, como condição
para alargar o espaço cultural do aluno.

7. Estratégias de Avaliação
HORAS DE HORAS DE ESTUDO INDEPENDENTE EXAME
CONTACTO

dois testes, no mínimo Trabalhos incidindo sobre: Exame Normal e


- Compreensão oral e escrita; de Recorrência
- Produção oral e escrita;
- Domínio das estruturas gramaticais;
- Vocabulário.

8. Bibliografia
ADAM, J-M. Les textes: Types et prototypes. Paris, Nathan, 1992.
ARMINEN, I. Institutional Interaction: studies of talk at work. Manchester, BBB, 2005.
BITTI, P. R. & ZANI, B. A Comunicação como Processo Social. Lisboa, Editorial Estampa,
1997.
BORTONI-RICARDO, S. M. Manual de sociolinguística. São Paulo, Contexto, 2014.

78
CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Edições
João Sá da Costa, 1999.

DIAS, R. H. Linguagem, interação e socialização: contribuições de Mead e Bakhtin. X


ANPED SUL: Florianópolis, 2014.
DJIK. La ciência del texto. Barcelona, Paido, 1982.
DJIK. T. A. Van. Text and context. Exploration of the semantics and pragmatics of discourse,
London, Longman, 1997.
KERBRAT, Catherine. Orecchioni. L´enontiation de la subjectivité. Armand Colin, Paris,
1980.
MATEUS, M. H. M. et al. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed., Lisboa, Caminho, 1989.
MESTHRIE, R. SWANN, J. DEUMERT, A. & LEAP, W. L. (Eds). Introducing
sociolingingistics. 2ª ed, Jonh Benjamin Publishing Company, Philadelphia, 2009.
NASCIMENTO, Zacarias & PINTO, José M., A dinâmica da escrita – Como escrever com
êxito. 5ª ed. Lisboa, Plátano Editora, 2006.
SANTOS, J. V. Linguagem e comunicação. Coimbra, Almedina, 2011.

79
Programa temático da Disciplina de Fonética e Fonologia do Português
Disciplina: FFP N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 1º
Código: 6 HC: 80 HEI: 70 Semestre: 2º
Tipo: Nuclear
Modalidade: Presencial
Docente:

Nota Introdutória
O conhecimento linguístico de uma língua envolve, necessariamente, o conhecimento dos
sons da fala e da língua portuguesa, bem como das regras de formação das destas unidades
discretas da língua. Nesta disciplina, pretende-se abordar os aspectos que se relacionam com a
fala e pronúncia dos sons da língua / fala na língua portuguesa (LP), o que permitirá reflectir
sobre a sua variação nas normas do Português Europeu (PE) e do Português Moçambicano
(PM).

1. Objectivos
a) Adquirir uma visão global e aprofundada da linguística do português;
b) Conhecer a estrutura fonética e fonológica da língua portuguesa;
c) Ser capazes de identificar, analisar e descrever fenómenos de variação do português.

2. Competências a serem desenvolvidas


a) Desenvolver as capacidades de descrição e análise dos fenómenos linguísticos do
Português nos domínios de Fonética e Fonologia;
b) Comparar a variedade padrão europeia (PE) com a emergente em Moçambique (PM) ao
nível da Fonética e da Fonologia;
c) Ensinar a língua portuguesa com correcção, não deixando de respeitar a variação
linguística nos discursos orais dos aprendentes.

3. Pré-requisitos: aprovação na disciplina de Introdução aos Estudos Linguísticos.

80
4. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
Fonética do Português
1 1. O Objecto de Estudo da Fonética: os sons da fala. 32 28
2. As vertentes da Fonética: Articulatória, Acústica e
Perceptiva.
3. O Aparelho Fonador. O Alfabeto Fonético do Português:
vogais, semi-vogais e consoantes.
4. A noção de traço fonético; os traços fonéticos
articulatórios das vogais, semi-vogais e consoantes do
português e sua classificação de acordo com o papel das
cordas vocais e das cavidades oral e nasal.
5. O ponto e o modo de articulação.
6. As propriedades das vogais, semi-vogais e consoantes do
português e sua integração em classes e subclasses.
7. Noções de Fonética Acústica.
Fonologia do Português
2 1. O sistema fonológico do português: a matriz fonológica. 48 42
2. Os modelos estrutural e generativo da fonologia. As
noções de fonema, par mínimo, nível fonológico (abstracto
ou básico) e nível fonético (concreto); a noção de segmento
fonológico, de estrutura fonológica (profunda ou abstracta)
e fonética (de superfície ou concreta) e o sistema de regras
de derivação fonológica.
As noções de traço distintivo, de unidade distintiva, e de
variante, variação e variedade.
3. Os processos fonológicos de derivação das vogais do
português: o vocalismo átono; as regularidades das
excepções das vogais não acentuadas.
4. Alguns fenómenos de variação vocálica no português em
Moçambique relativamente ao PE.

81
5. Os processos fonológicos de derivação das vogais do
português: as variantes contextuais de vogais tónicas.
6. As regras de derivação das variantes contextuais das
consoantes do português: a especificação da consoante
fricativa; a velarização e a semi-vocalização do /l/.
7. Variação consonântica do português em Moçambique: as
oclusivas orais e as líquidas (laterais e vibrantes).
8. Os processos fonológicos de nasalização das vogais do
português: a consoante nasal fonológica /n/; as regras
gerais e subsidiárias na derivação das vogais e ditongos
nasais; os graus de nasalidade das vogais do Português; a
inserção de consoantes nasais não fonológicas; a
desnasalização.
9. Processos fonológicos e processos fonéticos: a
assimilação, a dissimilação, a reestruturação de sílabas e o
reforço e redução de vogais.
10. O acento de palavra no português: regra geral de
acentuação das palavras do português, restrições e
excepções; os acentos: principal e secundários. O acento
frásico: unidade acentual e acento nuclear; o acento de
insistência; o ritmo; a entoação e a marcação de tipos e
formas de frases.
11. A alternância vocálica nos verbos regulares e
alternância vocálica e/ou consonântica nos verbos
irregulares.
12. As sílabas em palavras do português. A unidade
silábica. O estudo da sílaba em fonologia generativa. Os
constituintes da sílaba em português: a rima, o núcleo, a
coda e o ataque. Sequências de vogal e semi-vogal e de
semi-vogal e vogal.
Subtotal 80 70
Total 150

82
5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
A disciplina será ministrada em regime semestral (2º semestre). Serão ministradas aulas
teóricas e práticas, usando-se os métodos expositivo e a elaboração conjunta. As exposições
teóricas serão complementadas e aprofundadas pela análise de fenómenos relacionados com a
língua portuguesa julgados relevantes, particularmente os que dizem respeito à variedade
desta língua em Moçambique.

De forma a terem uma visão aprofundada destes fenómenos, os estudantes farão


sistematicamente leituras críticas de artigos sobre os temas tratados, que depois poderão
apresentar em aula oralmente ou por escrito.

Os estudantes farão também trabalhos de pesquisa sobre fénomenos de variação no PM.

Assim, as aulas serão distribuídas entre exposições ministradas pelo (s) docente (s) e
realização de seminários e debates pelos estudantes.

Eventualmente, haverá aulas ministradas remotamente. Ou seja, sempre que se justificar, o


regime hibrído será tido em conta.

6. Estratégias de Avaliação
A verificação do nível de compreensão e assimilação das matérias ministradas (leccionadas e
pesquisadas) durante o semestre será feita através de avaliações formativas como
questionários orais e/ou escrtitos ao longo das aulas e trabalho práticos.

Aplicar-se-ão também dois testes escritos e um trabalho de investigação.

No final do semestre, os estudantes serão submetidos a um exame escritom segundo o


regulamento em vigor na UPM.

7. Bibliografia
AAVV, Artigos e Comunicações das actas dos Encontros e Congressos Nacionais e
Internacionais de Linguística sobre a língua portuguesa.

83
ANDRADE, A. & VIANA, M. “Fonética”. in FARIA, I. H. etalii (org.), ”Introdução à
Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa, Editorial Caminho, 1996. pp 115 – 123
BARBOSA, J.M. “Princípios de Fonética Articulatória”. Introdução ao Estudo da Fonologia
e Morfologia do Português. Coimbra, Almedina, 1994. pp 37 – 66
CUNHA, C. & CINTRA, L.F. Nova Gramática do Português Contemporâneo Lisboa, Sá da
Costa, 1984
D’ANDRADE, E. “Alternâncias vocálicas no sistema verbal do Português” . Temas da
Fonologia.1994 / MATEUS, 2003
D’ANDRADE, E. “Uma palavra, um plural” in Temas da Fonologia. 1994.
DRENSKA, M. (1989) “Sobre os ditongos crescentes em Português.” In Actas do 4º
Encontro de Linguística. Lisboa, A.P.L., 1989.
DUARTE, I., Língua Portuguesa: Instrumentos de Análise. Lisboa, Universidade Aberta,
2000.
FARIA, I. H. et alii (org.). Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa, Editorial
Caminho, 1996
GONÇALVES, P. & STROUD, C. (orgs.). Panorama do Português Oral de Maputo Vol. I ,
II e III, Maputo, INDE, 1997 e 1998.
MARTINS, M.R. Delgado, Ouvir Falar: Introdução à Fonética do Português. Lisboa,
Caminho, 1988.
. MATEUS, M. H. M., Aspectos da Fonologia Portuguesa. Lisboa, Instituto Nacional de
Investigação Científica, 1982.
MATEUS, M.H.M. et alii. Fonética, Fonologia e Morfologia do Português. Lisboa,
Universidade Aberta, 1990.
---------------------------- Fonética e Fonologia do Português. Lisboa, Universidade Aberta,
2005.
---------------------------- Gramática da Língua Portuguesa.2ᵃ edição, Lisboa, Caminho, 1989.
---------------------------- Gramática da Língua Portuguesa.3ᵃ edição revista e alargada, Lisboa,
Caminho, 2003.

84
85
Programa Temático da Disciplina de Literatura Portuguesa e Brasileira
Disciplina: Literatura No créditos: Horas lectivas Ano: 1º
Portuguesa e Brasileira 6 Contacto:80 Trab. Indeped: 70 Semestre:2º
Código:
Tipo: Nuclear
Modalidade:
Docente:

1. Objectivos Gerais
a. Analisar e interpretar obras e momentos históricos em que foram produzidas;
b. Explicar factores de configuração e dominantes temático ideológicas de cada período
histórico literário;
c. Estabelecer as pontes de ligação e referência que permitam uma maior capacidade crítica
e analítica da realidade cultural e literária vigente.

2. Pré-requisitos
A frequência desta disciplina depende da aprovação em Introdução aos Estudos Literários.

3. Conteúdos (Plano temático)


Nº Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 Período Mediaval: a lírica. 12 10
Historiografia e prosa literária.
2 Período clássico: o renascimento 12 10
3 Literatura de viagens 12 10
Período de formação e origens da Literatura Brasileira.
4 Barroco em Portugal e no Brasil 11 10
5 Romantismo em Portugal e no Brasil. 12 10
6 Realismo e Naturalismo no fim do século X (em 11 10

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Portugal e no Brasil)
7 Modernismo em Portugal e no Brasil. 10 10
Total de horas parciais 0 80
Total de horas 150

4. Estratégias e Métodos de Ensino-aprendizagem


A Disciplina de Literatura Portuguesa (e Brasileira) será ministrada tendo em conta a
conceitualização teórica e a componente prática. Para o efeito, na introdução de cada tema, o
professor proferirá conferências, às quais se seguirão trabalhos práticos realizados
individualmente e/ou em grupos, dentro ou fora da aula, com vista a desenvolver capacidades
de manipulação de textos, sejam eles de bibliografia activa ou passiva. Na mesma perspectiva,
os estudantes farão a apresentação de trabalhos de pesquisa, previamente recomendados pelo
professor.

5. Avaliação
Horas de contacto Horas de estudo independente Exame
Dois testes escritos, no Realização de pelo menos um (1) trabalho 1 Exame
mínimo. de investigação individual e/ou em grupo Normal
Debates e apresentação de sobre um tema seleccionado pelo estudante 1 Exame de
Seminários em grupos. e/ou sugerido pelo professor. recorrência
Questionários escritos.

6. Língua de Ensino
Português

7. Bibliografia
Livros e Manuais Escolares
Literatura Portuguesa
AMORA, António Soares, Teoria da Literatura. São Paulo, Editora Clássica-Científica, 1969.
BARREIROS, António José, História da Literatura Portuguesa. Lisboa, 13ª ed. (vol. II), Pax,
1992.
BRASIL, Reis, História da Literatura Portuguesa. Lisboa, Plátano Editora, 1958.

87
BUESCU, Helena Carvalhão, Dicionário do Romantismo Literário Português. Lisboa,
Caminho, 1997.
COELHO, Nelly Novaes, Literatura e Língua: A Obra Literária e a Expressão Linguística.
Rio de Janeiro, José Olímpio Editora, 1974.
FIGUEIREDO, Fidelino, História Literária de Portugal. São Paulo, Editora Nacional, 1966.
FRANÇA, José Augusto, O romantismo em Portugal. s/l: Livros Horizonte (Vol. I), s/d.
LISBOA, Eugénio, Do «Orpheu» ao Neo-Realismo. Lisboa, Instituto de Cultura e Língua
Portuguesa, 1980.
LOPES, Óscar, Manual Elementar de Língua Portuguesa. Lisboa, Livraria Didáctica, s/d.
LOPES, Óscar e António José Saraiva, História da Literatura Portuguesa. Porto, 13ª ed.,
Porto Editora, 1985.
LOPES, Óscar, Os sinais e os sentidos: literatura portuguesa do século XX. Lisboa, Caminho,
1986.
MOISÉS, Massaud, A Literatura Portuguesa. São Paulo, Cultrix/USP, 1970.
SARAIVA, António José e LOPES, Óscar, História da Literatura Portuguesa. Porto, Porto
Editora, 17ª Edição corrigida e actualizada, 2000.
WELLEK, René, Teoria da Literatura. Madrid, Editorial Guedes, 1959.

Literatura Brasileira
BOSSI, Alfredo, História Concisa da Literatura Brasileira. 3ª Ed., São Paulo, Cultrix Lda,
1990.
CÂNDIDO, António, Formação da Literatura Brasileira. Belo Horizonte, Ed. Italaia Lda,
1959.
CÂNDIDO, António, Vários Escritos. São Paulo L.V.C., s/d.
COUTINHO, Afrânio, A Literatura no Brasil. (vol II), Rio de Janeiro, J.O Editora, 1970.
MONTEIRO, A. Casais, Figuras e Problemas da Literatura Contemporânea. Instituto de
Estudos Brasileiros-USP, 1972.
MOISÉS, Massaud, A Literatura Brasileira através dos Textos. São Paulo, Cultrix, Lda,
1971.

8. Docência

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A docência da Disciplina será feita pelos docentes do Curso de Licenciatura em Ensino de
Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por docentes com um grau de Pós-
graduação e/ou experiência mínima de cinco anos de leccionação da Disciplina.

Programa Temático da Disciplina de Psicologia Geral


Disciplina: Psicologia Geral N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 2º
Código: HC: 48 HEI: 42 Semestre:
Tipo – Nuclear 5 1°
Nível – 1
Modalidade:
Docente: Graduados em Psicologia

1. Nota Introdutória
Introdução a Psicologia estuda, as características e regularidades dos processos psíquicos e do
comportamento humano. Esta disciplina permite ao estudante a aquisição de uma visão
abrangente da Psicologia que constitui base para estudos subsequentes.

2. Objectivos
No fim desta disciplina o estudante deverá conhecer:
- Compreender as principais teorias psicológicas e seu desenvolvimento histórico
relacionando-as à prática pedagógica.
- Proporcionar uma visão geral sobre Psicologia,
- Debater sobre conceitos e correntes teóricas da Psicologia.
- Construir em sala de aula, um espaço estimulante à realização de uma abordagem crítica
acerca do fazer ciência em geral, e do produzir ciência em psicologia. O Reduto
Ontológico e Epistemológico da Psicologia (O que é Psicologia).

3. Competências a serem desenvolvidas


Ao terminar a disciplina, o estudante: · Define os conceitos da Psicologia e indica o seu
objecto de estudo. Métodos de psicologia,· Discute as diversas Teorias de Psicologia. ·
Identifica os mecanismos social, Biológico, cultural dos comportamentos em geral. · Explica
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os processos cognitivos, história do comportamento: Símios, Homem Primitivo e Criança ·
Aplica os conhecimentos da Psicologia em contexto organizacional.

4. Pré-requisitos
Nenhum

5. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
Psicologia ou Psicologias
1.1. Ciência e senso comum;
1.2. Áreas do Conhecimento 8 7
1 1.3. As origens da Psicologia e sua evolução
1.4. Relação da Psicologia e outras ciências
1.5. Métodos de Psicologia
Evolução Histórica do Conhecimento
2.1 Psicologia entre Gregos
2.2 Império Romano e Idade Média 8 7
2 2.3 Renascimento
2.4 Origem da Psicologia Científica
As escolas em Psicologia:
3.1. Estruturalismo,
3.2. Funcionalismo,
3.3. Gestaltismo, 8 7
3
3.4. Behaviorismo,
3.5. Psicanalise
Processos Cognitivos:
Sensação, Percepção, Memoria, Imaginação e pensamento;
4 8 7
Estados psíquicos: Atenção, emoção, sentimentos e vontade.
Pensamento e linguagem: Perspectiva Associacionista,
5
Estruturalista e Histórico – Cultural. 8 7
6 Personalidade, Temperamento e Carácter 8 7
Subtotal 48 42

90
Total 90

6. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Análise e interpretação de textos; Trabalhos em Grupo; Estudo de casos; Seminários; Visitas
de estudo, Sessões plenárias.

7.Estratégias de Avaliação
Participação nas aulas; Trabalho Individual; Trabalho em Grupo, Seminário; Provas escritas e
Exame

8.Bibliografia
Adelino Cardoso e outros, Rumos de Psicologia, Lisboa, Portugal, Editora Rumos, 1993.
Chaplin, J. (1981); Dicionário de Psicologia; Lisboa: Publicações Dom Quixote;
Davidoff, L. Introdução à Psicologia, São Paulo, Brasil, Editora, McGraw-Hill Lda., 1987.

Leontiev, A. O desenvolvimento do Psiquismo, Lisboa-Portugal, Editora, Progresso, 1978.


Lev. S.Vigotski e A.R. Lúria: Estudos sobre a história do comportamento: símios, homem
primitivo e criança, 1991.
Lev. S.Vigotski; Imaginação e Criança na infância, Editora Ática, São Paulo, 2004
Michel e François Gauquelin. Dicionário de Psicologia, São Paulo, Editora Verbo, 1978.
Muller, F.L. (1976), Vol. I e II. História da Psicologia, São Paulo, Brasil, Publicações
Europa/América, 1976.
Petrovsky, A. Psicologia Geral, Moscovo, URSS, Editora, Progresso, 1980.
Rocha, A., Fidalgo, Z. Psicologia, Lisboa, Portugal, Editora, Texto Lda., 1998.
Suzzarine, F. A memória, São Paulo, Brasil, Editora, Verbo, 1986.
Waloon, H. Objectivos e métodos de Psicologia, Lisboa, Portugal, 1980.
Witting, A. Psicologia Geral, São Paulo, Brasil, 1981.
Psicologia Moderna. Os 10 grandes de Psicologia: (Pavlov, Watson, Skinner, Kohler, Lorenz,
Binnet, Montessori, Piaget, Kinsey, Master e Johnson), Editora Verbo, Lisboa, Portugal e São
Paulo, Brasil, 1984.
Jean Piaget. Seis estudos de Psicologia, Lisboa, Portugal, Editora, Dom Quixote, 1977.

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Programa temático da Disciplina de Escrita Académica
Disciplina: Escrita N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 2º
Académica HC: HEI: Semestre:
Código: 3 48 27 3º
Tipo: CFG
Modalidade: Híbrida
Docente:

Nota Introdutória
A disciplina de Escrita Académica em Português integra-se na formação ao longo da vida,
podendo ser útil para complementar a formação académica na vertente da comunicação
escrita formal.
A metodologia pedagógica esta disciplina cruza técnicas expositivas e activas, bem como
trabalho de natureza individual e colaborativa. Assim, o desenho instrutivo da disciplina
prevê: estudo individual através da análise crítica de textos de géneros académicos e dos
respectivos processos de construção; a aplicação de conhecimentos na produção de novos
textos, com a possibilidade de uso de trabalhos em curso, mediante autorização do/a
supervisor/a; o esboço de planos de textos académicos (a nível individual e/ou colectivo); a
redacção individual e/ou colectiva de textos; a revisão/correção individual e/ou coletiva das
produções.

Objectivamos, nesta disciplina, apresentar os conceitos operacionais e normativos referentes à


Escrita Académica onde o estudante entrará em contacto com a linguagem académica
referente ao estilo, a dinâmica textual e o contexto, com a leitura e interpretação de diversos
textos desta naturez, a técnica da impessoalidade da linguagem e com as habilidades relativas
às estratégias de apresentação, organização e apresentação final do texto.

Neste processo, procurar-se-á desenvolver no estudante o hábito de ler, reler, repensar,


reformular, pois é assim que, gradativamente, irá conquistar novas habilidades de redacção,

92
que certamente irão contribuir para seu sucesso académico, profissional e humano.
Esperamos, desta forma, aguçar a imaginação, partilhar conhecimentos sobre a nossa língua;
contribuindo para aflorar emoções, estimular o espírito crítico e, principalmente, tornar
prazerosos os seus estudos.

2. Objectivos
- Melhorar competências de expressão escrita em trabalhos de investigação.
- Aperfeiçoar estratégias de organização textual, exposição de dados e construção de
argumentação.
- Promover práticas de escrita que respeitem a ética académica e evitem o plágio.
- Desenvolver competências em diferentes géneros académicos (relatórios, dissertações, teses
e resumos).
- Promover o trabalho de escrita colaborativa.

3. Competências a serem desenvolvidas


Os estudantes deverão ser capazes de:
-planificar textos e redigir em estilo académico;
-dominar estratégias para apresentação de dados e construção de argumentos;
-evitar o plágio;
-reconhecer e produzir textos em diferentes géneros académicos (relatórios, teses de
doutoramento, dissertações de mestrado e resumos);
- trabalhar de forma colaborativa com outros investigadores.

4. Pré-requisitos: Domínio da Língua Portuguesa

5. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
1. Géneros textuais académicos
1.1. Ensaio, artigo, monografia, seminário (objectivos, 6 3
1 planificação, estrutura/organização, apresentação)
2. Organização/ Estruturação do texto
2 2.1. Sequências textuais 6 4

93
2.2. Movimentos e Passos
3. Gestão da informação
3.1. Técnicas de Leitura de textos acadêmicos 18 10
3 3.1.1. Análise textual, temática, interpretativa.
3.1.2. Características de um bom texto acadêmico
3.2. Uso da informação
3.3. O resumo e a paráfrase
3.4. Questões de Plágio
4 4. A redacção 18 10
4.1. Linguagem do padrão escrito formal
4.2. Pontuação e acentuação
4.3. Ortografia
4.4. A construção frásica (nomes, pronomes, verbos, selecção
vocabular da especialidade)
4.5. Estruturação de ideias (organização da informação)
4.6. Relacionamento de ideias (coesão e coerência textual)
Subtotal
Total

6. Estratégias de ensino-Aprendizagem
As estratégias desenhadas para este curso assentam na prossecução gradual das actividades
propostas com um acompanhamento regular e individualizado do trabalho dos estudantes com
base numa perspectiva construtivista da aprendizagem.

A frequência do curso implica a apropriação das temáticas através de uma plataforma que
serve de suporte à aprendizagem, sendo que os conteúdos estão disponíveis sob a forma de
textos, vídeos e slides versando os conteúdos temáticos.

Como complemento dos conteúdos são disponibilizados, ainda, recursos de apoio para as
diferentes aulas.

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A comunicação neste curso é, maioritariamente, síncrona, podendo, em alguns momentos ter
que realizar actividades de forma assíncrona, em qualquer horário, dentro do regime que
estiver a frequentara, bastando, para tal, ter acesso à Internet.
7. Estratégias de Avaliação
Estão previstas duas modalidades de avaliação - formativa e sumativa - concretizadas através
de actividades individuais e colaborativas, numa perspectiva construtivista que caracterizam
as metodologias de trabalho na dsiciplina.

As actividades são corrigidas e avaliadas pelo docente e pelos estudantes, que fornecem um
feedback contínuo sobre as práticas nas diferentes actividades realizadas.

8. Bibliografia
Adorno, Theodor Wiesengrund. O ensaio como forma. In: Notas de Literatura. Tradução de
Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2003. p. 15-46.
Almeida, F.; Seixas, A.; Gama, P.; Peixoto, P. (2016). A fraude académica no Ensino
Superior em Portugal. Coimbra: IUC.
BARROS, Susane. Rosa, Flávia. RIBEIRO, Elizabeth M. (2017). Princípios e técnicas para
elaboração de textos acadêmicos. Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos Ribeiro. - 1ª
edição - 1ª reimpressão. Salvador: UFBA
Barthes, Roland. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2004. BENJAMIN, Walter. O
narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Walter Benjamin: obras
escolhidas, magia e técnica, arte e política. 3. ed. - São Paulo: Brasiliense, 1987, pp. 197-221.
Calvino, Italo. Seis propostas para o próximo milênio. SP: Companhia das Letras, 1990, p.
15-41 (capítulo sobre "Leveza"). CORAZZA, Sandra Mara. Manual infame... mas útil, para
escrever uma boa proposta de tese ou dissertação. In: BIANCHETTI, L.; MACHADO,
A.M.N. A bússola do escrever. 3.ed. – São Paulo: Cortez, 2012, pp. 259-374.
Cargill, M.; O’Connor, P. (2013). Writing Scientific Research Articles – Strategy and Steps.
London: Wiley-Blackwell.
Casanave, C. P. (2014). Before the dissertation. Ann Arbor: Un. Michigan Press.
Cavalcante Filho, U. (2011). Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na
universidade: da decodificação à leitura crítica. In CONGRESSO NACIONAL DE
LINGUÍSTICA E FILOLOGIA  (Vol. 15).

95
Diniz, C. R., & Silva, I. B. D. (2015). Leitura: Análise e Interpretação. Campina Grande,
Natal: Uepb/Ufrn–Eduep.
http://www.est.edu.br/downloads/espaco-academico/orientacoes-metodologicas/
Tec.Red.Textos.Academicos.pdf
Larrosa Bondia, Jorge. O ensaio e a escrita acadêmica. In: Educação e Realidade. 28 (2): 101-
115, jul/dez 2003.
Luiz, E. M. D. M. G. (2019). Escrita Acadêmica: princípios básicos.
Oliveira, L. (2013). Ética em investigação científica. Lisboa, Lidel.
Sousa, M.J.; Baptista, C. (2011). Como fazer Investigação, Dissertações, Teses e Relatórios
segundo Bolonha. Lisboa: Lidel.

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Programa temático da Disciplina de Língua Portuguesa III – A Argumentação
Disciplina: Língua Horas Lectivas Ano: 1º
N˚ de
Portuguesa III HC: HEI: Semestre:
Créditos:
Código: 64 86 2º
6
Tipo:
Modalidade: Híbrida (Presencial e virtual)
Docente: A docência da disciplina será feita por docentes do Curso de Licenciatura em
Ensino de Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por docentes com um grau
de Pós-graduação e alguma experiência de leccionação

1. Nota Introdutória
Este programa foi concebido tendo em conta a actual perspectiva do ensino da língua em
contexto de uso e a estruturação dos programas da disciplina de Língua Portuguesa no Ensino
Secundário.

O programa visa, de uma forma geral, suprir ou amenizar as dificuldades com que os alunos
ainda se confrontam, principalmente na expressão oral e escrita e, por outro lado, conferir ao
estudo do Português uma dimensão que não se circunscreva a aquisição de determinadas
técnicas de expressão, inseridas na metodologia de uma língua segunda, mas que procure ir
mais longe desenvolvendo determinadas capacidades e aptidões, que lhes permitam uma
compreensão de outras matérias de estudo e uma preparação eficiente para a sua futura
profissão. O tratamento do texto merece uma especial atenção neste programa. Através do
texto pretende-se desenvolver a atitude crítica nos estudantes e uma atitude de cidadania.
Pretende-se desenvolver nos estudantes a competência de leitura, desconstrução e construção
de textos.

2. Objectivos
- Desenvolver aptidões de análise critica sobre aspectos sociopolíticos e culturais do seu
meio.

97
- Ler e produzir textos de natureza argumentativa.
- Compreender discursos orais e escritos identificando as suas finalidades e as situações de
produção em que se produzem.
- Expressar-se oralmente e por escrito com coerência e correcção de acordo com as
diferentes finalidades e situações comunicativas, imprimindo-lhes um estilo expressivo
próprio.
- Reflectir sobre a Língua nos diferentes planos: fonológico, morfológico, sintáctico,
semântico e pragmático.
- Utilizar os seus recursos expressivos, linguísticos e não linguísticos nas interacções
comunicativas próprias da relação directa com outras pessoas.
- Utilizar a Língua como instrumento para a aquisição de novas aprendizagens, para a
compreensão e análise da realidade.

3. Competências a serem desenvolvidas


- Compreende e produz textos argumentativos, publicitários e dissertativos. Ao mesmo
tempo deverá aplicar conhecimentos de língua relacionados com as tipologias abordadas.
- Desenvolve a sua capacidade crítica em relação a fenómenos sociopolíticos e culturais do
seu meio e do mundo em geral.

4. Pré-requisitos:
A frequência da Língua Portuguesa III depende da aprovação na Língua Portuguesa I.

5. Plano temático
Horas de Horas de
N Tema contacto estudo
º
Texto argumentativo:
 Funções pragmáticas;
 Organização retórica clássica:
1 - Verdade e verossimilhança
 Organização retórica moderna:
- raciocínio discursivo
- algumas figuras: metáfora e metonímia

98
 Caracterização discursiva: 24 21
- teses, argumentos e estratégias;
- tipos de argumentos;
 Caracterização linguística:
- operadores argumentativos: conectores, marcas
axiológicas…
Géneros da Argumentação:
 O texto publicitário:
2 - estrutura do texto publicitário; 10 15
- características linguísticas do texto publicitário: soluções
textuais; a frase imperativa…
3  Dissertação:
- estrutura da dissertação;
- a linguagem da dissertação: a paráfrase… 10 15
- análise e produção de textos
 A resenha crítica:
- estrutura da resenha crítica;
- a linguagem da resenha crítica; 10 15
- análise de resenhas críticas.
Funcionamento Língua;
 Classes de palavras:
- substantivos e adjectivos: flexão em número, género e grau; 10 20
4 - concordância nominal e verbal
- função dos adjectivos
 A regência verbal: preposições.
 Subordinação: orações adverbiais.
 Relações lexicais: sinonímia, antonímia, hiperonímia.

Total de horas parciais 64 86


Total de horas 150

9. Estratégias de ensino-Aprendizagem

99
Este programa foi concebido tendo em conta as características e o tipo de aluno que termina a
12ª classe. Pretende-se que venha a sair graduado do Curso de Licenciatura em ensino de
Português tendo superarado, em grande parte, as suas dificuldades, principalmente na
expressão oral e escrita e, por outro lado, confira ao estudo do Português uma dimensão que
não se circunscreva a aquisição de determinadas técnicas de expressão, inseridas na
metodologia de uma língua segunda, mas que procure ir mais longe desenvolvendo
determinadas capacidades e aptidões, que lhes permitam uma compreensão critica das outras
matérias de estudo e uma preparação eficiente para a sua futura profissão.

Preconiza-se uma metodologia que parte do texto oral para o escrito e deste para o oral, com
base em técnicas variadas de didáctica do Português, não esquecendo que esta língua, em
Moçambique, não sendo língua materna, tende a implantar-se como língua primeira; e mesmo
quando língua materna, apresenta já características resultantes do contacto com outras línguas.

Para a exercitação da língua, pretende-se organizar actividades que partam do conhecimento


de erros mais generalizados e das maiores dificuldades que se colocam a este nível. Assim, a
aprendizagem será dirigida, estando os temas sequenciados de modo a introduzir
progressivamente as dificuldades tanto a nível estrutural como lexical. O texto, como
produção livre dos alunos, surgirá no final de unidades de trabalho após todo um processo de
abordagem. Pretende-se, assim, estabelecer uma plataforma de compromisso entre o
progressivo domínio de uma língua não materna e a capacidade de utilizar essa língua como
idioma.

10. Estratégias de Avaliação


Atendendo a necessidade de desenvolvimento das capacidades indispensáveis para entrar no
campo da abstracção, formação básica que permita a compreensão da realidade circundante,
consideramos imprescindível estimular o gosto pela actividade leitura / escrita, como
condição para alargar o espaço cultural do aluno. Prevê-se uma avaliação contínua dos
trabalhos orais e escritos dos alunos que não implica necessariamente uma medição
quantitativa, mas que consista em avaliar todas as situações e actividades. Contar-se-á ainda
com dois testes, no mínimo, e um exame final escrito no final do Semestre.

HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO INDEPENDENTE EXAME

100
Dois testes escritos, no Trabalhos incidindo sobre: Exame Normal
mínimo - Compreensão oral e escrita; e de Recorrência
Uma avaliação oral - Produção oral e escrita;
- Domínio das estruturas gramaticais;
- Vocabulário.

11. Bibliografia
ADAM, J-M. Les textes: Types et prototypes. Paris, Nathan, 1992.
ALVES, F. Martins e MOURA, G. B. Página seguinte – Português B 11ano. Lisboa, Texto
Editora, 2004.
ASCOMBRE, J.C. et DUCROT, O. L 'argumentation dans la langue. T. Bruxelas, Ed.
Bruxelas, s/d.
BARRETO, L de Lima. Aprender a comentar um texto literário -Modelos de Análise crítica e
Comentário escrito.3 ed. Lisboa, Texto Editora, 1993.
BERGSTROM, Magnus & REIS, N. , Prontuário Ortográfico. Lisboa, Editorial
Notícias, 1998.
BORREGANA, A.A. Gramática Universal – Língua Portuguesa. 5 ed. Porto, Porto Editora.
1996.
CARMELO, Luís. Manual de escrita criativa. s/l. Publicações Europa-America, 2005.
COELHO, J. P.(DIR.). Dicionário de Literatura. Porto, Mário Figueirinhas (Editor), 1997.
COIMBRA, O. M. & LEITE, I. Gramática Activa 1. Lisboa, Lidel, 1998.
COIMBRA, O. M. & LEITE, I. Gramática Activa 2. Lisboa, Lidel, 1998.
CUNHA, Celso & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa,
Edições João Sá da Costa. 1999.
DIJK, T. A. Van. La ciencia del texto. Barcelona, Paidos, 1982.
DIJK, T. A. Van. Text and Context. Exploration of the Semantics and Pragmatics of
discourse. London, Longman, 1977.
FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2a. Ed. Rio de Janeiro,
Editora Nova Fronteira. 1986.
FIGUEIREDO, O. M e BIZARRO, R. Da palavra ao texto - Gramática de Língua
Portuguesa. Porto, ASA, 1994.
JUCQUOIS, GUI. Redacção e composição. Lisboa, Editorial Presença, 1998.

101
HALLIDAY, M. A. K. e HASAN, R. Cohesion in English. London, Longman, 1976.
LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência nominal. São Paulo, Ática, 2002.
MATEUS, M. H. M et al. Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa, Caminho, 1989.
PRONTUÁRIO Ortográfico da Língua Portuguesa, 47ª Ed. Lisboa: editorial Notícias, 2004.
PINTO, A.G. Publicidade: um discurso de sedução, Porto, Porto Editora, 1997.
REI, J. Esteves. Curso de redacção II – O texto. Porto, Porto Editora, 1995.
VENTURA, H. e CASEIRO, M. Dicionário prático de verbos seguidos de preposições. 2ª
Ed. Lisboa, Fim de século, 1992.
VILELA, M. Estruturas Lexicais do português. Coimbra, Almedina. 1979.
VILELA, M. Estudos de Lexicologia do Português. Coimbra, Almedina. 1994.
VILELA, M. Gramática da Língua Portuguesa. 2a. Ed., Coimbra, Almedina. 1999.

102
Faculdade de Ciências da Linguagem Comunicação e Artes
Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa
Plano Temático
Disciplina: Psicosociolinguística No créditos: Horas lectivas 2o Ano
Código: 6 Contacto: HEI: 86 I Semestre
Tipo: CFE 64
Modalidade: Presencial
Docentes:

1. Objectivos da Disciplina
- Adquirir conhecimentos básicos que envolvem a áreas de Sociolinguística e de
Psicolinguística considerando a sua possível aplicação ao Ensino de Línguas no contexto
moçambicano;
- Desenvolver a compreensão dos sistemas envolvidos na Aquisição, Produção e
Compreensão da linguagem;
- Desenvolver a consciência da relação entre a linguagem e a sociedade bem como os outros
sistemas cognitivos tais como a Atenção, a Percepção e a Memória;
- Desenvolver a compreensão dos factores não linguísticos que afectam o processo de
Aquisição/Aprendizagem da Língua, tais como: idade, atitude, motivação, influências sócio-
culturais e outros;
- Desenvolver a compreensão sobre os fenómenos decorrentes do contacto de
línguas( alternância e mistura de códigos linguísticos);
- Desenvolver a compreensão da interdependência entre a Proficiência na L1 e na L2;
- Desenvolver a compreensão sobre os fenómenos do Bi-pluri-multilinguismo e o
desenvolvimento cognitivo;
- Desenvolver a consciência da importância dos fenómenos sociolinguísticos e culturais na
aprendizagem da L1/L2/LE.
- Desenvolver uma compreensão sobre o impacto dos fenómenos sociolinguísticos no
desenvolvimento cognitivo na Leitura e na Escrita;

103
- Desenvolver a compreensão do impacto da variação linguística na aprendizagem da língua.
- Conhecer e explicar algumas patologias da linguagem que podem afectar a Oralidade e a
Escrita.

2. Competências
- Identifica e explica o processo e contexto de formação destas novas ciências
(Psicolinguística e Sociolinguística).
- Identifica as áreas cerebrais para a Produção e Recepção da linguagem;
- Caracteriza e explica as funções dos vários sistemas biológicos envolvidos na Produção e
Compreensão da linguagem,
- Explica os Processos de Aquisição, Produção e Compreensão da linguagem;
- Caracteriza algumas patologias da linguagem;
- Avaliar as diferentes abordagens de Ensino de Língua à luz das teorias
Aquisição/Aprendizagem de Língua;
- Identifica e caracterizar os tipos comuns de variações linguísticas;
- Investiga e explica fenómenos de diglossia em Moçambique;
- Identificar e diferenciar os domínios e registos de língua;
- Investiga sobre os fenómenos de alternância e mistura de códigos em Moçambique;
- Descreve os fenómenos sociolinguísticos e culturais envolvidos na aprendizagem da
L1/L2/LE em Moçambique.
- Explica a relação entre o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem/desenvolvimento da
leitura e da escrita;
- Explica e caracteriza dos diferentes modelos e teorias de concepção de bi-plui-
multilinguismo;
- Descreve problemas particulares decorrentes da situação plurilingue e multicultural e as
suas implicações para o indivíduo, a escola e a sociedade,
- Critica textos científicos de Psicolinguística e de Sociolinguística.

104
3. Conteúdos temáticos
Nr. Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 Contextualização das ciências emergentes
- Da linguística à Sociolinguística e Psicolinguítica
10 11
- Objecto de estudo e áreas de interface;
- Precursores e teorias de destaque.
2 Sobre a Psicolinguística
- Áreas cerebrais para a Aquisição, Produção e Recepção da
linguagem; 18 25
- Lateralização;
- Patologias de linguagem;
3 Sobre a Sociolinguística
- LÍnguas em contacto;
- Variações linguísticas
18 25
- Bi-Pluri-Multilinguísmo;
- Princípios de mudança linguística
- Linguagem, socialização e classe social
4 Psicolinguística e Sociolinguística aplicadas ao ensino de línguas e
investigação
- Políticas e planificação linguísticas educativas;
- A Competência Comunicativa Intercultural;
18 25
- Dimensões de Diversidade linguística e Cultural;
- Sistemas sócio-cognitivos de representação das línguas;
- Preconceito e discriminação linguística;
- O Paradoxo do observador
Total de horas parciais 64 86
Total de horas 150

6. Língua de ensino
Português

105
4. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
Esta disciplina segue uma metodologia de abordagem teórico-dialógica, com o objectivo de
cultivar espaços de discussão e de reflexão, criando-se condições para a autonomização crítica
do conhecimento e sua partilha a partir de debates/análise das referências bibliográficas e
acompanhamento das atividades práticas propostas e em andamento. A componente teórica
será repartida entre exposições do docente e exposições dos estudantes sob orientação do
docente. A componente dialógica será feita através de pequenos trabalhos de pesquisa
aplicados ao ensino de línguas, realizados em grupo, sob a orientação do professor e, depois,
apresentados e discutidos em seminários visando o processo comum de construção do
conhecimento. Neste sentido, nesta disciplina, as aulas serão repartidas entre:
o Exposições;
o Apresentação de seminários e respectivos debates;
o Trabalhos práticos de pesquisa sobre as temáticas orientadas e sua aplicação no
contexto moçambicano.

5. Avaliação
Horas de contacto Horas de estudo independente Exame
1 teste escrito – 40%; Fichas de leitura individuais; 1 Exame
Exposições, debates e apresentação Trabalhos práticos individuais e, Normal
de Seminários em grupos; em grupos, relativos a cada tema; 1 Exame de
Exercícios escritos ao longo das 15% recorrência
aulas e trabalhos práticos Questionários escritos;
(individual e/ ou em grupo). 15% Portfólios reflexivos 30%

7. Bibliografia
FROMKIN, V. & RODMAN, R., (1993). Introdução à Linguagem. Coimbra. Almedina.
BERNSTEIN, Basil. (1975). Langage et classes sociales, codes sociolinguistiques et
controlesocial. Paris, Ed. Minuit,.
DIAS, Hildizina. (2002) As desigualdades sociolinguísticas e o fracasso escolar. Em
direçcão a umaprática linguístico-escolar libertadora. Maputo, Promédia.
DITTMAR, N. (1976). Sociolinguistics.London, Longman.
FASOLD, R, (1986). The Sociolinguisticsof society. Oxford, Basil Blackwell.

106
FIRMINO, Gregório D.(2002). A “Questão linguística na África pós colonial. O caso do
Português e das línguas autóctones em Mo¢ambique”. Maputo, Promédia.
MORIN, E. (1999). Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. Brasília: Unesco.
MORIN, E. (2008). Introdução ao Pensamento Complexo. Lisboa: Instituto Piaget.
OGAY, T. (2000). De la Compétence à la Dynamique Interculturelles. Bern: Peter Lang.
SCLIAR-CABRAL, L. (1991). Introdução à Psicolinguística. São Paulo. Editora Ática. 1991.
SPOLSKY, B. (2004). Language Policy. Cambridge University Press.
SPOLSKY, B. (2016). Para uma teoria de políticas linguísticas. ReVEL, 14(14), 32–44.
TIMBANE, A. A. & Tamba, P. (2020). A Política Linguística na África e Situação das
Línguas Autóctones na Educação : Uma Análise Crítica das Constituições. Revista Digital de
Políticas Lingüísticas, 12(12), 85–105.
WARDHAUGH, R., (1989) An Introduction to Sociolinguistics. Oxford. Basil Blackwell.
XAVIER, M. F. & MATEUS M., (1992). Dicionário de Termos Linguísticos. Vol II. Lisboa.
Edições Cosmos.

8. Docente
A docência da disciplina será levada a cabo por docentes área de Linguística.

107
Faculdade de Ciências da Linguagem Comunicação e Artes
Plano Temático Pressupostos Teóricos de Ensino de Línguas
Disciplina: Pressupostos Teóricos Nº de Horas lectivas 2o Ano
de Ensino de Línguas créditos: Contacto: 64 Trabalho I Semestre
Código: 6 Independente: 86
Tipo: Específico
Modalidade: Presencial
Docentes:

Nota Introdutória
As línguas com as quais uma sociedade contacta podem assumir, no interior dessa mesma
sociedade, diferentes estatutos. A conceptualização desses estatutos deve ser conhecida pelos
professores de línguas, uma vez que a diferença de estatuto tem implicações no processo do
ensino e aprendizagem.

Sendo actualmente indiscutível que toda a comunicação humana se realiza através do recurso
aos géneros disponíveis no interdiscurso de uma determinada sociedade, importa que os
géneros ocupem um lugar central na didáctica das línguas e forneçam modelos para o ensino
dos diferentes domínios (oralidade, leitura, escrita e gramática).

1. Competências
- Mobiliza saberes e conhecimentos relacionados com os fundamentos teóricos da Didáctica
do Português e do processo de ensino-aprendizagem da LP;
- Distingue diferentes conceitos relacionados com o estatuto das línguas;
- Mobiliza, de forma articulada, conhecimentos e modelos didácticos do ensino-
aprendizagem da LP;
- Reflecte, criticamente, sobre a prática pedagógica, no sentido de reconstruir o
conhecimento didáctico.

108
2. Objectivos gerais
- Adquirir conhecimentos sobre as teorias de base da Didáctica do Português, considerando
as características do contexto que envolve o ensino e a aprendizagem desta língua em
Moçambique;
- Desenvolver capacidades científico-pedagógicas que visem a intervenção activa no ensino
do Português em Moçambique;
- Aplicar metodologias e estratégias que visem desenvolver um ensino centrado no
estudante.

3. Pré-requisitos: nenhum
4. Conteúdos temáticos
N Tema Horas de Horas de
º contacto estudo
1 1. O ensino da língua
1.1. Os conceitos L1, LM, L2, LE, LO e Lpadrão, Língua
de Herança, Língua Pluricêntrica.
1.2. Diferença entre Aquisição e Aprendizagem de 12 16
línguas
1.3. Teorias explicativas sobre o processo de Aquisição de
Línguas.
2 2. O ensino das línguas baseado nos géneros
2.1. Perspectivas teóricas 16 22
2.2. Abordagem metodológica: propostas didácticas
3 3. Pressupostos teóricos para o ensino das competências
da língua:
3.1. Oralidade
36 48
3.2. Leitura
3.3. Gramática
3.4. Escrita
Total de horas parciais 64 86
Total de horas 150

109
5. Métodos de ensino-aprendizagem
Considerando as novas abordagens da Didáctica, as metodologias seleccionadas devem
privilegiar uma aprendizagem cooperativa, activa e dinâmica e prática direccionada para o
ensino da língua portuguesa no contexto moçambicano.

6. Avaliação
Nesta disciplina prevê-se:
HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO EXAME
INDEPENDENTE

Realização de uma avaliação processual, Trabalhos individuais e em Sem exame


assente em actividades de percurso, grupo, leituras e realização de
individuais e/ou de grupo, tais como, diversas actividades teóricas e
seminários e trabalhos de reflexão práticas de reflexão.
relacionados com as teorias de base do
ensino aprendizagem do Português.

7. Língua de ensino
Português

8. Bibliografia
Barros, Cláudia Graziano Paes. 2010. “Géneros Discursivos e Ensino de Língua Portuguesa:
Pontos de Reflexão”. Em Língua Portuguesa: Ultrapassar Fronteiras, Juntar Culturas, orgs.
Maria João Marçalo et al. Évora: Universidade de Évora, 87–98.
Biasi-Rodrigues, Bernardete. 2002. “A diversidade de gêneros textuais no ensino: um novo
modismo?” Perspectiva 20(1): 49–64.
Bronckart, Jean-Paul. 2010. “Gêneros de Textos, Tipos de Discurso e Sequências. Por Uma
Renovação Do Ensino Da Produção Escrita”. Letras (40): 163–76.
Caels, Fausto, e Ângela Quaresma. 2019. “Caracterização dos Géneros do Ensino Básico e
Secundário”. Em Discurso Académico: Uma Área Disciplinar Em Construção, orgs. Fausto
Caels, Luís Filipe Barbeiro, e Joana Vieira Santos. Coimbra e Leiria: CELGA-ILTEC -
Universidade de Coimbra / ESECS - Politécnico de Leiria, 108–33.
110
Candian, Maíra; Bessa, Mariana de Camargo. “Português como Segunda Língua, Estrangeira,
Não Materna, Adicional para Falantes de Outras Línguas - P2LENMAFOL: uma breve
análise de terminologias”. Veredas-Revista de Estudos Linguísticos, 2021, 25.2: 375-396.
Costa, Maria Helenice Araújo, Benedita Conceição Braga Monteiro, e Luiz Eleildo Pereira
Alves. 2016. “Ensino da Leitura na perspectiva do texto como evento: o desafio de fazer
emergir o sentido”. Diadorim: revista de estudos linguísticos e literários 18(2): 42–66.
Cunha, Juliana Silva; Carvalho, José António Brandão. “Ensino da Língua Portuguesa–
dimensões, contextos, pedagogias e práticas”. Atas do VII SIELP - Simpósio Internacional de
Ensino de Língua Portuguesa. 2020.
Dionísio, Ângela Paiva, Anna Rachel Machado, e Maria Auxiliadora Bezerra, orgs. 2014.
Gêneros Textuais & Ensino. 1a edição,. São Paulo: Parábola Editorial.
Fontana, Ana Carolina; Camargo, Bruna da Silva; Nunes, Maria Isabel Lopez. Diferentes
nomenclaturas de português como língua não materna. Revista de Estudos de Português
Língua Internacional, 2022, 2.1: 2-10.
Gouveia, Carlos A. M. 2013. “A Escola Como Sistema de Géneros: conhecimento,
aprendizagem e transversalidade”. Em O Ensino do Português como Língua Não Materna:
estratégias, materiais e formação, orgs. Maria Helena Mira Mateus e Luísa Solla. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 441–62.
Karwoski, Acir Mário, Beatriz Gaydeczka, e Karim Siebeneicher Brito, orgs. 2011. Gêneros
Textuais: Reflexões e Ensino. 4a edição. São Paulo: Parábola Editorial.
Lopez, Ana Paula de Araújo. 2019. “O Português Como Língua de Acolhimento: relato de
experiência didática à luz das teorias de gêneros textuais/discursivos”. Em O Ensino Do
Português Como Língua Não Materna: Metodologias, Estratégias e Abordagens de Sucesso,
orgs. Paulo Osório e Luis Gonçalves. Rio de Janeiro: Dialogarts, 336–65.
Machado, Anna Rachel, e Vera Lúcia Lopes Cristovão. 2010. “A construção de modelos
didáticos de gêneros: aportes e questionamentos para o ensino de gêneros”. Linguagem em
(Dis)curso 6(3): 547–73.
Monteiro, Ana Catarina, Conceição Siopa, José António Marques, e Mónica Bastos, orgs.
2015. Ensino Da Língua Portuguesa Em Contextos Multilingues e Multiculturais. Porto:
Porto Editora.
Motta-Roth, Désirée. 1999. A importância do conceito de gêneros discursivos no ensino de
redação acadêmica. Intercâmbio. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em
Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem.

111
———. 2010. “O ensino de produção textual com base em atividades sociais e gêneros
textuais”. Linguagem em (Dis)curso 6(3): 495–518.
Nascimento, Vanessa Neto. 2012. “Dos Objetivos Da Linguística de Texto à Articulação
Textual: A Busca Pela Coerência Do Texto e Do Ensino de Língua Materna”. Entrepalavras
2(2): 101–13.
Pinto, Paulo Feitor. 2017. “A Carta de Maputo e Perspetivas Sobre o Ensino do Português Em
Moçambique”. Em Ensinar Língua Portuguesa Em Moçambique, orgs. Mónica Bastos, José
António Salvador Marques, Ana Catarina Monteiro, e Conceição Siopa. Porto: Porto Editora,
8–27.
Rodrigues Silva, Wagner. Gêneros Textuais Em Aulas de Língua Portuguesa No Ensino
Médio Brasileiro.
Santos, Graciela Silva Jacinto Lopes dos, e Solimar Patriota Silva. 2005. “Produção Textual:
Concepção de Texto, Gêneros Textuais e Ensino”. Cadernos do CNLF XVI (4): 1085–90.
Schneuwly, Bernard, e Joaquim Dolz. 1999. “Os Gêneros Escolares: Das Práticas de
Linguagem Aos Objetos de Ensino”. Revista Brasileira de Educação 11: 05–16.
Silva, Marcinete Rocha. 2011. “Gêneros Textuais Como Recurso Para o Ensino e
Aprendizado de Língua Portuguesa”.: 121–40.
Souto, M.; Além, v. l.; Gonzales, A. O. F.. Conceitos de língua estrangeira, língua segunda,
língua adicional, língua de herança, língua franca e língua transnacional. Anais da IX
JNLFLP, 2014, 890-900.
Tagliani, Dulce Cassol. 2011. “O Livro Didático Como Instrumento Mediador No Processo
de Ensino-Aprendizagem de Língua Portuguesa: A Produção de Textos”. Revista Brasileira
de Linguística Aplicada 11(1): 135–48.
Travaglia, Luiz Carlos. 2011. “O Que é Um Ensino de Língua Portuguesa Centrado Nos
Gêneros?” Anais do SIELP 1(1): 509–19.
Wannmacher Pereira, Vera, Fernanda Leopoldina Viana, e Tamiris Machado Gonçalves.
2016. “Tecnologias no aprendizado e no ensino da leitura e da escrita em perspectiva
psicolinguística e interfaces.” 9(2 OP-Letrônica. jul-dez 2016, Vol. 9 Issue 2, p195-199. 5p.):
195.

9. Docentes
A docência da disciplina envolverá docentes área da Didáctica.

112
113
Plano Temático Disciplina: Literatura Moçambicana
Disciplina: No créditos: Horas lectivas Ano:2º
Código: 6 Contacto: Trab. Indeped: 86 Semestre:1º
Tipo: Nuclear 64
Modalidade:
Docente:

1. Competências
a. Desenvolve capacidades de análise e interpretação de textos literários;
b. Estabelece relação entre os períodos histórico-literários e a natureza (característica) dos
textos em estudo;
c. Analisa de forma crítica o texto literário, tendo em conta a sua especificidade
moçambicana.

2. Objectivos Gerais
Os alunos deverão:
a. Problematizar a periodização da Literatura Moçambicana, em particular e das Africanas
de Língua Portuguesa em geral.
b. Conhecer as condições sócio-históricas da emergência e evolução da Literatura
Moçambicana em Língua Portuguesa.
c. Relacionar as condições sócias-históricas e culturais de produção da Literatura
Moçambicana de Língua Portuguesa, com fases, diversidade e homogeneidade da mesma.
d. Identificar os aspectos formais e temáticos em textos literários de autores indicados.
e. Comentar os temas dados, aplicando os conhecimentos apreendidos e exercitando um
raciocínio lógico.

3. Pré-requisitos: nenhum

114
4. Conteúdos (Plano Temático)
Nº Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 Problemática teórica introdutória: 16 20
- Literatura oral vs literatura escrita
- Literaturas Nacionais Africanas em Língua Portuguesa e
Literatura Colonial
- Literaturas Africanas Oitocentistas em Língua Portuguesa:
Contexto sócio – histórico e social e o papel da imprensa:
a) Campos Oliveira – Poemas
b) José Albasini – O Livro da Dor
2 - Rui de Noronha: o poeta da transição oitocentista 10 14
(continuidade e ruptura em Rui de Noronha)
- Contexto sócio – histórico dos anos 30
3 - Modernidade literária em Moçambique 14 20
Contexto sócio-histórico e a geração literária moçambicana
dos anos 40/50 e os movimentos literários da Casa dos
Estudantes do Império, da Negritude e do Pan-Africanismo.
Poesia - José Craveirinha e Noémia de Sousa
Narrativa - João Dias e Luís B. Honwana
4 Breve panorama da literatura moçambicana pós- 12 16
independência
Lírica - Autores a indicar.
Narrativa - Autores a indicar.
5 Produção ensaística moçambicana 12 16
- Alguns autores: Francisco Noa, Fátima Mendonça,
Agostinho Goenha, Calane da Silva, etc.
Total de horas parciais 0 64
Total de horas 150

5. Métodos de Ensino-Aprendizagem

115
Esta Disciplina será ministrada tendo em conta os aspectos teóricos e práticos; com efeito, na
introdução de cada tema, far-se-ão conferências seguidas de trabalhos práticos de pesquisa
bibliográfica ou de análise de textos dentro e fora da aula.

Serão necessárias as obras teóricas e literárias constantes da bibliografia, como também de


algum material vídeo para amostragem humana e geográfica, aliadas as entrevistas existentes
com antigos e novos escritores.

6. Avaliação:
Horas de contacto Horas de estudo independente Exame
Dois testes escritos, no Realização de pelo menos um (1) 1 Exame Normal.
mínimo. trabalho de investigação individual 1 Exame de
e/ou em grupo sobre um tema recorrência.
Debates e apresentação de seleccionado pelo estudante e/ou
Seminários em grupos. sugerido pelo professor.
Questionários escritos.

7. Língua de Ensino
Português

8. Bibliografia básica
ANDRADE, Mário de, Antologia Temática de Poesia Africana I. (Na noite grávida de
punhais). Livraria Sá da Costa, 2ª ed., Lisboa, 1977.
CARRILHO, Maria, Sociologia da Negritude. Edições 70, Lisboa, 1976.
MARGARIDO, A. Estudos Sobre Literaturas das Nações Africanas de Língua Portuguesa. A
regra do Jogo, Lisboa, 1980.
MARTINHO, Fernando J. B. «Karingana ua Karingana de José Craveirinha», in Cadernos de
Literatura. Coimbra, (1982?).
MENDES, O. Sobre a Literatura Moçambicana. INLD, Maputo, 1978.
MENDONÇA, Fátima, Literatura Moçambicana – a história e as escritas. Faculdade de
Letras e Núcleo Editorial da UEM, Maputo, 1988.
TENREIRO, F.J. e ANDRADE, M. P. Poesia Negra de Expressão Portuguesa. África,
Lisboa, 1982.

116
FANON, F. Peles Negras, Máscaras Brancas. Paisagem, Porto, 1975.
HAMILTON, Russel G, Literatura Africana, Literatura Necessária II. Edições 70, Lisboa,
1984.
FERREIRA, M. No Reino do Caliban III. Plátano, Lisboa, 1985

9. Docência
A docência da Disciplina será feita pelos docentes do Curso de Licenciatura em Ensino de
Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por docentes com um grau de Pós-
graduação e/ ou uma experiência de de pelo menos cinco anos de leccionação da Disciplina

117
Programa da Disciplina de Antropologia Cultural
Disciplina: No créditos: Horas lectivas: 100 2° Ano
Código: 4 Contacto: 48 Trab. 2° Semestre
Tipo: Antropologia Independ:52
Cultural
Modalidade: Presencial
Docente: Docente da Área (Antropólogo)

Nota Introdutória
A presente disciplina ocupa-se em abordar as dimensões socioculturais que caracterizam e
diferenciam as maneiras de viver, de pensar, de sentir e de agir de sociedades. Dado que, para
o início de um estudo numa área científica, requer que se faça a sua definição, indicando o seu
objecto de estudo, os contornos históricos do seu surgimento bem como as suas teorias
fundamentais. Assim, num primeiro momento, a disciplina ocupar-se-á nesses aspectos. No
segundo momento, o mais fundamental, a disciplina versa sobre a noção de cultura, e termina
abordando alguns temas de interessa da Antropologia cultural.

1. Objectivos da disciplina
 Conhecer o momento em que emergiu a Antropologia como ciência, o seu objecto de estudo
e as teorias fundamentais;
 Dominar as noções de cultura e relacionar com os domínios de parentesco, família,
casamento, económico, político, educação, sexualidade, etc;
 Saber analisar as várias realidades socioculturais de Moçambique sob ponto de vista
antropológico

2. Competências
 Domina e operacionaliza as perspectivas antropológicas na análise de realidades
socioculturais do mundo e em Moçambique.
 Aplica os saberes da Antropologia Cultural no desenvolvimento das actividades lectivas;
118
 Actua em diversas áreas sociais respeitando e mobilizando os aspectos culturais.

3. Pré- Requisitos: Nenhuma Disciplina

4. Conteúdos temáticos
No Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1. Antropológica: Definição, Objecto, Métodos e Teorias 9 8
 Definição, objecto e campos de abordagem;
 O Surgimento da Antropologia;
 Métodos e técnicas de investigação em Antropologia:
etnografia, trabalho de campo, observação participante, a
interpretação.
 Teorias Fundamentais do Pensamento Antropológico
(Evolucionismo, Difusionismo, Culturalismo, Funcionalismo e
Estruturalismo)
2. A Antropologia Cultural 4 6
 O que é Antropologia Cultural? (o seu ponto de vista,
objectivo e especificidade)
 O Campo da Acção da Antropologia Cultural
3 A Cultura: Um Conceito antropológico 9 8
 Antecedentes históricos do conceito da cultura
 Ideias sobre a origem da cultura
 O desenvolvimento do conceito de cultura
 As qualidades distintivas da cultura (do biológico ao cultural
e do cultural e ao biológico)
 O Homem, a cultura e a sociedade
 O Individuo e a Cultura
 Conceitos antropológicos de aculturação e endoculturação
 Etnocentrismo versus relativismo cultural

4. A Estruturação da Cultura 6 8

119
 Unidades elementares da Cultura : Traços e complexos
culturais
 A Cultura, o espaço e o tempo
 Culturas nacionais
 Padronização cultural (modelos ou padrões de cultura)
 A integração cultural : coesão cultural e realidade cultural
como totalidade

5. O Dinamismo Cultural 6 8
 Os aspectos estáticos e dinâmicos da cultura :
Conservantismo e modernização.
 Mecanismos internos de mudanças culturais : descoberta e
invenção (Invenção independente, paralelismo e convergência)
 Mecanismos externos : contactos de culturas
 Os aspectos sincrónicos de dinamismo cultural : enculturação
 Os aspectos diacrónicos dinamismo cultural  : descoberta,
difusão, aculturação, desculturação, assimilacao, transculturação
e globaliazação.
6. Temas de Antropologia Cultural 14 14
 Parentesco, família, filiação e alianças matrimoniais;
 Representações colectivas: Mitos e mitologias, religião,
magia, ritos e rituais, arte, folclore, música e teatro;
 A organização política e formas de poder político;
 A educação;
 A sexualidade.
 Cultura e Saúde
Subtotal 48 52
Total 100

5. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
A estratégia de ensino-aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa

120
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Estratégias de Avaliação
A estratégia de avaliação é multifacetada, consistindo em testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o esforço
do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Bibliografia de Referência
AGADJANIAN, Victor. As Igrejas ziones no espaço sociocultural de Moçambique urbano
(anos 1980 e 1990). In: Lusotopie, 1999, pp. 415-423
AUGÉ, M. Os Domínios do Parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. Lisboa,
Edições 70, 2003
BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica: Arte e Política. Editora brasiliense. 1996.
BERNARDI, Bernardo. Introdução aos estudos Etno – Antropológicos. Lisboa, Edições 70
1974.
COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa. Edições
70.2005
GEFFRAY, Christian. Nem pai nem mãe. Crítica do parentesco: o caso macua. Maputo,
Ndjira. 2000, pp.17-40 e 151-157.
Granjo, Paulo. 2009. “Saúde e Doença em Moçambique” in Saúde Soc. São Paulo. V. 18. n.4.
pp. 567-581.
GRANJO, Paulo. Lobolo em Maputo: Um velho idioma para novas vivências conjugais.
Porto, Campo das Letras, 2005.
HOBSBAWM, Eric. “Introdução: A invenção das tradições”. In: HOBSBAWM, Eric, e
Terence RANGER (eds.). A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1984, pp: 9-
23.
HONWANA, A. M. Espíritos vivos, Tradições Modernas: possessão de espíritos e
reintgração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo: Promédia. 2002.
JUNOD, Henri. Usos e Costumes dos Bantu. Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique,
Tomo I.1996

121
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo, editora brasiliense, 1988.
LIMA, Augusto Mesquitela, MARTINEZ, Benito e FILHO, João Lopes. Introdução à
Antropologia Cultural. Lisboa: Editorial Presença. 1991.
MARCONI, M & PRESOTTO, Z. Antropologia: Uma Introdução. 6ª edição. São Paulo.
Editora Atlas. 2001.
MEDEIROS, Eduardo. Os senhores da floresta – Ritos de iniciação dos rapazes macuas e
lómuès. Porto, Campo das Letras, 2007.
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª
edição.Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
RIVIÉRE, Claude. Introdução à Antropologia. Lisboa Edições 70. 1995.
ROCHA, Everaldo. O que é Mito?. Editora brasiliense. 1996.
ROCHA, Everardo P. Guimães. O Que é Etnocentrismo. 5 edição. São Paulo. Editora
Brasilense. 1998.
ROWLAND, Robert. Antropologia, História e Diferença: Alguns Aspectos. Porto. Edições
Afrontamento, 3 edição. 1997.
SANTOS, Rafael José dos. Antropologia para que não vai ser antropólogo. Porto Alegre.
Tomo Editorial. 2005.
UATE, Arlindo João, 2020, ‘’O Abalo da Biomedicina pelo Novo Coronavírus (COVID-19) e
o Paradigma da Complexidade: Uma Leitura Antropológica’’ In: Síntese, vol.8 (17). Pp.96-
108.

