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Lages - SC
2017
ANTONIO ROBERTO SBECKER RODRIGUES
Lages - SC
2017
ANTONIO ROBERTO SBECKER RODRIGUES
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Professor Dr. Rodrigo Botan
Lages - SC
2017
RESUMO
O presente trabalho trata da Manutenção Produtiva Total TPM, como
ferramenta de auxílio à produção e manutenção de plantas fabris, para a
melhoria e eficiência das empresas. Foi mostrada a evolução dos conceitos de
manutenção, explicando a importância que cada um teve para a consolidação
da TPM. O foco deste trabalho está no pilar Manutenção Autônoma, que tem
como objetivo a capacitação e o desempenho de pessoas na melhoria visível
de quebras, falhas e defeitos de máquinas e equipamentos. Foi realizado um
estudo de caso em uma empresa, mostrando de forma evidente a
implementação deste pilar, os ganhos, as dificuldades e as sugestões para
implantação dos demais pilares da TPM.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo no mercado, as empresas precisam
evoluir sua gestão, principalmente a gestão de manutenção, inovando, gerenciando
custos, aplicando meios de métodos para uma manutenção mais eficiente, com o
objetivo de alcançar níveis mais altos de desempenho e produtividade, para
melhorar os lucros. Dentre esses meios destaca se a Manutenção Produtiva Total
(Total Productive Maintenance – TPM).
1. Introdução ............................................................................... 6
3. Desenvovimento .....................................................................24
5 Referências .............................................................................29
6 Anexos....................................................................................30
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1. Introdução
1.1 Apresentação
A ideia central da TPM está no pilar Manutenção Autônoma que, através dos
passos contidos nesse pilar, desperta no operador a relação de cuidado que este
deve ter com seu equipamento de trabalho.
A manutenção autônoma é uma prática que pressupõe uma divisão mais
adequada das atividades de manutenção entre os departamentos de produção e de
manutenção. Tradicionalmente, a gerência das fábricas separava as atividades de
produção das de manutenção. De acordo com essa dicotomia funcional, caberia à
primeira apenas operar os equipamentos e produzir, reservando-se a segunda o
planejamento e a execução das manutenções. De acordo com essa dicotomia
funcional, caberia à primeira apenas operar os equipamentos e produzir, reservando-
se a segunda o planejmaneto e a execução das manutenções.
A manutenção autônoma implica capacitar os próprios operadores de
máquinas e dos equipamentos e executar tarefas simples de manutenção dentro de
sua rotina de trabalho.
Nesse contexto fica evidente a importância do tema e sua relação com a
manutenção nas empresas.
1.2 Objetivos
Tratar como assunto principal a manutenção em sua forma geral,
abrangendo os assuntos da Manutenção Produtiva Total. O maior foco deste
trabalho é que essa manutenção seja feita de forma autônoma pela própria
operação da planta, sendo um dos pilares mais fortes da Manutenção
Produtiva Total.
Estudar os tipos de manutenção utilizados e suas formas de aplicação,
verificando a importância da manutenção autônoma aliada a manutenção
técnica e um sistema de gestão eficiente, para garantir a eficiência global dos
equipamentos em uma indústria.
1.3 Metodologia
Para o desenvolvimento do trabalho a busca por um referencial teórico
envolvendo a manutenção, o histórico de nascimento da Manutenção Produtiva
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Total e sua evolução ao longo dos anos. A base teórica da TPM foi objeto de
pesquisa, com o fim de alinhar os estudos e as teorias que existem sobre o
tema. Também comenta-se um pouco sobre a experiência vivida pelo autor
deste trabalho em uma empresa da região serrana de Santa Catarina pelo
período de quatro anos atuando na área de produção e manutenção autônoma.
Expondo meios e métodos utilizados, identificando falhas no sistema de gestão
utilizado pela empresa e sugerindo melhorias que possam ser implantadas em
um sistema de gestão da manutenção.