122
Programa Temático da Disciplina de Psicologia da Aprendizagem
Disciplina: Psicologia da N˚ de Horas Lectivas Ano:
Aprendizagem Créditos: HC: 48 HEI: 42 Semestre:
Código:
Tipo – Nuclear 4 1°
Nível –
Modalidade: Laboral e Pós- Laboral
Docente: Graduados em Psicologia

1. Objectivos
No fim desta disciplina o estudante deverá conhecer:
a) Conhecer os estágios de desenvolvimento da inteligência em cada fase de vida do aluno e
suas implicações na aprendizagem.
b) Analisar as características cognitivas e individuais dos alunos frente as diferentes
representações culturais e práticas sociais das diversas classes sociais.
c) Relacionar as diferentes fases de desenvolvimento da inteligência com o ensino de
conteúdos escolares. Identificar dificuldades de aprendizagem nos alunos e planear acções de
superação das mesmas.

2. Competências a serem desenvolvidas


Ao terminar a disciplina, o estudante: · Relacionar as teorias da aprendizagem e suas
implicações no processo educacional. O desenvolvimento da inteligência na perspectiva da
Epistemologia Genética de Jean Piaget. A aprendizagem por condicionamento operante de
Watson e Skinner. A perspectiva histórico-cultural de Vigotsky e Henry Wallon.
Aprendizagem significativa de David Ausubel e Novak.

3. Pré-requisitos
Aprovação na disciplina de Psicologia Geral

123
4. Plano temático
N˚ Tema Temas Horas
Contacto Estudo
Introdução
1 1.1. Características da aprendizagem 8 7
1.2. Concepções de conhecimento e aprendizagem
1.3. Aprendizagem: um conceito histórico e complexo no
percurso da psicologia
1.4. A teoria comportamental
1.5. Humanismo
1.6. Psicanálise
1.7. Aprendizagem e a psicologia da educação
Teorias psicogenéticas e aprendizagem
2.1. Epistemologia Genética de Jean Piaget: Concepção 12 9
2 de desenvolvimento; Os estágios de desenvolvimento
cognitivo-afetivo; Processos de assimilação e
acomodação; O construtivismo de Piaget e os processos
de ensino-aprendizagem.
2.2. Abordagem histórico-cultural de Lev Semenovich
Vygotsky: Concepção de desenvolvimento psicológico;
A ideia da mediação; Vygotsky e o processo de ensino-
aprendizagem.
2.3. A psicologia genética de Henri Wallon: Concepção
de desenvolvimento; As fases do desenvolvimento
psicológico; Wallon e os processos de ensino e de
aprendizagem.
2.4 Teoria da aprendizagem significativa de David
Ausubel
2.5 As teorias da aprendizagem e a relação professor
aluno
3 Processos psicológicos e aprendizagem: inteligência, 8 7
criatividade e memória

124
3.1. A inteligência: aspectos históricos e conceituais
3.2. Diferentes concepções de inteligência
3.3. Criatividade: conceitos, processos e características
3.4. A complexidade do conceito de criatividade
3.5. Etapas do processo de criação
3.6. Características de uma pessoa criativa
3.7. A criatividade e os processos de aprendizagem
TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE
4 APRENDIZAGEM 8 7
3.1 Dificuldades, distúrbios e transtornos de
aprendizagem
3.2 Transtornos específicos de aprendizagem
3.3 Transtorno específico de aprendizagem com prejuízo
na leitura: dislexia
3.4 Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo
na escria: a disortografia
3.5 Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo
na matemática: a disalculia
3.6 Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
(TDAH)
3.7Aspectos emocionais dos transtornos de aprendizagem
5 Objectivos educacionais 3 3
Taxonomia dos objectivos
Operacionalização dos objectivos
6 Conteúdos do Processo de ensino aprendizagem 3 3
7 O plano de lição: Plano esquemático e plano descritivo 3 3
Subtotal 48 42
Total 90

5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Análise e interpretação de textos; Trabalhos em Grupo; Estudo de casos; Seminários; Visitas
de estudo, Sessões plenárias.

125
6. Estratégias de Avaliação
Participação nas aulas; Trabalho Individual; Trabalho em Grupo, Seminário; Provas escritas e
Exame

7. Bibliografia
Aberastury, A, Knobel, m. Adolescência normal: Um enfoque psicanalítico. Porto Alegre:
Artmed, 1981. Acesso em: 28 jan. 2018.
Altreider, A. Dislexia: varlendo contra o vento. In: rotta, N. T; filho, C. A. B.; Bridi, F. R. S.
Neurologia e Aprendizagem: Abordagem Multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016.
American association on intellectual and developmental disabilities. Intellectual Disability.
Araújo, E. S. C. De; Vieira, M. de O. Práticas docentes na Saúde: contribuições para uma
reflexão a partir de Carl Rogers. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia
Escolar e Educacional, sP, v. 17, n. 1, p. 97-104, 2013.
Araujo, s. De F. Uma visão panorâmica da psicologia científica de Wilhelm Wundt. Scientiae
Studia, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 209-220, 2009.
Associação portuguesa de pessoas com dificuldades de aprendizagem específicas. Disgrafia.
2011.
Ausubel, D. et al. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1980.
Barros, C. S. G. Pontos de psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Ática, 2008.
Baudelot, C.; establet, r. L ́école Capitaliste. Paris: François Maspero, 1971.
Baum, W. M. Compreender o Behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Tradução:
Maria Teresa Araújo Silva...[et al]. 2ª.ed. Rev. e amp. Porto Alegre: Artmed, 2006.
Bourdieu, P. A Escola Conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In
Nogueira, M. A.; Catani, A. Escritos de Educação. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
Bourdieu, P.; Passeron J. A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino.
Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1975.
Fonseca, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1995
García, J. N. Manual de Dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Gimenez, E. H. R. Dificuldade de Aprendizagem ou Distúrbio de Aprendizagem? Revista de
Educação, v.8 n.8, p. 78-83, 2005.
Salvador, C.C. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1994.

126
Programa temático da Disciplina de Língua Portuguesa IV – Textos Literários I
Disciplina: N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 2º
Código: HC: HEI: Semestre:
Tipo: 6 48 77 2º
Modalidade: Híbrida (presencial e virtual)
Docente:

1. Nota Introdutória
Este programa foi concebido tendo em conta a actual perspectiva do ensino da língua em
contexto de uso e a estruturação dos programas da disciplina de Língua Portuguesa no Ensino
Secundário.

O programa visa, de uma forma geral, suprir ou amenizar as dificuldades com que os alunos
ainda se confrontam, principalmente na expressão oral e escrita e, por outro lado, conferir ao
estudo do Português uma dimensão que não se circunscreva a aquisição de determinadas
técnicas de expressão, inseridas na metodologia de uma língua segunda, mas que procure ir
mais longe desenvolvendo determinadas capacidades e aptidões, que lhes permitam uma
compreensão de outras matérias de estudo e uma preparação eficiente para a sua futura
profissão. O tratamento do texto merece uma especial atenção neste programa. Pretende-se
desenvolver nos estudantes a competência de leitura, desconstrução e construção de textos.

2. Objectivos
- Compreender discursos orais e escritos identificando as suas finalidades e as situações
de produção em que se produzem.
- Reflectir sobre a literatura e os escritores de Moçambique e de outros países.
- Expressar-se oralmente e por escrito com coerência e correcção de acordo com as
diferentes finalidades e situações comunicativas, imprimindo-lhes um estilo expressivo
próprio.

127
- Reflectir sobre a Língua nos diferentes pianos: fonológico, morfológico, sintáctico,
semântico e pragmático.
- Utilizar recursos expressivos, linguísticos e não linguísticos nas interacções
comunicativas próprias da relação directa com outras pessoas.
- Utilizar a Língua como instrumento para a aquisição de novas aprendizagens, para a
compreensão e análise da realidade.

3. Competências a serem desenvolvidas


 Compreende e a produz textos narrativos, descritivos e jornalísticos. Ao mesmo tempo
aplica conhecimentos de língua relacionados com as tipologias abordadas.
 Desenvolve a sua capacidade crítica em relação aos fenómenos sociopolíticos e culturais
do seu meio e do mundo em geral.

4. Pré-requisitos:
A frequência da Língua Portuguesa IV depende da aprovação na Língua Português III.

5. Plano temático
Horas de Horas de
Nº Tema contacto estudo
Texto Narrativo
 Narrativa literária vs modo narrativo
 A narrativa literária:
- ficção vs referencialidade; 16 30
1 - plano da história e plano do discurso;
- categorias da narrativa: narrador e narratário, personagem,
espaço, acção, tempo
 Géneros da narrativa literária: romance, novela, conto.
 O modo narrativo (narrativa não-literária)
- textos jornalísticos: a crónica e a reportagem
Texto Descritivo
 Caracterização pragmática 16 30
 Competências descritivas: lexical e enciclopédica.

128
2  Estrutura da descrição: denominação e expansão
 As macro-operações da descrição: tematização;
aspectualização; relação e subtematização.
 A descrição como componente de outros tipos ou
géneros textuais (literários e não literários)

Funcionamento da Língua
Adjectivos, advérbios e locuções adverbiais
Categoria gramatical: o verbo – modo indicativo / tempo
presente e pretérito imperfeito
O valor aspectual (perfectivo/ imperfectivo)
3 Regência verbal: valor das preposições – o sintagma 16 17
preposicional
A coordenação: orações coordenadas
A subordinação: orações subordinadas: finitas e não-finitas
Total de horas parciais 48 77
Total de horas 125

Estratégias de ensino-Aprendizagem
Este programa foi concebido para dar continuidade aos aspectos tratados nas disciplinas
precedentes desta disciplina. Pretende-se desenvolver as competências de análise de textos e
preparar o estudante, futuro professor, para o seu futuro profissional. Para além do tratamento
dos conteúdos aqui apresentados vai-se privilegiar a análise de obras completas de escritores
moçambicanos e de outros quadrantes, sobretudo de expressão portuguesa. As estratégias em
sala de aula deverão ter em conta igualmente as dificuldades apresentadas pelos estudantes na
leitura e na produção textual, tanto oral como escrita.

Preconiza-se uma metodologia que parte do texto oral para o escrito e deste para o oral, com
base em técnicas variadas de didáctica do Português, não esquecendo que esta língua, em
Moçambique, não sendo língua materna, tende a implantar-se como língua primeira; e mesmo
quando língua materna, apresenta já características resultantes do contacto com outras línguas.

7. Estratégias de Avaliação

129
Atendendo a necessidade de desenvolvimento das capacidades indispensáveis para entrar no
campo da abstracção, formação básica que permita a compreensão da realidade circundante,
consideramos imprescindível estimular o gosto pela actividade leitura / escrita, como
condição para alargar o espaço cultural do aluno. Prevê-se uma avaliação contínua dos
trabalhos orais e escritos dos alunos que não implica necessariamente uma medição
quantitativa, mas que consista em avaliar todas as situações e actividades. Prevê-se a
realização de dois testes, no mínimo, e de um exame final escrito no final do Semestre.
HORAS DE HORAS DE ESTUDO INDEPENDENTE EXAME
CONTACTO

dois testes, no mínimo Trabalhos incidindo sobre: Exame Normal e


- Compreensão oral e escrita; de Recorrência
- Produção oral e escrita;
- Domínio das estruturas gramaticais;
- Vocabulário.

8. Bibliografia
ADAM, J-M. Le texte narratif. Paris, Nathan, 1985.
ADAM, J-M. Les textes: Types et prototypes. Paris, Nathan, 1992.
ALVES, F. Martins e MOURA, G. B. Página seguinte – Português B 11ano. Lisboa,Texto
Editora, 2004.
BARRETO, L de Lima. Aprender a comentar um texto literário -Modelos de Análise crítica e
Comentário escrito.3 ed. Lisboa, Texto Editora, 1993.
BERGSTROM, Magnus & REIS, N. , Prontuário Ortográfico. Lisboa, Editorial
Notícias, 1998.
BORREGANA, A. A. Gramática Universal – Língua Portuguesa. 5 ed. Porto, Porto
Editora, 1996.
CARMELO, Luís. Manual de escrita criativa. s/l. Publicações Europa-America COELHO, J.
P. (DIR.). Dicionário de Literatura. Mário Figueirinhas (Editor). Porto,1997.
COIMBRA, O. M. & LEITE, I. Gramática Activa 1. Lisboa, Lidel, 1998.
COIMBRA, O. M. & LEITE, I. Gramática Activa 2. Lisboa, Lidel, 1998.
CUNHA, Celso & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa,
Edições João Sá da Costa, 1999.
DIJK, T. A. Van. La ciencia del texto. Barcelona, Paidos. 1982.
130
DIJK, T. A. Van. Text and Context. Exploration of the Semantics and Pragmatics of
discourse. London, Longman, 1977.
FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2a. Ed. Rio de Janeiro,
Editora Nova Fronteira, 1986.
FIGUEIREDO, O. M e BIZARRO, R. Da palavra ao texto - Gramática de Língua
Portuguesa. Porto, ASA, 1994.
HALLIDAY, M. A. K. e HASAN, R. Cohesion in English. London, Longman, 1976.
LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência nominal. São Paulo: Ática, 2002
MATEUS, M. H. M et al. Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa, Caminho, 1989.
MARQUES, A.L. Motivar para escrita – Um guia para professores. 1ª ed. Lisboa, 2003.
PRONTUÁRIO Ortográfico da Língua Portuguesa, 47ª Ed. Lisboa: editorial Notícias, 2004.
REI, J. Esteves. Curso de redacção II – O texto. Porto, Porto Editora , 1995.
VENTURA, H. e CASEIRO, M. Dicionário prático de verbos seguidos de preposições. 2ª
Ed. Lisboa, Fim de século, 1992.
VILELA, M. Estruturas Lexicais do português. Coimbra, Almedina, 1979.
VILELA, M. Estudos de Lexicologia do Português. Coimbra, Almedina, 1994.
VILELA, M. Gramática da Língua Portuguesa. 2a. Ed., Coimbra, Almedina, 1999.

131
Plano Temático Novos Enfoques Didácticos no Ensino da Língua Portuguesa
Disciplina: Novos Enfoques Nº créditos: Horas lectivas 3o Ano
Didácticos no Ensino da Língua 5 Contacto: 48 Trabalho I Semestre
Portuguesa Independente: 77
Código:
Tipo: Específico
Modalidade: Presencial
Docentes:

Nota Introdutória
A disciplina Novos Enfoques Didácticos no ensino da língua portuguesa pretende
proporcionar um ambiente de aprendizagem que desenvolva nos futuros professores de
Português o conhecimento e as habilidades necessárias para promover o sucesso da prática
lectiva, respondendo eficazmente aos novos desafios da Didáctica e da sociedade
moçambicana. Assim, procurar-se-á desenvolver nos formandos competências para identificar
e caracterizar as novas tendências e princípios orientadores do processo de ensino, as
metodologias mais modernas e as estratégias que corporizam aqueles princípios nas práticas
de ensino que se pretendem mais criativas, motivadoras e construtoras de uma aprendizagem
consciente e conducente à autonomia do aluno.

1. Competências
- Mobiliza os novos enfoques do ensino e aprendizagem e coloca-os, no seu dia-a-dia de
professor de língua, ao serviço da aprendizagem dos seus alunos;
- Aplica, de forma reflexiva, criativa, original e motivadora, as diferentes estratégias de
ensino teoricamente enunciadas, considerando o seu público-alvo e suas especificidades
sociolinguísticas e culturais;
- Desenvolve uma reflexão crítica e consciente, à luz das teorias mais modernas sobre o
ensino de línguas, em particular, condicentes com a centralidade do aluno, a educação
humanizante e a aprendizagem significativa, entre outras novas abordagens didácticas

132
actuais.
1. Objectivos gerais
1.1. Reflectir sobre as questões relativas à centralidade do aluno, no processo de ensino e
aprendizagem;
1.2. Agir de forma autónoma e responsável de modo a garantir o saber e o saber fazer reais,
que levam a intervir no ensino com competência;
1.3. Dominar as teorias mais modernas sobre o ensino de línguas, em particular, condicentes
com a centralidade do aluno, a educação humanizante e a aprendizagem significativa, entre
outras novas abordagens didácticas actuais

2. Pré-requisitos: Pressupostos Teóricos do Ensino de Línguas

4. Conteúdos temáticos
Nr. Tema Horas Horas de
de estudo
contacto Independente
1 Novos princípios no ensino da Língua Portuguesa:
6 9
métodos tradicionais vs construtivistas
2 A centralidade do aluno no processo de ensino-
3 5
aprendizagem
3 A diversidade e a multiculturalidade 6 9
4 Metodologias activas de aprendizagem
- Aprendizagem colaborativa
- Aprendizagem por projectos;
- Aprendizagem por problemas;
- Gamificação;
33 54
- Estudo de casos;
- Sala de aula invertida;
- Seminários e discussões;
- Narrativas (Storytelling);
- Rotação por estações.
Total de horas parciais 48 77
Total de horas 125
133
5. Métodos de ensino-aprendizagem
Considerando os Novos Enfoques Didácticos, as metodologias seleccionadas devem
privilegiar uma aprendizagem cooperativa, activa e dinâmica e prática direccionada para o
ensino da língua portuguesa no contexto moçambicano.

9. Avaliação
Nesta disciplina prevê-se:
HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO EXAME
INDEPENDENTE

Realização de uma avaliação processual, assente em Trabalhos individuais e em Sem exame


actividades de percurso, individuais e/ou de grupo, grupo, leituras e realização
tais como, portefólios, seminários e trabalhos práticos de diversas actividades
relacionados com os novos enfoques didácticos no práticas.
ensino da LP e ensaios teórico-práticos.

7. Língua de ensino
Português
8. Bibliografia
Bottentuit Junior, J. e Coutinho, C. P.. Podcast em Educação: um contributo para o
estado da arte. In A. Barca, M. Peralbo, A. Porto, B. D. Silva, e L. Almeida (Eds.),
Actas do IX Congresso Internacional Galego Português de Psicopedagogia(pp. 837-846).
Setembro, Universidade da Coruña, 2007.
Machado, N. J. Interdisciplinaridade e contextualização. In: Ministério da Educação,
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Exame Nacional
do Ensino Médio (ENEM): fundamentação teórico-metodológica. Brasília: MEC; INEP,
2005. p. 41-53.
Mayer, R.E.; Moreno, R. A split-attention effect in multimedia learning: Evidence for dual
processing systems in working memory. Journal of Educational Psychology, v. 90, p. 312-
320, 1998.
Paschoal, L.N.; Souza, S. R. S. Planejamento e Aplicação de Flipped Classroom para o
Ensino de Teste de Software. Renote, v.16, n.2, p. 1-10, 2018.

134
Pavanelo, E.; Lima, R. Sala de Aula Invertida: a análise de uma experiência na
disciplina de Cálculo I.Bolema, Rio Claro,v. 31,n. 58,p. 739-759, 2017. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
636X2017000200739&lng=en&nrm=iso.
Santos, E. G. dos; Morano, R. S. Adoção e uso do Facebook na educação: perspectivas
para acomunicação, colaboração e compartilhamento de informações e dados
noambiente universitário. Revista Gestão & Tecnologias, v. 17, n. 3, p.63-87,2017.
Soares, A.B.; Barin, C.S. Podcast: potencialidades e desafios na práxis educativa.
Revista Tecnologias na Educação, v.14, art.33, p.1-10, 2016. Disponível em:
http://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2016/07/Art33-vol14-jul2016-Podcast-
Potencialidades-e-desafios-na-pr%C3%A1xis-educativa.pdf.
Wang, F. Hannafin, M. J. Design-based research and technology-enhanced learning
environments. Educational technology research and development, v. 53, n. 4, p. 5-23,
2005.

9. Docentes
A docência da disciplina de Didáctica do PLE envolverá docentes área da Didáctica.

135
Disciplina: Literatura No créditos: Horas lectivas Ano:3º
Angolana, Cabo- 6 Contacto:64 Trab. Independ: Semestre:1º
verdiana, São-tomense e 86
da Guiné-Bissau
Código:
Tipo: Nuclear
Modalidade:
Docente:
Programa Temática de Literatura Angolana, Caboverdiana, São-tomense e da Guiné-
Bissau

1. Competências
a.Adquire conhecimentos básicos sobre as especifidades das literaturas Angolana, Cabo-
verdiana e São-tomense;
b. Estabece relação entre os períodos histórico-literários e a natureza (característica) dos
textos a estudar.
c.Analisa de forma crítica os textos literários, tendo em conta as especificidades destas
literaturas.

2. Objectivos Gerais
Os estudantes deverão:
a. Saber as condições históricas da emergência das literaturas africanas em língua
Portuguesa;
b. Caracterizar as literaturas africanas nacionais em língua portuguesa;
c. Relacionar as literaturas africanas em língua portuguesa com as condições da sua
produção;
d. Reconhecer os aspectos formais e temáticos dos textos literários de autores mais
representativos de cada uma delas;

136
e. Ser capaz de identificar os factores históricos e culturais queintervieram na
especificação destas literaturas;
f.Analisar (comentando) os textos com base no quadro teórico conceptual atinentes a estas
literaturas.

3. Pré-requisitos: nenhum
4. Conteúdos (Plano temático)
Nº Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Angola 11 15
Breve panorâmica sobre a Literatura Oitocentista – emergência
do Realismo nacionalista
Autores: José da Silva Maia Ferreira e Tomáz Vieira da Cruz
2 Lírica e narrativa 11 14
Lírica: António Jacinto e Agostinho Neto
Narrativa: Castro Soromenho (Terra Morta) ou Luandino
Vieira (Luunda) ou Pepetela (Mayombe).
3 Cabo Verde 11 14
- Movimentos fundadores
Revistas literárias: Claridade e Certeza
4 Lírica e Narrativa 11 14
Lírica: Jorge Barbosa ou Baltazar Lopes ou Manuel Lopes
Narrativa: Chiquinho, de Baltazar Lopes (excertos)
5 São Tomé e Príncipe 11 14
- O ciclo da cor da pele ou um conflito configuador de um certo
proto-nacionalismo (Negritude e Pan-africanismo).
Autor: Marcelo da Veiga ou Francisco José Tenreiro
6 Lírica e Narrativa: Caetano da Costa Alegre, Alda Espírito 09 15
Santo.
Total de horas parciais 0 86
Total de horas 150

137
5.Métodos de Ensino-Aprendizagem
A Disciplina de Literaturas Angolana, Cabo-verdiana, São-tomense e da Guiné-Bissau será
ministrada tendo em conta a conceitualização teórica e a componente prática; para o efeito, na
introdução de cada tema, o Docente proferirá conferências às quais se seguirão trabalhos
práticos, individualmente ou em grupo, dentro ou fora de aula, com vista a desenvolver
capacidades de análise de textos, sejam eles da bibilografia activa ou passiva. Na mesma
perspectiva, os estudantes farão apresentações de trabalhos de pesquisa, previamente
recomendados pelo docente.

6. Avaliação
Horas de contacto Horas de estudo independente Exame
Dois testes escritos, no Realização de pelo menos um (1) 1 Exame Normal
mínimo. trabalho de pesquisa individual e/ou em 1 Exame de
grupo sobre um tema seleccionado pelo recorrência
Debates e apresentação estudante e/ou sugerido pelo professor.
de Seminários em Questionários escritos.
grupos.

7. Língua de ensino
Português

8. Bibliografia básica
Angola
Hamilton, R. Literatura Africana Literatura Necessária I. Edições 70, Lisboa, 1980.
LARANJEIRA, P. A Negritude Africana de Língua Portuguesa. Edições Afrontamento,
Porto, 1985.
---------------. Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa. Universidade Aberta, Lisboa,
1995.
MARGARIDO, A. Estudos sobre literaturas das nações africanas de língua português. A
regra do jogo, Lisboa, 1980.

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe

138
FERREIRA, M. No Reino de Caliban I (Cabo Verde e Guiné Bissau). Lisboa, Seara Nova,
1975.
---------. No Reino de Caliban II (Angola e S. Tomé e Príncipe). Lisboa, Seara Nova, 1975.
---------, Manuel. O Discurso no Percurso Africano. Lisboa, Plátano Editora, 1989.
HAMILTON, R. Literatura Africana Literatura Necessária. Lisboa, Ed. 70, 1984.
LARANJEIRA, P. Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa. Lisboa, Universidade
Nova, 1995.
MARGARIDO, Alfredo. Estudos sobre Literaturas das Nações Africanas de Língua
Portuguesa. Lisboa, Regra do Jogo, 1980.
A/V Antologia da Ficção Cabo Verdiana Contemporânea. Lisboa, Edições Henriquinas,
1960.
ESPÍRITO SANTO, A. É nosso o Solo Sagrado da Terra. Lisboa, Ulmeiro, 1978.
TENREIRO, F. J. Coração em África. Lisboa, Editora África, 1982.
VEIGA, Marcelo da. O

9. Docência
A docência da Disciplina será feita pelos docentes do Curso de Licenciatura em Ensino de
Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por um docente com o grau de Pós-
graduação e/ou experiência de pelo menos cinco anos de leccionacção da Disciplina.

139
Programa temático da Disciplina de Morfossintaxe e Lexicologia do Português
Disciplina: MSLP N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 2º
Código: 6 HC: 64 HEI: 86 Semestre: 4º
Tipo: Nuclear
Modalidade: Presencial
Docente:

Nota Introdutória
O conhecimento linguístico de uma língua envolve, necessariamente, o conhecimento das
regras da formação e do funcionamento do léxico dessa língua; das regras que regem a
construção de frases nessa língua, isto é, da ordem e hierarquia das palavras na frase. Nesta
disciplina, pretende-se abordar os aspectos que se envolvem na formação e no funcionamento
das palavras e os que estão relacionados com as construções sintácticas simples da Língua
Portuguesa (LP), o que permitirá reflectir sobre a variação lexical e a variação sintáctica
destas estruturas que se pode observar nas normas do Português Europeu (PE) e do Português
Moçambicano (PM).

1. Objectivos
a) Adquirir uma visão global e aprofundada da linguística descritiva do português;
b) Conhecer a estrutura morfológica e lexicológica do português;
c) Ser capazes de identificar, analisar e descrever fenómenos de variação morfossintáctica e
lexical do português.

2. Competências a serem desenvolvidas


a) Desenvolver as capacidades de descrição e análise dos fenómenos linguísticos do
Português nos domínios da morfologia, sintaxe e lexicologia do português;
b) Comparar a variedade padrão europeia (PE) com a emergente em Moçambique (PM) nos
mesmos domínios;

140
c) Ensinar a língua portuguesa com correcção, não deixando de respeitar a variação
linguística nos discursos orais dos aprendentes.

3. Pré-requisitos: aprovação na disciplina de Introdução aos Estudos Linguísticos.

4. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
Morfologia do Português
1 1. O objecto de estudo da morfologia do português. 22 30
2. Os constituintes da palavra – os morfemas: o radical, o
prefixo e o sufixo (sua natureza, sua ocorrência e suas
implicações sintáctico-semânticas).
2.1. As propriedades combinatórias dos radicais e afixos.
2.2. As subcategorias radicais neoclássicos e sufixos
avaliativos.
2.3. Classificação das palavras: simples vs complexas,
derivantes (palavra-base) vs derivadas e primitivas.
3. Os processos de formação de palavras: composição e
sufixação.
4. Classificação das palavras quanto à sua constituição e
quanto à categoria sintáctica da palavra derivada.
5. A flexão dos nomes, adjectivos, especificadores e
pronomes (géneros, números e/ou caso).
6. A flexão verbal em tempo, modo e pessoa-número.
Lexicologia do Português
2 1. O objecto de estudo da lexicologia do português. 22 30
2. Distinção entre lexicologia e lexicografia.
3. O conceito de palavra e a problemática da sua definição.
4. Noções de léxico, vocabulário, lexema, lexia.
5. Relações semânticas entre as palavras: antonímia,
sinonímia, hiperonímia, hiponímia, meronímia, polissemia.
6. As idiossincrasias lexicais: idiomatismos e provérbios

141
(natureza sintáctico-semântica, interpretação e análise).
7. O léxico e sua organização: propriedades inerentes e
combinatórias, relações lexicais, classes abertas e fechadas de
palavras.
8. Variação e mudança lexical e semântica do português:
comparação entre o PM e o PE.
Introdução à Sintaxe
3 1. Objecto de estudo da sintaxe do português. 20 26
2. Conceito de frase.
3. Frase simples: tipos e formas.
4. Frase simples: constituintes da frase simples e suas
funções sintácticas.
5. Indicador sintagmático: representações estruturais,
estrutura interna dos sintagmas (SN, SV, SPREP, SADJ,
SADV), relações estruturais entre os constituintes e
precedência.
6. Noção de estrutura argumental do verbo: noções de
selecção e de subcategorização.
Subtotal 64 86
Total 150

5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
A disciplina será ministrada em regime semestral (4º semestre). Serão ministradas aulas
teóricas e práticas, usando-se os métodos expositivo e a elaboração conjunta. As exposições
teóricas serão complementadas e aprofundadas pela análise de fenómenos relacionados com a
língua portuguesa julgados relevantes, particularmente os que dizem respeito à variedade
desta língua em Moçambique.

De forma a terem uma visão aprofundada destes fenómenos, os estudantes farão


sistematicamente leituras críticas de artigos sobre os temas tratados, que depois poderão
apresentar em aula oralmente ou por escrito.

Os estudantes farão também trabalhos de pesquisa sobre fénomenos de variação no PM.

142
Assim, as aulas serão distribuídas entre exposições ministradas pelo (s) docente (s) e
realização de seminários e debates pelos estudantes.

Eventualmente, haverá aulas ministradas remotamente. Ou seja, sempre que se justificar, o


regime hibrído será tido em conta.

6. Estratégias de Avaliação
A verificação do nível de compreensão e assimilação das matérias ministradas
(leccionadas e pesquisadas) durante o semestre será feita através de avaliações formativas
como questionários orais e/ou escritos ao longo das aulas e trabalho práticos.

Aplicar-se-ão também dois testes escritos e um trabalho de investigação.


No final do semestre, os estudantes serão submetidos a um exame escrito segundo o
regulamento em vigor na UPM.

7. Bibliografia
AAVV, Trabalhos de investigação (artigos de revistas, comunicações de encontros e
congressos, monografias científicas, dissertações e teses) sobre os temas tratados no programa
da disciplina de MLP que interessem ao estudo desta disciplina.
CAMPOS, M. Helena & XAVIER, M. Francisca., Sintaxe e Semântica do Português. Lisboa:
Universidade Aberta, 1991
CUNHA, Celso. & CINTRA, Luís Filipe Lindley, Nova Gramática do Português
Contemporâneo. Lisboa: Sá da Costa, 1984.
DIAS, Hildizina Norberto, Minidicionário de Moçambicanismos. Maputo, edição da autora,
2002.
DUARTE, Inês, Língua Portuguesa: Instrumentos de Análise. Lisboa: Universidade Aberta,
2000.
DUBOIS, Jean et alii, Dicionário de Linguística. 3ª ed., São Paulo, Editora Cultrix, 1988.
(Trad. de Dictionnaire de Linguistique. Paris, Librairie Larousse, 1973).
FARIA, Isabel Hub et alii (orgs.), Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa:
Caminho, 1996.
GLEASON, H. A. Introdução à Linguística Descritiva. Lisboa. Fundação Calouste
Gulbenkian. 1961.

143
GONÇALVES, P. & STROUD, C. (orgs.), Panorama do Português Oral de Maputo. Vol. I,
II e III, Maputo, INDE, 1997 e 1998.
LYONS, J., Semântica. Vol. I, Lisboa. Editorial Presença. (Trad. de Semantics, 1977), 1980.
MATEUS, M. Helena Mira et alii, Fonética, Fonologia e Morfologia do Português. Lisboa:
Universidade Aberta, 1990.
MATEUS, M. Helena Mira et alii, Gramática da Língua Portuguesa. 2ª edição, Lisboa:
Caminho, 1989.
MATEUS, M. Helena Mira et alii, Gramática da Língua Portuguesa. 5ª edição, Lisboa:
Caminho, 2003.
MENDES, Irene, O Léxico no Português de Moçambique. Maputo: Promédia, 2000.
VÁZQUEZ, C. & LUZ, M. A. M., Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa, edições 70.
(Trad. por A.M. Brito e G.A. Matos), 1989.
VILELA, Mário, Estruturas Léxicas do Português. Coimbra: Livraria Almedina, 1979.
VILELA, Mário, Estudos de Lexicologia do Português. Coimbra: Livraria Almedina. 1994.
VILELA, M., Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed., Coimbra, Livraria Almedina, 1999.
XAVIER, M. F. & MATEUS, M. H. M. (orgs.), Dicionário de Termos Linguísticos. Vol. I e
II. Lisboa, Associação Portuguesa de Linguística e Edições Cosmos, 1992.

144
Programa Temático da Disciplina de Prática Pedagógica do Português.

Disciplina: PPP N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 3º


Código: HC: HEI: Semestre:
Tipo: nuclear 04 48 52 1º
Modalidade: Presencial – regime laboral e pós-laboral
Docente:

Nota Introdutória
A Prática Pedagógica do Português, no actual Currículo do Curso de Licenciatura em
Ensino de Português, tem em vista a articulação entre a teoria e a prática de modo a municiar
os praticantes, com saberes e conhecimentos que lhes permitam o manuseamento e a reflexão
critica sobre os textos reguladores do PEA do Português; a planificação de situações
complexas de ensino de habilidades linguísticas integradas no (1º e 2ºciclo) do ESG e no nível
básico e médio do ET-P, apoiada em materiais didácticos criativos, tendo em consideração os
Novos Enfoques Didácticos no Ensino da LP, nomeadamente, o ensino centrado no aluno; a
interdisciplinaridade e a transversalidade.

1. Objectivos
- Analisar os programas, manuais escolares de língua portuguesa e materiais de apoio.
- Elaborar materiais didácticas para o ensino das habilidades linguísticas no ESG/ET- P.
- Planificar actividades de ensino da Língua portuguesa para o ESG e ET-P, considerando as
perspectivas interdisciplinares e transversais;
- Realizar situações de aprendizagem recorrendo a simulações em micro-aulas.

2. Pré-requisitos: Prática Pedagógica Geral.

145
3. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
 Análise de Programas de Ensino de Português do ESG,
Manuais Escolares adoptados, pela CALE/MINEDH, Plano 06 12
1 Curricular do ESG/ET-P e Dosificações das escolas.
Análise e produção de materiais didáticos para o ensino e 09 14
2 aprendizagem das habilidades Linguísticas, no ESG e ET-P.
3  Planificação de Actividades Criativas interdisciplinares e 09 14
transversais para o Ensino de Habilidades Linguísticas.
4  Realização de micro-aulas para o ESG (1º e 2º ciclo) e ET-P 24 12
(Nível Básico e Médio).
Subtotal 48 52
Total 100

4. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
- Leitura e análise de documentos reguladores do PEA do Português (programas de ensino
MINED-INDE, 2010; MINED-INDE,PCESG, 2007, MELPs adaptados, etc.
- Seminários; análise e produção de materiais didáticos; planificação do PEA do Português;
- Planificação, simulação e análise de aulas;

5. Estratégias de Avaliação
- A avaliação do praticante em PPI é contínua, formativa e sumativa e poder-se-á basear nos
seguintes aspectos:

HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO INDEPENDENTE

- Participação activa nas aulas; - Elaboração da Pasta de Prática Pedagógica;


- Simulação de aulas; - Planificação das micro-aulas;
- Observação e análise de aulas; - Preparação de seminários (trabalho em grupo);
- Apresentação de seminários. - Produção do Relatório de PPI;

146
6. Bibliografia
AMOR, Emília. Didáctica do Português. Fundamentos e Metodologias. 3ª Edição. Lisboa,
Texto Editora, 2006.
CARVALHO, José A. Brandão. O Ensino da Escrita: da Teoria às Práticas Pedagógicas.
Braga: UMinho/Instituto de Educação e Psicologia, 1999.
BAPTISTA, José Afonso. “Didáctica das Línguas Estrangeiras”. O Professor. Nº.8 e 9,
Lisboa, s/e, 1978.
BRANDÃO, Helena. & MICHELLETI, Guaraciada. Aprender com textos didáticos e para
didáticos. São Paulo, Cortez Editora, 1998.
BYRNE, Donn. Teaching writing skills. Singapure, Longmann Handbooks, 1986.
CONTENTE, Madalena. A leitura e a escrita – estratégias de ensino para todas as
disciplinas. Lisboa, Editora Presença, 1995.
CORDER, S. Pit. Error analysis and and interlanguage. Oxford, Oxford University Press,
1979.
DELGADO-MARTINS, Maria Raquel ; ROCHETA, Maria Isabel &PEREIRA, Dília Ramos.
(Orgs.). Formar professores de Português, hoje. Lisboa, Edições Colibri, 1996.
DIAS, et al. Manual de Práticas Pedagógicas. Maputo, Educar, 2008.
DULAY, Heidi; BURT, Marina & KRASHEN, Stephen. Language Two. New York, Oxford
University Press, 1982.
FAZENDA, Ivani (Org.). Didáctica e interdisciplinaridade. Campinas, Papirus, 1998.
GONZÁLEZ, Irma. “Dispositivos de Estruturação das Actividades: alguns resultados de uma
análise às instruções de escrita dos manuais de Língua Portuguesa” in: CARVALHO, José
A.B. (org.) A Escrita na Escola, Hoje: Problemas e Desafios. (Actas do IIº encontro
internacional sobre o ensino da escrita), Braga:UMinho/Instituto de Educação e Psicologia,
2005b.
GOMES, Aldónio et al. Guia do professor de Língua Portuguesa. Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 1991.
HEDGE, Trícia. Writing. 2ª ed. Oxford, Oxford University Press, 1976.
JANTSCH, Ari & BIANCHETTI, Lucídio (Org.). Interdisciplinaridade. Para além da
Filosofia do Sujeito. Petrópolis, Editora Vozes, 1995.
JOHNSON, Robert Keith. The second language acquisition. Cambridge, Cambridge
University Press, 1989.

147
LANDSHEERE, Viviane de. Definir os objectivos da Educação. Lisboa, Moraes, 1977.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo, Cortez Editora, 1994.
LITTLEWOOD, William. Foreign and second language learning. Cambridge, Cambridge
University Press, 1981.
MARLAND, Michael. Language across the curriculum. London, Heinemann Educational
Books, 1988.
MINED. Programas do 1º e 2º Ciclo ESG e do ETPM, Maputo, MINED.
RECASENS, Margarida. Como estimular a expressão oral na aula. 2ª ed. Lisboa, Edições
Plátano, 1994.
RIBEIRO, João Carrilho & RIBEIRO, Lúcia Carrilho. A planificação e avaliação do
processo de ensino aprendizagem. Lisboa, Universidade Aberta, 1990.
RICHARDS, J. C. Error analysis: perspectives on second language acquisition. London,
Longman, 1974.
RIVERS, Wilga. Comunicative naturally in a second language. Cambridge, Cambridge
University Press, 1986.
ROULET, Eddy. Teorias linguísticas, gramáticas e ensino de línguas. São Paulo, Pioneiras,
1978.
SANTOS, Ana Maria Ribeiro & BALANCHO, Maria José. A criatividade no ensino do
Português. 4ª ed. Lisboa, Texto Editora, 1990. Unistinos, 1993.
TOCHON, François V. A língua como projecto didáctico. Porto, Porto Editora, 1995.
WALLACE, Michael. Teaching vocabulary. London, Hienemann educational Books, 1987.

1. Docente
A docência da disciplina de Prática Pedagógica do Português contará com a participação de,
pelo menos, 2 docentes da área da Didáctica.

148
Programa Temático da Disciplina de Metodologia de Investigação Científica
Disciplina: Metodologia de Horas lectivas 3ºAno
Investigação Científica (MIC) No créditos: 1º Semestre
Contacto: Trab. Indeped:
Código: 5
48 77
Tipo:
Modalidade: Presencial
Docente:

1. Nota Introdutória

Esta disciplina visa a compreensão dos conceitos de Ciência, de Conhecimento Científico e


do Método Científico, nos seus diferentes métodos de investigação. Desenvolve capacidades
para a implementação das fases e etapas do processo de investigação, respectivamente, fase
conceptual do processo de investigação (destacando a elaboração do projecto de pesquisa);
fase metodológica (com ênfase para as questões de ética, definição da população e da amostra
e, os instrumentos de recolha de dados) e na fase de apresentação, interpretação e discussão
dos dados (tendo em consideração as estratégias de análise de dados qualitativos e
quantitativos).
Também obtém conhecimentos sobre a construção do relatório de pesquisa (artigo e
monografia), bem como, os aspectos relacionados com a apresentação física do relatório. E,
finalmente, desenvolve capacidades relacionadas com as técnicas para apresentação oral e
defesa.

2. Objectivos
- Compreender a Ciência como um processo crítico de reconstrução permanente do saber
humano;
- Adquirir orientações lógicas, metodológicas e técnicas com vista ao uso de instrumentos
de trabalho académico, de produção e sistematização do conhecimento;
- Desenvolver uma postura investigativa na sua aprendizagem;

149
- Adquirir um acervo de conceitos fundamentais e de informações precisas que sirvam para
desenvolver o seu pensamento e as suas pesquisas;
- Elaborar um projecto e um relatório de pesquisa científica obedecendo as normas.

3. Competências
- Adquire e desenvolve técnicas de iniciação à pesquisa;
- Integra saberes na elaboração de um projecto e do relatório de investigação;
- Ser activo, construtivo, motivado, autónomo e responsável na aquisição, aplicação e
produção do conhecimento.

4. Conteúdos temáticos
Horas Horas de
No Temas de estudo
contacto independente
- Ciência e o conhecimento científico
- Conceito de ciência;
- Ciência: estrutura e funções;
- Classificação da ciência;
1 6 13
- O conhecimento e Formas de conhecimento:
Conhecimento intuitivo; Conhecimento empírico (ou
popular); Conhecimento filosófico; Conhecimento
teológico (ou religioso); Conhecimento científico.
O método científico
- Conceito de método;
- Conceitos e constructos;
- Os métodos de investigação: Método indutivo; Método
2 Dedutivo; Método Hipotético-dedutivo; Método Descritivo 8 12
(a enumeração, a observação naturalística ou científica, o
estudo de caso, estudos de campo); Método correlacional;
Método Diferencial; Método Experimental; Investigação
Quantitativa; Investigação Qualitativa.
3 Fases e etapas do processo de investigação 12 16
- Fase conceptual do processo de investigação;

150
o A elaboração do projecto de pesquisa;
o Aspectos fundamentais de um projecto de pesquisa;
o Escolher e formular um problema de investigação;
o Revisão crítica da bibliografia;
o Definição dos objectivos da investigação;
o Formulação de categorias da (s) hipótese (s) e
o Identificação, classificação e operacionalização das
variáveis;
- Fase metodológica
o As questões de ética em investigação;
o Escolha do desenho da investigação: o meio (ou contexto);
o População alvo e amostra; dimensão da amostra; tipo de
estudo (Classificação dos Métodos;
o Aspectos de fiabilidade e validade dos métodos); controlo
das variáveis;
o Recolha de dados e seus principais métodos (questionário,
entrevista, analise de conteúdo e observação);
- Apresentação, interpretação e discussão dos dados.
Estratégias de análise de dados (Dados qualitativos e
quantitativos);
A construção do relatório de pesquisa (artigo e monografia)
- Estrutura e conteúdo;
- Redação do trabalho, estilo e linguagem;
4 - Parágrafos e desenvolvimento lógico; 8 12
- Citações e referências bibliográficas (regras para
elaboração da Lista de referências bibliográficas e algumas
considerações);
Apresentação física do relatório
-Elementos pré-textuais;
5 -Aspectos gráficos e técnicos da redacção (margens, títulos, 6 12
parágrafos, escrita, inserção de notas, referencias
bibliográfica e paginação);

151
Apresentação e defesa
- O orador e as suas circunstâncias;
- A voz e a sua importância na comunicação verbal; 8 12
6 - A técnica básica da expressão oral;
- A comunicação oral na apresentação e defesa.
Total 48 77

4. Estratégias de Ensino-Aprendizagem

A disciplina de Metodologia de Investigação Científica terá um carácter teórico e prático. A


componente teórica será repartida entre exposições do docente (aulas teóricas) e exposições
dos estudantes (seminários), preparadas sob orientação do docente. Tal componente destina-se
a fornecer orientações sobre os procedimentos de investigação/pesquisa, abordando desde a
produção de conhecimento até a apresentação formal de um relatório de pesquisa.
Para além das aulas teóricas, serão leccionadas também aulas práticas. Nestas aulas
(seminários), os estudantes farão uso das directrizes lógicas, metodológicas e técnicas
fornecidas nas aulas teóricas. Tais actividades (práticas) poderão envolver a leitura e análise
de algumas monografias, a elaboração de citações, paráfrases, notas de rodapé, a
referenciação bibliográfica e a elaboração de índices, sumários, etc.

5. Estratégias de Avaliação
A avaliação será contínua e sistemática. Os instrumentos de avaliação serão:
1) Trabalhos teóricos e práticos individuais, orais e escritos a preparar ao longo do semestre,
dentro ou fora do tempo lectivo, a serem apresentados nas aulas. Os referidos trabalhos terão
o peso de 30% na nota final;
2) Um projecto de investigação individual que terá o peso de 70% na nota final.
Os pesos das avaliações são flexíveis e negociáveis com os estudantes, dependendo do
contrato didáctico que se estabelecer entre o docente e os estudantes. O exame final será
constituído pelo projecto de investigação melhorado e destinar-se-á aos alunos que obtiveram
uma nota de frequência igual ou superior a 10 valores, conforme o estipulado pelo
Regulamento Académico vigente na UP-Maputo.

6. Bibliografia de Referência
ALVES, Maria da Piedade. Metodologia Científica. Escolar Editora. Lisboa, 2012.
152
CARVALHO, J. Eduardo. Metodologia do Trabalho Científico. Saber – Fazer da
investigação para dissertações e teses. 2ª Edição, Editora Escolar. Lisboa, 2009.
FREIXO, Manuel João Vaz. Metodologia Científica – Fundamentos Métodos e Técnicas. 3ª
Edição. Instituto Piaget. Lisboa, 2011.
MARCONI, M. A & LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho Científico. 7ª Edição, São
Paulo, Editora Atlas S.A. Brasil, 2007. 103-117p.
MASCARENHAS, Sidnai Augusto. Metodologia Científica. Pearson Education, São Paulo,
2012.
RAMOS, Santa Taciana Carrilho & NARANJO, Ernan Santiesteban, Metodologia da
Investigação Científica. Editora Escolar, Angola, 2014.
RIBEIRO, Gabriel Mithá. Novo Manual de Investigação. Do rigor a originalidade como fazer
uma tese no Século XXI. 1ª Edição. Editora Gabriel Mithá Ribeiro & Contraponto, Lisboa,
2018.

153
Programa temático da disciplina de Língua Inglesa
Disciplina: Língua Inglesa No Horas lectivas Ano: 3º
I créditos: Contacto: 48 Trab. Semestre:
Código: 5 Independ: 77 1º
Tipo: Complementar
Modalidade: Presencial
Docente: Docente da área

1. Competências
a) Caracterizar e usar discursos de nível académico e literário;
b) Fazer descrições usando estruturas morfológicas e sintácticas correctas;
c) Explicar fenómenos e processos usando técnicas do discurso em Inglês.

3. Objectivos Gerais
a) Adquirir conhecimentos sólidos que facultem a autonomia e domínio do Inglês;
b) Desenvolver capacidades de análise crítica e uso da língua;
c) Desenvolver capacidades de aprendizagem autónoma e contínua do Inglês.

4. Pré-requisitos
Nível de conhecimento da língua Os conteúdos temáticos para este semestre são equiparados
aos materiais do ensino de Inglês ao nível de língua Upper-Intermediate (Units 1-6). Do
manual: CUNNINGHAM S and Moor P Cutting Edge Upper Intermediate: Longman, Essex,
2003.

154
5. Conteúdos (plano temático)
N Contents Horas de Horas de
º contacto estudo
1. Present Simple +Use of Auxiliares
1.1 To express an action that happens again and again, that is,
a habit. E.g. He smokes twenty cigarettes a day.
1.2 To express something which is always true about a person
or about the world. E.g. The sun rises in the east.
1.3 To express a fact that stays the same for a long time, that
is a state. E.g. She works in a bank.
3 4
Relationships Friendship
1.1 To express an activity happening at the moment of
speaking. E.g. I can’t answer the phone. I’m having a bath.
1.1 To express an activity that is happening for a limited
period at or near the present, but is not necessarily happening
at the moment. E.g. please don’t take that book. Annie’s
reading it.
Past Simple + definite time expressions (e.g. yesterday, ago,
etc.)
1.1 To express an action which happened at a specific time in 1 1
the past and is now finished. E.g. I went to Vilankulos for my
holiday last year.
2. Ups and Down Forming adjects and Nouns Gerunds
1.1 To express an activity in progress around a point of time 2 2
in the past. E.g. what were you doing at 8:00 last night? I was
watching television.
1.2 For descriptions. E.g. this morning was really beautiful.
The sun was shining, the birds were singing.
Expressions of quantity (some, any, much, many, a lot of, a
few, a little) + articles (a, the + the zero article)
1.1 To introduce articles and expressions of quantity to talk
about countable and uncountable nouns. E.g. we’ve got some

155
books. How many books do you have?
Want to, hope to, wish I had, would like to, like doing Versus
like to do
1.1 To express plans and ambitions. E.g. I would like to be a 1 1
doctor.
1.1 To express general and specific likes. E.g. I like dancing.
3. Narrative Tenses Continuous aspect
1.1 To introduce (going to) to express a future intention (e.g.
we’re going to move to Nacala) and (will) to express a future 2 2
intention or decision at the moment of speaking. E.g. it’s
Jane’s birthday. Is it? I’ll buy her some flowers.
Mishaps, Crime and Punishment
1.1To ask for the description of somebody or something
1.2Comparing and contrasting people’s personalities
1.1 Describing places for a visit. – advertising a site.
Headlines
2 2
Present Perfect Simple with ever and never + since and for
1.1To express experience. E.g. have you ever been to Russia?
1.2To express unfinished past. E.g. I have lived here for ten
years.
1.1 To express present result of a past action. E.g. she has
broken her legs.
4. Use and non-use of the passive 2
1.1 To introduce the language for asking people to do 2
things. E.g. could you open the door, please?
1.2 Discussing people’s ability – be able to
1.3 Reading factual texts – geniuses people
1.4 Reading factual texts – great discoveries
Passive forms with have or get
1.1 For making offers. E.g. Shall I open the window?
1.2 To express willingness. E.g. I will help you with your
homework.
1.1 To express suggestion or invitation. E.g. shall we go out

156
for a meal tonight?
Mental skills
1.1 For making offers – would like + object 1 1
1.2 For expressing ambition – would like to be
1.1 For intentions – would like + verb
5. Review of future forms, more complex questions
1.1 To introduce the first conditional to express a possible
condition and a probable result. E.g. If you leave before 10.00
you will catch the train easily.
1.2 To introduce a hypothetical condition and its probable
result. E.g. If I had enough money, I would eat in restaurants
all the time.
1.3 To introduce Conditions that are always true, with 2 2
automatic or habitual results. Flowers die if you don’t water
them.
Getting together
1.1To introduce the passive which moves the focus from the
subject to the object of active sentences. E.g. Europe imports a
lot of cars – A lot of cars are imported into Europe
1.1 Reading a procedural text – how wine is made, coffee,
paper and gold is mined
Colloquial language narrating facts in the past
1.2Past perfect vs simple past
1 2
1.3Past perfect continuous vs Past perfect simple
1.2 Telling a story – fables and short tales
6. Perfect Tenses, more about the present perfect simple 2 2
1.1 To express an activity that will be in progress at a specific
time in the future. E.g. don’t phone at 8.00 – I’ll be having
supper.
1.2 Events that are certain to happen naturally, in the future.
E.g. we’ll be flying at 30.000 feet –said by a pilot.
Human achievement
1.2 Relative clauses which tell us what something or

157
somebody is (i.e. defining relative clauses). E.g. A philatelist
is a person who collects stamps which add extra information
of secondary importance and could be left out of the sentence.
E.g. Mr. Jenkins, who has written several books, spoke at the
meeting last night.
Limit versus Gradable Adjectives
1.2 To introduce limit adjectives to express strong meaning.
E.g. the meat is delicious not the meet is very delicious.
1 2
1.1 To introduce gradable adjectives to express qualities that
can exist in different strength. E.g. Maths is very difficult or
Maths more difficult than physics.
7. Future Perfect
1.1 To express an action that will be finished before a
definite time in the future. E.g. I will have finished cooking
before you get back.
2 3
Third conditional
1.1 To express imaginary situations about the past
1.2 To express regret
1.3 To speculate events contrary to the present state
a. To reprimand a person’s faults.
Should have done, should have been doing, wish
1.1Should have (done)/should have been (doing) to express
advice, obligation, or criticism about a past action. E.g. you
should have hit him/ you should have been watching the road. 2 3
26.1Wish to say that we would like things to be different the
way they are. E.g. we live in the country. I wish we lived in
the city
8. Get used to versus used to and to be used to
1.1 Getting used to, to express a process of change. E.g. 2 3
I’m getting used to the climate.
As versus like
1.1 as and like used in comparison
1.2 as used to state the role, job, or function of a person or a

158
thing.
1.3 as used in a similar way as because to give the reason for
something
a. as used to talk about actions that take place at the same time
Writing – simple sentences
1.2 Complex sentence writing
1 3
1.3 The concept of a paragraph
1.4 Paragraph writing
9. The structure of a paragraph
1.2 Controlling idea
1.3 Supporting arguments / arguments
2 3
1.4 Analyzing the content of a paragraph
Essay analysis I
1.3 Reading academic essays
1.4 The structure of an essay
Essay analysis II
1.2 Identifying the thesis statement in an essay
1 3
1.3 Writing thesis statements for essays
1.4 Writing an argument about a topic
10. Essay writing practice
1.2 Brainstorming
1.3 Taking notes for an essay
2 3
1.4 Writing an essay
1.5 Editing an essay
1.6 Proof-reading essays
The concept of paraphrasing ideas
1.2 Reading newspaper articles and abstract papers
1.3 The procedures for paraphrasing an article or ideas 4
1.4 Paraphrasing techniques and approaches 2
1.1 Further practice on paraphrasing
Citing or quoting techniques
1.1 Reading research papers
1.2 Taking notes of relevant points for citing or quoting

159
1.1 The APA style for citing and quoting authors and relevant
bibliography.
11. Relative pronouns
1.2 Defining relative clauses
1.3 Non-defining relative clauses
1.4 Using relative pronouns in context
2 4
Phrasal Verbs.
1.3 Verb + a particle that have literal meaning.
1.1 Verb + a particle that have non-literal meaning
Reading I
1.1 Micro skills – scanning and skimming
1.2 Comprehension – true and false
2 3
1.3 Multiple choice questions
1.4 Completing sentences with information from the text
Information transfer
12. Reading II
1.2 Reading and taking notes
2 3
1.3 Discussion about the topic
1.4 Debates
Reading III
1.2 Gathering knowledge about current affairs
1.3 Learning about the subjects – mammals, reptiles,
2 4
birds, fish and the environment
1.4 Scientific reading
o Science fiction
Expressing opinions
1.1 Agreement
1 3
1.2 Disagreement
Neutral
13. Discussion - topics
1.2 Simulated discussions 2 3
1.3 Debates about topics of common interest
Comparisons 1 4

160
1.2 Superlative
1.3 As – as
1.4 The use of like
a. Extremely – huge – hyper – super – enormous – vast
Suffixation
b. Prefixes
1 3
c. Suffixes
o Compound words
14. Revision – Evaluations 1- 2 and 3
1 2
Final Exam
Subtotais 48 77
Total 150

6. Métodos de Ensino - Aprendizagem


A disciplina de Língua Inglesa inclui aulas teóricas que abordam as regras gramaticais, as
estruturas discursivas e o universo linguístico e cultural do Inglês. As aulas práticas
complementam a teoria e incluem a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos em
situações reais de comunicação oral e escrita.

7. Métodos de Avaliação
Nesta disciplina os estudantes serão avaliados de acordo com o regulamento académico em
vigor. Assim, prevê-se a realização de 2 testes escritos para avaliação das horas de contacto.
Quanto as horas de estudo independente serão avaliadas com base em dois trabalhos escritos e
uma apresentação oral. No fim do semestre, todos os estudantes admitidos serão submetidos a
um exame escrito

8 Língua de Ensino
- Inglesa

9. BIBLIOGRAFIA
BROWN, C.P. and Mullen, D.P. English for Computer Science. Oxford University Press.
Oxford, 1984

161
CUNNINGHAM S and Moor P. Cutting Edge Pre Intermediate English Course Longman,
Essex, 2003.
SOARS, J & L. Headway. Pre-intermediate. Oxford University Press,
Oxford, 1989.
SOARS, J & L. Headway. Intermediate. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS, J & L. Headway. Upper-intermediate. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS, J & L. Headway. Advance. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate the 3rd Edition – Workbook Oxford
University Press, Oxford 2003

162
Programa Temático da Disciplina de Língua Francesa I
Disciplina: Língua Francesa I Horas lectivas 3o
Ano
Código: No créditos: Io Semestre
Contacto: Trab. Independ:
Tipo: Complementar 5
48 77
Nivel :2
Modalidade: Presencial
Docente:

1. Nota Introdutória
2. Competências
a. Conhecer e aplicar noções básicas da língua francesa;
b. Desenvolver competências de expressão escrita e oral de iniciação em francês;
c. Desenvolver capacidades mínimas de comunicação em francês: identificar, identificar-
se, exprimir sentimentos e emoções, situar e situar-se no tempo e no espaço, propor, aceitar,
recusar, etc.
3. Objectivos gerais
a. Poder comunicar de maneira corrente, descrevendo e vivendo situações correntes do
dia-a-dia, em francês;
b. Poder aplicar na prática técnica de comunicação oral e escrita da língua francesa,
adaptando-se a situações comuns dos actos de fala;
c. Poder aplicar convenientemente os instrumentos essenciais da língua, nomeadamente as
ferramentas morfo-sintácticas e fonéticas.

4. Pré-requisitos
Ter adquirido um nível básico da língua francesa (nível de língua da 11ª e 12ª classes), em
conformidade com o programa do Ministério da Educação e Cultura.

163
5. Conteúdos (Plano temático)
Nº Tema Horas de Horas de estudo
contacto independente
1 - Caracterização pessoal 6 8
 Apresentar-se
 Apresentar alguém:
 Perguntar a identidade de alguém (utilização de « tu »
e  “vous”)
2 - Descrição 6 9
Descrever-se
Descrever o que se faz
Descrever o seu lugar de habitação
3 - Casa, lar e o meio 6 10
 Casa (Descrever e localizar objectos)
 O meio
4 - O quotidiano 6 10
 Compras
 Propostas e convites
 Alimentação
 A jornada
5 - Férias e lazer 6 10
 Contar actividades realizadas
 Exprimir gostos e preferências
6 - Souvenirs 6 10
 Contar acontecimentos passados

7 - Projectos 6 10
 Falar do futuro
 Futuro próximo”
 Futuro simples
 Futuro anterior”
 Indicadores tempo
164
 Redigir uma mensagem informativa
8 - Relações lógicas 6 10
 A pronominalização
 Distinguir a causa e a consequência
Subtotais 48 77
Subtotal 125

6. Métodos de ensino – aprendizagem


A disciplina Francês I terá um carácter teórico e prático de forma a elevar o nível de língua
dos estudantes em geral com maior enfoque para o grupo especial que temos vindo a receber
vindos do Ministério da Educação e Cultura, visto que neste curso o francês é língua de
ensino.
A aprendizagem terá como base alguns manuais de ensino de francês como língua estrangeira
o que permitirá ao docente buscar documentos que melhor se adeqúem ao seu publico e desta
feita tratar aspectos ligados a língua e a cultura francesa, em comparação com os aspectos da
cultura dos estudantes.
7. Métodos de avaliação
Horas de contacto Horas de estudo
Teste 1 Trabalhos em grupo
Teste 2 Redacções
Fichas de exercícios

8. Língua de ensino
Francês

9. Bibliografia
BESCHERELLE. La grammaire pour tous 3 : dictionnaire de la langue. Paris, Hâtier, 1990.
BERARD, E. et LAVENNE, CH. Grammaire utile du français. Paris, Didier, 1991.
CAPELLE, G. et GIDON, N. Reflets 1 : méthode de français. Paris, Hachette, 1999.
CAPELLE, G. et GIDON, N. Reflets 1 : cahier d’exercices. Paris, Hachette, 1999.
LAVENNE, Christian et all. Studio 100. méthode français. Niveau 1, DIDIER. 2002.
LAVENNE, Christian et all. Studio 100 : cahier d’exercices. Niveau 1. DIDIER, 2002.

165
166
Programa temático da Disciplina de LP V – Textos Literários II
Disciplina: N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 3º
Código: HC: HEI: Semestre:
Tipo: 4 48 52 1º
Modalidade: Híbrida (presencial e virtual)
Docente: A docência da disciplina será feita por docentes do Curso de Licenciatura em
Ensino de Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por docentes com um grau
de Pós-graduação e alguma experiência de leccionação

1. Nota Introdutória
Este programa foi concebido tendo em conta a actual perspectiva do ensino da língua em
contexto de uso e a estruturação dos programas da disciplina de Língua Portuguesa no Ensino
Secundário.

O programa visa, de uma forma geral, suprir ou amenizar as dificuldades com que os alunos
ainda se confrontam, principalmente na expressão oral e escrita e, por outro lado, conferir ao
estudo do Português uma dimensão que não se circunscreva a aquisição de determinadas
técnicas de expressão, inseridas na metodologia de uma língua segunda, mas que procure ir
mais longe desenvolvendo determinadas capacidades e aptidões, que lhes permitam uma
compreensão de outras matérias de estudo e uma preparação eficiente para a sua futura
profissão. O tratamento do texto merece uma especial atenção neste programa. Pretende-se
desenvolver nos estudantes a competência de leitura, desconstrução e construção de textos.

2. Objectivos
 Compreender discursos orais e escritos, identificando as suas finalidades e as situações de
produção em que se produzem;
 Reflectir sobre a Língua nos diferentes pianos: fonológico, morfológico, sintáctico,
semântico e pragmático;
 Usar recursos expressivos, linguísticos e não linguísticos nas interacções comunicativas

167
próprias da relação directa com outras pessoas;
 Utilizar a Língua como instrumento para a aquisição de novas aprendizagens, para a
compreensão e análise da realidade.
 Interpretar textos literários de natureza diversa.

3.Competências a serem desenvolvidas


 Expressa-se oralmente e por escrito com coerência e correcção de acordo com as
diferentes finalidades e situações comunicativas, imprimindo-lhes um estilo
expressivo próprio;
 Expressa-se oralmente e por escrito com coerência e correcção, em situações
diversas;
 Interpreta textos diversos de natureza literária.
 Analisa e produz textos literários diversos.

4.Pré-requisitos:
Esta disciplina tem como precedência a LPIV

5. Plano temático
Horas Horas
N.º Unidade-tema /Conteúdos de de estudo
contacto independente
Unidade 1- O texto
Texto: Conceito e características (unicidade,
informatividade, progressão e sentido…)
1
Texto literário e texto não literário (distinção e 10 10
caracterização)
Exemplificação de textos de natureza Literária
Leitura e análise de textos de natureza literária

Estudo do parágrafo: estrutura do parágrafo;


Formas de desenvolvimento do parágrafo; produção e
análise de parágrafos
168
Parágrafos narrativos, descritivos, argumentativos…
Unidade 2 – O texto poético
2 . Enquadramento sono/gráfico
.Princípios fundamentais da poética (imitação e 14 14
criatividade linguística)
Funções da linguagem: emotiva, estética, apelativa
Formas poéticas: prosa e poesia
.Distinção entre prosa e poesia (nos seus planos
semântico e fónico)
Formas poéticas: prosa e poesia
O verbo (de significação definida e indefinida), a
semântica dos modos verbais
Unidade 3 – O texto dramático Conceito, estrutura,
caracterização do texto dramático,
Linguagem: níveis de língua,
Tipos de discurso (directo, indirecto e indirecto livre)
Recursos estilísticos: interrogação, gradação, ironia,
3 antítese …
Tipos de discurso (directo, indirecto e indirecto livre) 12 14
Recursos estilísticos: interrogação, gradação, ironia,
antítese …
A caracterização directa e indirecta (distinção);
Caracterização psicológica e física
O adjectivo predicativo e atributivo (valores semânticos)
Leitura de textos dramáticos

Análise de textos dramáticos


Produção de textos dramáticos (dramatização)
Unidade 4 – O texto comentário
O comentário: conceito
-organização e linguagem
Fases da elaboração do comentário
4 Tipos de comentários

169
Produção escrita de comentários 12 14
Frase complexa (coordenação copulativa, adversativa,
conclusiva) e subordinação integrante, relativa, final e
causal
Reajuste de avaliações e revisão
Total de horas parciais 48 52
Total de horas 100

Estratégias de ensino-Aprendizagem
Este programa foi concebido tendo em conta o pressuposto de que o ensino de uma língua
deve ter em consideração o contexto de uso, com o intuito de desenvolver nos alunos a
competência comunicativa e literária que os permita o exercício efectivo da cidadania, isto é,
as aulas de língua devem permitir que o estudante tenha a capacidade que construir e
desconstruir discursos de natureza Literária e não literária, em conformidade com a intenção
comunicativa subjacente.