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2. Revisão bibliográfica
a) A manutenção autônoma
Capacitação da mão de obra. Objetiva treinar e capacitar os operadores
para que os mesmos se envolvam nas rotinas de manutenção e nas atividades
de melhorias que previnem a deterioração dos equipamentos.
b) Manutenção planejada
Foca no Quebra zero e no aumento da eficiência e eficácia do
equipamento. Atua sob três formas: planejamento das manutenções preditivas,
preventivas e paradas. Enquanto que as duas primeiras objetivam eliminar
paradas, a terceira, quando é necessária deve ser muito bem planejada a fim
de proporcionar uma parada assertiva que siga o cronograma e os custos
planejados. Por isso é cada vez mais comum as empresas utilizarem
ferramentas de gestão de projetos aplicadas nas paradas.
c) Melhorias especificas
Objetiva reduzir o número de quebras e aumentar a eficiência global do
equipamento através do envolvimento de times multidisciplinares compostos
por engenheiros de processo, operadores e manutentores. Com um time de
pessoas com conhecimento diversificado, a chance de melhorias eficazes
serem implantadas é muito maior.
d) Treinamento e educação
Elevar o nível e capacitação da mão de obra. Mão de obra escassa e
sem conhecimento é um dos grandes problemas industriais atualmente. Como
estamos em uma época direcionada à indústria 4.0 em que a tecnologia muda
rapidamente, o problema se agrava mais ainda e o treinamento torna-se parte
fundamental do sucesso das empresas. A Educação e treinamento devem ser
sistemáticos na companhia.
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e) Manutenção da qualidade
Zero Defeito, através do controle de equipamentos, materiais, ações das
pessoas e métodos utilizados. Hoje em dia podemos citar algumas ferramentas
que auxiliam neste processo como sistemas automáticos de inspeção e
controle da qualidade (sensores de visão, Micrômetro Laser e softwares online
de controle estatístico de processo).
f) Controle inicial
Reduzir o tempo de introdução do produto e processo. Se baseia na
análise detalhada dos produtos e equipamentos antes mesmo de serem
fabricados ou instalados. O objetivo é focar a energia em criar produtos fáceis
de fazer e equipamentos fáceis de utilizar.
g) TPM Administrativo
Reduzir as perdas administrativas e criar escritórios de alta eficiência.
Como o departamento administrativo fornece recursos às atividades de
produção, a qualidade e a precisão das informações supridas por estes
departamentos devem ser asseguradas.
De acordo com NAKAZATO (1998 pág. 6-27) apud Furlan et al, 2010 p
33–34, alguns passos devem ser seguidos para que a manutenção autônoma
de certo de uma forma mais fácil. Veremos à seguir esses passos.
Treinamento introdutório
Antes de executar as etapas da manutenção autônoma faz-se
necessário um treinamento rigoroso com todos os líderes dos departamentos,
sobre o desenvolvimento do TPM e a função da Manutenção Autônoma dentro
deste contexto. Além disso, os líderes devem transmitir todo conteúdo a todos
os membros do círculo. Treinamento é fundamental para o bom
desenvolvimento da TPM, uma equipe bem treinada é a chave para o sucesso.
Atividades de círculo
Esta atividade nos mostra como deverá ser composto cada círculo para
que o mesmo possa alcançar seus objetivos. Os círculos devem ser formados
entre 5 e 6 pessoas, onde o líder deverá ser o superior imediato destes
colaboradores. Se o círculo for composto por encarregados ou supervisores, o
líder também deverá ser um superior aos mesmos, por exemplo, o gerente de
produção. Deste modo, os mecanismos de desenvolvimento acompanham o
sistema hierárquico da empresa e são conhecidos como “estruturas de
pequenos grupos sobrepostos de participação total” onde os líderes dos grupos
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Princípio da prática
Não se deve ater a formas e argumentos, enfatizando a prática e
colocando como principal objetivo o fato de aprender com o próprio corpo. A
pratica constante leva ao aprimoramento dos colaboradores.