Pretende-se desenvolver as competências de análise de textos e preparar o estudante, futuro


professor, para o seu futuro profissional. Para além do tratamento dos conteúdos aqui
apresentados vai-se privilegiar a análise de obras completas de escritores moçambicanos e de
outros quadrantes, sobretudo de expressão portuguesa. As estratégias em sala de aula deverão
ter em conta igualmente as dificuldades apresentadas pelos estudantes na leitura e na
produção textual, tanto oral como escrita.

Estratégias de Avaliação
Atendendo a necessidade de desenvolvimento das capacidades indispensáveis para entrar no
campo da abstracção, formação básica que permita a compreensão da realidade circundante,
consideramos imprescindível estimular o gosto pela actividade leitura / escrita, como
condição para alargar o espaço cultural do aluno. Prevê-se uma avaliação contínua dos
trabalhos orais e escritos dos alunos que não implica necessariamente uma medição
quantitativa, mas que consista em avaliar todas as situações e actividades. Prevê-se a
realização de dois testes, no mínimo, e de um exame final escrito no final do Semestre.

170
HORAS DE HORAS DE ESTUDO INDEPENDENTE EXAME
CONTACTO

dois testes, no mínimo Trabalhos incidindo sobre: Exame Normal e


- Compreensão oral e escrita; de Recorrência
- Produção oral e escrita;
- Domínio das estruturas gramaticais;
- Vocabulário.

10. Bibliografia
ADAM, J-M. Les textes: Types et prototypes. Paris, Nathan, 1992.
CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Edições
João Sá da Costa, 1999.
DJIK. La ciência del texto. Barcelona, Paido,1982.
DJIK. T. A. Van. Text and context. Exploration of the semantics and pragmatics of discourse.
London, Longman, 1997.
LIMA, L. Moraes. Linguística textual. Parque Residencial João Piza, Londrina, 2017.
SILVA, Mendes. Português Língua viva. Lisboa, Herdeiros de Mendes Silva e Círculo de
Leitores, 1985.
VIGNER, Gérard. Lire – Du Text au Sens. CLE International, Paris, 1979.

171
Programa da disciplina de Estudos Culturais Aplicados ao Ensino de Línguas
Disciplina: Estudos No créditos: Horas lectivas Ano: 3º
Culturais Aplicados ao 6 Horas Horas de Semestre: 2o
Ensino de Línguas Contacto: estudo
Código: 64 Independ: 86
Tipo: Complementar
Modalidade: Híbrida
Docente:

Nota introdutória
Nesta disciplina, discutir-se-ão o conceito e os múltiplos sentidos do termo "cultura",
interrelacionando-o com os conceitos de multiculturalismo e diversidade cultural.
Abordar-se-á, também, de uma forma crítica, a relação entre língua e cultura e o modo como
as perspectivas multiculturais e multilinguísticas devem orientar o ensino de línguas.

Objectivos da disciplina
 Discutir o conceito de “cultura” e de outros conceitos com eles correlacionados.
 Identificar as relações entre língua e cultura;
 Discutir as relações entre língua, cultura e identidade e seus reflexos na actuação de
professores (as) em contextos de ensino-aprendizagem marcados pela diversidade linguística
e cultural.
 Promover práticas pedagógicas que orientem o ensino de línguas sob uma perspectiva
multicultural.

4. Competências
Pretende-se que o estudante:
 discuta criticamente o conceito de cultura e o articule com os conceitos de
multiculturalismo e diversidade cultural;
 articule o(s) conceito(s) de cultura com as práticas linguísticas;
 desenvolva competências culturais que apoiem a sua actuação em contextos de ensino de
línguas.

172
5. Pré-requisitos: nenhum

6. Plano Temático

No Temas Horas Horas de


de estudo
contacto independente
1.1. Definição de conceitos 9 16
1.  cultura
 multiculturalismo
 Diversidade cultural
2.1. Relação entre língua e cultura 15 27
2  a língua como processo identitário;
 a língua como instrumento cultural;
 a relação entre língua, cultura e identidade.
3 3.1. Práticas linguísticas e culturais na aula de 24 43
línguas
 Que cultura (s) ensinar e aprender?
 A lingua como factor de inclusão/exclusão;
 A multiculturalidade e o multilinguísmo na didática e
nas práticas pedagógicas do ensino de línguas.
Subtotal 48 86
Total 48 86

5. Estratégias de Aprendizagem
Considerando os novos enfoques didácticos, as metodologias seleccionadas devem privilegiar
uma aprendizagem cooperativa, activa, dinâmica e prática direccionada para o ensino de
línguas.

6. Estratégias de Avaliação
Estão previstas duas modalidades de avaliação - formativa e sumativa - concretizadas através
de actividades individuais e colaborativas, orientadas por uma perspectiva construtivista.

173
As actividades são corrigidas e avaliadas pelo docente e pelos estudantes, que fornecem um
feedback contínuo sobre as práticas nas diferentes actividades realizadas.

7. Bibliografia de Referência
Bizarro, R. (2008). O ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira: do objecto aos
objectivos. Ensinar e aprender línguas e culturas estrangeiras hoje: Que perspectivas, 82-89.
Candau, V. M. (2000). Cotidiano escolar e cultura (s): encontros e desencontros. Reinventar a
escola. Petrópolis: Vozes, 61-78.
Candau, V. M. F. Diferenças Culturais, interculturalidade e educação em direitos
humanos. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, 2012. Disponível
em: https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000100015 .
Candau, V.M. (1998). Interculturalidade e educação escolar. IX Encontro Nacional de
Didática e Prática de Ensino. 1 (1), P.178-188.
Dabène, L. (1990). Variations et rituels en classe de langue. Hatier.
Faeti, P. V., & Calsa, G. C. Multiculturalismo E Formação Do Pedagogo.
Koch, I. V. (1997). A inter-ação pela linguagem: linguagem e sociedade; a construção
interativa dos sentidos no texto; estratégias dos" jogos de linguagem". São Paulo. Contexto,
11.
Kramsch, C. Cultura no ensino de língua estrangeira. Tradução: O. M. Bandeira de Melo
Júnior. Bakhtiniana – Revista de Estudos do Discurso, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 134-152,
2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/bak/v12n3/2176-4573-bak-12-03-0134.pdf.
McLaren, P. (2000). Multiculturalismo revolucionário: pedagogia do dissenso para o novo
milênio. Artmed.
Mendes, E. (2015). A ideia de cultura e sua atualidade para o ensino-aprendizagem de
LE/L2. Revista EntreLínguas, Araraquara, v. 1, n. 2, p. 203-221. Disponível
em: https://doi.org/10.29051/el.v1i2.8060.
Morello, R. Martins, M.F. (Org.) (2016). Políticas linguísticas em contextos plurilíngues:
desafios e perspectivas para a Escola. Florianópolis-SC: IPOL/Editora Garapuvu. 248p.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1CRbWHheOaZm-
WOXl68WuSBAnTgroKTKE/view. 

174
Plano Temático de Processo de Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa
Disciplina: Processo de Ensino- Nº créditos: Horas lectivas 3o Ano
Aprendizagem da Língua 5 Contacto: Trabalho I Semestre
Portuguesa 48 Independente:
Código: 77
Tipo: Específico
Modalidade: Presencial
Docentes:

Nota Introdutória
Na formação do futuro professor de língua portuguesa reconhece-se o valor educacional das
línguas, nas dimensões formativa e político-social, assim como os usos sociais que o domínio
das línguas permite, remetendo sempre para uma dimensão pragmática, sendo o ensino e a
aprendizagem de línguas igualmente importante enquanto construtora de literacia.
Discutem-se, ao longo desta disciplina, questões relativas ao ensino da leitura, da escrita, da
oralidade e da gramática; à avaliação de cada um destes domínios; às relações pedagógicas e à
organização do trabalho docente; às instituições de ensino e à delimitação de programas de
ensino.

1. Competências
 Conhece os fundamentos teóricos da Didáctica do Português e aplica-os ao processo de
ensino-aprendizagem da LP;
 Reflecte, criticamente, sobre a prática pedagógica, no sentido de reconstruir o conhecimento
didáctico;
 Utiliza saberes e conhecimentos relacionados com os pressupostos teóricos do ensino de
línguas;
 Mobiliza saberes e conhecimentos relacionados com os fundamentos teóricos da Didáctica
do Português e do processo de ensino-aprendizagem da LP.

175
2. Objectivos gerais
 Adquirir conhecimentos sobre a Didáctica do Português, considerando as características do
contexto que envolve o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa em Moçambique;
 Desenvolver capacidades teórico-pedagógicas que visem a intervenção activa no ensino do
Português em Moçambique;

2. Pré-requisitos: Novos Enfoques Didácticos no Ensino da LP

4. Conteúdos temáticos
Nr. Tema Horas Horas de
de estudo
contacto
1 O Ensino da Língua Portuguesa em Moçambique
1.1. Enquadramento histórico, político e social;
1.2. Metas e finalidades do E/A da LP (EB + ESG); 9 14
1.3. Implicações e consequências pedagógicas da situação
sociolinguística de Moçambique.
2 O ensino de Língua Portuguesa em contextos heterogéneos
2.1. do ponto de vista social;
9 14
2.2. do ponto de vista cultural;
2.3. do ponto de vista linguístico.
3 O ensino de Língua Portuguesa no ESG
2.1. A Leitura;
2.2. A Oralidade;
2.3. O Vocabulário; 30 49
2.4. A Escrita;
2.5. A Gramática;
2.6. A Avaliação.
Total de horas parciais 48 77
Total de horas 125

176
5. Estratégias de ensino-aprendizagem
A disciplina de o Processo de Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa terá um carácter
teórico e prático, por forma a, por um lado, permitir que o estudante adquira conhecimento
teórico de base e, por outro, analise o ensino da língua portuguesa em Moçambique à luz
daquele conhecimento.

Nesta disciplina prevê-se utilização de uma metodologia de base construtivista desenvolvida a


partir de reflexões e análises centradas nos conteúdos temáticos.

6. Avaliação
Nesta disciplina prevê-se:
HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO EXAME
INDEPENDENTE

A realização de testes escritos Trabalhos individuais de leitura e análise Disciplina sem exame
A apresentação de seminários de textos especial em grupo
A elaboração de portefólios

7. Língua de ensino
Português

8. Bibliografia
AMOR, Emília. Didáctica do Português – Fundamentos e Metodologia. Lisboa: Texto
Editora, 1983.
BRANDÃO, Helena e MICHELETTI, Guaraciaba. Aprender e ensinar com textos didáctica e
paradidáticos. São Paulo: Cortez Editora, 1998.
CARVALHO, Adalberto (Org.). Novas metodologias em Educação. Porto: Editora, 1995.
CARVALHO, J. A. B. (2001). O ensino-aprendizagem da escrita: avaliar capacidades,
promover competências.
CARVALHO, J. A. B. (2013). A escrita na escola: uma visão integradora. Interacções, 9(27).
CASTRO, R. V. D., & Dionísio, M. D. L. D. T. (2003). A produção de sentido (s) na leitura
escolar: dispositivos pedagógicos e estratégias discursivas no" trabalho interpretativo".
CITELLI, Adilson (coord.) Aprender e ensinar com textos não escolares. São Paulo: Cortez
Editora, 2000.
177
COSTA, D. A. G. D. (2006). Livros didáticos de língua portuguesa: propostasdidáticas para
o ensino da linguagem oral (Master's thesis, Universidade Federal de Pernambuco).
DE ARAÚJO Osias, J. P. (2010) Os gêneros orais como objeto de ensino. Revista
TEMÁTICA, Ano VI, n. 08.
DELORS, Jacques (coord.) Educação um tesouro a descobrir. Relatório da UNESCO da
Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. Porto: Edições ASA, 1997.
EFKEN, K. H., & da Cunha, A. O. C. V. (2016). A Leitura Interacional E A Formação Do
Leitor Competente. Revista Intersecções, 9(20), 51-65.
FAZENDA, Ivani (Org.) Didáctica e Interdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 1998.
GÉRARD, François-Marie e ROEGIERS, Xavier. Conceber e avaliar manuais escolares.
Porto: Porto Editora, 1998.
JANTSCH, Ari e BIANCHETTI, Lucídio (Org.). Interdisciplinaridade. Para além da
Filosofia do Sujeito. Petrópolis: Editora Vozes, 1995.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez Editora Vozes, 1999.
LIPMAN, Mattthew. O Pensar na Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
LUCKESI, Carlos Cipriano. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez Editora, 1994.
MARCUSCHI, B., & SUASSUNA, L. (1999). Avaliação em língua portuguesa. Formação
do educador, avaliação & ensino. Recife: Editora da UFPE.
MARCUSCHI, B., & SUASSUNA, L. (2007). Avaliação em língua portuguesa: contribuições
para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Plano Estratégico de Educação 1997-2001."Combater a
Exclusão, Renovar a Escola" Maputo: MINED, sd. Política Nacional de Educação e
Estratégias de Implementação. Maputo: MINED, sd.
MORIN. The learner-centred curriculum (1988a). Syllabus design. (1998b).
POMBO, Olga; GUIMARÃES, Henrique M.; LEVY, Teresa. A Interdisciplinaridade.
Reflexão e Experiências. Porto: Editora, 1994.
SACRISTÁN, Gimeno. O Currículo. Uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Artmed,
2000.
SAVIANI, Nereide. Saber Escolar, Currículo e Didáctica. Problemas da unidade
conteúdo/método no processo pedagógico. Campinas: Editora Autores Associados, 1998.
SILVA, A. C. D. (2011). Autonomia e aprendizagem pela descoberta: o caso das gramáticas
escolares da TLEBS.
SKILBECK, Malcolm. A reforma dos Programas Escolares. Rio Tinto: Edições ASA, 1992.

178
SOARES, Maria Almira. Ensinar. Reflexões sobre a prática docente. Lisboa: Editorial
Presença, 2000.
TOCHON, François Victor. A Língua como projecto didáctico. Porto: Editora, 1995.
TRAVAGLIA, L. C. (2002). Para que ensinar teoria gramatical. Revista de estudos da
linguagem, 10 (2), 135-231.

9. Docente
A docência da disciplina de O Processo de Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa
envolverá docentes área da Didáctica. A leccionação da mesma será em sistema rotativo.

179
Programa temático da Disciplina de Estudos Literários Africanos Comparados
Disciplina: N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 3º
Código: HC: HEI: Semestre:
Tipo: 6 80 70 150
Modalidade: Presencial / Híbrida
Docente: Coordenador Prof. Doutor Agostinho Goenha

Nota Introdutória
Esta Disciplina corporiza o processo de realização da 4ª Reforma Curricular na UP e 1ª, da
Universidade Pedagógica de Maputo.

1. Objectivos
- Conhecer os instrumentos teóricos e práticos adequados aos processos de estudo dos
fenómenos literários africanos, numa perspectiva comparada intra e intercontinental africana.
- Reconhecer a especificidade dos Estudos Literários Africanos Comparados como
categorias de análise científica.
- Desenvolver um raciocínio crítico em relação aos textos literários e culturais, relacionando e
discutindo as categorias e os pressupostos teóricos e de hermenêutica.
- Produz análises comparadas sobre os estudos literários e culturais africanos, de extensão e
complexidade diversificadas, exercitando e demonstrando a capacidade de integração e
reutilização dos processos analíticos.

2. Competências a serem desenvolvidas


- Realiza leituras e reconhece os conceitos teóricos que operacionalizam os estudos sobre a
crítica literária e cultural.
- Utiliza com rigor, os conceitos e as noções fundamentais do campo da teoria e da crítica
literárias.

180
- Elabora textos de opinião crítica sobre noções, categorias de estudo, hermenêutica,
epistemologia e ontologia, sob a forma de «ensaios», «recensões críticas» e de «resenhas».

3. Pré-requisitos:
Disciplina inicial (sem precedência).

4. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
Pan-Africanismo e Literatura: teoria e prática literária
Estudo dos poetas e escritores (a selecionar) mais 20 17.5
1 representativos das Américas e da África: EUA, Antilhas e
África Oriental e Ocidental.
Pan-Africanismo e Literatura: teoria e prática literária.
- Influências e seguidores: poetas e escritores mais 20 17.5
2
representativos da África Lusófona
Negritude: dinâmica cultural e literária em Paris: teorias e
práticas. 20 17.5
- Ramificações para a África «francófona»
3 - Poetas e escritores mais representativos da África
Ocidental e do Norte.
4 Negritude: dinâmica cultural e literária em Paris: teorias e 17.5
práticas. 20
- Poetas e escritores mais representativos da África
Lusófona.
Subtotal 80 70
Total 150

5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
A Disciplina de Estudos Literários Africanos Comparados será ministrada tendo em conta
a conceitualização teórica e a componente prática; para o efeito, a sua abordagem será
baseada em Conferências e em Seminários, seguidos de trabalhos práticos realizados
individualmente e/ou em grupos, dentro e fora da aula, com vista a desenvolver capacidades

181
de abordagens de textos de bibliografia activa ou passiva. Na mesma perspectiva, os
estudantes farão a apresentação de trabalhos de pesquisa, previamente recomendados ou
pesquisados.

6. Estratégias de Avaliação
- Dois Exercícios escritos, no mínimo, no modelo clássico.
- Debates e apresentação de Conferências e Seminários individualmente ou em grupos.
- Um (no mínimo) trabalho de pesquisa individual e/ou em grupo sobre um tema fricanras
pelo estudante e/ou sugerido pelo docente.
- Um Exame Normal e, alternativamente, um Exame de Recorrência, conforme o
Regulamentado.

7. Bibliografia
Estudos Literários: teoria e crítica
ASHCROFT, Bill et al., Key concepts in post-colonial studies, London and New York,
Routledge, 1998.
___________________, The post-colonial studies reader, London and New York, Routledge,
1995.
____________________, The Empire Writes Back – Theory and Practice in Post-Colonial
Literatures, London and New York, Routledge, 1989.
BHABHA, Homi K., «Disseminação: Tempo, Narrativa e as Margens da Nação Moderna», in
Floresta Encantada, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2001.
BISHOP, Rand, African literature, frican critics: the forming of critical standards: 1947-
1966, Nova Iorque: Greenwood, 1988.
CARVALHO, Alberto, “Para uma historiografia literária angolana”, Vértice 55, Lisboa,
Julho-Agosto de 1993.
______________, A Ficção de Baltasar Lopes – contributo para a originalidade da
literatura cabo-verdiana, Tese de Doutoramento, 1988 (policopiado).
- CÉSAR, Amândio, Parágrafos de literatura ultramarina (Sociedade de expansão cultural),
Braga, Livraria Editora, Pax, Lda., 1967.
- CHABAL, Patrick, Vozes moçambicanas – Literatura e Nacionalidade (Colecção Palavra
africana), Lisboa, Veja, 1994.

182
- CRISTÓVÃO, Fernando (coordenação), et. All, Condicionantes culturais da literatura de
viagens (Estudos e bibliografias), Lisboa, Edições Cosmos, 1999.
- ____________________________________, Nacionalismo e regionalismo nas Literaturas
Lusófonas, Lisboa, Edições Cosmos, 1997.
- _____________________________________l, O Olhar do viajante – dos navegadores aos
exploradores (Série Literatura de viagens II), Coimbra, Almedina, 2003.
- DABLA, J.-J. Séwanou, Nouvelles écritures africaines – Romanciers de la seconde
génération, Paris : Harmattan, 1986.
- DUFFY, James. Portuguese Africa, Cambridge, M. A. (Massachusetts), Harvard University
Press, 1961.
- FERREIRA, Manuel, Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa. S/l, Instituto de
Cultura Portuguesa, (vol I), 1979.
- __________________, No Reino de Caliban: Antologia Panorâmica da Poesia Africana de
Expressão Portuguesa, vols. I , II e III. Lisboa, Plátano, 1988.
- ___________________ O Discurso no Percurso Africano I, II; Contributo para uma
Estética Africana. Lisboa, Plátano, D.L., 1989.
- FINNEGAN, Ruth, Oral literature in Africa, Oxford: Oxford University Press, 1970.
- GENETTE, Gérard, Discurso da Narrativa, Lisboa, Veja, s/d, Práticas de Leitura 8 (trad. de
Fernando C. Martins, pref. De Maria Alzira Seixo).
- GRANQVIST, Raoul (ed.), Canonization and teaching of African literatures, Amsterdão,
Atlanta: Rodopi, 1990, Matatu 7.
- HAMILTON, Russell G., Literatura africana literatura necessária I-II, Lisboa: Ed. 70.
1981-1984.
- LARANJEIRA, José Luis Pires. Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa, (com a
colaboração da Inocência Mata, Elsa Rodrigues dos Santos). Lisboa, Universidade Aberta,
1995.
- LEITE, Ana Mafalda, A poética de José Craveirinha, Lisboa: Veja, 1991.
- LIMA, Fernando Araújo, Ensaio sobre Ruy de Noronha – Poeta de Moçambique (Colecção
Autores Lusíadas), Braga, Editora Pax, 1980.
- MARGARIDO, Alfredo, Estudos sobre literaturas das nações africanas de língua
portuguesa, Lisboa: A regra do jogo, 1980, Ensaios.
- MARTINHO, Ana Maria M. F., “O Fantástico na Obra de Orlanda Amarílis”, Vértice 55,
Julho-Agosto. II Série, 1993.

183
- _________________________, Contos de África escritos por mulheres, Editorial Pendor,
Évora.
- ___________________________,“Tradição e mudança nas literaturas africanas de língua
portuguesa”, in Identidade, Tradição e Memória, Actas do 1º Colóquio Interdisciplinar da
FCSH – UNL, Nº9,1997.
- __________________________, “Reflexões em torno dos contributos literários na
Mensagem da CEI”, Associação Casa dos Estudantes do Império, Lisboa,1997.
- ___________________________, Situação da Mulher Escritora em África e na América
Latina (org. and participation), 1999.
- ____________________________.“A Mulher Escritora em África”, in Santa Barbara
Portuguese Studies, 1999.
- ____________________________, “Escritoras africanas: permanência, descontinuidades,
exílio” in Faces de Eva 3, 2000.
- ____________________________,Interview with the Capverdian writer Orlanda Amarílis
in Faces de Eva 4, 2001.
- _____________________________, Cânones literários e educação: os casos angolano e
moçambicano, Fundação Calouste Gulbenkian/ Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2001.
- MARTINHO, Fernando J. B., “A América na poesia de Rui Knopfli”, Literaturas africanas
de língua portuguesa, Lisboa: FCG, 1987.
- ______________________________, “O Negro Americano e a América na poesia de
Agostinho Neto”, África nº7, Linda-a-Velha: ALAC, Jan-Mar. 1980.
- MATESO, Locha, La littérature africaine et sa critique, Paris : ACCT-Karthala, 1986
- ______________, « Critique et Reception des Littératures Négro-Africaines », L’Afrique
Littéraire et A-rtistique, nº50, 4º trim., 1978.
- Mensagem – número especial, Lisboa: ACEI, 1997.
- MESTRE, David, Nem tudo é poesia, 2ª ed., Luanda: UEA, 1989, Estudos.
- ___________, Lusografias crioulas, Évora: Pendor, 1997.
- MOSER, Gerald, “Tradition et revolution en Angola. Tentatives d’une conciliation par la
littérature reflettées dans deux suppléments littéraires (1972-1976)”, Les littératures
africaines de langue portugaise  : à la recherche de l’identité individuelle et nationale, Paris :
FCG/Centre Culturel Portugais, 1985.
- _____________; Ferreira, Manuel, Bibliogafia das fricanras africanas de expressão
portuguesa, Lisboa: INCM, 1983.

184
- MOURALIS, Bernard, Littérature et développement : essai sur le statut, la fonction et la
représentation de la littérature négro-africaine d’expression française, Paris, Silex, 1984.
- OLIVEIRA, Mário António Fernandes de, Reler África, Coimbra: Instituto de Antropologia
da Universidade de Coimbra, 1990.
- RICARD, Alain, Littératures d’Afrique noire – des langues aux livres, Paris :
CNRS/Karthala, 1995.
- RODRIGUES, Urbano Tavares, Um novo olhar sobre o Neo-Realismo, Lisboa, Moraes,
1981, Margens do Texto.
- SOARES, Francisco, “Da angolanidade literária de Geraldo Bessa Victor “, Vértice 55,
Lisboa, Julho-Agosto de 1993.
- ________________, A lírica em verso de «M. António»: uma estética e uma ética da
crioulidade angolana- estudo literário, Évora: Pendor, 1996.
- __________________, Notícia da Literatura Angolana, Lisboa, INCM, 2001.
- TRIGO, Salvato. A poética da «Geração da Mensagem» (Colecção Literaturas africanas,
vol. II). Porto, Brasilia Editora, 1979.
- ___________________, Ensaios de literatura comparada afro-luso-brasileira, Lisboa:
Veja, [1986?], Universidade.
- ___________________, Introdução à literatura angolana de expressão portuguesa, Porto:
Brasília, 1977, Literaturas Africanas I.
- ____________________, «Literatura Colonial», in Literaturas Africanas de Língua
Portuguesa (Compilação com a coordenação de Manuel Ferreira). Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 2ª ed., 1994.
- União de Escritores Vejagolanos, Teses Angolanas – documentos da VI conferência dos
escritores afro-asiáticos I, Luanda : UEA, 1981, Estudos.
- VVAA, Luandino: José Luandino Vieira e a sua obra, Lisboa: Ed. 70, 1980.
- VVAA, Négritude  : traditions et développement, Bruxelas : Complexe, 1978 (dir. Guy
Michaud).
- VVAA, Textes africains et voies, voix critiques : essais sur les littératures africaines et
antillaises de graphie française, Paris : Harmattan, 1992 (rec. E apr. Claude Bouygues).
- VVAA, The post-colonial condition of frican literature, African Literature Association,
Africa World Press, inc., 2000.
- VENÂNCIO, José Carlos. Literatura e Poder na África Lusófona. Lisboa, ICLP (Diálogo –
Série Convergência), 1992.

185
- WRIGHT, Edgar (ed.), The critical evaluation of frican literature, Londres, Ibadan, Nairobi:
Heinemann, 1973.

Estudos Culturais
- ABRANCHES, Henrique, Identidade e Património Cultural, Luanda, UEA, 1989, Estudos.
- África – literatura, arte e cultura, nos. 1-14, Linda-a-Velha, 1978-1986.
- BLOOM, Allan, A cultura inculta – ensaio sobre o declínio da cultura geral (De como a
educação superior vem defraudando a democracia e empobrecendo os espíritos dos
estudantes de hoje), Lisboa: Europa-América, 1988, trad. de Francisco Faia (tít. Orig: The
closing of the american mind, pról. De Saul Bellow).
- ______________, Gigantes e anões (Ensaios, 1960-1990), Lisboa: Europa-América, 1990,
trad. de Mário Matos (tít. Orig: Giants and dwarfs: Essays, 1960 -1990).
- BROONOWSKI, Jacob, A tradição intelectual do Ocidente, Lisboa: Edições 70, 1983.
- CAETANO, Marcello, Tradições, princípios e métodos da colonização portuguesa, Lisboa:
Agência Geral do Ultramar, 1951.
- DIAGNE, Pathé, “Renascimento e problemas culturais em África”, Introdução à cultura
africana, Lisboa: Edições 70.
- GONÇALVES, José Júlio, “Gilberto Freyre, O sociólogo e teorizador do luso-tropicalismo”,
Boletim da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, nº3, 1967.
- LARANJEIRA, J. L. Pires, De letra em riste – identidade, autonomia e outras questões nas
literaturas de Angola, Cabo Verde, Moçambique e S. Tomé e Príncipe, Porto: Afrontamento,
1992.
- Nacionalismo-Regionalismo, Actas do Congresso realizado na FLL em 1994, Lisboa:
Cosmos, 1997.
- OKPAKU, Joseph, “Tradition, Culture and Criticism”, Présence Africaine nº 70, 1969.
- OLIVIER, Roland et all., A short history of Africa, 6ª ed., Londres: Penguin, 1988.
- SWEETMAN, David, Grandes mulheres da história africana, Lisboa: Nova Nórdica, 1984.
- VENÂNCIO, José Carlos (coord.), O desafio africano, Lisboa: Veja, 1997, Palavra africana.
- __________________, Literatura e poder na África lusófona, Lisboa: ICALP, (Diálogo-
Convergência), 1992.

186
Programa temático da disciplina de Língua Inglesa II
Disciplina: Língua Inglesa II No créditos: Horas lectivas Ano: 3º
Código: 4 Contacto: Trab. Independ: Semestre:
Tipo: Complementar 48 52 2º
Modalidade: Presencial
Docente: Docente da área

1. Competências
a) Desenvolver e usar os diferentes tipos de discurso oral e escrito em Inglês;
b) Descrever e explicar vários fenómenos, situações e processos, usando o nível de língua
apropriado;
c) Usar o nível de língua apropriado em várias situações de discurso social, profissional e
académico.

2. Objectivos gerais
a) Adquirir conhecimentos sólidos da língua inglesa e uma compreensão do papel desta
língua em Moçambique, na África Austral e no mundo;
b) Desenvolver capacidades de trabalho em grupo, capacidade de análise crítica e tomada de
decisões no desenvolvimento de trabalhos-projecto de língua Inglesa.
c) Aplicar todos as técnicas para desenvolver aprendizagem autónoma e contínua.

3. Pré-requisitos
Para frequentar esta disciplina os estudantes deverão ter concluído Língua Inglesa I.

4. Conteúdos (plano temático)


Nível de conhecimento da língua Os conteúdos temáticos para este semestre são equiparados
aos materiais do ensino de Inglês ao nível de língua Upper-Intermediate (Units 7-12). Do
manual: CUNNINGHAM S and Moor P Cutting Edge Upper Intermediate: Longman, Essex,
2003.

187
Nº Tema Horas de Horas de
Contacto Estudo
1 1. Events: Relative Clauses
 Language Focus: Relative clauses: do, be, have.
Naming the tenses, questions and negatives and short
answers.
 Quantifiers
 Vocabulary: Sounds and spelling: meat /i:/, great /ei/
2.Reading: We saw history in the making
 Listening: Listen to special events 5 4
 Speaking: Information gap-The life of a Times
journalist, Discussion- What’s the most important
invention?
 Every day English: Social expressions: Never mind,
it’s my round, you must be joking!
 Writing: Correcting language mistakes in an informal
letter, Symbols for correction.
2 3. Strange but true! 5 4
 Language Focus: Overview of modal verbs Present
simple and continuous, present passive, action and state
verbs.
 Vocabulary: Mysteries and oddities Extreme adjective;
E xtreme adjectives
4.Reading: Sister Wendy, TV star- the nun who is also a
TV star
5. Listening: Three people talk about their favourite spots
or leisure activities.
 Speaking: Discussion-What’s important to you in life?
Clothes? Travel?/talk about favourite sports
 Every day English: Numbers: money, fractions, dates,
phone numbers.
 Writing: Descriptive writing: Describing a person,

188
Adverbs of degree
3 Getting it right
 Language Focus: Use and non-use of articles; Different
ways of giving emphasis
 Vocabulary: Art, music and Literature. Verbs and nouns
that go together.
6. Reading: How to stand out of the crowd
4 4
7. Listening: Taking notes.
 Speaking: Talk about favourite poem, piece of music or
painting/exchanging information about a famous writer,
painter and a musician
 Every day English: Giving opinions
 Writing: writing a narrative
4 Doing the Right Thing
 Language Focus:Modal verbs: obligation and permission,
can, have to, allowed to/ must, mustn’t and should
 Vocabulary: Adjectives that describe people; word
formation.
8.Reading: A World guide to good manners: how to behave
properly in different parts of the world
4 4
9.Listening: School days long ago/entertaining friend in
three different countries.
 Speaking: Talking about school rules/ National
stereotypes. Discussion- The rules of etiquette in different
countries.
 Every day English: requests and offers
 Writing: Filling in a form
5 Media 4 4
 Language Focus: reporting people’s exact words; Verbs
that summarise what people say
 Vocabulary: The Media
10. Reading: Media facts and figures.
11. Listening: The geography of the British Isles/weather
189
forecast
 Speaking: Arranging to meet/ Class survey-favourite
holidays.
 Every day English: Travelling around/Using public
transport
 Writing: Sending a Fax
6 Lifes Issues
 Language Focus: Hypothetical situations in the present
 Hypothetical situations in the past
 Vocabulary: Science and process
12. Reading: Interfering with nature.
13. Listening: Two English people talk about living in
New York; an American gives her impressions of living in 4 4
London.
 Speaking: Talking about food, cooking and restaurants.
Exchanging experiences about capital cities.
 Every day English: Sign and soundbites
 Writing: Descriptive writing (2) describing a room.
Relative pronouns who, which, that, where, whose.
7 Fame
 Language Focus: Use of gerunds and infinitives
 Different infinitive and gerund forms
 Vocabulary: Fame
14. Reading: Fifteen minutes of fame
15. Listening: Celebrities and the Media. 4 4
 Speaking: Exchanging information about three modern
servants. Roleplay: choosing a career. Discussion-retirement
 Every day English: On the phone, living a message on
the phone.
 Writing: Formal Letters: a letter of application.
8 Imagine 4 4
 Exploring English Songs in Language learning (Pop songs

190
and contemporary songs, The Beatles, John Lenon, U40,
Eric Clapton)
 Language Focus: Conditionals: First, second and zero
conditionals/Time clauses: when and as soon as
 Vocabulary: Base and strong adjectives; big, huge
16. Reading: Who wants to be a millionaire? We do! – The
ups and downs of winning a fortune
17. Listening:
 Speaking: Maze-you’ve won £5m. Where will your life
go from here?/ Discussion: which charity would you give
to?
 Every day English: Making suggestions.
 Writing: Words that join ideas./ Linking devices and
comment adverbs in an informal letter: although, however,
actually, anyway.
9 Relationships
 Language Focus: Modal verbs (2) probability: present
and past; must be, might have been; can go, could have
gone
 Vocabulary: Character adjectives: sociable, easy going
18. Reading: The man who planted trees- a short story by
Jean Giono, which shows how the actions of one person can
change the world. 4 4
19. Listening: Two people talk about their families- one
from a large family, the other an only child.
 Speaking: Quiz-what sort of person are you?/ Class
survey about brothers and sisters.
 Every day English: Agreeing and disagreeing; so do I,
neither do I
 Writing: Sentence combination: describing a person.
10 Obsessions 4 5
 Language Focus: Present perfect continuous: Simple VS

191
continuous. Time expressions: since, until
 Vocabulary: Compound nouns: postcard, post office
20. Reading: Death cigarettes? You must be joking!- an
interview with the man who market a cigarette called Death.
21. Listening: Collectors and their collections
 Speaking: Discussion: the right smoke? / exchange
information about two collectors. / guessing game.
 Every day English: Complaining: too much, not enough
 Writing: Beginning and ending letters, formal and
informal letters.
11 Tell me about it!
Language Focus: Indirect questions/ question tags
Vocabulary: Verbs and nouns that go together/Idioms
22. Reading: You ask… we answer!-questions and answers
from a science magazine.
23. Listening: The forgetful generation- a radio programme
4 5
Speaking: Information gap-Madame Tussaud’s / Stories of
forgetfulness
Every day English: Informal language: ninety quid,
what’s up with him?
Writing: Producing a class poster. / for and against living
in the city: what’s more, on the plus side
12 Two weddings, a birth and a funeral! 4 6
Language Focus: Reported speech/reported statements
and questions/reported commands.
Vocabulary: words connected with birth, marriage and
death. Honeymoon, pram.
24. Reading: David Copperfield- an extract about the day
of David’s birth from the novel by Charles Dickens.
25. Listening: Two people give statements to the police./ A
poem- Funeral blues, by W H Auden
Speaking: Discussion- What arte the customs connected

192
with births, weddings, and funerals?
Every day English: saying sorry: Pardon?, Excuse me!/
Social situations.
Writing: Correcting language mistakes in an informal
letter.
Subtotais 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino – aprendizagem


A disciplina de Língua Inglesa terá um carácter teórico e prático, com mais enfoque no
método comunicativo. O ensino será centrado no estudante e caberá ao docente o papel de
providenciar as ferramentas necessárias para aprendizagem.

6. Métodos de avaliação
A disciplina de Língua Inglesa inclui aulas teóricas que abordam as regras gramaticais, as
estruturas discursivas e o universo linguístico e cultural do Inglês. As aulas práticas
complementam a teoria e incluem a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos em
situações reais de comunicação oral e escrita.

7. Língua de ensino
A língua Inglesa é a língua do ensino

8. Bibliografia
BROWN, C.P. and Mullen, D.P. (1984). English for Computer Science. Oxford University
Press.
CUNNINGHAM S and Moor P. Cutting Edge Pre Intermediate English Course Longman,
Essex, 2003.
Oxden C and Lathan-Koeng C English File Upper intermediate English Course Oxford
University Press, Oxford 1999
SOARS, J & L. Headway. Pre-intermediate. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS, J & L. Headway. Intermediate. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS, J & L. Headway. Upper-intermediate. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS, J & L. Headway. Advance. Oxford University Press, Oxford, 1989.

193
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate the 3rd Edition – Cassette Oxford
University Press, Oxford 2003
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate the 3rd Edition – Workbook Oxford

194
Programa Temático da Disciplina de Língua Francesa II
Disciplina: Língua Francesa II Horas lectivas 3o
Ano
Código: No créditos: 2o Semestre
Contacto: Trab. Independ:
Tipo: complementar 4
48 52
Nivel:
Modalidade: Presencial
Docente:

1. Nota Introdutória
2. Competências
a. Organizar um discurso
b. Transmitir informações servindo-se de fontes escritas;
c. Dar instruções objectivas e concisas;
d. Identificar elementos de um texto que facilitem a sua compreensão;
e. Identificar informações sobre aspectos da realidade dos países francófonos nos diferentes
suportes didácticos utilizados.

3. Objectivos gerais
a. Adquirir conhecimentos ligados à cultura e civilização francesa de forma geral e ao
vocabulário e gramática da língua francesa em particular;
b. Desenvolver capacidades de reformulação informações escritas ou orais e vice-versa;
c. Aplicar metodologias de ensino e aprendizagem da gramática da língua francesa
privilegiando sempre a competência comunicativa.

4. Pré-requisitos
Francês I

195
5. Conteúdos (plano temático)
Nº Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 - Opiniões 7 8
 Exprimir um ponto de vista, exprimir uma certeza
 Encontrar ideias ou argumentos e os classificar
 Introdução a argumentação
 Compreender o conteúdo argumentativo de um artigo
2 - Formules 7 6
 Actos de Fala
 Interagir ao telefone
 Escrever trechos sobre datas comemorativas
3 - Acções 7 8
 Propor alguma coisa a alguém
 Escrever um texto de promoção turística
4 - Sentimentos 7 6
 Demonstrar interesse por alguém
 Questionar sobre o estado de espírito
 Falar com precisão de suas paixões, gostos e
comportamentos
5 - Textos 7 8
 Ler para orientar-se
 Captar informações de um anúncio
 Reconhecer formato de escrita formal de um texto
 Contar uma história ou anedota
6 - Discussões 7 8
 Participar de uma discussão sobre um assunto social
 Participar activamente em discussões formais e
informais
 Redigir uma reacção a um sujeito de sociedade
 Reformular e estruturar ideias
7 - Correspondência 6 8

196
 Redigir uma carta formal
 Rituais da carta formal
Subtotais 48 52
Total 100

6. Métodos de ensino – aprendizagem


A disciplina Francês II terá um carácter teórico e prático de forma a elevar o nível de língua
dos estudantes em geral com maior enfoque para o grupo especial que temos vindo a receber
do Ministério da Educação e Cultura, visto que neste curso a língua francesa é língua de
ensino.
A aprendizagem terá como base alguns manuais de ensino de francês língua estrangeira o que
nos permitira tratar aspectos ligados a língua e a cultura francesa em comparação com os
aspectos da cultura dos estudantes.

7. Métodos de avaliação
Horas de contacto Horas de estudo
Teste 1 Trabalhos em grupo
Teste 2 Redacções
Fichas de exercícios

8. Língua de ensino
Francês
9. Bibliografia
ARRIVE, M. et al. LA grammaire alphabétique de linguistique française. Paris, Flammarion,
1986.
CHUILON, C. Grammaire pratique du français de A à Z. Paris, Didier, 1986.
BOULARES, M. et FREROT, J-L. Grammaire progressive du français : avec 400 exercices.
Paris, CLE International, 1997.
CAMPA, A. et al. Forum 2 : méthode de français. Paris, Hachette, 2001.
CAMPA, A. et al. Forum 2 : cahier d’exercices. Paris, Hachette, 2001.
CAPELLE, G. et FREROT, J-L. Grammaire de base du français contemporain. Paris,
Hachette, 1979.
LAVENNE, Christian et all. Studio 100. Méthode français. Niveau 2. DIDIER. 2002.
197
LAVENNE, Christian et all. Studio 100: cahier d’exercices. Niveau 2, DIDIER, 2002.

Programa temático da Disciplina de Língua Portuguesa e Interculturalidade na CPLP


Disciplina: Horas Lectivas Ano: 1º
Código: LPIC N˚ de Créditos:
6 HC: HEI: Semestre: II
Tipo:
64 86
Modalidade:
Docente:

Nota Introdutória
A disciplina de Língua Portuguesa e Interculturalidade na CPLP visa dotar os estudantes de
ferramentas sobre a génese da formação da língua portuguesa, períodos e espaços de expansão
bem como articular saberes sobre o contacto que a língua portuguesa tem com as diversas
línguas nos espaços lusófonos.

1. Objectivos
 Adquirir uma visão global da Lusofonia e do mundo lusófono numa perspectiva
intercultural;
 Descrever a génese e formação da língua portuguesa;
 Conhecer a expansão da Língua Portuguesa no mundo, a saber, na Europa (Portugal), na
América (Brasil), em África (Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e
Príncipe) e na Ásia (Goa, Macau, Timor-Leste);
 Reconhecer alguns aspectos histórico-culturais, sócio-económicos, políticos e linguísticos
dos países de Língua Oficial Portuguesa, que os tornam uma comunidade, tendo como foco o
caso de Moçambique;
 Conhecer algumas instituições que ligam os “países lusófonos”, nomeadamente a
Conferência dos Países de Língua Portuguesa (C.P.L.P.) e o Instituto Camões;
 Ser capazes de reconhecer e identificar a Língua Portuguesa na sua diversidade e unidade;

198
 Reconhecer diferentes situações sociolinguísticas da Lusofonia, nos chamados “países
lusófonos” e noutros países do mundo (nas comunidades de falantes de Língua Portuguesa na
diáspora).
2. Competências a serem desenvolvidas
 Desenvolve conhecimentos gerais sobre a Lusofonia e o mundo lusófono numa perspectiva
intercultural;
 Descreve a génese e formação da Língua Portuguesa e a sua expansão no mundo;
 Conhece alguns aspectos históricos, sociais, económicos, políticos, culturais e linguísticos
dos países de Língua Oficial Portuguesa, que os tornam uma comunidade localizando o caso
de Moçambique;
 Conhece algumas instituições que ligam os “países lusófonos”, nomeadamente a
Conferência dos Países de Língua Portuguesa (C.P.L.P.) e o Instituto Camões.

3. Pré-requisitos: Nenhum.

4. Plano temático
N˚ Temas Horas
Contacto Estudo
1 A introdução à problemática da Lusofonia e do mundo lusófono: 5 5
a origem do termo Luso (lusitano) e seus compostos e derivados;
definições e conceitos.
2 A Língua Portuguesa no mundo e a sua relação e coabitação
com outras línguas. 5 6
As comunidades falantes de Português na diáspora e sua relação
sociolinguística e cultural com os países de acolhimento
3 Relações linguísticas, culturais e socio-económicas entre os
países de Língua Oficial Portuguesa: Portugal, Brasil, Cabo 10 12
Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola,
Moçambique e Timor-Leste.
4 Alguns aspectos de história e tradição relacionados com a 5 7
Língua Portuguesa em Goa (Índia) e Macau (China),
nomeadamente no vocabulário religioso, na antroponímia
(patronímicos) e na toponímia.
199
5 Alguns subsídios históricos da génese e formação do Português: 5 7
localização geográfica de Portugal na Península Ibérica; povos
que habitaram a península (celtas e iberos);os lusitanos e a
romanização; a cristianização do império romano; as invasões
bárbaras e a queda do império romano; a invasão dos árabes e
berberes e a reconquista dos reinos cristãos; a independência de
Portugal no século XII.
6 . Do Latim ao Português: alguns aspectos linguísticos (fonéticos, 5 10
léxico-semânticos e sintácticos) na génese e evolução do
Português, desde o latim vulgar e o galego-português até ao
Português do século XV.
7 O papel do Instituto Camões na promoção da Língua Portuguesa 5 10
O premio Camões
Acordo Ortográfico
Escritores da CPLP
8 Português em Portugal suas relações com Mirandês e línguas 5 6
dos imigrantes
9 Português no Brasil e sua relação com línguas indígenas 5 6
10 Português em Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guine Bissau 14 18
e São Tome e Príncipe relação com outras línguas
Subtotal 64 86
Total 150

5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
A disciplina será leccionada em regime semestral. Serão ministradas aulas teóricas e práticas,
usando-se os métodos expositivo e de elaboração conjunta. As exposições teóricas serão
complementadas e aprofundadas pela análise de fenómenos relacionados com a língua
portuguesa julgados relevantes nos domínios em estudo, particularmente os que dizem
respeito à variedade desta língua em Moçambique.

De forma a terem uma visão aprofundada destes fenómenos, os estudantes farão


sistematicamente leituras críticas de artigos sobre os temas tratados, que depois poderão
apresentar em aula oralmente ou por escrito, individualmente ou em grupo.

200
Os estudantes (organizados em grupo de estudo) farão também pequenos trabalhos de
pesquisa sobre fenómenos de variação no PM.
Assim, as aulas serão distribuídas entre exposições ministradas pelo (s) docente (s) e
realização de seminários e debates pelos estudantes.

6. Estratégias de Avaliação
A verificação do nível de compreensão e assimilação das matérias ministradas (leccionadas e
pesquisadas) durante o semestre lectivo será feita através de avaliações formativas como A
avaliação dos trabalhos realizados nas horas de estudo independente entrará como tal na nota
de frequência.

A avaliação dos trabalhos realizados nas horas de estudo independente entrará como tal na
nota de frequência.

Os trabalhos em grupo obedecerão o seguinte roteiro. Quatro grupos terão a responsabilidade


máxima pela viabilização e execução do trabalho. 1 grupo apresenta, 1 grupo apresenta
questões, 1 grupo apresenta respostas e 1 grupo faz controlo de qualidade de apresentação,
das perguntas feitas e das respostas dadas. Os restantes elementos da turma, farão análise
geral dos quatro grupos. A bibliografia será partilhada através do mecanismo Drop Box e
WhatsApp da turma. Nesta última plataforma, os estudantes colocarão as suas dúvidas, mas
igualmente determinados livros ou material de pesquisa serão disponibilizados.

No final, os estudantes serão submetidos a um exame escrito, segundo o regulamento em


vigor na UPM.

7. Língua de ensino
Português.

8. Bibliografia básica:
1. AAVV, Actas dos Encontros da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa, A.P.L.,
1985-2009

201
2. AAVV, Discursos: Estudos de Língua e Cultura Portuguesa. Revista da Universidade
Aberta, Lisboa, Universidade Aberta, 1992 -…
3. AAVV. Panorâmica de Linguística, Literatura e Cultura do II Simpósio de Estudos de
Língua Portuguesa. Évora, Universidade de Évora, 2009.
4. AAVV, LIMANI Linguística e Literatura. Revista do Departamento de Letras Modernas
da Faculdade de Letras, Maputo, Universidade Eduardo Mondlane, 1986-1988.
5. CASTRO, I., Curso de História da Língua Portuguesa. Lisboa, Universidade Aberta, 1991.
6. CRISTÓVÃO, F. (Dir. e Coord.) et al. Dicionário Temático da Lusofonia. Lisboa, Texto
Editores, 2005.
7. CUNHA, C. & CINTRA, L.F.L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa,
Ed. Sá da Costa, 1984.
8. DIAS, H. N., As Desigualdades Sociolinguísticas e o Fracasso Escolar: Em Direcção a
uma prática linguístico-escolar Libertadora. Maputo, Promédia, 2002a.
9. ---------------, Minidicionário de Moçambicanismos. Maputo, edição da autora, 2002b.
10. FERRONHA, A. L. et alii, Atlas da Língua Portuguesa na História e no Mundo. Lisboa,
Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1992.
11. FIRMINO. G., A “Questão Linguística” na África pós-Colonial: O caso do Português e
das Línguas Autóctones em Moçambique. (Dissertação de Doutoramento apresentada à
University of California, Berkeley, 1995). Maputo, Promédia, 2002.
12. GONÇALVES, P. (1996) Português de Moçambique: Uma variedade em formação.
Maputo, Livraria Universitária e Faculdade de Letras da U.E.M.
13. LOPES, A. J., Política Linguística: Princípios e Problemas. Maputo, U.E.M – Livraria
Universitária, 1997.
14. MALMBERG, B., A Fonética. Lisboa, Edição Livros do Brasil, s.d. (Trad. do original: La
Phonetique. Paris, Presses Universitaires de France, 1954.)
15. MOREIRA, A.M.L., Trabalhos Dirigidos de Português 2. Lisboa, Didáctica Editora,
1990.
16. ROBERTS, I. e M. A. Kato (orgs.), Português Brasileiro: Uma Viagem Diacrônica.
Campinas, Editora da Unicamp, 1996.
17. STROUD, C. e GONÇALVES, P. (org.s), Panorama do Português Oral de Maputo. Vol.I
Objectivos e Métodos. Maputo, INDE, (Cadernos de Pesquisa, 22), 1997a.
18. --------------------, Idem, Vol. II A Construção de um Banco de “Erros”. Id., id, (Cadernos
de Pesquisa, 24), 1997b.

202
19. --------------------, Idem, Vol. III Estruturas Gramaticais do Português: Problemas e
Exercícios. Id., id., (Cadernos de
Pesquisa,27), 1998.
20. TEYSSIER, P., História da Língua Portuguesa. 3ª Ed., Lisboa, Livraria Sá da Costa
Editora, 1987 (Trad. de Histoire da la
Langue Portugaise. Paris, Presses Universitaires de France, 1980).
21. -----------------, Manual de Língua Portuguesa (Portugal – Brasil). Coimbra, Coimbra
Editora, (Col. Linguística) (Trad. Por M. C. Carvalho), 1989.
22. VÁZQUEZ CUESTA, P. e LUZ, M.A.M., Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa,
edições 70, (trad. por A.M. Brito e G. Matos), (Col. Lexis), (1ª ed. original, 1971), 1989.
23. VILELA, M., Estruturas Léxicas do Português., Coimbra, Livraria Almedina, 1979.
24. -------------------, Estudos de Lexicologia do Português Coimbra, Livraria Almedina,
1994.
25. XAVIER, M.F. e M.H.Mateus (orgs.),Dicionário de Termos Linguísticos. Vol. I, Lisboa,
Edições Cosmos, 1990.
26. -------------------, Idem,Vol. II. Idem, 1992.
27. Wikipedia
28. Outros trabalhos de investigação tais como artigos de revistas, comunicações de encontros
e congressos, monografias científicas e teses sobre os temas tratados no programa da
disciplina Mundo Lusófono e que interessem ao seu estudo.
29. Mass Media: Artigos escritos (imprensa), audio (rádio) e audiovisuais (televisão).

Número e formas de avaliação:


Formas Número
Participação nas aulas - Permanente
Assiduidade às aulas - Permanente
Testes (orais, escritos, práticos.) -2 escritos (aval. Sumativa)
Portfólio - 1 por estudante
Seminários - 1 por grupo de estudantes
Trabalhos em grupo - 1 ou 2 por grupo
Exame (normal, de recorrência) - 1 exame + 1 recorrência

203
Plano Temático da Disciplina de Técnicas de Redação em Língua Portuguesa
Disciplina: Técnicas de Redação N˚ de Créditos: Horas Ano: 3º
em Língua Portuguesa 06 HC: 64 HEI: 86 Semestre: 2º
Código:
Tipo: Complementar
Modalidade: Presencial – regime laboral e pós-laboral
Docente:

Nota Introdutório
A redacção de textos demanda da parte do autor o conhecimento de um conjunto de
recursos/técnicas de língua tais como: técnicas de economia textual, uso de articuladores
discursivos e lógico-semânticos, substituição e referenciação vocabulares,
pronominalizações, formas verbais de citação, estratégias objectivantes, para além do
conhecimento dos esquemas textuais e da situação retórica global que presidirá à
produção textual. Nesta conformidade, a coesão e a coerência constituem duas
propriedades essenciais da textualidade, sendo esta inerente ao nível macro-textual, i.e.,
da compreensão global do texto - nível profundo - e aquela atinente ao nível micro-
textual, ou seja, das relações estabelecidas entre as palavras nas frases, na superfície
textual. Com efeito, o texto deverá ser macro- estruturalmente coerente e micro-
estruturamente coeso.
Assim, são objectivos desta disciplina:

Geral
Desenvolver a competência de compreensão e da redacção de diferentes tipologias
textuais em língua portuguesa.

Específicos
Fornecer técnicas de redacção em língua portuguesa que permitam a manipulação de
diferentes tipos de textos;

204
Reflectir sobre a gramática da língua, tendo em conta a textualidade;
Redigir textos de natureza diversa, em função de objectivo ou intenção de
comunicação e público-alvo pré-determinado.

Nº Temas/Conteúdos HC HEI
1. Linguagem oral vs Linguagem escrita
04 04
Diferenciação das características do texto oral e do texto escrito.
2. Resumo
O que é um resumo?
Como resumir um texto?
Leitura e compreensão do texto;
Reelaboração do texto e construção do resumo.
Etapas do resumo
1ª fase
Leitura atenta do texto;
Divisão do texto em partes;
Atribuição de um título/subtítulo a cada parte; 08 10
Desconstrução do texto em palavras-chave;
Organização e elaboração da síntese das ideias.
2ª fase
Selecção (destaque das ideias principais);
Supressão (omissão de pormenores e de redundâncias);
Generalização (associação de duas ou mais ideias numa unidade
geral);
3ª fase
Reconstrução/elaboração do Resumo.
Síntese 04 05
3. O que é uma síntese?
Etapas de Elaboração de uma síntese:
Compreensão do texto;
Plano de reagrupamento das ideias, o que implica:
Identificação do texto de base e eventual tese;
Ilustração – exposição dos factos referentes ao texto; a história;

205
o problema;
Causas – diagnóstico do estado da questão, indo até às suas
origens;
Efeitos – agrupamento das consequências;
Soluções – indicação das soluções apresentadas pelo (s) autor
(es) para alterar os efeitos ou resolver o problema;
Conclusão – apresentação das considerações finais do texto.
Distinção entre resumo e síntese.
Exercitação (Fichas de trabalho)
4 Gramática da Palavra/Frase
Ortografia;
Pontuação e Acentuação;
Discurso directo e discurso indirecto
Uso de artigos, preposições e verbos preposicionados;
Conjunções e locuções coordenativas e subordinativas; 08 10
Frase complexa por coordenação (aditiva, conclusiva,
adversativa, disjuntiva) e subordinação (relativa, concessiva,
consecutiva, causal, temporal, comparativa e condicional).
Conjugação pronominal;
Exercitação (fichas de Trabalho)
5. Textualidade
Coesão referencial e sequencial;
04 05
Coerência e meta regras da coerência textual.
Exercitação (fichas de Trabalho)
6 Construção nominal e Elipse;
Qualidades da Frase: Unidade, Clareza e Concisão 04 06
Exercícios de Leitura e Produção Textual: Resumo/Síntese
7 Leitura de Textos expositivo-explicativos 08 10
Levantamento das Características:
Situacionais;
Retóricas;
Supra-linguísticas;
Discursivas;

206
Linguísticas;
Produção e análise de textos expositivos-explicativos
Exercícios de Gramática: construção passiva/
nominalizações/conectividade;
Elaboração de planos de textos/revisão/reescrita de textos.
8 Leitura de Textos expositivo-argumentativos
Conceito;
Estrutura;
Estratégias argumentativas;
Expressões úteis para:
- Exprimir clareza, concordância; anuência;
08 10
- Refutar, manifestar oposição, restringir ideias;
- Exemplificar, explicar;
- Exprimir conexões temporais, causalidade, consequência,
hipótese, fim, etc.
Produção de planos de textos argumentativos/análise de textos
escritos/revisão/reescrita.
9. Leitura de Relatórios
Conceito;
Caraterísticas icónicas;
Organização discursiva; 04 06
Organização linguística;
Produção escrita e análise textual.
Elaboração de planos de relatórios/redacção/revisão/reescrita.
10 Sumário de uma aula
Análise icónica, semântico-discursiva e linguística. 04 04
Produção escrita.
11 Carta Formal
Estrutura/características discursivas/características linguísticas.
Exercícios sobre pronominalização, formas de tratamento e 04 04
níveis de Língua.
Planificação, redacção, revisão/reescrita de carta formal.
12 Exercitação Redacção de textos de natureza administrativa: 06 12

207
acta, convocatória, requerimento e regulamento.
Análise textual - níveis: icónico, semântico-discursivo e
linguístico.
Avaliações sumativas 04 00
Subtotais 64 86
Total 150

Estratégias de Ensino-aprendizagem e de Avaliação


Considerando os Novos Enfoques Didácticos, das metodologias seleccionadas nesta
disciplina, privilegia-se a aprendizagem cooperativa, activa e dinâmica alicerçada no ensino
centrado no estudante. Deste modo, em todas as unidades opta-se por uma avaliação
processual, assente em actividades de leitura, compreensão e redacção, individual e/ou em
grupo, de textos.
A avaliação é feita em duas modalidades, a saber: (i) Testes formativos (fichas de trabalho,
redação de textos e um seminário em grupo); (ii) Dois testes sumativos.

A avaliação da disciplina integra: a Componente de Avaliação do Estudo Independente


e avaliação das competências referentes à Componente das Horas de contacto.

Bibliografia
ADAM, Jean Michel (2008). A Linguística Textual, introdução à Análise dos Discursos. São
Paulo, Cortez Editora.
BARROS, Susane. Rosa, Flávia. RIBEIRO, Elizabeth M. (2017). Princípios e técnicas para
Elaboração de textos acadêmicos. Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos Ribeiro. -
1ªEdição - 1ª reimpressão. Salvador: UFBA.
BERGSTROM, Magnus & REIS, Nunes (2004). Prontuário Ortográfico e Guia da Língua
Portuguesa, 47ª ed. Noticias Editorial.
CUNHA, Celso & CINTRA, LINDLEY (1999). Nova Gramática do Português
Contemporâneo. Lisboa, 15ª Edições J. Sá da COSTA.
GUIMINO Jr., Ernesto, SIMÃO, Jerónimo, SANTOS, Nobre, BAHULE, Orlando (2010).
Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa. Maputo / Rio de Janeiro, CEaD/Fundação
CECEIRJ.

208
KOCK, Ingedor. & TRAVAGLIA, Luiz C. (1999). Texto e Coerência. 6ªedição, São Paulo,
Ática.
KOCK, Iingedor & Elias, V.M. (2010). Ler e Escrever. Estratégias de Produção Textual.
São Paulo, Editora Contexto.
MATEUS, Mª. Helena Mira et al.(1989) Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa:
Caminho.
NEVES, Dulce R. & OLIVEIRA, Vitor Manuel (2001). Sobre o texto: Contribuições
teóricas para práticas textuais. Porto, Edições Asa.
OLVEIRA, Carla & COELHO, Mª Luísa (2007). Gramática Aplicada-2. Lisboa, Texto
Editores.
REI, Esteves (s/d). Curso de Redação I – A Frase. Porto Editora.
REI, Esteves (1995). Curso de Redação II-O Texto. Porto Editora.
SEVERINO, António Joaquim (2002) Metodologia do Trabalho Científico. 22ª Edição,
ampliada, São Paulo. Cortez Editora.
SILVA, Mendes (1982). Português Contemporâneo: Antologia e Compêndio Didáctico.
Lisboa, instituto de Cultura e Língua Portuguesa.

209
Programa temático da Disciplina de Sintaxe do Português
Disciplina: Sintaxe do Português N˚ de Horas Lectivas Ano:
Código: Créditos: H.C. H.E.I.
3º ano
Tipo: Nuclear 4 48 52
Modalidade: Presencial
Docente:

Nota Introdutória
O conhecimento linguístico de uma língua envolve, necessariamente, o conhecimento das
regras que regem a construção de frases nessa língua, isto é, da ordem e hierarquia das
palavras na frase. Nesta disciplina, pretende-se abordar os aspectos que se observam nas
construções sintácticas complexas da Língua Portuguesa (LP), o que permitirá reflectir sobre
a variação sintáctica destas estruturas que se pode observar nas normas do Português Europeu
(PE) e do Português Moçambicano (PM).

Objectivos
Ao concluir esta Disciplina, os estudantes deverão:
a. Adquirir uma visão global e aprofundada da Linguística Descritiva do Português;
b. Conhecer a estrutura sintáctica da Língua Portuguesa;
c. Ser capazes de identificar, analisar e descrever fenómenos de variação do Português,
nomeadamente no domínio da Sintaxe.

1. Competências a serem desenvolvidas


a. Desenvolve as capacidades de descrição e análise dos fenómenos linguísticos do
Português ao nível da Sintaxe;
b. Compara a variedade padrão europeia do Português (PE) com a emergente em
Moçambique (PM), no domínio da Sintaxe;
c. Ensina a Língua Portuguesa com correcção, respeitando a variação linguística nos
discursos orais e escritos dos aprendentes.

210
2. Pré-requisitos
O estudante deverá ter sido aprovado às disciplinas de Morfo-sintaxe e Lexicologia do
Português (do 2º Semestre do 2º ano).

3. Plano temático
Horas
Estudo
N˚ Temas
Contacto Independent
e
A Frase Simples
 A estrutura dos constituintes da frase (Sujeito, Predicado,
1 3 3
Complementos; Sintagma nominal, sintagma verbal,
Sintagma Adjectival e sintagma preposicional)
A Teoria X-Barra
1. A estrutura de F’ (SComp):
 A categoria COMP;
 Regras de movimento (mover-),
2 6 7
 Estrutura-P e estrutura-S.
2. A Teoria dos vestígios:
 A noção de categoria vazia com e sem vestígio;
 A co-indexação de constituintes.
3 A Estrutura da Frase Complexa em Português: 12 15
Estruturas de coordenação
1. A estrutura da frase complexa por coordenação.
Construções com orações coordenadas aditivas,
contrastivas (ou adversativas), disjuntivas, explicativas e
conclusivas;
2. A coordenação de categorias sintácticas e a
coordenação de frases;
3. Coordenação, elipse, anáfora e processos de
enfatização;
4. Coordenação e aposição;
5. Variação frásica em estruturas de coordenação entre
211
o Português Europeu e o Português Moçambicano.
A Estrutura da Frase Complexa em Português:
Estruturas de subordinação sintáctica
1. Construções de subordinação sintáctica:
 Construções relativas,
 Construções de complementação e,
 Construções de subordinação com orações adverbiais.
2. Particularidades das construções de subordinação do
4 PM, com variação relativamente ao PE: 27 27
 As orações completivas com dequeísmos e
paraqueísmos;
 As orações relativas cortadoras e resumptivas, o que
simples complementador, o preenchimento do
especificador de SCOMP com material lexical de
conteúdo semântico;
 As orações comparativas e consecutivas no PM.
Subtotal------------------------------------------------------------------- 48 52
Total 100

4. Estratégias de ensino-Aprendizagem
A disciplina será leccionada em regime semestral (no 6º semestre). Serão ministradas aulas
teóricas e práticas, usando-se os métodos expositivo e de elaboração conjunta. As exposições
teóricas serão complementadas e aprofundadas pela análise de fenómenos relacionados com a
língua portuguesa julgados relevantes, particularmente os que dizem respeito à variedade
desta língua em Moçambique.

De forma a terem uma visão aprofundada destes fenómenos, os alunos farão sistematicamente
leituras críticas de artigos sobre os temas tratados, que depois poderão apresentar em aula
oralmente ou por escrito.

Assim, as aulas serão distribuídas entre exposições ministradas pelo (s) docente(s) e
realização de seminários e debates pelos estudantes.

212
5. Estratégias de Avaliação
Os estudantes serão submetidos, no máximo, a dois testes escritos individuais, com um peso
total de 60%. Integrado no estudo independente, farão também um trabalho de pesquisa
(denominado trabalho de curso) sobre fenómenos de variação no PM, no domínio da Sintaxe
do Português, com o peso de 20%. Este trabalho terá entre 6 e 10 páginas dactilografadas de
acordo com as regras da Universidade Pedagógica de Maputo para trabalhos desta natureza.
Todo o estudante será sujeito a uma defesa oral do trabalho de curso, valendo os restantes
20%.

6. Bibliografia
CAMPOS,M.H. & XAVIER,M. F., Sintaxe e Semântica do Português. Lisboa, Universidade
Aberta. 1991.
CUNHA, C. & CINTRA, L.F.L., Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Ed.
Sá da Costa. 1984.
DIAS, H.I.P.N. (org.) et alii, Português Moçambicano. Estudos e Reflexões. Maputo,
Imprensa Universitária. 2009.
FARIA, I.H. et alii (org.), Introdução à Línguística Geral e Portuguesa. Lisboa, Editorial
Caminho. 1996.
GONÇALVES, P., Português de Moçambique: Uma variedade em formação. Maputo,
Livraria Universitária e Faculdade de Letras da U.E.M. 1996.
MATEUS, M.H.M. et alii, Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed., Lisboa, Editorial
Caminho. 1989.
--------------------- 5ª Ed. Revista e aumentada. Lisboa, Caminho. 2003.
RAPOSO, E.B.P. et alii, Gramática da Português. Vol. I, Lisboa. Fundação Calouste
Gulbenkian. 2013.