Efeitos reais
A cada etapa devem-se definir temas e metas concretas que
correspondam ao seu objetivo, desenvolvendo atividades de melhorias
capazes de obter efeitos reais. Com o passar do tempo os colaboradores vão
se aprimorando, adquirindo mais conhecimento e executando as atividades
mais facilmente, sendo assim novas mentas devem ser criadas, e buscar o
atingimento dessas metas é fundamental para a saúde da manutenção.
Execução rigorosa
É de extrema importância executar as atividades de cada etapa
rigorosamente. Se tentar buscar as etapas num curto espaço de tempo,
realizando atividades de maneira incompleta, não haverá consolidação destas
atividades e o sucesso da manutenção autônoma estará comprometido. A
eficiência de execução é de suma importância pois ela garante que todos os
passos acima terão efeito, se a execução de um trabalho não for rigorosa todos
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os outros passos foram perca de tempo e o fruto de todo esse trabalho não
será colhido.
2.9 JIPM
O Japan Institute of Plant Maintenance4 apud NETTO (2008) é o instituto
responsável por recolher e difundir informações sobre a Manutenção Produtiva
Total. Sua missão é contribuir para a criação de um belo ambiente de trabalho
e de uma sociedade saudável, orientando as empresas ao longo do caminho
para uma melhor produção, com foco constante na agregação real de valor ao
produto. É responsável pelo prêmio TPM Award, concebido anualmente às
empresas que utilizam à ferramenta TPM em modo de excelência. A partir de
2005 foi criado, partindo-se do JIPM, o JIPM Solutions Company Limited, ou
JIPM-S, entidade agora com fins lucrativos, voltada ao fornecimento de
consultoria e treinamento para a implementação do TPM.
2.10 Programa 5S
O programa 5S, oriundo do Japão, é a base para a TPM em termos
educacionais, trazendo consigo uma proposta para mudança na cultura
organizacional e uma maior participação do corpo de profissionais em
programas de conscientização das empresas. O 5S é visto de forma mais
abrangente no pilar manutenção autônoma.
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2.12 5W2H
Existem muitas metodologias para resolução de anomalias, destaca –se
entre elas o 5W2H, esta ferramenta consiste em um checklist de atividades que
servem para ajudar na tomada de decisões.
Para Formighieri, 2016 p 39, o 5W2H é uma ferramenta geralmente
utilizada para o planejamento estratégico, manutenções de maquinas e apoio à
decisão na busca da melhor opção.
Ainda cita o autor, a sigla formada por cinco palavras em inglês que
iniciam com a letra “W” e duas com a letra “H”, sendo elas:
What: O que será feito?
Why: Por que será feito?
Where: Onde será feito?
When: Quando será feito?
Who: Por quem será feito?
How: Como será feito?
How much: Quanto irá custar?
Segundo Formighieri, 2016 p 40, esta metodologia é de grande
importância para as organizações, por ser uma metodologia aplicada na
elaboração de planos de ação e também por contemplar informações
essenciais para a gestão e execução de planos.
3. Desenvovimento
Com a experiência de quatro anos e três meses trabalhando como um
operador autônomo em uma empresa da região serrana de Santa Catarina
situada no município de Lages, pude colher alguns dados que demonstram um
pouco do conceito de manutenção autônoma.
Fonte: O autor.
Podemos ver que que tem uma meta de quantidade de notas, e essa
meta é bem alta para estimular os operadores a procurar anomalias, e
podemos ver que as linhas estão bem próximas de alcançar a meta, inclusive a
linha 01 passou o valor da meta em notas Y4 de segurança.
O próximo gráfico nos mostra a quantidade de notas realizadas, ou seja,
anomalias eliminadas.
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Fonte: O autor.
5 Referências
6 Anexos
Anexo 01