213
Plano Temático Didáctica do Português Língua Estrangeira
Disciplina: Didáctica do Nº créditos: Horas lectivas 3o Ano
Português Língua Estrangeira 5 Contacto: Trabalho I Semestre
Código: 48 Independente:
Tipo: Específico 77
Modalidade: Presencial
Docentes:

Nota Introdutória
O Ensino da língua portuguesa como uma língua estrangeira é internacionalmente orientado
por um conjunto de documentos que fornecem indicações sobre os níveis de proficiência e
respectivos descritores, os materiais e as metodologias de ensino e de avaliação.
Neste contexto, são importantes as múltiplas dimensões do campo teórico da Linguística
Aplicada com destaque para o ensino de línguas e relações sociais mediadas pela linguagem:
pragmática, análise do discurso e variação sociolinguística.
As abordagens metodológicas para o ensino de PLE que se desenvolvem a partir de uma
perspectiva comunicativa, sociolinguística, pragmática e multicultural, tomam forma na sua
componente teórica e prática através da planificação de aulas e preparação de instrumentos de
avaliação.

1. Competências
 Conhece e aplica os fundamentos teóricos do Processo de Ensino-Aprendizagem da Língua
Portuguesa, nos diferentes níveis do SNE;
 Planifica situações criativas de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa, utilizando os
recursos didácticos e tecnológicos adequados às características do público-alvo, nos diferentes
níveis do SNE;
 Reflecte, criticamente, sobre a prática pedagógica, no sentido de reconstruir o
conhecimento didáctico, adequado aos diferentes níveis do SNE Ensino Básico.

214
2. Objectivos gerais
- Adquirir conhecimentos sobre o Processo de Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa,
considerando as características do contexto que envolve o ensino e a aprendizagem desta
língua em Moçambique;
- Desenvolver capacidades teórico-pedagógicas que visem a intervenção activa no ensino do
Português em Mocambique;
- Aplicar metodologias e estratégias que visem desenvolver um ensino centrado no aluno.

3. Pré-requisitos: Novos Enfoques Didácticos no Ensino da LP

4. Conteúdos temáticos
Nº Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 Estudo de Documentos Orientadores do ensino de Português
6 9
Língua Estrangeira
2 Linguística aplicada ao ensino de Português Língua
6 9
Estrangeira
3
Métodos de ensino de Português Língua Estrangeira 9

4
A avaliação na disciplina de português Língua Estrangeira 9 18

5 Planificação de aulas e de instrumentos de avaliação de


18 36
Português Língua Estrangeira
Total de horas parciais 48 77
Total de horas 125

5. Métodos de ensino-aprendizagem
Considerando os novos enfoques didácticos, as metodologias seleccionadas devem privilegiar
uma aprendizagem cooperativa, activa e dinâmica e prática direccionada para o ensino de
português língua estrangeira.

215
6. Avaliação
Nesta disciplina prevê-se:
HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO EXAME
INDEPENDENTE

Realização de uma avaliação processual, assente Trabalhos individuais e Portefólio


em actividades de percurso, individuais e/ou de em grupo, leituras e crítico
grupo, tais como, portfólios, seminários e realização de diversas reflexivo
trabalhos práticos relacionados com o processo actividades práticas.
de ensino aprendizagem de Português Língua
Estrangeira, tais como planificação de aulas,
análises e de avaliação.

7. Língua de ensino
Português

8. Bibliografia
ALMEIDA FILHO, J. C. P. (Org.) O professor de língua estrangeira em formação. Campinas:
Pontes, 1999.
ANTUNES, I. "Concepções de Língua: Ensino e Avaliação; Avaliação e Ensino". Revista de
Letras. I/II, 2012.
ANTUNES, I. Aula de Português. Encontro e Interacção. 8. Ed. São Paulo: Editorial
Parábola, 2003.
ARENDS, R. I. Aprender a ensinar, Lisboa, Mc Graw-Hill, 1995.
CARVALHO, F.V. Pedagogia da cooperação: uma introdução à metodologia da
aprendizagem cooperativa, São Paulo, Imprensa Universitária Adventista, 2001.
GALLAGHER, W. Identidade. A genética e a cultura na formação da personalidade. São
Paulo: Ática, 1998.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 1992.
HARVEY, D. Condição pós-moderna. 9. ed. São Paulo: Loyola, 2000.
JÚDICE, N. (Org.) Português para estrangeiros. Perspectivas de quem ensina. Niterói:
intertexto, 2002.
JÚDICE, N. (Org.)O ensino de português para estrangeiros. Niterói: Eduff, 1996.
MAZZINI, Nathalia Bernardo, et al. Aproximações entre Quadro Europeu Comum de
216
Referência (QECR) e livros didáticos de português para estrangeiros novas perspectivas?.
2016.
LOPES, J.; SILVA, H. S. 50 Técnicas de Avaliação Formativa. Lisboa, Lidel, 2012.
MOREIRA, D. A. (Org) Didática do Ensino Superior: técnicas e tendências, São Paulo,
Pioneira, 2003.
PEREIRA, Ariovaldo Lopes e GOTTHEIM, Liliana. (orgs.) Materiais didáticos para o ensino
de língua estrangeira : processos de criação e contextos de uso. Campinas, Mercado de Letras,
2013.
PINTO, J.; SANTOS, L. Modelos de Avaliação das Aprendizagens. Lisboa, Universidade
Aberta, 2006.
PINTO, Paulo Feytor. Política portuguesa de ensino de português no estrangeiro. Revista
SIGLE, 2015, 8.
REY, B. Et al. As competências na Escola. Aprendizagem e Avaliação. Vila Nova de Gaia,
Edições Gailivro, 2005.
SANTOS, P e ALVAREZ, M. L. O. Língua e cultura no contexto de português língua
estrangeira. Campinas, Pontes, 2010.
SCARAMUCCI, Matilde V. R. Efeito retroativo da avaliação no ensino/aprendizagem de
línguas: o estado da arte. Trabalhos em linguística aplicada. vol.43 no.2 Campinas Julho/Dez.
2004.
SCHOFFEN, J. R. et al. Português como língua adicional: reflexões para a prática docente.
Porto Alegre, Bem Brasil, 2012.
SERAFIM, M. S. "Da Teoria à Prática : um Olhar sobre a Oralidade na Sala de Aula". Revista
Internacional d´Humanitats. 2011. Pp. 27–34.
SIGNORINI, I. (org.) Língua(gem) em sociedade. Campinas: Mercado de Letras. São Paulo,
FAPESP, 1998.
SILVA, E. Mª D. "A Virtude do Erro : uma visão construtiva da avaliação". Estudos em
Avaliação Educacional. 19:39, 2008. Pp. 91–114.
SILVA, Mário Filipe da. Qualificação do ensino português no estrangeiro e difusão da língua
portuguesa. Seminário/webinário, Política de Língua, Planeamento Linguístico e Mudança
Social, homenagema Robert L. Cooper, 2013.
WAAL, D. V. D. Gramática e o ensino da língua portuguesa. In: XIII Congresso Nacional de
Educação - EDUCERE, Paraná, 2009. pp. 983-994.

217
Documentos
MOÇAMBIQUE. Lei nº 5/2003 do Ensino Superior, Maputo, 2003.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. Documento-base do
exame Celpe-Bras [recurso eletrônico]. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, 2020.
Direção de Serviços de Língua e Cultura. Referencial Camões PLE. Lisboa: Camões, Instituto
da Cooperação e da Língua I.P, 2017.
GOVERNO DE MOÇAMBIQUE. Decreto nº 13/95: Estatutos da Universidade Pedagógica,
BR nº 16, I Série, de 25 de Abril, Maputo, Imprensa Nacional, 1995.
GROSSO, Maria José, et al. QuaREPE Quadro de Referência para o Ensino Português no
Estrangeiro Documento Orientador. Ministério da Educação & dgidc. Lisboa, 2011.

9. Docentes
A docência da disciplina de Didáctica do PLE envolverá docentes área da Didáctica.

218
Programa temático da Disciplina de Língua Portuguesa para o Desenvolvimento e
Acção Humanitária

Disciplina: Língua Portuguesa para o N˚ de Horas Lectivas Ano: 4o


Desenvolvimento e Acção Créditos: HC: 48 HEI: Semestre:
Humanitária 5 77 2o
Código:
Tipo - Complementar
Nível – 1
Modalidade: Híbrido
Docente:

Nota Introdutória
Desde os primórdios das sociedades humanas, a comunicação tem sido um elemento
indispensável para a vida em todas as dimensões.

Sendo o Homem, por natureza, um ser social e apoiando-se as sociedades em relações de


solidariedade simbólica e material viabilizadas pelo uso da linguagem, torna-se fundamental
que os professores de língua portuguesa adquiram um conjunto de competências
comunicativas que lhes permitam ter uma participação efectiva e eficaz em
processos/projectos de desenvolvimento e acção humanitária.

1. Objectivos
São objectivos desta disciplina:
 Oferecer aos estudantes conhecimentos sobre os principais conceitos e paradigmas em
torno do uso da linguagem para o desenvolvimento e acção humanitária;
 Proporcionar aos estudantes um espaço de reflexão sobre a importância e o uso da língua
portuguesa em processos/projectos de desenvolvimento e acção humanitária;

219
 Desenvolver, nos estudantes, competências comunicativas que lhes permitam agir
eficazmente em situações de crise.

2. Competências
O estudante deverá ser capaz de:
 Reflectir, criticamente, sobre a importância da língua portuguesa em processos de
desenvolvimento e acção humanitária;
 Usar, de forma eficaz, a língua portuguesa em situações diversas ligadas à acção
humanitária.

3. Pré-requisitos: nenhum.

4. Plano Temático
Nº Tema Horas
Contacto Estudo
1. 1. Comunicação e desenvolvimento: principais conceitos e teorias. 6 11
2. 2.1. A Comunicação como estratégia para o desenvolvimento da
saúde pública:
Conceitos e princípios de saúde pública.
O papel da língua portuguesa em programas de desenvolvimento 15 20
local, nacional e internacional na área da saúde pública.
Acções de emergência em saúde pública (redacção de
normas/intervenções/mecanismos de resposta).
3. 3.1. Língua Portuguesa como instrumento de defesa dos Direitos
Humanos.
- Princípios da responsabilidade social.
- A importância do voluntariado e do espírito filantrópico.
- Princípios éticos do trabalho humanitário.
18 20
- A língua portuguesa como instrumento de:
Inclusão social
Denúncia da violência e da exploração
Reivindicação de direitos
4. 4.1. O papel da língua em situações de crise humanitária: 9 15

220
- Questões éticas associadas ao uso da língua na comunicação
social em situações de emergência humanitária.
- A língua portuguesa na gestão de crises humanitárias.
- A comunicação na gestão de grupos de trabalho na diversidade.
Subtotal 48 77
Total 125

5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
As aulas promoverão a interação e a reflexão em torno dos temas dos diferentes conteúdos
programáticos. Desenvolver-se-ão pesquisas individuais e/ou em grupo, apresentações de
seminários e debates.

6. Estratégias de Avaliação
A avaliação obedecerá ao preceituado no Regulamento de Avaliação em vigor na
Universidade Pedagógica de Maputo, entre trabalhos de pesquisa, apresentação de seminários
e realização de debates reflexivos.

7. Bibliografia
Argyris, C. et al. Comunicação eficaz na empresa. Rio deJaneiro, Editora Campus, 1999;
Bandeira, F. et al. Leituras em Ação Humanitária e Cooperação para o Desenvolvimento -
Readings in Humanitarian Action and Cooperation for Development - Volume I. Publicações
Fundação Fernando Pessoa: Universidade Fernando Pessoa. Porto – Portugal.
publicacoes@fundacaofernandopessoa.pt, 2020;
Coelho, L. P., & de Mesquita, D. P. C. (2013). Língua, cultura e identidade: conceitos
intrínsecos e interdependentes. Entreletras, 4 (1).
Da Silva, T. T., & Da Silveira, L. D. R. (2006). A identidade cultural na pós-
modernidade. Trad. Tomaz Tadeu.
Da Silva, T. T., Hall, S., & Woodward, K. (2003). Identidade e diferença: a perspectiva dos
estudos culturais. Editora Vozes.
Lampreia, J. M. (org.) - Da gestão de crise ao marketing de crise, Texto Editores,
Lisboa,2007;
Marcuschi, L. A. (1975). Linguagem e classes sociais: introdução crítica à teoria dos
códigos linguísticos de Basil Bernstein. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

221
Nascimento, D. Do Velho ao Novo Humanitarismo: os Dilemas da Ação Humanitária em
Contextos de Conflito e Pós-Conflito Violento. 5.ª Série do Livro Nação e Defesa. pp. 93-113,
2013;
Paula, P. M. Comunicação para o Desenvolvimento: Novo Paradigma de Intervenção
Comunitária. Rádios Comunitárias da Guiné-Bissau e de Moçambique. CIES e-Working
Paper N º 133. Lisboa, Portugal, 2012;
Rodrigues, A. D. Estratégias de comunicação: questão comunicacional e formas de
sociabilidade. Lisboa, Portugal: Presença, 1997.
Salomão, A. C. B. (2016). Língua e cultura no curso de graduação em Letras: uma reflexão
sobre as concepções de alunos, Projeto Político Pedagógico e programas de ensino. Estudos
Linguísticos (São Paulo. 1978), 45(2), 474-489.
Schramm, W. (1970). Comunicação de massa e desenvolvimento. (1a ed.). Rio de Janeiro,
Brasil: Bloch Editores;
SERVAES, J. (Coords.). Communication for Development and Social Change. Los Angeles,
USA: UNESCO, 2008;
Traquina, N. (1999). Sociologia da Comunicação, S.Paulo, Editorial Layola;
Tufte, T. (1999). Modelos de comunicação participativa. São Paulo, Brasil;
Wolf, M. (2006). Teorias da comunicação: mass media: contextos e paradigmas. Lisboa,
Portugal: Editorial Presença.

222
Plano Temático Desenho de materiais didácticos
Disciplina: Desenho de materiais No Horas lectivas 4o Ano
didácticos créditos: Contacto: 48 Estudo I Semestre
Código: 5 Indepedente:
Tipo: CFE 77
Modalidade: Presencial
Docentes:

Nota Introdutória
O material didáctico é um produto pedagógico que ajuda o aluno a entender melhor o
conteúdo que está a ser estudado e funciona também como um guia para o professor.
Constitui, por isso, um elemento importante no contexto de sala de aula e fora dele.
Atendendo a que o manual escolar é, em muitas das escolas moçambicanas, o único material
didático disponível para os professores e para os alunos, é importante que se olhe para os
manuais didácticos, no sentido de perceber as suas limitações e potencialidades, e se explore a
possibilidade de produção e utilização de outros materiais na prática pedagógica. Torna-se,
por isso, necessário formar professores com autonomia e criatividade para alterar e produzir
materiais didácticos que contribuam para a leccionação de aulas de Português criativas e
significativas.

1. Competências
 Conhece os princípios gerais para a produção, avaliação e análise de materiais didácticos;
 Reflecte sobre a história dos materiais didácticos e a intensificação do seu uso e produção
nas últimas décadas;
 Avalia e analisa materiais didácticos;
 Produz materiais didácticos adequados aos objectivos de ensino e ao contexto de ensino
em que está inserido.

2. Objectivos gerais

223
 Estudar os princípios gerais para a produção, avaliação e análise de materiais didácticos;
 Refletir sobre a história dos materiais didácticos e a intensificação do seu uso nas últimas
décadas;
 Produzir materiais didácticos adequados aos objectivos de ensino.

3. Pré-requisitos: Novos Enfoques Didácticos no Ensino da Língua Portuguesa e O Processo


de EA da Língua Portuguesa

4. Conteúdos temáticos
Nr. Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 Conceito de material instrucional/didáctico
Definição dos conceitos de:
3 4
 material didáctico;
 meios de ensino.
2 História dos materiais de didácticos e do seu uso em educação
 Materiais e equipamentos didáticos ao longo da história da
6 10
educação;
 As novas ferramentas tecnológicas ao serviço da educação.
3 Os materiais didácticos em ambientes de ensino e de
aprendizagem da língua portuguesa
 Material didáctico de apoio ao professor;
 Material didáctico para uso em sala de aula;
12 19
 Adequação e autenticidade dos materiais didácticos.
 Análise de materiais didácticos destinados ao PEA da língua
portuguesa;
 O manual de língua portuguesa.
4 A produção de materiais didácticos 9 14
A ética na produção dos materiais didácticos
As etapas da produção de materiais didácticos:
 Análise do contexto educativo, dos objectivos e dos conteúdos
 Desenvolvimento

224
 Implementação
 Avaliação
5 Projecto de Produção de Matérias Didácticos
 Análise do contexto educativo, dos objectivos e dos conteúdos
 Identificação do material a produzir 18 30
 Elaboração
 Apresentação
Total de horas parciais 48 77
Total de horas 125

5. Métodos de ensino-aprendizagem
A metodologia de abordagem será expositivo-dialógica, com o objectivo de cultivar espaços
de discussão e de reflexão, criando-se condições para a autonomização crítica do
conhecimento e sua partilha a partir de debates/análise das referências bibliográficas e
acompanhamento das atividades práticas propostas e em andamento. Serão, igualmente,
exploradas metodologias de ensino com abordagens participadas e colaborativas, indo ao
encontro dos vários objetivos definidos para disciplina. Quanto à carga horária prática, os
alunos deverão cumpri-la dedicando-se a leituras/pesquisa, discussão orientada, análise e
produção de material didático. O material teórico a ser estudado ao longo do semestre será
disponibilizado preferencialmente no formato digital, na plataforma do google classroom.

11. Avaliação
Nesta disciplina prevê-se:
HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO EXAME
INDEPENDENTE

Seminários de análise de matérias Trabalhos em grupo Disciplina sem


didácticos Produção de materiais exame
Portefólio documental do processo de didácticos
produção de materiais didácticos.

7. Língua de ensino
Português

225
8. Bibliografia
AMIEL, T. Educação aberta: configurando ambientes, práticas e recursos educacionais. In:
ROSSINI, B. S. C.; PRETTO N. de L. (Org.). Recursos educacionais abertos: práticas
colaborativas e políticas públicas. Salvador: EdUFBA, 2012. p. 17-33. 200
BEVILÁQUA, A. F. et al. Ensino de Línguas Online: um Sistema de Autoria Aberto para a
produção e adaptação de Recursos Educacionais Abertos. Calidoscópio, v. 15, n. 1, 2017. p.
190-200.
COSTA, A. R.; FIALHO, V. R.; BEVILÁQUA, A. F.; LEFFA, V. J. Contribuindo com o
estado da arte sobre Recursos Educacionais Abertos para o ensino e a aprendizagem de
línguas no Brasil. Veredas On-line, v. 20, n. 1, p. 1-20, 2016.
COSTA, R. A.; LEFFA, V. J. Produção Colaborativa de REA para o Ensino de Línguas: da
Interação à Coautoria. EAD em foco, v. 7, n. 1, 2017. p. 37-49.
DANIELS, H. Vygotsky e a pedagogia. Trad. Milton Camargo Mota. São Paulo: Loyola,
2003.
HOWARD, J.; MAJOR, J. Guidelines for designing effective English language teaching
materials. The TESOLANZ Journal, v. 12, 2004. p. 50-58.
LEFFA, V. J. Nem tudo que balança cai: objetos de aprendizagem no ensino de línguas.
Polifonia. Cuiabá, v. 12, n. 2, 2006. p. 15-45.
LEFFA, V. J. Uma outra aprendizagem é possível: colaboração em massa, recursos
educacionais abertos e ensino de línguas. Trabalhos em Linguística Aplicada, n. 55, v. 2,
2016. p. 353-377.
LITTO, F. M. Apresentação: Opening up education educação aberta. In: IIYOSHI, T.;
KUMAR, V. (Org.). Educação Aberta: o avanço coletivo de educação pela tecnologia,
conteúdo e conhecimento abertos. São Paulo: ABED, 2008. p. 11-13.
LOPERA, S. The design process of a reading comprehension manual. Colombian Applied
Linguist Journal, v.17, n. 1, 2015. p.130-141.
NICK, T. A modern smartphone or a vintage supercomputer: which is more powerful? 2014.
Disponível em: . Acesso em 5 de janeiro de 2018.
VERBERT, K.; DUVAL, E. ALOCOM: a generic content model for learning objects.
International Journal on Digital Libraries, v. 9, n. 1, 2008. p. 41-63.

226
9. Docente
A docência da disciplina envolverá docentes área da Didáctica.

227
Programa Temático de Semântica e Pragmática do Português
Disciplina: Semântica e N˚ de Horas Lectivas Ano: 4º
Pragmática do Português Créditos:
HC: HEI: Semestre: VII
Código: 4
48 52
Tipo:

Modalidade: Presencial
Docente:

Nota Introdutória
O conhecimento linguístico de uma língua envolve também e necessariamente o
conhecimento dos significados pré-estabelecidos de certas cadeias de sons, mas também os
significados contruídos contextualmente. Nesta disciplina, pretende-se abordar os aspectos
semânticos e pragmáticos do português na interacção com as ínguas Bantu, o que permitirá
reflectir sobre a significação das expressões linguística do português na sua dimensão
variacionista (PM, PE, PB), mas também sobre a significação nas Línguas Bantu.

1. Objectivos
Os estudantes deverão:
 Adquirir uma visão global e aprofundada da Linguística do Português;
 Conhecer a estrutura semântica da língua portuguesa e das Línguas Bantu;
 Conhecer aspectos linguístico-gramaticais do Português e das Línguas Bantu relacionados
com a Pragmática;
 Ser capazes de identificar, analisar e descrever fenómenos de variação do Português,
nomeadamente na constituição da variedade moçambicana desta língua.

2. Competências a serem desenvolvidas


a. Desenvolve as capacidades de descrição e análise dos fenómenos linguísticos do
Português nos domínios da Semântica e Pragmática;

228
b. Compara a variedade padrão europeia do Português (PE) com a emergente em
Moçambique (PM) ao nível da Semântica e da Pragmática;
c. Ensina a Língua Portuguesa com correcção, não deixando de respeitar a variação
linguística nos discursos orais e escritos dos aprendentes.

3. Pré-requisito: Nenhuma

4. Plano temático
N˚ Tema Temas Horas
Contacto Estudo
1 Tema 1: Semântica do Português 9 10
- Objecto de estudo da semântica e pragmática:
aproximação e distanciamento
- Perspectivas da semântica: semântica lexical,
semântica discursiva, semântica argumentativa,
semântica cognitiva
- Significado de expressões linguísticas em Português e
nas Línguas Bantu (LBs):
 Morfemas
 Palavras
 Frases
- Significação do texto proverbial em Português e em
LBs
2 Tema 2: Mecanismos de construção da significação 12 12
- Implícitos em Português e em Línguas Bantu:
pressuposição, subentendido, implicação;
- Inferência e verdade em português e em LBs;
- Intensificação e atenuação em Português e em LBs;
- Relações semânticas e formais em português e em
LBs: denotação vs conotação, antonímia, hiperonímia,
polissemia, metáfora e meronímia;
6 8
Tema 3: A Referência em Português e nas Línguas
Bantu
229
3 - Expressões referenciais (sintagmas nominais,
descrições nominais e formas pronominais);
- Expressões definidas e expressões indefinidas:
operações de determinação, de indeterminação e de
quantificação dos nomes em português e nas LBs
4 Tema 4: Tempo e Aspecto em Português e Línguas 9 10
Bantu
- As categorias gramaticais Tempo e Aspecto: relação e
divergências entre tempo e aspecto; os marcadores
linguísticos do tempo e aspecto
- Tempo
 Marcação do tempo natural: passado, presente e
futuro
- Aspecto
 A noção de perfectivo vs. Imperfectivo
 A construção de valores aspectuais: eventos, estados
e actividades
Tema 5: Pragmática do Português 12 12
- Componentes dinâmicos da comunicação: enunciador,
5 interpretante e observador (esquema de comunicação)
- Noções de enunciação, modalização, enunciado e
discurso;
- Enunciados performativos e constativos em português
e em LBs;
- Actos locutórios (acto locutivo, acto alocutivo e acto
delocutivo);
- Actos ilocutórios: directo e indirecto (J. Searle 1969)
- Deixis: construção do valor referencial dos deícticos
(pessoal, espacial, temporal)
Subtotal 48 52
Total 100

230
5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Nesta disciplina, leccionada no 4º ano, serão ministradas aulas teóricas e práticas, usando-se
os métodos expositivo e de elaboração conjunta. As exposições teóricas serão
complementadas e aprofundadas pela análise de fenómenos relacionados com a língua
portuguesa julgados relevantes, particularmente os que dizem respeito à variedade desta
língua em Moçambique, o que implica observar extensivamente a significação nas Línguas
Bantu.

De forma a terem uma visão aprofundada destes fenómenos, os alunos farão sistematicamente
leituras críticas de artigos sobre os temas tratados, que depois poderão apresentar em aula,
oralmente ou por escrito. Adicionalmente, os estudantes (organizados em grupo de estudo)
farão também pequenos trabalhos de pesquisa sobre fenómenos de variação no PM.

Assim, as aulas serão distribuídas entre exposições ministradas pelo(s) docente(s) e realização
de seminários e debates pelos estudantes.

6. Estratégias de Avaliação
Nesta disciplina, a avaliação será realizada em conformidade com o preconizado no
Regulamento Académico da UP-Maputo, considerando as actividades das horas de contacto e
do estudo independente, nos seguintes termos:

HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO EXAME


INDEPENDENTE
- Testes Escritos (2), - Fichas de leitura 1 Exame Normal
- Seminários e fichas de actividade individuais 1 Exame de
realizadas individualmente ou em - Trabalhos individuais ou recorrência
grupo. em grupos.

7. Bibliografia
ARAÚJO CARREIRA, M.H. (direction), Travaux et documents, Université Paris 8
Vincennes Saint-Denis, 1999-2016.
AUSTIN, J. L. How to Do Things with Words, Oxford, Clarendon Press, 1962, (Reimp.1980,
Oxford, Oxford University Press.).

231
BARROSO, H., O Aspecto Verbal Perifrástico em Português Contemporâneo: Visão
funcional/sincrónica. Porto, PortoEditora (Col. Mundo de Saberes), 1994.
CAMPOS, M. H. C., “Gramática e construção da significação” in Fonseca, Fernanda Irene,
Duarte, Isabel Margarida e Figueiredo, Olívia, A Linguística na formação do professor de
português, Porto, Centro de Linguística da Universidade do Porto, 2001.
CAMPOS, M.H. & XAVIER, M. F. Sintaxe e Semântica do Português, Lisboa, Universidade
Aberta, 1991a.
CAMPOS, M.H. & XAVIER, M. F., Sintaxe e Semântica do Português. Textos
Complementares. Lisboa, Universidade Aberta, 1991b.
CHARAUDEAU, P. Grammaire du sens et de l’expression. Paris, Hachette, 1992.
COSTA, S.B.B., O Aspecto em Português. São Paulo, Contexto. (Col. Repensando a Língua
Portuguesa, 1990.
CUNHA, C. & CINTRA, L.F.L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Ed.
Sá da Costa, 1984.
CUNHA, L.F., “Breve análise da Semântica do Progressivo” in Cadernos de Linguística, nº4,
Centro de Linguística da Universidade do Porto, 1998.
DIAS, H.I.P.N. (org.) et alii, Português Moçambicano. Estudos e Reflexões., Maputo,
Imprensa Universitária, 2009.
DUARTE, I. “Aspectos linguísticos da construção textual”, in Mateus, M.H.M. Gramática do
português. Lisboa, Editorial Caminho, 2003.
EVANS, R. GAZDAR, G. “Inference in DART”, in Proceeding, fourth European ACL
conference, Manchester, 1989.
FARIA, I.H. et alii (org.). Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa, Editorial
Caminho, 1996.
FONSECA, J., Pragmática Linguística. Introdução, Teoria e Descrição do Português. Porto,
Porto Editora, (Col. Linguística Porto Editora - 5), 1994.
GONÇALVES, P. (org.), Mudanças do Português em Moçambique, Aquisição e formato de
estruturas de subordinação. Maputo, Livraria Universitária – U.E.M., 1998.
KERBRAT-ORECCHIONI, C. L’implicite. Paris, Armand Colin, 1986.
LYONS, J., Semântica. Vol. I, Lisboa, Editorial Presença, (Trad. de Semantics por W. Ramos,
1977), 1980.

232
MACALANE, G. L. Algumas Tendências de Variação do Aspecto no Português de
Moçambique: sua Relação com o Português Europeu e as Línguas Bantu (Dissertação de
Mestrado). Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2006.
MACALANE, G. L. Tempo e Aspecto em Cinyanja. Instituto Superior Pedagógico, Maputo,
(Dissertação de licenciatura).
MACIEL, C. M. A., O Lexema Verbal no Português de Moçambique. (Dissertação de
Licenciatura em Ensino de Português no Instituto Superior Pedagógico), Maputo, (não
publicado), 1992.
MANJATE, Teresa, A representação do poder nos provérbios: o caso Tsonga. Maputo, Texto
editores, 2014.
MARTIN, R. Inférence, antonymie et paraphrase. Paris, Klincksieck, 1976.
MATEUS, M.H.M. et alii, Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed., Lisboa, Editorial
Caminho, 1989.
MATEUS, M.H.M. et alii, Gramática da Língua Portuguesa. 5ª ed. revista e aumentada,
Lisboa, Caminho, 2003.
NGUNGA, A. Introducão à Línguística Bantu. Maputo, Imprensa Universitária, 2004/ 2012.
NURSE, D. G. “Aspect and Tense in Bantu Language”, in Nurse, D. e Philippson, G. (orgs),
The Bantu Language. London and New York, Routledge, 2003.
POTTIER, B. Sémantique générale, Paris, PUF, 1992.
RAPOSO, E., Gramática do Português. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2013.
SEARLE, J. R., Os Actos de Fala. Coimbra, Livraria Almedina, 1981. (Trad. de Speech Acts:
an Essay in the Philosophy of Language, 1969).
VILELA, M., Gramática da Língua Portuguesa: gramática da palavra; gramática da frase;
gramática de texto. 2ª ed., Coimbra, Livraria Almedina, (1ª ed.,1995), 1999.

233
Programa temático da disciplina de Língua Inglesa III
Disciplina: Língua Inglesa No Horas lectivas Ano
III créditos: Contacto: 80 Trab. Semestre
Código: 6 Independ: 70
Tipo: Complementar
Modalidade: Presencial
Docente: Docente da área

1.Competências
a. Usar discurso apropriados ao nível "Upper intermediate" em todas as habilidades da
linguísticas;
b. Descrever vários aspectos, situações e fenómenos usando o nível de linguagem
apropriado;

2 Objectivos gerais
a. Desenvolver os conhecimentos de língua inglesa e explicar do papel desta língua em
Moçambique, na África Austral e no mundo;
b. Desenvolver capacidades de trabalho em grupo, capacidade de análise crítica, e de
tomada de decisões;
c. Aplicar técnicas para desenvolver uma aprendizagem autónoma e contínua.

3 Pré-requisitos
Para frequentar esta disciplina os estudantes deverão ter concluído Língua Inglesa I, II

4 Conteúdos (plano temático)


Nível de conhecimento da língua Os conteúdos temáticos para este semestre são equiparados
aos materiais do ensino de Inglês ao nível de língua Advanced (Units 1-6). Do manual:
CUNNINGHAM S and Moor P Cutting Endge Advanced: Longman, Essex, 2003.

234
Nº Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 Global Living: 12 14
5 Language Focus: Continuous verb forms
Introducing points in an argument
Spoken English: Informal English
6 Vocabulary: Globalization, Urbanization
7 Reading: Urbanisation – is there a solution?
8 Listening: English in changing world
9 Speaking: Exchanging information about people who
live abroad: Discussion pros and cons of living abroad
10 Every day English: Social Expressions; Great to see
you.
11 Writing: Applying for a job, a CV and covering
letter
Individual work: Upper Intermediate workbook
2 Strong emotion 12 13
 Language focus: Prerfect verbs forms
 Cleft sentences,
 Vocabulary: Feelings; Advertising emotions
Idioms with laugh, cry and tears
 Reading: Paradise Lost – how tourism is destroying
the object of its affection
 Listening: An interview with Tashi Wheeler about her
travels
 Speaking: Information gap and role play – Tony and
Moureen Wheeler: Things to do before you die
 Everyday English: Exclamations, Wow, That’s
Unbelievable!
 Writing: informal letters, correcting mistakes
Individual work: workbook
3 In the Money 12 14
235
 Language Focus: Time and tense
 Vocabulary: Money and enterprise
 Wordspot: Worth
12 Reading: But are they worth it?
 Listening: The case of Stella Liebeck
 Speaking: Retelling a news story, responding to a
news story, talking about your favourite film or book
 Every day English: showing interest or surprise, echo
questions a new boyfriend? Reply questions He lives in a
castle, does he?
Writing: Narrative writing, using adverbs in narratives
Individual work: workbook
4 Self-Help 15 13
 Language Focus: Patterns with comparatives and
superlatives
 Vocabulary: Self improvement ; Fitness
 Body idioms
13 Reading: Dear me…
14 Listening: Fitness
 Speaking: Discussion – good and bad lies, exchanging
information
 Every day English: Being polite I’m sorry to bother
you, could you possibility change a ten-pound note
 Writing: Linking ideas, conjunctions whenever, so
that, even though
Individual work: workbook
5 How you come across 15 13
 Language Focus: Future forms will, going to, shall, is
staying, leaves, will be doing, will have done
 Vocabulary: Hot verbs take; put, take years to do sth,
put pressure on sb

236
15Reading: ‘Nobody listens to us’
16 Listening: Arranging to meet – three friends decide a
time and place to get together
 Speaking: future possibilities in you life, exchanging
information about people arranging to meet
 Every day English: telephone conversations,
beginning a call, ending a call Role play
 Writing: Writing emails, emailing friends
Individual work: workbook
6 Making it big 14 13
 Language Focus: Expressions of Quantity a few, a
little, plenty of, hardly any
 Vocabulary: words with variable stress ´express, ex
´press
17 Reading: A profile of two famous brands –
Starbucks and Apple Macintosh
18 Listening: Radio Advertisements – what’s the
product
 Speaking: A lifestyle survey, writing and advert
 Every day English: Business expressions, Bear with
me, I’ll email the information as an attachment
 Writing: A consumer survey, report writing
Individual work: workbook
Subtotais 80 70
Total 150

5. Métodos de ensino – aprendizagem


A disciplina de Língua Inglesa terá um carácter teórico e prático, com mais enfoque ao
método comunicativo. O ensino será centrado no estudante e caberá ao docente o papel de
providenciar as ferramentas necessárias para aprendizagem.

6. Métodos de avaliação

237
A disciplina de Língua Inglesa inclui aulas teóricas que abordam as regras gramaticais, as
estruturas discursivas e o universo linguístico e cultural do Inglês. As aulas práticas
complementam a teoria e incluem a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos em
situações reais de comunicação oral e escrita.

 Língua de ensino
A língua Inglesa é a língua do ensino

 Bibliografia
CUNNINGHAN S and Moor P Cutting Edge Pre Intermediate English Course Longman, UK
2003
OXDEN C and Lathan-Koeng C English File Upper intermediate English Course Oxford
University Press, Oxford 1999
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate the 3rd Edition – Student’s Book
Oxford University Press, Oxford, 2003
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate the 3rd Edition – Teacher’s Book,
Oxford University Press, Oxford 2003
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate the 3rd Edition – Workbook Oxford
University Press, Oxford, 2003
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate Cassette the 3rd Edition Oxford
University Press, Oxford –2003
SOARS, J & L. The New Headway. Pre-intermediate. Oxford University Press, Oxford, 2003

238
Programa Temático da Disciplina: Língua Francesa III
Disciplina: Língua Francesa III Horas lectivas 4ºAno
Código: No créditos: 2º
Contacto: Trab. Independ:
Tipo: Complementar 6 Semestre
80 70
Nivel:
Modalidade: Presencial
Docente:

1. Nota Introdutória

2. Competências
a. Possuir um repertorio lexical extenso e ter um bom domínio de estruturas, conectores e
articuladores;
b. Poder seguir no mínimo detalhe uma conferência, uma emissão de radio, de televisão e a
maior parte dos filmes em francês, compreendendo não somente o francês standard mas
também o calão, expressões idiomáticas, siglas, etc.

2. Objectivos gerais
a. Manejar a língua francesa a vontade e com espontaneidade, na vida social profissional e
académica
b. Variar de um registro de língua formal a um registro familiar, observando e tendo em
conta os detalhes mais subtis e implícitos.

3. Pré-requisitos
Francês II.

239
4.Conteúdos (Plano temático)
Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 - Trabalho em interação
 Compreender em detalhe discussões, debates, conferencias,
emissões de radio ou de televisão, mesmo sobre assuntos
especializados, abstratos ou complexos;
12 12
 Reconhecer um sotaque, aperceber se de diferentes registros de
língua.
 Acompanhar filmes onde se use o calão e expressões idiomáticas;
 Compreender jogos de palavras
2 - Diálogos
 Exprimir se a vontade, espontaneidade e quase sem esforço;
 Participar em uma conversa, um debate sobre temas diversos
12 12
 Argumentar de maneira convincente e pertinente
 Entrevistar e ser entrevistado
 Julgar, apreciar e criticar
3 - Reportar palavras de alguém
 Discurso direto e indireto 14 12
 Exprimir a certeza, a dúvida, a probabilidade, a necessidade
4 - Exposições
 Preparar e apresentar exposições, afirmar sua opinião, defender
14 12
ou rejeitar um ponto de vista;
 Formular hipóteses
5 - Compreensão escrita
 Compreender em detalhes textos longos e complexos
14 12
 Compreender e identificar atitudes, opiniões expostas ou
implícitas em textos que reportem situações do quotidiano;
6 - Expressão escrita 14 10

 Redigir textos claros, fluidos e bem estruturados sobre temas


complexos ;

240
 Redigir textos descritivos ou narrativos, claros, detalhados e bem
construídos;
 Resumir textos longos e difíceis, redigir uma síntese, um
relatório,
Subtotais 80 70
Total 150

5. Métodos de ensino – aprendizagem


A disciplina de língua francesa III terá como base simulações em grupos, apresentações,
interações, e debates. Exercícios práticos de modo a rever conteúdos gramaticais, fonéticos e
lexicais de cada lição.

A aprendizagem terá como base alguns manuais de ensino de francês como língua estrangeira
o que permitirá ao docente buscar documentos que melhor se adequem ao seu público e desta
feita tratar aspetos ligados a língua e a cultura francesa, em comparação com os aspetos da
cultura dos estudantes.

6. Métodos de avaliação
Horas de contacto Horas de estudo
Teste 1 Trabalhos em grupo
Teste 2 Redações
Exercícios de compreensão oral
Trabalhos de expressão escrita

7. Língua de ensino
Francês

8. Bibliografia
Corinne Kober-Kleinert, Marie-Louise Parizet et Sylvie Poisson-Quinton. Activités pour le
cadre commun : C1-C2. Paris : CLE International, 2007.
Collectif d’auteurs, Grammaire en contexte niveau avancé 2ème édition. Paris : Hachette
FLE. 2000.

241
Maïa Gregoire, Grammaire progressive du français niveau perfectionnement. Paris : CLE In-
ternational, 2012.
Michèle Boulares, Odile Grand-Clement, Conjugaison progressive du français. Paris : CLE
International, 1999
Pascale Trévisiol, Ivana Vasiljevic, Vocabulaire en action avancé. Paris : CLE International,
2009.
Claire Miquel, Vocabulaire progressif du français niveau avancé. Paris : CLE International,
1999.
Michèle Barféty. Compréhension orale : niveau 4. Paris : CLE International, 2010.
Christian Abbadie, Bernadette Chovelon, Marie-Hélène Morsel. L’expression française écrite
et orale. Grenoble : Presses Universitaires de Grenoble, 2003.
Bernadette Chovelon et Marie Barthe. Expression et style : français de perfectionnement. Gre-
noble : Presses universitaires de Grenoble, 2003.
Danièle Dumarest et Marie6hélène Morsel. Le chemin des mots. Grenoble : Presses universi-
taires de Grenoble, 2004.

242
Programa Temático de Literatura Infanto-Juvenil em Língua Portuguesa
Disciplina: Literatura No créditos: Horas lectivas Ano: 3º
Infanto-Juvenil em Língua 6 Contacto: Trab. Independ: Semestre:1º
Portuguesa 80 70
Código:
Tipo: Complementar
Modalidade: Presencial
Docente: Docente da área

1. Competências
- Adquire conhecimentos básicos sobre as especificidades da literatura Literatura Infanto-
juvenil, como manifestação literária da Europa.
- Conhece a periodização da Literatura Infanto-juvenil.
- Analisa de forma crítica as características da Literatura Infanto-juvenil, tendo em conta as
especificidades destas literaturas para a realidade moçambicana.

2. Objectivos Gerais
Os estudantes deverão:
a) Conhecer os fundamentos básicos da Literatura Infanto-juvenil.
b) Reflectir sobre o estatuto da Literatura Infanto-Juvenil nas suas relações com a Literatura
institucionalizada e com a Literatura oral e tradicional.
c) Distinguir os diversos géneros da Literatura Infanto-juvenil.
d) Tomar consciência dos aspectos diacrónicos e sincrónicos da Literatura Infanto-juvenil.
e) Saber organizar bibliotecas infanto-juvenis.
f) Proporcionar condições motivacionais aos alunos para a leitura e a escrita.

3. Pré-requisitos
É uma Disciplina sem precedência.

4. Conteúdos (Plano temático)


243
Nº Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Unidade 1 12 10
- Visão histórica da Arte e da Literatura
- Arte e Literatura
- Literatura canonizada e não canonizada
2 Unidade 2 12 10
- Panorama geral da Literatura Infanto-juvenil
- Âmbito e Estatuto
3 Unidade 2 12 10
- Literatura Infanto-juvenil: características, idades e géneros
- Literatura oral
- A ilustração, as linguagens não verbais e o texto literário
4 Unidade 3 11 10
- Função socializadora da Literatura Infanto-juvenil
- Literatura Infanto-juvenil no contexto social
5 Unidade 3 12 10
- Literatura Infanto-juvenil no contexto escolar
6 Unidade 4 11 10
- Bibliotecas escolares (infantis)
- Técnicas de organização e dinamização de bibliotecas
infantis
7 Unidade 4 10 10
- Métodos e processos de dinamização da leitura
Total de horas parciais 0 80
Total de horas 150

5.Métodos de Ensino-Aprendizagem
A disciplina de Literatura Infanto-juvenil será leccionada tendo em consideração a
conceitualização teórica e a componente prática; para o efeito, na introdução de cada tema, o
Docente proferirá conferências às quais se seguirão trabalhos práticos, individualmente ou em
grupo, dentro ou fora de aula, com vista a desenvolver capacidades de análise de textos, sejam

244
da bibliografia activa ou passiva. Na mesma perspectiva, os estudantes farão apresentações de
trabalhos de pesquisa, previamente recomendados pelo docente.
6. Avaliação
Horas de contacto Horas de estudo independente Exame
Dois testes escritos, no Realização de pelo menos um (1) 1 Exame
mínimo. trabalho de pesquisa individual e/ou em Normal
grupo sobre um tema seleccionado pelo 1 Exame de
Debates e apresentação de estudante e/ou sugerido pelo professor. recorrência
Seminários em grupos. Questionários escritos.

7. Língua de ensino
Português

8. Bibliografia
Básica
- ARISTÓTELES, Ética Nicomaqueia, Publicações Europa/América, Sintra, 1991 – Tradução
portuguesa de Clarisse Tavares.
- ARISTÓTELES, Poética, 8ª ed., Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 2008 –
Tradução de Eudoro de Sousa-
- BRAVO-VILLASANTE, Carmen. História da Literatura Infantil. Universal. Lisboa, Vega,
1977.
- CHIAPPINI, Ligia. (org.) Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso
político, divulgação científica. São Paulo, Cortez Editora, 2000.
- CITELLI, Betriz. Produção e leitura de textos no ensino fundamental. São Paulo, Cortez
Editora, 2001.
- COELHO, Nelly Novaes. Dicionário crítico da literatura infantil/ Juvenil brasileira 1882-
1982. São Paulo, Quíron, 1983.
- ESCARPIT, Denise. La literature d’enfance et de jeunesse. Paris, Presses Universitaires de
France, 1981.
- FRANCHI, Eglê. Pedagogia da alfabetização. Da oralidade à escrita. 4.ed. São Paulo,
Cortez, 1995.
- GÓMES DEL MANZANO, Mercedes. A criança e a leitura. Como fazer da criança um
leitor. Porto, Porto Editora, 1988.

245
- GOMES, José António. Literatura para crianças e jovens. Alguns percursos. Lisboa,
Caminho, 1991.
- JOLIBERT, Josette et al. (org.). Formando crianças leitoras. Porto Alegre, 1994.
- LAJOLO, Marisa & ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira – Histórias e
histórias. São Paulo, Àtica, 1984.
- MORAIS, José. A arte de ler. Psicologia cognitiva da leitura. Lisboa, Edições Cosmos,
1997.
- PERROTTI, Edmir. O texto sedutor na literatura infantil. São Paulo, Ícone, 1986.
- PLATÃO, A República (Diálogos), 4ª ed., Publicações Europa-Amélia, Sintra, 1998 (Livro
III) – Tradução portuguesa de Sampaio Marinho.
- PLATÃO, A República (Diálogos), 4ª ed., Publicações Europa-Amélia, Sintra, 1998 (Livro
III) – Tradução portuguesa de Sampaio Marinho.
- ROCHA, Natércia, Breve História da Literatura para crianças em Portugal, Caminho,
Lisboa, 2001.
- ROSENBERG, Fúlvia. Literatura infantil e ideologia. São Paulo, Global, 1985.
SOUZA, Malu Zoega de. Literatura juvenil em questão: aventura e desventura de heróis
menores. São Paulo, Cortez Editora, 2001.
- ZILBERMAN, Regina. Leitura em crise na escola. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1989.

Geral
- BARTHES, Roland et al.. Análise estrutural da narrativa. 3.ed. São Paulo, Perspectiva,
1999.
- COHEN, Jean. A estrutura da linguagem poética. 2.ed. Lisboa, D. Quixote, 1976.
- FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 32.ed. São Paulo, Cortez, 1996.
- GOTLIB, Nádia B. Teoria do conto. 7.ed. São Paulo, Ática, 1995.
- MANJATE, Teresa, Manual de Cultura e Literatura Moçambicana, INDE, Maput, 2011.
- PROPP, Vladimir. Morphologie du conte. Paris, Editions du Seuil Points, 1965 et 1970.
- ROCHA, Everardo. O que é mito. 5.ed. São Paulo, Brasiliense, 1991.
- TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. São Paulo, Perspectivas, 1970.
- TORRADO, António. Da escola sem sentido à escola dos sentidos. Porto, Civilização,
1988.
_________________. Os gêneros do discurso. São Paulo, Martins Fontes, 1980.

Activa

246
- COUTO, Mia. O País do Queixa Andar. 2ª ed., Maputo, Editorial Ndjira, 2008.
- COUTO, Mia. O Gato e o Escuro. Lisboa, Editorial Caminho, 2001.
- CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa, Edições 70, 1980.
- CRAVEIRINHA. José. Xigubo. 3ª ed., Maputo, AEMO/INLD, S/D.
- CUNA, Guilherme Vicente e ARAÚJO, Angelo, et al, Nkaringana wa Nkaringana, Era um
vez..., Texto Editores, Maputo, 2011.
- DNPP & ARQUIVO HISTÓRICO. Ngungunhane – Herói da Resistência à Ocupação
Colonial, República de Moçambique, 1985.
- FRELIMO. Poesia de Combate. 2ª ed., Maputo, Departamento do Trabalho Ideológico do
Partido/INLD, 1979.
- MARQUES, Álvaro Belo. Gala-Gala Bisnaga. Maputo, INLD, 1981.
- MEIRELES, Ana. Guardei as Lágrimas no Bolso. Lisboa/S.Paulo, Editorial Verbo, 1998.
- MEIRELES, Ana. Aqui Há Gato. Lisboa/S.Paulo, Editorial Verbo, 1998.
- MIJALKOV, S. Como Todos Juntos Salvaram o Cabritinho. Maputo, INLD, 1979.
- PAMPALK, José, MPHYANGA? Contos Cena, Edições Paulinas, Maputo, 2008.
- WHITNEY, Alma M. O dói-dói do Jaime. Maputo, INLD, 1981.

3. SÍTIOS DA INTERNET
- http://www. index.php/ensaio/article/viewFile, Ensaio – Pesquisa. Educação. Ciência, dez.
2009, «Os conceitos de canónica e não canónica em obras de divulgação científica».
- http://www.slideshare.net/maryefe/banda-desenhada, Licenciatura de Educação Visual e
Tecnológica, 2007/2008 Unidade Curricular: Computação Projectual 2D, Tema: BD -
PowerPoint Didáctico Docente: Dra. Dulce Franco Discentes: Anabela Guerreiro Fátima
Pimentel.
- http://www. Uma aventura pela BD.
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_infantojuvenil
http://www.iparaiba.com.br/noticias,173580,24,a+nossa+literatura+infanto-juvenil.html
- http://www.sitedeliteratura.com/Infantil/leitor.htm
- http://www.sitedeliteratura.com/Infantil/escola.htm
- www.encontros-bibli.ufsc.br
-http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artigos/funcao-social-da-leitura-da-literatura-
infantil.php

247
9. Docência
A docência da Disciplina será feita pelos docentes do Curso de Licenciatura em Ensino de
Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por um docente com o grau de Pós-
graduação e/ou experiência de de pelo menos cinco anos de leccionação da Disciplina.

248
Programa temático da Disciplina de LPVI – Textos administrativos
Disciplina: N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano: 3º
Código: HC: HEI: Semestre:
Tipo: 5 48 77 2º
Modalidade: Híbrida (Presencial e virtual)
Docente: A docência da disciplina será feita por docentes do Curso de Licenciatura em
Ensino de Língua Portuguesa. A regência deverá ser assegurada por docentes com um grau
de Pós-graduação e alguma experiência de leccionação

Nota Introdutória
A Língua Portuguesa VI, Textos administrativos, pretende preparar o estudante para a vida
profissional de forma global. A sociedade exige do formado em português competências
adicionais, sobretudo na produção e tratamento de outro tipo de textos que não são somente
para o domínio escolar. Assim, a introdução desta disciplina visa mostrar de uma forma
prática a importância do estudo dos diferentes tipos de texto. Pretende-se igualmente fazer
uma retoma e consolidação de maior parte dos aspectos sobre a língua.

1. Objectivos
- Usar a língua em diferentes situações de comunicação;
- Produzir textos que respondam às necessidades comunicativas do quotidiano;
- Usar a Língua tendo em conta a situação comunicativa;

2. Competências a serem desenvolvidas


Expressa-se oralmente e por escrito com coerência e correcção de acordo com as
diferentes finalidades e situações comunicativas;
- Produz textos de acordo com diferentes situações do quotidiano;

3. Pré-requisitos:
A frequência de LPVI depende da aprovação em todas as disciplinas da área.

249
4. Plano temático
Horas Horas
Nº Unidade-tema /Conteúdos de contacto de estudo
Unidade 1- O texto
Texto: Revisão do conceito e características (unicidade,
informatividade, progressão e sentido…)
1 Tipos e Géneros textuais (distinção e caracterização) 10 25
Estudo do parágrafo: estrutura do parágrafo;
Formas de desenvolvimento do parágrafo; produção e
análise de parágrafos
Parágrafos narrativos, descritivos, argumentativos…
Unidade 2 –Texto Administrativos
2 2.1. Acta
 Teoria: Natureza, Conteúdo, Valor, Convocatória da
Acta
 A linguagem:
 Exemplos
2.2. Carta
 Teoria: Natureza, Estilo, Partes
 A linguagem: 26 30

 Exemplos
 Exercícios.
2.3. Curriculum Vita
 Teoria: Natureza, Estilo, Partes
 A linguagem:
 Exemplos
 Exercícios.
2.4. Inquérito
 Teoria: Natureza, Objectivos, Estilo, Elaboração, Tipos
de Questões – Perguntas
 Exemplos
 Exercícios

250
2.5. Entrevista (não jornalística)
 Teoria: Natureza, Objectivos, Estilo, Elaboração, Tipos
de Questões – Perguntas
 Exemplos
 Exercícios
2.6. Relatório
 Teoria: Natureza, Pressupostos, Lógica geral, Estrutura,
Tipos, Preparação, Redacção;
 Exemplos
 Produção prática
Unidade 3 Funcionamento da Língua (incorporado
nos pontos 1 e 2)
- Níveis de língua
- Categorias gramaticais e sua classificação
- Formação de Palavras (nominalização, verbalização, 12 52
3 etc.)
- Ortografia
- Acentuação
- Pontuação
-A frase: simples e complexa (coordenação e
subordinação)
- Regência nominal e verbal
- Concordância nominal e verbal
- Campos semânticos e as relações lexicais: sinonímia e
hiperonímia

Total de horas parciais 48 77


Total de horas 125

5. Estratégias de ensino-Aprendizagem
Este programa foi concebido tendo em conta o pressuposto de que o ensino de uma língua
deve ter em consideração o contexto de uso, com o intuito de desenvolver nos alunos a
competência comunicativa que os permita o exercício efectivo da cidadania, isto é, as aulas de
251
língua devem permitir que o estudante tenha a capacidade para construir textos em
conformidade com a intenção comunicativa subjacente.

As estratégias a usar em aula devem ter em conta as necessidades linguísticas dos estudantes e
o facto de estarem em processo de fim do curso. Deste modo procurar-se-á desenvolver
actividades de apuramento linguístico e de consolidação de aspectos tratados nas disciplinas
precedentes.

Procurar-se-á também auxiliar os estudantes para a produção de trabalhos de final do curso.

6. Estratégias de Avaliação
HORAS DE CONTACTO HORAS DE ESTUDO INDEPENDENTE EXAME

Dois testes e um trabalho, Trabalhos incidindo sobre: Exame


no mínimo - Produção oral e escrita; Normal e de
- Domínio do funcionamento da língua – Recorrência
Exercícios de Vocabulário.

7. Bibliografia
ADAM, J-M. Les textes: Types et prototypes. Paris, Nathan, 1992.
CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Edições
João Sá da Costa, 1999.
DJIK. La ciência del texto. Barcelona, Paido,1982.
LIMA, L. Moraes. Linguística textual. Parque Residencial João Piza, Londrina, 2017.
Maria Teresa Serafini. Como se faz um Trabalho escolar ……
NASCIMENTO, Zacarias & PINTO, José M., A dinâmica da escrita – Como escrever com
êxito. 5.ª ed. Lisboa, Pátano
REI, J. Esteves. Curso de redacção I – A frase. Porto Editora, s/d.
REI, J. Esteves. Curso de redacção II – O texto. Porto Editora, s/d.
REI, J.E. Curso de Redacção II. Porto, Porto Editora, 1995.
SILVA, Mendes. Português Língua viva. Lisboa, Herdeiros

252
Programa da disciplina de estágio Pedagógico
Disciplina: Estágio No créditos: Horas lectivas 4oAno
Pedagógico do Português 21 Horas Contacto: Horas 2o semestre
Código: 48 Independ:
Tipo: Nuclear 477
Modalidade: Presencial/EAD
Docente: Todos docentes do curso
Pré-requisitos: Que tenha aprovado todas as disciplinas do curso com a excepção do trabalho
de culminação do curso.

1.Nota introdutória
O Estágio Pedagógico (EP) é uma actividade curricular antecedida pelas Prática Pedagógica
Geral (PPG) e Prática Pedagógica Especifica (PPE), que tem como objectivo colocar o
formando em contacto directo com a realidade profissional do curso em que está inscrito. O
estágio proporciona novas aprendizagens, consolidação de aquisições anteriores, troca de
experiências e ligação entre a teoria e a prática. As actividades curriculares, desenvolver-se-ão
num semestre e terá uma carga horária de três horas de contacto semanal.

2.Objectivos da disciplina ou módulo


 Conceber um processo integrado de diagnóstico, caracterização e intervenção com recurso
a um quadro teórico de referência;
 Planificar e organizar o processo de ensino-aprendizagem à luz dos modelos pedagógicos;
 Aplicar um processo integrado e coerente de avaliação, identificando os instrumentos da
avaliação a adoptar no processo de ensino-aprendizagem;
 Organizar sessões de reflexão para a solução de problemas derivados da prática;
 Trabalhar em equipa desenvolvendo o princípio de interdisciplinaridade e construindo
projectos educativos comuns;
 Produzir instrumentos de orientação e apoio para o processo de ensino-aprendizagem.

3.Competências

253
Com o Estágio Pedagógico pretende-se que o estudante, desenvolva as seguintes competências:
 Planifica e organiza complexas situações do processo de ensino-aprendizagem;
 Planifica e lecciona aulas com recurso as metodologias activas;
 Desenvolve projectos educativos e de formação junto as instituições formais e não formais;
 Implementa acções de pesquisa usando meios e recursos tecnológicos actualizados em busca de
respostas às questões problemáticas deparadas ao longo do processo;
 Viabiliza teorias para a elaboração de instrumentos de orientação e apoio aos processos de
formação e socioeducativos.

3. Conteúdos temáticos
No Temas Horas de Horas de
contacto estágio
1. Estágio e sua relevância para o processo de ensino-
aprendizagem.
1.1 Conceito, Objecto de estudo, Objectivos e importância 8
do estágio Pedagógico; 24
1. 1.2 Fases de implementação de estágio (pré-observação,
observação e pós- observação);
1.3 Análise de normas e procedimentos do estágio
pedagógico;
1.4 . Elaboração do Plano do Desenvolvimento Pessoal
(PDP);
1.5 Comunicação na sala de aula.
2 2. A aula ideal e o professor ideal
2.1. A aula ideal;
2.2. Desafios para um bom professor; 9
2. 3. Os métodos activos e cooperativos. 24
3. Concepção e desenvolvimento de projecto de
3 intervenção
3.1. Identificação das dimensões de intervenção; 28
3.2. Definição de prioridades e plano de actividades e de 72
acção;
3.3. Análise de diferente projecto nas áreas de interesse e
254
afins;
3.4. Estrutura e procedimentos para a construção do
relatório de estágio.
Actividades de planificação, leccionação e realização de 331
outras actividades adstritas a docência
Elaboração do relatório de estágio
5 Entrega do relatório de estágio 3 26
Subtotal 48 477
Total 48 525

4. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
Para a concretização dos objetivos deste programa propõe se a seguinte metodologia de
trabalho:
 Conferências;
 Seminários;
 Leituras, análise e discussão de materiais instrucionais;
 Estudos em grupos;
 Trabalhos de campo;
 Estudos de casos;
 E outras estratégias que se considera relevantes.

5. Estratégias de Avaliação
A avaliação dos estudantes far-se-á conforme o estipulado no regulamento interno da
Universidade Pedagógica de Maputo, devendo, entretanto, salientar-se o facto da necessidade
de envolver ao máximo os estagiários em situações de casos práticos, produção de relatórios,
diários e respectivos portfólios.

6. Bibliografia de Referência
BIANCHI, Ana Cecília et al., Estágio supervisionado: manual de orientação. 4 ed. rev. São
Paulo.
CENGAGE Learning, 2009. CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (Org). Ensino de ciências:
unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

255
DIAS, Hildizina Norberto et al., Manual de Prática Pedagógicas. Maputo, Editora Educar,
2008
DUARTE, Stela et al.,. Manual de Supervisão de Práticas Pedagógicas. Maputo, Educar,
2008

POZO, Juan Ignacio; GÓMEZ CRESPO, Miguel Ángel. A aprendizagem e o ensino de


ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5. ed Porto Alegre: Artmed,
2009.
LIMA, Maria Socorro Lucena. Reflexões sobre o Estágio/ Prática de Ensino na Formação de
Professores. Rev. Diálogo Educacional. Curitiba, v. 8, n. 23, p. 195-205, jan./abr. 2008.
UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Normas para Produção e Publicação de Trabalhos
Científicos na Universidade Pedagógica. Maputo, U.P. 2010.
_____________________________. Regulamento académico para cursos de graduação e
pós-graduação, UP-Maputo, 2017.
_____________________________. Normas e procedimentos de práticas profissionalizantes,
UP-Maputo, 2018.

256
Programa temático da disciplina de Trabalho de Culminação do curso
Disciplina: Trabalho de N˚ de Créditos: Horas Lectivas Ano:
Culminação do curso HC:48 HEI: 152 Semestre:Io
Código: 8
Tipo: Nuclear
Modalidade: Presencial/EAD
Docente: Evelina Sambane e Ana Paula Camuendo

Nota Introdutória
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)  é uma disciplina de iniciação e envolvimento do
estudante de graduação no campo de pesquisa científica e funciona como um meio para que
os mesmos possam testar os conhecimentos adquiridos durante a sua formação. Esta
disciplina permite o estudante escolher um tema do seu interesse e relevante para o mercado
de trabalho, aplicando os conhecimentos adquiridos na disciplina de Metodologia de
Investigação Científica (MIC).

Objectivos
 Consolidar os conhecimentos sobre a elaboração de trabalhos científicos;
 Dotar os estudantes de conhecimentos sólidos sobre a elaboração de projecto de pesquisa
científica, obedecendo as normas da UP-Maputo;
 Habilitar os estudantes para a elaboração de um relatório de estágio profissionalizante e
projecto de intervenção dentro de padrões científicos aceitáveis;
 Identificar as diferentes formas de Culminação do curso;
 Habilitar os estudantes a trabalhar de forma autónoma e com responsabilidade na
elaboração de monografia científica e outros trabalhos de natureza científica e de extensão.

Competências a serem desenvolvidas


 Identifica problemas cuja solução depende da realização de uma pesquisa científica;

257
 Elabora projecto de intervenção e relatório de estágio profissionalizante dentro de padrões
científicos aceitáveis;
 Identifica as diferentes formas de conclusão de curso;
 Elabora monografia científica, obedecendo as normas da UP-Maputo;
 Realiza pesquisa científica de forma autónoma.

Pré-requisitos: Metodologia de Investigação Científica

Conteúdos temáticos
No Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 1. Introdução 3 8
1.1. Objectivos da disciplina ou módulo
1.2. Importância da disciplina ou módulo
2 2. Formas de Culminação de curso na UP-Maputo 3 8
7.1. Conceito de Culminação de curso
7.2. Caracterização das diferentes formas de
Culminação de Curso previstas no Regulamento
Académico
 Monografia Científica
 Relatório de estágio profissionalizante
 Projectos de Intervenção
3 3. Elaboração de um Projecto de Intervenção 6 14
3.1. Elementos de um Projecto de Intervenção
3.2.Procedimentos para a elaboração de Projecto de
Intervenção
4 4.Elaboração de um Relatório de Estágio 6 14
Profissionalizante
4.1.Elementos e estrutura de um relatório de estágio
profissionalizante
4.2.Procedimentos para a elaboração de relatório de
estágio profissionalizante
5 5.Elaboração de um Projecto de Pesquisa 24 94

258
5.1.Elementos e estrutura de um Projecto de
Pesquisa
5.2.Procedimentos para a elaboração de um
Projecto de Pesquisa
5.3.Redação de Projecto de Pesquisa Científica
6 6.Elaboração de uma Monografia Científica 6 14
6.1.Elemenstos e estrutura de uma Monografia
Científica
6.2Procedimentos para a elaboração de uma
Monografia Científica
Subtotal 48 152
Total 200

5. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
A leccionação da disciplina deverá ter a componente teórica e prática. A componente teórica
deverá ser basicamente de orientação e fornecimento de ferramentas para o desenvolvimento
da actividade independente. A parte prática será baseada em actividade como analise de
documentos normativos, elaboração de projectos e desenvolvimento de monografia científica.

6. Estratégias de Avaliação
A avaliação deverá ser contínua e sistemática. Deverá ser mais valorizada a participação e a
capacidade de inovação contínua dos projectos apresentados pelos estudantes finalistas. Para
os trabalhos escritos serão levados em consideração o conteúdo e os aspectos formais
baseados em critérios de rigor científico, criatividade e originalidade.

7. Bibliografia
CARVALHO, A. M. et al., Aprendendo Metodologia Científica: Uma Orientação para os
Alunos de Graduação. São Paulo: o nome da Rosa, 2000.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4ª ed. São Paulo, Cortez Editora,
2000.
PRODANOV, C. C. Metodologia do trabalho científico (recurso eletrónico): métodos e
técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013

259
LAKATOS, E M. & MARCONI A. Fundamentos de Metodologia do Trabalho Científico. 5.
ed. - São Paulo: Atlas 2003.
Sá, P., António, P. & Moreira A. (coords.). Reflexões em torno Metodologias de
Investigação: de recolha de dados. 1ª ed.- UA Editora Universidade de Aveiro, 2021.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico (livro eletrônico) 1. ed. - São Paulo:
Cortez, 2013.
UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Normas para Produção e Publicação de Trabalhos
Científicos na Universidade Pedagógica. Maputo, U.P. 2022.
_____________________________. Regulamento académico para cursos de graduação e
pós-graduação, UP-Maputo, 2022.
_____________________________. Normas e procedimentos de práticas profissionalizantes,
UP-Maputo, 2022.

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